Diário 2-do primeiro Amor E... escrita por Patrick Villela


Capítulo 5
Yasashii 1




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Yasashii é uma linda garota do nono ano, com todo aquele charme de garota mais velha. Ainda assim, conserva em sua essência aquela pureza infantil que só se encontra no início da vida. Você não tem certeza da seriedade dessa atração que sente por ela, mas sabe que vale a pena tentar. Chama-a para sair.

-Você quer sair comigo?-pergunta Yasashii, depois do inesperado convite

-Quero. Eu acho você muito legal, bonita, e acho que poderíamos nos conhecer melhor.

-Hm, claro. Por que não?

-Ótimo. Onde você mora?

-Na rua Lourdes Rabello.

-Tudo bem. Eu passo lá às dez de sábado e nós vamos ao cinema, tudo bem?

-Tudo. Vamos assistir o quê?

-Um filme sobre guerra nas estrelas*.

-Mas, não está em cartaz ainda. Só em maio.

Meu, como você pode ser tão desajeitado?

-Hm, é mesmo. Então vamos ver outra coisa.

-Ou podemos não ver nada.-disse ela enfim-Eu estava louca para tomar um sorvete, talvez pudéssemos ir juntos.

-Podemos, claro. Então, dez horas, certo?

-Certo.

-Tchau, Yasashii.

-Tchau.

Você se sente nas nuvens, isso aquilo, blábláblá... Desculpe-me, mas a cena se passava na quinta-feira, então pularei a sexta, já que sextas-feiras "pré-compromisso" são sempre um arrasto.

Bom, manhã de sábado. Você toma seu melhor banho, põe sua melhor roupa(já não é a mesma do seu aniversário do ano passado) e vai para a Vila Galvão encontrar sua japonesinha.

Chegando lá, você procura a casa de esquina, em frente a uma escola de pré-primário. Encontra e toca a campainha. Então você a vê.

Na verdade, só você a vê mesmo, porque eu só consigo enxergar uma garota de calça jeans e colete aberto de couro. Você a vê deslumbrante, com os cabelos ao vento, maquiada e muito bem vestida. Como já vimos, meu caro, você vê aquilo que seu coração vê.

-Oi! Espera só um pouquinho que eu vou buscar as chaves.

-(Por você eu esperaria a eternidade, meu bem.) Sem pressa.

Eu não acho que esperaria não.

Ela sai e vocês tomam o rumo da Avenida Júlio Prestes, vulgo Anel Viário. Lá pelas redondezas passa um ônibus que os leva até o shopping, único lugar atualmente com um cinema em Guarulhos, creio eu.

Enfim, nada importa, a não ser o fato de vocês dois agora na fila do quiosque de sorvete. Você compra um de baunilha para ela e um de chocolate para você mesmo. Depois do sorvete, dão uma passadinha no parque de diversões e passeiam pelo resto do recinto, até a hora do almoço.

Na hora do rango, comem qualquer coisa lá na praça e voltam para casa, deixando o encontro um tanto reticente para o gosto alheio.

Na porta da casa dela, há aquela despedida básica e um selinho por parte dela.

Não é preciso dizer mais nada.


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Notas finais do capítulo

*Palmas para quem não entendeu a sutileza