Unworthy... escrita por ShineMaki98
Mais uma vez se encontrava naquele quarto, no seu quarto, mas naquele dia, não deixaria ninguém entrar ou tentar pará-la.
A dor que sentia agora era indescritível, sentia ódio de si mesma, se achava uma prostituta barata, que podia ser pega quando bem entenderem, isso era o que sentia. A única luz em seu quarto era a da luminária, dessa luz podia se ver o rosto da garota, agora a maquiagem estava borrada pelo pranto, silencioso.
Uma garrafa de bebida se encontrava ao seu lado, um copo cheio, sendo levada a boca várias vezes, esse era o seu jeito de fazer a dor passar, beber.
Ouviu seu telefone tocar e a contra-gosto o atendeu, ouvindo aquela voz que tanto queria esquecer, ele estava preocupado, ela não atendia as suas chamadas, não ia mais a faculdade, não saia, não comia, até seus pais agora ficavam preocupados.
Mas antes que ele pudesse lhe falar que queria terminar, ela o interrompeu, desligando o telefone na sua cara, sabendo o que viria a seguir, e como esperado, uma mensagem batera em seu celular.
Leu-a em voz alta, sua voz se embargada pelo choro:
“Magoei-te outra vez, sei disso muito bem, mas já não agüento mais, estou preso a você e isto está me deixando louco.
Soube de suas traições e não agüento mais nada disso.
Não por que não te amo.
Não porque não te quero.
E sim porque eu não agüento mais.
Terminamos aqui.”
Era isso que a mensagem falava.
Jogou seu celular e a bebida longe. Gritou bem alto, sua voz estava num misto de raiva, ódio, angustia, desespero e dor, era isso que sentia. “Vagabunda! Ingrata!”, e muitas mais palavras como essas passavam pela sua mente.
Se levantou, cambaleante e foi em direção ao banheiro, entrando lá e vendo seu reflexo. Riu. A única coisa que via, que conseguia ver, era uma garota com maquiagem borrada e o corpo sujo. Um corpo usado.
Deu um soco no espelho, que logo se quebrou, a garota por mais dor que sentisse, e sabendo que cortara sua mão, não se importava, por que se importaria?
Era um ingrata, uma pessoa sem valor, que não merecia o amor dos outros e sabia muito bem disso.
Pegou um dos cacos de vidros, cortou um dos pulsos, se sentiu melhor, a dor física pelo menos fazia a dor emocional ir embora.
Caiu no chão, seus braços e pernas tinham cortes profundos, por onde saia sangue. Riu novamente. Lágrimas novamente tomaram seus olhos.
Logo se deixou levar pela inconsciência, uma, onde não acordaria mais e sabia muito bem disso. Falou um “te amo” fraco para todas as pessoas em sua vida. Seus amigos. Sua família. Seu ex que tanto amava.
Agora...
Nada mais valia a pena, inclusive ela.
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