A Utopia do Perigo. escrita por Raissa Muniz


Capítulo 1
Uma breve definição sobre felicidade.


Notas iniciais do capítulo

Sei que o capítulo está com cara de grande e chato, mas ele é crucial para o entendimento do enredo e não, não está tão chato assim. AHSUASH



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  Viver é algo que se tornou extremamente polêmico nos tempos catastróficos que vivemos. Você pode ser chamado de louco porque preza acima de tudo a felicidade encontrada em pequenas coisas, ou você pode desistir desse conceito e procurar a felicidade em coisas realmente supérfluas e acima de tudo, caras. Nesse caso, você é descrito como um ambicioso sem regras e todos vão tentar conhecer seu mundinho cheio de frescuras e caprichos, embora ninguém queira realmente te conhecer. Se isso não bater com seu custo de vida extremamente paupérrimo, você pode tentar se esquecer de tudo através de substâncias químicas que vão te matar aos poucos, mas esse quesito é paradoxal: vida ou morte? Resolva-se. Uma pedra de “sabe-se lá o quê” não vai te ajudar a pensar. Se você for um daqueles que compõem a minoria dos que possuem juízo e de alguma forma são masoquistas consigo mesmo, querendo continuar na guerra para mostrar onde a bala perfurou a pele para seus netos, siga em frente. Sua trajetória ainda vai ter muitos erros, mas também muitas conquistas — ou não.  Você pode chorar por tudo e ser feliz com isso — uma felicidade doentia, mas não deixa de ser um meio de sobreviver —, ou pode desistir de tudo e descobrir que o que o faz feliz é justamente o contrário do que estava procurando quando iniciou essa leitura. A propósito, do que estamos falando? É sobre a vida, a morte ou predestinação? Realmente essas palavras me fizeram perder o fio dos meus pensamentos, mas de uma coisa ainda estou convicta: faço parte da tribo que desistiu de entender como a felicidade age sobre os seres. Sei que não concordo com a tese científica que é uma situação “interna”. Não acho que a felicidade se resume em quantas células benéficas você consegue produzir por dia para driblar o câncer, mas já descobri que a falta desse conceito produz desespero. Não tenho idéias concretas. Isso não me satisfaz. Para mim, felicidade é algo que existe através de um conjunto de fatos favoráveis. Mas afinal, por que estou falando disso? Talvez seja meu desejo doentio de mostrar meus motivos para ter feito tudo que fiz. É isso, estou tentando explicar pra você, caro leitor, minhas razões para todos os riscos que corri. Pode ser uma aventura eletrizante, ou pode ser a coisa mais monótona da sua vida. Escolha como pretende encarar essas confissões e divirta-se com algo que você provavelmente não vai conseguir realizar.

  A propósito, no seu lugar eu não continuaria a ler sem ter a certeza que tem um emocional forte e acima de tudo, maduro. Não faça como todos os outros que vomitaram ao saberem das minhas aventuras. Não gosto do que o seu organismo não conseguiu digerir e não simpatizo com sistemas digestores incompletos. Talvez você precise de lembretes para conseguir se recordar das histórias de assassinos loucos e associar a algum maluco que pode estar rondando o seu bairro nesse exato momento. Ainda não associou? Então não faça cara de espanto quando ouvir sua janela se partir. Não gosto de crianças medrosas.



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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor. :)A história começa REALMENTE no próximo capítulo, então não deixem de acompanhar.
Qualquer coisa, é só seguir no @raissamz e fazer contato por lá. :D



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