O Cisne Branco escrita por anonimen_pisate


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

A todos que tem me mandando mensagens, desculpe por nao responder, meu computador tem tido problemas e eu mal posso postar, quando puder eu talvez leia e responda, talvez...
Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/96711/chapter/40

P.O.V – Alec Volturi

Hellena já estava demorando.

Olhei meu relógio de pulso pela terceira vez.

Já estava para ir ao camarim atrás dela.

Sua colega de republica, a que fechara a porta na minha cara um dia desses, passou na minha frente requebrando em suas roupas de cetim.

-Hei. – segurei o braço dela. Suas amigas me olharam ameaçadoramente, e seus olhos me assustaram de verdade. Elas pareciam diferentes de humanas comuns. – Onde Hellena está?

Me analisou com seus olhos azuis escuros.

-Foi para o camarim.

-Esta falando a verdade? – ergui uma sobrancelha.

-Acha que estou mentindo Volturi? – estreitou os olhos.

-Não eu... – parei no meio da frase. – Como você sabe meu sobrenome?

-Eu não sei... – ela sorriu de canto e sumiu na multidão com seu séquito de meninas. Fiquei parado em estado de choque vendo a barra da saia delas sumirem entre as pessoas.

Pensei em correr atrás delas, mas ouvi um grito que nenhum humano comum perceberia ser de socorro. Hellena.

Tentei ao máximo passar despercebido pelos humanos na velocidade que eu estava, mas não me contive e fui na maior velocidade que consegui ate o camarim que cheirava totalmente a ela.

E havia outro cheiro. Mais dois cheiros

-Vadia. – xinguei baixo já adivinhando que estivera ali.

Empurrei a porta que estava travada.

-Ei. Não pode entrar ai cara! – um menino bêbado vestido de Pierro puxou a barra da minha camiseta. Não dava para levar ele a serio usando roupas tão apertadas nas coxas.

-Vai para o inferno. – praguejei em sua direção.

-Não. – ele disse cambaleando.

Não podia perder tempo com esse cara.

Inclinei-me em sua direção, e foquei seus olhos nos meus.

-Você vai sair daqui e me deixar passar agora! – ordenei. Como a maioria dos humanos influenciados fazia, ele foi embora como um cãozinho assustado.

Pensando bem agora, eu nunca tentara usar minha influencia com Hellena.

Entrei no recinto que cheirava a ela, mas havia mais dois aromas, um era... Sangue. Ignorei o terceiro e fui em direção ao lugar onde o sangue estava fresco.

Sentia meus caninos furarem minha carne, e minhas pupilas dilatando, todos os meus músculos me guiavam para aquela direção. Não era o sangue dela, tinha um cheiro mais salgado.

Vinha de um armário, o chão estava manchado de vermelho. Forcei a porta, e consegui abri-la silenciosamente. Prendia respiração.

Era a menina que batera em Hellena, a garota que eu hipnotizara e apagara a mente umas horas atrás. Mas... Não fui eu que fiz aquilo.

Seu corpo estava retorcido para se adaptar ao pequeno espaço, e estava visivelmente com o pescoço quebrado. O rosto tinha leves deformações, e um fio de sangue escorria de sua boca empapando as roupas e bolsas guardadas ali.

-Cazzo. – espremi meus lábios. Tinha que tirar aquele cadáver dali.

Joguei o corpo moreno dela por meu ombro. Antes de sair, comecei a farejar o lugar a procura de um rastro que me levasse a elas. O perfume de Corin estava para todo o lado.

Vagabunda. Ela havia acabado de levar Hellena.

Um vaso de flores cintilava ao lado de um espelho, um cartão estava em cima da mesa, visivelmente aberto e fechado com rapidez e desespero. Peguei-o e li.

Ofeguei. A pior parte de conviver com uma súcubo, ou uma ex-súcubo, era a mente perfídia delas. Todas adoravam brincar com a sua cabeça, torturar você ate que enlouqueça em seus jogos mortais.

Quebrei o vidro da janela. Dei uma ultima olhada no corpo da menina, seu rosto demonstrava obviamente que fora assassinada. Peguei uma mascara e coloquei-a, cobrindo a marca da morte.

Peguei a bolsa que tinha o odor de Hellena.

Me espremi saindo pela janela, e depois puxei a moribunda.

Comecei a seguir o rastro delas, pelo visto Hellena estava acordada e lutava em seguir caminho. Depois de um longo tempo seguindo por becos e ruelas que só confundiam o rastro, encontrei o caminho certo, e que nos levava diretamente para Volterra.

Se Corin corresse a noite toda, sem parar um momento sequer, chegaria lá no inicio da manha. Ainda não era exatamente noite, o sol já estava descendo pelas encostas rochosas deixando todo o céu avermelhado.

Aquela cor me deu arrepios pela primeira vez em toda a minha eternidade.

Larguei a garota em uma encosta coberta de espinhos, se a encontrasse pensariam que ela tinha caído e quebrado o pescoço na queda, mas ainda tinha o problema do sangue no camarim, talvez pensasse que era sangue falso e a brincadeira de alguém.

Ia à maior velocidade que meu corpo imortal conseguia atingir, mas eu estava com muita fome e aquela mulher com as veias cheias de sangue havia me dado muita sede e me deixado mais lento e cansado.

“Não posso parar, não posso. Hellena conta comigo. Vamos Alec, não pode parar”. Caçar agora seria uma grande perda de tempo, estávamos em um momento crucial, que dependia totalmente de quem chegasse primeiro ao destino.

Eu poderia ligar para Jane e avisar, mas na velocidade que eu estava, o celular voaria de minhas mãos, eu precisaria diminuir um pouco que fosse para telefonar, mas não podia.

Porque sempre quando nos acertávamos algo acontecia?

Tentava criar um plano, mas nada me vinha à mente, não fazia a mínima idéia do que Corin tramava. Já devia esperar que ela fizesse algo, matar Hellena seria muito chato para alguém como ela, tinha que ter mais alguma coisa.

O anel que ela me dera em nosso primeiro natal, meu primeiro natal, ardia em meu dedo. Não posso perdê-la, não posso, não posso.

Passei meus dedos por meus cabelos, um ato bem difícil, o vento arremessava meus braços para trás, junto com todas as minhas extremidades.

Hellena havia bebido meu sangue, mas quanto tempo ate ele sair de seu sistema e ela poder morrer?

Depois de cinco horas, eu sentia não apenas minha garganta arder, mas todo o meu corpo e meus músculos, se eu não me alimentasse já, enlouqueceria. Não fazia idéia do tamanho de minha sede, minha ultima refeição foi a uma semana, o que não era tanto tempo assim.

Mas eu dera sangue, devia se isso.

Quando finalmente cheguei em Firenze, senti que não conseguiria seguir caminho. Faltava pouco, muito pouco. A noite já estava no fim, e o céu começava a se tingir de púrpura.

Farejei o ar parando por meio segundo, e senti o perfume do sangue fresco por perto. Segui-o saindo só um pouco da minha rota. Já havia dois corpos mortos e secos no chão. Corin.

Como ela conseguiu parar e se alimentar de dois humanos, alem de caçar um terceiro e deixá-lo inconsciente? Súcubos...

O liquido escorria da testa de uma mulher de trinta anos, ignorei o asco que me deu e mordi-a no pescoço sem dó. Eu nunca sentira pena de me alimentar de um humano, mas vi Hellena nela.

Havia um pedaço de papel no chão. Mais essa, ela conseguiu escrever também. Peguei a folha com meus dedos manchados de vermelho, um humano só não havia saciado-a, mas melhorou a ardência.

Meu querido Alec, cacei algo para você,

sei que deve estar com fome.

Ah e não se preocupe com sua humana,

ela ainda esta viva.

Ainda.

Se apresse, pois o tempo dela está contado.

                          Com amor, Corin.

Amassei-o com raiva.

Voltei a correr. Vou matar-la Corin. Eu juro.

Não demorou muito para que eu conseguisse atravessar os portões de Volterra e encontrasse o caminho que me levasse mais rápido para o castelo.

Entretanto o sol já estava alto no céu, deveria ser cerca de sete horas.

Dezenas de guardas que circulavam pela cidade ficaram preocupados com a minha rapidez, e o rastro de clima tenso que eu deixava para trás. Abri um bueiro e saltei para o esgoto.

Cheguei a minha moradia e subi as escadas indo ate o salão principal, afastei os guardas com uma onda de poder, arremessando-os nas paredes opostas, Corin devia ter entrado pelas portas laterais como sempre fazia, eu conseguia sentir o leve rastro dela por todo canto, mas nada de Hellena, será que ela não veio para cá e foi tudo uma armadilha?

Não. Ela traria Hellena para cá, eu tinha certeza disso.

Chutei as portas e me deparei com os Cullen lá dentro. Renesmee acenou para mim, mas nem precisei me dar o trabalho de ignorá-la, Jane já me ajudara nisso.

-Algum problema Alec? – sua voz estava carregada de advertência, como se eu fosse um delinqüente atrapalhando uma coletiva de imprensa do meu pai.

-Corin. Onde ela esta? – eu bufava, e de longe era de cansaço.

-Ela sumiu há alguns dias, por quê? – Aro perguntou.

-Ela me visitou ontem e... – fui interrompido com o som de uma porta sendo escancarada, e vi a diaba loira entrando arrastando Hellena.

-Uma reunião? Que maravilha, todos estão reunidos. – sorriu afetadamente.

-Mas que inferno é esse? – Felix chiou.

Todos os Cullen olharam para mim.

-Solta ela Corin. – falei baixo em um sibilo.

Hellena já estava azul sem ar. Segurava as mãos da estranguladora com as próprias, como que tentando aliviar o aperto. Ainda usava a roupa da apresentação, seus cabelos caiam do coque.

-A roupa dela é linda! – uma mulher disse em um tom estranhamente animado.

-Alice. – Edward falou repreendendo-a.

-Desculpe. – sua voz ficou levemente magoada.

-Porque eu deveria? – me respondeu sorrindo.

-Ela é minha humana, não pode fazer isso.

-Claro que eu posso.

Apertou com mais força. Hellena começou a ofegar e emitir gemidos de quem tem o ar tomado. Dei um passo para frente e ela me olhou advertindo-me.

-Ah que cabeça a minha. – bateu uma mão na testa segurando-a com a outra. – Humanos precisam de ar. – afrouxou sua mão. – Humanos e suas necessidades estúpidas... Ar... – balançou a cabeça rindo.

-O que você quer? – levantei minhas mãos em sinal de rendição. – Diga e eu te darei.

-Eu não quero nada de você meu amorzinho. – disse em tom meloso.

-Esta briga é comigo, não com ela.

-Não Alec. Ela é o motivo de tudo.

Falou como se só houvéssemos nos dois ali e discutíssemos a relação.

-Estávamos tão bem juntos, então esse saco de sangue apareceu e você sumiu. Deixou-me só. Ai quando eu vou te encontrar, você diz que não me quer mais? – apontou para o próprio peito, mesmo tendo Hellena em sua frente. – Como você pode preferir ela do que eu?

-Corin... – me interrompeu.

-Não Alec! É pelo sangue não é? Só pode ser. – tentava achar alguma coisa para dizer. Sua voz estava quase desesperada.

-Se matar-la Corin, eu juro que mato você depois. – rosnei.

-Ora, ora... Nosso Alec apaixonado por uma humana. – Felix desdenhou.

-Sim Felix. Uma humana. – me virei para ele e rosnei.

Hellena olhou para mim e uma lagrima correu seu rosto.

-Que linda declaração. – Corin balançou a cabeça. – Temos mais um Edward entre nos. Pretendem ter uma filhinha também? – zombou.

-Vamos conversar Corin... Esse é o seu nome não é? – Edward ficou ao meu lado.

-Não vou conversar com você. Cullen amante de humanos. – cuspiu as ultimas palavras secamente.

-Corin... Por favor... Me diga o que você quer.

-O que eu quero? O que eu quero? – repetiu. – Eu quero o sangue dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Cisne Branco" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.