Roleta Russa escrita por Razi
Notas iniciais do capítulo
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Mey, Heliel e Katherine estavam á um passo do complexo onde ocorreria o desfile.
O lugar era assombrosamente amplo, pintado de cinza por fora e tendo em seu interior uma arquitetura moderna com detalhes futuristas. Dava a impressão de se entrar em outro mundo.
—O que viemos fazer aqui precisamente? – pergunta Mey curiosa
—Preciso ver a coleção – respondi Heliel ajeitando sua roupa
—Você não vai conseguir – discorda Katherine na sua voz sempre fria.
A agente volta-se para ela com uma sobrancelha arqueada. A modelo aponta com o indicador a dupla de seguranças que estavam em frente á uma sala.
Mey suspira enquanto passa a mão em seu cabelo ruivo deixando a mente divagar atrás de alguma opção valida.
—Sem mandado – diz Katherine gélida – Não conseguira passar por eles.
Heliel mordi o lábio inferior enquanto a expressão da ruiva fica alegre.
—Ela não pode – diz Mey formando um sorriso nos lábios – Mais você pode, Katherine.
A negra a olha friamente antes de se afastar. Mey deixa seus ombros relaxarem enquanto seu rosto formula uma expressão de decepção.
—Aprenda que a se acostumar com isso – conforta Heliel pondo sua mão no ombro dela.
—Ela sempre foi assim? – indaga a ruiva voltando seu olhar para ela.
—Falando sinceramente não – diz a agente – Ela já tivera seu momento de viver com alegria. Agora quase não a vejo sorrindo, melhor dizendo ela não tira a seriedade do rosto e dos seus modos.
—Será que aconteceu algo pra ela ficar assim? – especula a ruiva cruzando os braços
Heliel gargalha fazendo a garota ficar confusa.
—Na verdade não aconteceu nada que você possa estar imaginando – esclarece ela enquanto vê Katherine se aproximando novamente – Apenas quando se torna modelo precisa-se se aprender a sobreviver nesse mundo.
Mey apenas murmura algo concordando ao tempo que Katherine se posta na frente das duas.
—Não tem como entrar na maneira convencional – declara ela friamente como sempre.
—Acho que se for lá consiga resolver isso – diz Mey começando a caminhar, mas é puxada por Katherine que a recrimina com o olhar.
—Não faça coisas desnecessárias – diz ela voltando-se para Heliel – Tem alguma outra idéia de como podemos entrar na sala?
A parda faz um bico enquanto fica pensativa, logo seu olhar se volta para o tudo de ventilação que existia sobre suas cabeças. Ela segue com os olhos todo o comprimento verificando que adentrava a sala também.
Heliel deixa um sorriso escapar enquanto seu olhar pousa nas duas garotas que já tinham entendido o que deveriam fazer.
—Precisamos ser rápidas – decreta Mey deixando a tensão aparecer em sua voz.
—Relaxa – diz Heliel correndo seus olhos por todo o lugar.
Nisso depara-se com uma sala de onde saia um zelador, retorna seu olhar para as garotas indicando a sala.
Logo seguem para lá tendo o cuidado de olharem ao redor antes de entrarem.
A sala não passava de um cubículo onde havia alguns produtos de limpeza tal como uma abertura no teto larga o suficiente para uma pessoa passar por ali.
—Devemos ir juntas? – indaga Mey receosa
—Se quiser ficar aqui tudo bem – diz Heliel dando de ombros
A ruiva olha em seu redor, depois balança a cabeça como se quisesse expulsar os maus pensamentos.
Enquanto isso Katherine tenta tirar a grade que protegia a entrada de ar, sem qualquer sucesso.
—Aqui deve haver alguma chave – sugeri Mey procurando por uma em meio aos objetos.
Heliel ergue seu olhar para grade e vê uma espécie de fechadura.
—Não acredito – murmura enquanto se aproxima para examinar melhor – Alguém tem um grampo ai?
Mey tira um de seu cabelo ao tempo que uma mecha se solta. A morena a olha com surpresa, depois retorna-se para grade.
Onde desmembra o grampo o tornado uma espécie de chave enquanto que as duas modelos apenas a observavam apanhar na tentativa de abrir a grade.
Mey corri seu olhar por alguns objetos encontrando a chave pendurada numa estante. Revira os olhos enquanto a pega.
—Acho que é disso que precisamos – diz ela pondo a chave na frente de Heliel que a pega num rompante.
Um clique faz com que saibam que a grade está aberta, a agente puxa a grade tendo o cuidado que ao tocar o chão não faça tanto ruído.
Logo depois ela se volta para as demais.
—Tranquem a porta e vamos nessa – diz ela pegando impulso para entrar no duto de ventilação.
Katherine tranca a porta enquanto Mey já subia. Ela estanca reparando na outra chave que estava na grade a pega junto com a da porta.
Qualquer cuidado não lhe parecia exagero.
Entra em seguida no duto batendo sua cabeça no teto, arrancando uma risadinha de Heliel que as guiava mais à frente.
—Sabe qual é o caminho? – sussurra Katherine enquanto engatinhava lentamente
—Mais ou menos – respondi Heliel deixando seu olhar cair sobre uma abertura ao seu lado – Existem saídas de ar por todo o complexo se estiver correta, há uma na sala onde está a coleção tal como deve estar bem próxima de nós.
—Hum – murmura Mey vendo uma teia de aranha a sua frente, logo estanca.
—O que houve? – pergunta Katherine vendo seu estado
—Teia de aranha – respondi a ruiva puxando todo o ar que conseguia para seus pulmões.
Heliel para ao tempo que se vira para olhá-la.
—Não vá me dizer que tem medo de aranha? – indaga ela estreitando suas sobrancelhas com descrença.
—Tenho pavor – diz Mey com suas mãos em forma de punho.
Heliel suspira enquanto aproxima-se dela.
—Não há nenhuma aranha aqui – diz ela numa voz cantada – Temos que seguir sem frente para sair daqui, assim você fica livre disso, certo?
A ruiva mordi o lábio inferior com força a ponto de fazê-lo sangrar.
Heliel limpa o filete de sangue que escorreu antes que alguma gota caísse no chão.
—Não podemos ser notadas – esclarece ela enquanto empurra Mey para frente
A pequena garota assenti com a cabeça enquanto começa a engatinhar novamente. Heliel volta-se para Katherine.
—É melhor que eu fique para trás – diz ela dando passagem para que a negra passe a sua frente.
Katherine limita-se a passar por ela, logo depois todas retomam o passo.
—Para onde? – pergunta Mey após algum tempo
—Direita – respondi Heliel parando ao ver que tinham chegado.
Ao que parecia tiveram se equivocado.
—Katherine – diz ela apontando com o olhar a entrada que havia ao lado da negra.
Ela então retorna seu olhar para a grade e vê a sala branca onde no centro havia sobre a proteção de uma caixa de vidro uma caixa de veludo vermelho.
Até parecia que seria colocada para uma exposição.
Katherine deixa isso de lado e puxa a grade para que pudessem descer, com um pouco de esforço ela consegue.
Quando ia pensando em descer, desequilibra-se e iria ao chão se Heliel não a segurasse.
—Ainda bem que seu cabelo é um Blackpower – diz ela aliviada Katherine então nota as linhas vermelhas que existiam á um centímetro de seu nariz. Ela prende a respira enquanto Heliel a puxa de volta ao tempo que uma mecha de seu cabelo desprende-se de sua orelha tocando uma das linhas.
Ela xinga baixinho enquanto num solavanco puxa de uma vez Katherine que bate as costas da parede do duto ao tempo que Heliel repõe a grade escondendo-se da luz.
Os dois guardas que antes estavam fora entram na sala procurando pela causa de disparo do alarme.
No duto, Mey puxava o ar para seus pulmões com violência enquanto Heliel e Katherine quase sequer faziam o movimento de inspirar.
Os seguranças discutiam embaixo sobre a causa do disparo sem nunca erguer os olhos para cima, logo seus olhares voltam-se para um lagarto que passeia pela sala. Ambos sorriem do equivoco e retornam para seus postos deixando novamente o silencio instalar ali.
Mey mordia seus lábios com força tentando se acalmar depois do momento de quase descoberta. Katherine olha para Heliel que se mantinha focada observando a caixa de veludo.
—Descemos novamente? – indaga a modelo a olhando
Heliel meneia a cabeça negativamente.
—Vamos resolver outra coisa agora – diz ela engatinhando rumo a sala por onde tinham vindo.
Katherine olha para Mey que já tinha retomado a calma e seguia Heliel. Ela então suspira enquanto seu olhar volta-se para sala onde as linhas vermelhas já se faziam presentes novamente.
Katherine estreita seus olhos enquanto olha para caixa de veludo. Sorri rapidamente enquanto segue as demais.
A caixa era pequena demais para ocupar todas as jóias.
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Bem pessoal preciso dizer que houve mudanças na constituição da fic.
Pensei fazê-la relatando os dias enquanto caçavam nosso criminoso chamado Carter. Só que acabei optando por resumir isso a horas, ou seja, antes do desfile começar.
Assim sendo acredito que ela não será tão longa como pensei.
Para finalizar o proximo cap. só sai na terça, por isso até lá.
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