House Of Night: Sweet Darkness escrita por BrunaNagorski


Capítulo 6
Capítulo 6




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Marie McLaren

“Então os alunos estão em seus dormitórios, ainda.” Marie disse à Alta Sacerdotisa que estava sentada em sua frente. “Como é que funciona quando uma pessoa é Marcada? Eu digo, você fica esperando ela mesmo quando ainda está claro lá fora?” Elas estavam na enorme cozinha da enorme escola, Marie com um copo de Coca-Cola e Katharine saboreando uma taça de vinho. Com sangue.

“Exatamente. Quando o Rastreador Marca alguém, ele vem me informar, e eu vou recebê-lo, pois são especiais, além de eu ficar super alegre quando Nyx diz sobre o próximo adolescente que virá a ser Marcado. O Calouro não tem mais do que algumas horas para chegar a House of Night. Mas o caso de sua amiga, Wanda, é bem interessante e muito raro.” Ela olhou pra mesa, e estalou a boca. “Você disse que levou quanto tempo para chegar de onde Wanda foi Marcada até aqui, 40 minutos?”

“Yeah, eu acho que sim.” Marie respondeu.

“Pois então, creio que seja o que estava supondo. Hmm, o último a ser Marcado e que seu corpo não deu mais que algumas horas para rejeitar a Marcação foi... oh, foi Sandra Jencks, de Manhattan, a mais ou menos uns 17 anos atrás, e a primeira da história dos vampiros foi a Rainha Alecar Sups’yh, da Antiga Grécia, e as duas tiveram um propósito especial enviado por Nyx.” Ela estreitou os olhos, pensativa.

“Ah. Espera, você está dizendo que a Wanda é meio que uma Escolhida?”

“Sim.” Respondeu Katharine. “Como disse, é um caso muito raro, chamado de Súbito Laurel. Sua amiga aprenderá sobre na Sociologia Vampirica 212, quando ser uma Quartanista, ou talvez antes, suponho.” Ela disse a última frase com os dentes apertados. Marie se mexeu desconfortavelmente na cadeira de madeira com almofadas.

“Err, será que Wanda ta bem?” Marie perguntou. Por mais que soubesse que ficaria tudo bem, e que, quando as coisas se tratavam de vampiros, este era o resultado, ainda estava preocupada, e a imagem de sua amiga pálida e quase sem vida no carro fazia seu coração se apertar. Wanda realmente foi a única garota a qual Marie pode confiar e que a fez impossivelmente mudar do modo Dark para um tanto quase Clear.

“Sim, tenho convicção que ela está bem. É bem difícil algum adolescente chegar aqui e morrer pela rejeição. E tem mais, eu ouvi o bater do coração dela lá fora. Tava fraco, mas estava batendo.”

“Bem, wow.” Marie se surpreendeu pela audição bem desenvolvida dos vampiros, e imaginou como que seria com Wanda.

“Quer fazer uma visitinha a ela?”

“É, sim, se não for incômodo...” Se encolheu.

“Não, claro que não, mas você não vai ter muito tempo, okay? E é bem provável que ela não esteja acordada.”

“Tudo bem então.”

Então se levantaram e se dirigiram à enfermaria. Andaram um belo – com duplo sentido – caminho para chegar ao hospital, o suficiente pra deixar Marie boquiaberta. Os corredores e salões por onde passaram eram exuberância de beleza antiga, como por exemplo, os detalhes nos rodapés e nas próprias paredes, os quadros de pintura a óleo retratando vampiros famosos e fatos históricos para os vampiros, as armas penduradas nas paredes e também as coladas nos peitos das armaduras desgastadas e antigas de guerreiros importantes. Marie adorou o que concluiu que era a praça de alimentações. Na verdade passaram por uma grande ponte, que lembrava a do Central Park, que cortava a praça e entrava em um montarel de árvores verdes, e então o lugar onde pisavam mudava para uma passarela de ferro escuro. Já cercada pelas árvores, Marie ficou curiosa quanto a onde a passarela terminava. De onde estava ela ouviu barulho de água, e sabia que não era da fonte que a praça continha. Onde a passarela terminava? Foi a pergunta que ficou na mente de Marie, apenas até o momento em que chegaram ao pequeno hospital, que parecia ser a única parte que não era antiga. Tudo era branco, branco e branco. Havia máquinas precisas e modernas. Ela parou e imediatamente viu a garota ao qual estava preocupada deitada na maca – também branca, para variar. Uma enfermeira levantou da cadeira onde estava sentada lendo algum livro e cumprimentou a Alta Sacerdotisa com uma reverência que Marie nunca havia visto; as duas usaram o pulso colado ao coração se curvando, usando um Merry Meet. Voltou a prestar atenção na menina agora não-pálida que estava deitada na maca.

“Como que ela está?” Katharine interrogou a enfermeira.

“Basicamente bem. Devemos apenas a deixar descansar.” O coração de Marie acalmou. “Vou observar ela só para garantir, ela chegou meio tarde.” A Curandeira informou.

“Não, Livie. Temos aqui outro caso de Súbito Laurel.” E parou derrepente. “Marie, acho que você pode ir até sua amiga, não há problema, não é Livie?”

“Não, claro que não.” Livie respondeu distraidamente. “Mas como assim outro caso de Súbito Laurel?” Questionou Livie com uma voz baixa e preocupada. Marie deu um passo para frente, hesitou, e então impulsionou cinco passos para frente para chegar à maca ocupada por uma bela garota ligada a fios. Sim, Wanda era bem bonita. Não era a toa que ela era a mais popular da escola e que várias garotas a invejavam. E para deixar sua aparência quase divina, lá estava a lua azul-marinho que era a marca registrada de que Wanda era uma vampira, e nada podia mudar isso. Agora seu rosto estava sereno, e não perturbado. Sua respiração controlada. E então... Marie não sabia o que dizer. Não era um velório para deixar seus pesares. Não era uma situação de vida ou morte onde Marie teria de dizer o quanto Wanda foi importante para ela. Ela iria apenas ficar lá. Sentar e dormir ao seu lado. Esperar ela acordar. Mas sabia que não podia. Primeiro, porque ela achava que ia contra as regras da escola, e segundo, ela tinha uma avó preocupada que estava esperando-a preocupada por não ligar justificando, e um grupo de amigos ligando para perguntar a ela o porquê da falta dela e de Wanda no Mcdonalds para comer um cheeseburguer. Yeah.

“Hã, já está na minha hora. Daqui a pouco começa mais um dia – ou noite de aula, e eu preciso separar os materiais.” Katharine informou.

“Hey, acho que vou junto.” Marie virou. “Eu digo, a escola é grande, e eu não posso me perder por aí.”

“Você está certa. Não a melhor das idéias ficar perdida no meio de alguns muitos vampiros sedentos por sangue fresco.” Ela falou com um olhar sério. Marie a olhou com se a Sacerdotisa estivesse falando grego. Então Katharine gargalhou. “Só brincando. Vamos?”

“Vamos.” Marie respondeu. Deu uma breve virada para trás e sussurrou para a dormente, “Me liga. Err, Tchau.”

A volta foi estranha. Alguns alunos já estavam ambulando pela escola pelo pesar de Marie. Alguns namorando, outros conversando com seus amigos, outros estudando e fazendo a lição atrasada, e outros simplesmente fazendo nada. Um grupo de garotas também passou por Marie e por Katharine, entrando na floresta e indo para onde Marie não pode passar, e fez com que sua curiosidade se tornasse num calafrio de medo, pois o lugar estava começando a ficar escuro, e as luzes dos postes que Marie nem tinha percebido direito estavam emanando uma luz forte e amarela. Na verdade, desconfortável mesmo foi os olhares dos calouros. E o pior era que ela estava seguindo a figura mais importante da escola, a Alta Sacerdotisa. Os rostos iluminados quando viam e saudavam-na se transformavam tanto em um ponto de interrogação quanto um de exclamação. Marie saudou o vampiro Guerreiro Santus que estava na porta principal, e dirigiu-se ao estacionamento. E foi isso. Marie havia estado dentro de uma escola vampirica praticamente pela segunda vez, deixando sua amiga recém-Marcada lá, e pra fechar com chave de ouro, recebeu atenção de vampiros – ou quase – que tinham saído um pouco mais cedo de seus dormitórios, e isso.

Marie chegou ao estacionamento, entrou na sua Chrysler, e voltou para casa.


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