One In a Million escrita por Neline


Capítulo 2
Indiscreet questions


Notas iniciais do capítulo

Então, desculpem a demora,e espero que gostem!

Enjoy ;*



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- AAAAAAAAI! - Ele gritou, enquanto eu me ordenava a não rir. Porém olhei para o chão, e vi que ele estava descalço. Um corte se fazia do dedo médio ao dedão. Mesmo assim, não deixava se ser uma situação engraçada.

- Oras, não grite, parece uma criança. - Eu falei revirando os olhos.

- Isso porque não é você que se cortou. - Ele choramingou, levantando o pé.

- Desculpe, não tenho culpa alguma se você chega colocando essa língua nojenta no meu pescoço. Tenho que me defender. - Ele ia abrir a boca para falar algo, mas gemeu novamente e eu bufei. - Tudo bem, vou buscar lago pra fazer um curativo. - Me virei e comecei a subir as escadas correndo quando lembrei que não tinha ideia sobra onde ficava o kit de primeiros socorros. 

- Err... onde tem algo para fazer o curativo? - Ele deu um pequeno sorriso e depois contorceu a face de dor novamente.

- No armário da banheiro, gênia. - Bufei e pro um momento cogitei a hipótese de deixar ele lá, gemendo e sangrando. Argh, espero que eu vá para o céu depois de toda a caridade que eu estou fazendo. Eu conheço esse Chuck há menos de um dia e já o odeio! Peguei o kit e desci. Ele estava sentado na mesa, com o pé esticado e olhava o sangue com muito interesse. Me aproximei, sentando na cadeira e molhando um pouco de algodão com o remédio. Pressionei no pé dele enquanto o mesmo choramingava. 

- Dá pra apertar menos? Está doendo! - Ele falou, com um sotaque um pouco mais canadense.

- Considere isso um castigo por tentar me atacar na cozinha. - Eu falei, sem tirar o algodão. Ele revirou os olhos.

- Como se você não estivesse gostando. - Apertei no machucado e ele gritu de dor. Eu ri.

- Calado. - Ele ficou bem quietinho, enquanto a porta se abria. Ewelin apareceu com uma pizza e algumas sacolas.

- Céus, o que aconteceu? - Ela pediu, vendo o pé do Chuck.

- Deixei o copo escorregar no pé dele. Desculpe, deveria ter avisado no programa de intercâmbio que sou completamente descordenada. - O que ela iria pensar se eu contasse a verdade? Bom, não que eu tenha mentido, apenas encurtei a história.

- Eu já disse para ele que não se deve andar descalço pela casa. - Ewelin falou, negando com a cabeça enquanto deixava as sacolas sobre a mesa. - Deixe que eu termino esse curativo. Ponha os pratos na mesa, por favor querida. - Eu assenti, pegando o monte de pratos com cuidado e muito medo de derruba-los. Para minha alegria, nenhum novo desastre foi registrado. 

 

Na mesa, todos queriam perguntar algo sobre mim, ou sobre o Brasil. Deixe-me explicar. Na casa, haviam apenas Ewelin, seu marido, Bart, a filha mais nova, Catharine e agora, Chuck. Porém, os vizinhos do lado eram irmão de Evelyn e costumavam jntar ali. Uma garota, de cabelos dourados, que todos chamavam de Serena, seu irmão (muito gostoso) Nate, e Lily, sua mãe. 

- Então, quantos anos você tem, querida? - Ewelin pediu.

- Tenho 19 anos. - Falei, enquanto a loira sorria.

- A minha idade! - Serena exclamou e eu sorri para ela.

- Está na faculdade? - Lily pediu e eu assenti silenciosamente. - Está cursando o que? 

- Direito, na verdade. - Eu falei, ainda sorrindo. Ewelin pareceu se animar.

- Oras, Chuck também está cursando direito.  Ele está no 3° ano, pode lhe ajudar se você quiser. - Nem eu nem ele ficamos muito animados com a ideia, mas continuei sorrindo em assenti enquanto colocava um pedaço de pizza na boca.

- O Brasil é bonito? Sou louca por samba! - Serena disse.

- Ah, o Brasil é lindo. Claro, tem problemas como todo o pais emergente, mas no geral, é um bom lugar para se viver. - Eu falei, calmamente. - Fora que o Carnaval brasileiro é o melhor do mundo. Nunca acreditem ao contrário! - Falei me lembrando do gato do carnaval passado.

- Em que cidade você morava? - Chuck se manifestou pela primeira vez em todo o jantar.

- São Paulo. Mas me mudei para lá a pouco tempo. Vivia no Rio de Janeiro, embora tenha nascido e passado boa parte da minha infância em Florianópolis. - O jantar se passou assim, eu falei sobre a minha vida, o Brasil, mas eles se impressionaram mesmo quando eu falei sobre churrasco.

- Geralmente, quando há alguma comemoração, nós fazemos churrasco. - Nate arregalou os olhos.

- Churrasco? quer dizer, numa churrasqueira? - Eu assenti. - Aqui nós só fazemos hamburger na churrasqueira. - Eu ri.

- É, lá é bem comum. - Quando a janta acabou, eu ajudei a recolher os pratos, e subi. Tinha trazido algumas coisas do Brasil, sabe, presentes. Desci até a sala, onde todos estavam sentados.

- Espero que gostem. Trouxe algumas lembrancinhas brasileiras. - Eu falei, descendo passo a passo a escada carregando os vários pacotes. 

- Oras, querida, não precisava se incomodar. - Bart disse.

- Não é nada demais. - O primeiro pacote era do da Ewelin. Trouxe uma cuia de chimarrão e um pacote de erva. - Vou te ensinar a fazer chimarrão mais tarde. É uma bebida muito comum no Sul! - Ela sorriu e agradeceu. Para Catharine, eu comprei uma boneca de pano, bem artesanal. ela pareceu adorar! Já Bart ganhou uma miniatura de carro, eu paguei bem caro portanto é bom ele ter gostado. Por sorte, para Nate e Chuck eu tinha duas bolas de futebol. - Já que vocês sempre perdem para o Brasil no futebol... - Todos riram. E para Serena, eu tinha na minha bolsa um conjunto de esmaltes brasileiros. ela deu um ataque histérico, então, imagino que tenha gostado.

 

Subi as escadas, indo para o meu quarto. Escutei algumas batidas.

- Entre! - Falei, de costas, enquanto a porta se abria. Olhei para trás e bufei ao ver Chuck.

- O que você quer? - Ele se sentou ao meu lado.

- Quanta agressividade... só vim conversar. - Eu olhei para ele com uma sobrancelha arqueada.

- Você? Só conversar? Eu conheço seu tipinho, suas conversas costumam terminar com roupas espalhadas pelo chão. - Eu falei, me abaixando e abrindo minha mala, quase vazia. Que horror. Esse garoto é tão pervertido.

- Podemos pendurar as roupas se você quiser. - Eu lancei um olhar mortal, e ele riu. - Brincadeira. Você não tem senso de humor? - Eu soltei uma gargalhada forçada. - Melhor. - Ele pareceu pensar. - E se nós transassemos, qual o problema, é só sexo. - Ele falou, indiferente. Minhas mãos passaram com mais força pelo zíper.

- Esse é o problema, pra vocês homens é sempre só sexo. Não é só sexo! - Eu quase gritei e ele ergueu as mãos.

- Calma, pra que todo esse drama? É normal, você está agindo como se fosse virgem. - Eu olhei para o chão, calada, enquanto ele ria. - Espere. - Ele parou de rir e olhou para mim, que não desviei o olhar do chão. - Você é virgem...? - Ele perguntou, incrédulo, com uma sobrancelha arqueada. - Responde, você é virgem? 

 


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Notas finais do capítulo

Então, o que ahcaram? Será que a Blair é virgem? O___O

Vamos descobrir logo!

XOXO. Neli ;*