- Não sei se ainda existe nós dois Frank. – Suspirou. – Eu irei voltar para o MCR, irei falar com o Mickey hoje. Não posso deixar o meu sonho morrer desse jeito, você não quer voltar? – Gee mudou o assunto, querendo fugir daquela resposta, não havia pensado muito bem sobre tudo, Frank o rejeitou uma vez, mesmo ele tendo feito tudo errado, ele foi atrás do mais novo e o mesmo não o quis de volta.

- Talvez... Seja melhor não é? Não quero decepcionar nossos fãs, muito menos acabar como MCR...- Frank respondeu-lhe.

- Gee, quero sorvete. – Ambar puxou a manga do casaco de Gerard, fazendo cara de choro.

- Já vamos meu amor. – Sorriu para ela.

- Você vem junto, não é tio Frank? – Ela perguntou.

- Ah, vou? – Ele encarou Gee.

- Vem, vamos. – Disse suspirando, iria matá-la mais tarde.

Gerard caminhou até a porta, seguido de Ambar. Frank ao seu lado, em puro silêncio. Correram para o carro de Gerard estacionado na beira da calçada. Frank sentou-se no banco do carona.

Gerard ligou o carro e eles seguiram para o hotel onde Gee morava com Ambar, eles haviam comprado vários potes de sorvete e deixado no congelador. A menina adormeceu no meio do caminho e eles a colocaram deitada na cama de casal do grande e espaçoso quarto. Gee atirou-se sobre o sofá e ficou encarando teto, não iria falar nada enquanto Frankie não falasse.

O mais novo encarava a janela, estava escuro lá fora, a chuva batia forte contra o vidro e as gotas eram grossas e rudes. O tempo estava piorando, a tempestade estava chegando. Ótimo clima para os dois conversarem, ou não.

- Então, você vai voltar pra banda ou não? – Gee perguntou, quebrando o silêncio irritante.

- Talvez... Você me quer de volta? – Frank perguntou.

- A banda era bem melhor com você, você toca muito bem.

Gerard não queria dar o braço a torcer e dizer que precisava de Frank de novo. Tudo estava sendo apenas para o melhor do My Chemical Romance, não por ele. Obviamente, ele necessitava do mais novo ao seu lado, mas isso era outro assunto.

- É claro! A banda... – Frank pareceu decepcionado.

- Frankie, eu não sei se temos mais jeito. – Gerard suspirou e encarou o mais novo. – Eu tentei, você tentou e no final acabamos assim. Você sabe o quanto eu te amo, o quanto te quero, mas é difícil, quando você se arrepende e vai atrás e te dizem não. – Gerard se levantou e caminhou até o mais novo. – Quando beijam uma loira nojenta na sua frente.

- É, eu fui um idiota. Mas você também. Eu não quero mais ficar longe de você. Nós podemos fazer isso dar certo e podemos continuar com nossos sonhos Gerard! – Frank disse esperançoso.

- Não sei, tantas coisas aconteceram, teríamos vários problemas, os fãs, nossos amigos... E eu tenho que cuidar da Ambar. – Gee suspirou.

- Adote-a. Isso a adote Gerard! – Frank respondeu-lhe. – Faça dela sua filha! – Sorriu para o mais velho.

- Está louco? Adotar uma menina dá muito trabalhando, ainda mais sozinho, sendo solteiro. – Riu atirando-se no sofá ao lado do mais novo.

- Não vai estar sozinho, seremos ótimos pais. – Frankie abraçou-lhe.

- Frank... Isso não vai dar certo, não pode ser assim.

- Pode Gee, é só querer. Seremos uma família, uma família como você sempre quis. Você poderá ter uma casa agora, e não será expulso dela! Prometo! – Frankie riu, lembrando-se do passado.

- Frankie, você tem visto muitos filmes com finais felizes...

- Por que não podemos ter o nosso final feliz? – Disse beijando o  mais velho e rindo em seguida.

Remontar o My Chemical iria ser mais fácil. Agora, a adoção de Ambar, os fãs e amigos aceitarem Iero e Way como um casal e ainda mais sendo “pais” de uma menina de nove anos, seria impossível. Ainda mais que pela lei, não podem se casar. Praticamente impossível que de certo. Mas Gee sentia-se mais seguro com Frank tão confiante ao seu lado.

Gerard pegou o celular e discou o número tão conhecido do irmão. O irmão atendeu ao primeiro toque.

- Mickey, prepare-se, o My Chemical irá voltar com tudo. Incluido Iero e Way! – Riu enquanto ouvia a voz de surpresa do irmão do outro lado da linha.