Somente Amigos? escrita por Snapetes


Capítulo 8
Capítulo 8: Bia Slytherin




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Severus estava no seu ápice de fúria com o diretor. Estava revoltado em saber que todo o castelo estava fofocando sobre um possível romance entre ele e Fernanda.

BANG!!

– ALVO!! FAÇA PARAR ESSES COMENTÁRIOS!! A SRTA. PORCEL NÃO DEVE PASSAR POR ESSE TIPO DE FOFOCA! EU NÃO RESPONDO POR MIM SE ESSES COMENTÁRIOS CONTINUAREM AMANHÃ!!

– Boa tarde para você também, Severus. Varinha de alcaçus? – o diretor o respondeu olhando por cima dos oclinhos de meia-lua com um mínimo sorriso maroto nos lábios.

– NÃO!! EU-QUERO-QUE-PARE-COM-OS-COMENTÁRIOS! – Severus andava de um lado para o outro da sala do diretor como um leão enjaulado, o que, em geral, não era um bom sinal vindo da parte do Mestre de Poções.

– Severus, você está se estressando à toa. Não! Deixe eu terminar, meu caro. – Alvo completou, impedindo que o homem à sua frente respondesse novamente. – E você sabe o que fazer para os comentários cessarem. A resposta é tão óbvia, tão simples.

– Qual é a resposta, Alvo?

– Pare e pense. Diga a si mesmo se estes comentários têm fundamento ou não. A própria Srta. Porcel disse que não se importa com os comentários. Você já parou e pensou por que ela não se importa?

Severus percebeu que somente ele estava se importando tanto com isso, Fernanda realmente não se importava. Mas que raios isso significava?

– Severus, há um ditado trouxa que diz: Quem cala, consente – Alvo lhe disse sem o olhar, pois estava tentando abrir um pacotinho de balinhas de limão.

– Alvo, dá pra parar de ficar comendo tanto doce? Qualquer velho trouxa na sua idade já estaria estrebuchando de diabetes com a quantidade de doces que você come por dia!

– Fugindo do assunto, meu jovem?

– Não estou fugindo de nada Alvo, NADA! É QUE..

– Severus, olhe para dentro do seu coração. Sim, eu sei que você tem um, não me venha com seu discurso, eu já o conheço de cor. Pare, analise o que você fez a noite passada. E não me olhe assim, eu sei o quanto posso ser intrometido para essas coisas, mas faço isso para o próprio bem dos meus amigos. Converse com ela, coloque as cartas na mesa e resolva essa situação.

– Você sabe o quanto eu odeio tocar nesse assunto.

– Mas continuar a gritar não vai resolver este assunto. Tenha uma boa tarde.

Severus saiu do escritório do diretor muito pior que imaginava. Não que ainda estivesse nervoso, mas agora que a raiva passara, ele compreendeu o que o velho bruxo queria lhe dizer. Quem cala consente. Então seria por esse motivo que ela não se importava com os comentários?

E ele? Ele se importava realmente que falassem dele? Preocupava-se verdadeiramente que especulassem sobre eles?

Precisava colocar um fim nessa dúvida. Precisava sanar aquele problema ou não conseguiria trabalhar tranqüilamente ao lado dela naquela noite. Havia uma série de experimentos que precisavam ser manuseados com atenção completa, pois de sua dedicação e extrema precisão de sua parte o resultado do experimento dependia. E as chances de uma melhora para os sintomas da licantropia dependiam não apenas de seus esforços, mas dos de Fernanda também. Afinal só chegaram até ali com a inteligência dela e a experiência dele no cozimento daquela poção.

Após o jantar, Fernanda desceu até as masmorras do mestre de Poções sem saber ao certo o que esperar do encontro daquela noite. O boato de que estavam tendo um caso havia se espalhado pelo castelo mais rápido que fogo em mato seco, e ela o conhecia muito bem para saber que ele deveria estar soltando fogo pela boca.

Chegou até a porta do escritório do Mestre de Poções. Bateu para anunciar a sua chegada.

– Entre – ela pôde ouvir quando a porta foi magicamente destrancada, e ela entrou, encontrando o Mestre sentado em sua cadeira de espaldar alto, em frente à várias colunas de redações dos alunos, a pena vermelha manchando outra redação com um generoso "D" .

Ela o encarou, e para sua surpresa, ele pousou a pena e a encarou de volta.


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