Bella PDV

Dormir naquela noite foi praticamente impossível, a todo momento o beijo que o Edward me deu, vinha em minha mente e tirava o meu sono. Eu não sei bem o que está acontecendo, o porque do Edward está me tratando dessa forma, mas eu só sei que o meu coração, está cada vez mais apaixonado por esse homem. E é por causa dele a minha luta interna, o meu coração manda uma coisa, mas a minha consciência me atormenta a cada minuto.

                                                      (*****)

Acordei completamente atrasada e sinceramente a minha vontade era de ter ficado na cama, pois morta ainda era um elogio para o meu estado. Corri pro banheiro, tomei um banho, coloquei minhas roupas e sair de casa. Nem tomei café, mas comeria algo quando chegasse a empresa.

Assim que estacionei meu carro na minha vaga, praticamente voei para minha sala, quem me viu naquele estado, com certeza achou que eu estava fugindo do hospício.

- Bom dia, Jéssica. – falei para a secretária do setor de contabilidades.

- Bom dia, Bella.

Entrei em minha sala, me sentando logo em minha cadeira e ligando meu computador. Olhei para o meu relógio e constatei que já eram 9:40, resumindo tinha chegado 40 min atrasada. Coisa que não era do meu feitio.

- Droga. – murmurei notando como em pouco tempo Edward Cullen tinha me feito até me atrasar para o trabalho, coisa que só aconteceu 2 vezes nesses dois anos que trabalho na empresa.

Comecei logo a trabalhar. Era incrível como subíamos todo mês consideravelmente nos lucros. Estava tão concentrada no trabalho, que levei um susto quando ouvir meu celular tocar.

- Quem me incomoda? – atendi rindo vendo que era Jacob.

- O lindo e gostoso do seu melhor amigo. – respondeu rindo. – Bom dia, Bella.

- Bom dia, Jake. Tudo bom ?

- Tudo sim. Gostaria de ti fazer um convite.

- Interessante. Pode falar.

- Quer almoçar comigo hoje? – perguntou ele.

Eu estava sentindo muita falta do meu melhor amigo, desde que ele praticamente se revelou completamente apaixonado por mim, eu tinha me distanciado um pouco dele. Mas eu estava morrendo de saudades do meu melhor amigo, e não faria mal nenhum ir almoçar com ele.

-  Claro. Mas só se formos ao meu restaurante preferido. – falei.

- Como a senhorita quiser. Passo por ai umas 12h. Beijos.

- Beijos, Jake.

Desliguei o telefone e voltei ao trabalho. Estava tão distraída, novamente, que quando olhei pro relógio vir que já eram 12:10. Dei um pulo da cadeira, peguei meu celular, bolsa e já ia saindo da minha sala quando a Jenna entrou.

- Srt.Isabella, um tal de Jacob ligou da portaria dizendo que já estava lhe esperando lá embaixo. – falou ela.

- Ah tá, Jenna. Muito obrigada. Já estou indo. Beijinhos.

Sai correndo da minha sala, e quando cheguei no estacionamento eu vi meu melhor amigo parado ao lado da sua moto.

- Opa !!! To vendo que hoje vai ter diversão em dose dupla. – disse sorrindo enquanto encarava a moto.

Eu amava andar de moto, tentei até convencer a meu pai para me deixar andar, mas ele negou prontamente, dizendo que não correria o risco de perder a filha dele em um acidente de moto.

- Claro, minha pequena adora dar uma de aventureira.

- Hahahahaha, muito engraçado, Jake.

Ele riu e me puxou para um abraço assim que cheguei perto dele. Ele me deu um capacete e montei em sua moto e logo saímos da empresa.

- Bella, com emoção ou sem emoção? – perguntou rindo.

Eu já sabia muito bem o que vinha por aí ... e sinceramente eu adoroooo.

- Com emoção em dose tripla, Jake.

Ele assentiu rindo, e logo acelerou a moto de uma forma assustadora. Costuravamos os carros incrivelmente. Um tempo depois chegamos ao restaurante grego que eu amo.

- Bom pequena, Indiana Jones, podemos comer agora? – perguntou o Jake descendo da moto e tirando o capacete.

- Claro. Eu estou morrendo de fome. Tá parecendo até que eu trabalho na roça.

- Bella, você sempre está com fome. Não sei como você consegue ficar gostosa assim, apesar de viver se escondendo por trás dessas roupas largas. Mas ainda não sei como você é magra,  porque tu comes ,em moleca??

Eu comecei a rir. Imagino que vocês estejam estranhando as palavras do meu amigo, mas há um tempo atrás, Jacob disse que apesar de ele ser meu amigo, ele era homem, e tinha que assumir que eu era muito gostosa, no momento eu fiquei assustada com suas palavras, mas depois, até eu o chamo de gostoso.

- Pois é, meu bem. E não sei do que você tá falando, porque você come que nem um boi, e você é um tesão só. – disse rindo.

- Eu sei que você ama esse corpinho aqui.- falou passando a mão pelo peito.

- Ainda bem que você sabe, porque no dia que eu te atacar e fazer um belo banquete de você, tu não vai poder dizer que eu não te avisei. – disse piscando para ele e entrando no restaurante.

Ele começou a rir e me seguiu para dentro do restaurante. E o nosso almoço foi assim, baseado em inúmeras palhaçadas e muitos risos.

Por um momento eu me permitir pensar, se não seria muito mais simples se eu amasse o Jacob, invés do Edward?

Com certeza seria ... mas infelizmente nada nessa vida é do jeito que queremos.

Edward PDV

Acordei com o barulho irritante do meu celular, indicando que havia uma nova mensagem. Tatei meu celular na minha mesinha de cabeceira e assim que abri vi que tinha uma mensagem da Alice.

De: Alice

Para: Edward Cabeçudo

Me encontre hoje ás 12h no restaurante italiano predileto do papai. Precisamos conversar sério. E isso não é um pedido, é uma ordem.

Até o almoço.

E apesar de tudo, Te amo

Beijos purpurinados, Lice.

Logo percebi que o dia seria conturbado. Olhei o horário e vi que não era tão cedo quanto eu pensava, 7 horas da manhã. Eu só precisava entrar as oito e meia, então daria para tomar um banho bem relaxante.

Me levantei bem devagar e tomei um banho bem demorado. Troquei de roupa, peguei minhas coisas e sair de casa sem nem tomar café.

Estava bem cansado hoje, talvez por causa da minha noite exaustiva com Tânia. Nesse mesmo momento veio a imagem do meu beijo com Bella ontem. Eu realmente teria que aprofundar o meu plano, e eu já sei bem o que vou fazer.

Cheguei a minha empresa e segui para minha sala, sem falar com ninguém. Não sei porque, mais eu estava com um mau-humor brabo. E olhe que minha manhã nem começou ainda.

- Edward, posso entrar? – perguntou Tânia.

- Entra.

- Meu amorzinho, amei nossa noite ontem, bem que poderíamos repetir a dose hoje, não acha? – perguntou se debruçando sobre a mesa, me dando uma bela visão dos seus seios.

- Tânia, primeiro lugar, aqui você me chama de Sr.Cullen, e em segundo lugar, já tenho planos para essa noite.

- Aff, Edward. Tenho certeza que é com a mosca morta da sua futura esposa. – falou com raiva.

- Bom, minha vida não lhe diz respeito, mas é com ela mesmo. E se puder por favor, se retirar da minha sala, eu agradeceria. Pois estou cheio de trabalho. – disse meio rude.

- Porra, você anda me deixando de lado mesmo. Mas ainda te verei implorar para me ter por perto, e eu vou negar prontamente. – falou saindo da minha sala batendo o pé.

Era só o que me faltava, além dos inúmeros problemas em casa, ainda tinha que aguentar Tânia, tentando dar uma de mulher certa para cima de mim. Aquela ali é só eu estalar os dedos e já está de pernas abertas.

Me desliguei dos meus problemas, e tratei de ler os inúmeros contratos que tínhamos, passei a manhã toda enfiado dentro da minha sala, lendo e relendo relatórios, só fui me da conta que estava atrasado, pois a baixinha me ligou histérica, gritando no telefone que se eu não chegasse em cinco minutos no restaurante, ela me mataria.

Sai da empresa e em minutos cheguei no restaurante. Entreguei meu carro ao monobrista e assim que entrei avistei Alice sentada em uma mesa reservada. Caminhei lentamente ao seu encontro.

- Desculpe o atraso, estava cheio de trabalho. – disse me sentando.

- Tudo bem.

- Bom, diga o que você gostaria de falar comigo.

- Edward, eu quero falar com você, sobre essa burrice que você está fazendo. – disse me encarando.

- Que burrice, Alice?

- Edward, você já imaginou, o quanto você, vai magoa-la? – perguntou séria.

Já sabia muito bem de quem ela estava falando. Mas preferir me fazer de desentendido.

- Magoar quem, Alice? – perguntei.

- Só vou te dizer uma coisa, Eu amo muito a Bella e se você fize-la sofrer, eu mesma vou te matar. – falou me ignorando.

A partir disso, eu tinha certeza que seria morto pela Alice. Porque se a Bella me ama mesmo, ela vai sofrer muito com o meu desprezo. Mas infelizmente eu não posso fazer nada.

- Alice, eu sinto muito. Mas tudo que eu quero é meu dinheiro de volta.

- Você não vale nada. Eu sinceramente tenho nojo de você. Como uma pessoa pode ser tão repulsiva a esse ponto? Como você tem coragem de fazer uma pessoa sofrer por dinheiro? Eu tenho vergonha de dizer que sou sua irmã. E tenho certeza que a mamãe iria sentir o mesmo desprezo que eu to sentindo por você agora. – ela disse me encarando, enquanto lágrimas rolavam pelo rosto de fada da minha irmã.

- Você não pode dizer nada a ninguem, e o que eu estou fazendo é, por mim, pelo nome da nossa mãe, por você , por todos nós.

- Não, por mim, não. Porque eu jamais pediria para você fazer isso com uma pessoa, muito menos com a minha melhor amiga.

- Eu sei, Alice. Mas tente entender.- eu implorei.

- Não, eu não quero entender essa sujeirada que você está fazendo. Eu deveria contar a Bella. Mostrar a ela, o que você realmente é.

- Não, você não vai fazer isso. Pelo amor de Deus, Alice. Eu sou seu irmão, você  não pode fazer isso de jeito nenhum. – implorei para ela quase com desespero, pois se ela contasse algo a Bella, meus planos iriam todos por água abaixo.

- Eu não vou contar nada a ela, Edward. – falou se levantando. – Pois eu tenho a certeza que esse seu erro, ainda vai te fazer muito bem. E através das consequências que você irá ter, você vai aprender. Eu só realmente desejo, que a Bella consiga torna-lo em uma pessoa melhor.- terminou se virando para ir embora.

- Eii, não vai comer não? – perguntei.

- Não, me enojei demais, pra conseguir comer com você. – falou saindo do restaurante.

Ela não tem ideia do quanto aquelas palavras me machucaram. Talvez ela tenha razão. Talvez eu seja um pessoa repulsiva.

Esse pensamento me atormentou. E pela primeira vez eu temi o que vinha pela frente.

                                CONTINUA ...