Hated escrita por Juliana133


Capítulo 37
Capítulo 36




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Jullie andava pelo quarto sem saber o que fazer, se perguntando onde estaria Tom.
Ela deu a volta na cama e se aproximou da mesa de Monique, tinha um livro ali fechado, o reconheceu, era o livro que Monique arrancou de sua mão quando ela o pegou do chão no dia em que foi visitá-la.
Não se contendo, o pegou na mesa e o abriu na primeira folha, se espantou com a imagem: Eram fotos de quatro menino pequenos, os reconheceu graças as fotos que viu na casa de Adrienne, eram os F4.
”Monique estudou com eles no jardim?”, pensou.
Passou os olhos pelo resto da folha e virou a página, encontrou pequenas fotos de várias crianças, devia ser da sala deles, passou os olhos e encontrou Georg primeiro, depois achou Bill, mais embaixo encontrou Gustav, desceu os olhos pra achar a foto de Tom, quando a encontrou sufocou um grito e soltou o caderno fazendo-o cair no chão.
A foto de Tom estava estraçalhada, tinha cortes por ela toda, não conseguia se distinguir rosto, ou corpo... Jullie colocou a mão sobre o peito, seu coração batia forte, estava assustado, Monique tinha estraçalhado a foto de Tom.. Mas por que?
- Te impedi de ver esse caderno daquela vez, mas você parece ser insistente.
Jullie pulou, olhou pra trás e viu Monique segurando uma bandeja com um bule de chá e duas xícaras.
Ela não conseguia dizer nada, sua respiração estava muito acelerada, olhava pra Monique que mantinha um sorriso calmo nos lábios.
- Bem... Não achava que seria tão rápido, mas já que foi assim... - Ela deixou a bandeja na mesa e pegou o celular, ouve uma pausa antes dela falar - Venham logo. - Ordenou com a voz mais grossa.
Jullie escutou a porta abrir e três homens vestido de preto entravam, homens enormes, pareciam mais uns armários e um deles trazia uma corda.
- Monique o que vai fazer? - perguntou Jullie assustada
Ela apensa sorriu enquanto os homens passavam por ela e iam me direção a Jullie.
Ela tentou se afastar mas foi surpreendida por um tapa tão forte que ficou desacordada.

Tom chegou no quarto já chutando a cadeira.
Estava irritado, depois de sair do quarto do hotel foi direto pra casa, sua cabeça estava borbulhando de raiva, jogou milhares de coisas que tinha em cima da mesa no chão, foi até o cachecol empacotado de Jullie e começou a rasgar o plástico, quando finalmente conseguiu, estava pronto pra jogar o cachecol no chão e pisar nele até virar peno de chão, mas não conseguiu mais... Sua mão parou no ar quando sentiu que o cachecol, mesmo depois de lavado ainda tinha o perfume da dona, olhou o cachecol por um segundo quando ouviu o celular tocando.
O pegou do fundo do bolso e olhou o visor “Monique”, não queria fala com ela, esperou mais um pouco mas no final atendeu, só esperando ela falar alguma coisa.
- Obrigada por me acompanha hoje Tom! - Foi dizendo ela com costumeira voz delicada. - Você tem a mente mais simples do que eu imaginei.
- Hãm?
- Você não percebeu? As pessoas do clube e do hotel... Eles tiveram performances tão falsas.
Tom não entendeu logo de imediato, mas logo conseguiu encaixar as peças.
- Sua... O que fez?
- O que não se pode fazer com um punhado de notas verdes! - Disse Monique em tom de riso - Foi fácil convencê-los a dizer tudo que eu queria na sua frente. E você caiu muito depressa... Que mente limitada a sua. - riu.
- Sua... - Tom  estava nervoso, não sabia como se referir adequadamente àquela mulher
- Venha para o refeitório da Eitoku! - Ela deixou seu tom meigo - Sua Jullie está esperando por você. Venha sozinho! - e desligou.
Tom olhou o aparelho em sua mão, sem pensar duas vezes, enfiou o celular no bolso e saiu correndo.

Monique chegou ao refeitório onde Jullie estava sentada no chão com as mãos amarradas nas costas, já estava acordada.
- Estou tão cansada de olhar pra você. - declarou, quando passou por uma mesa onde deixou o celular e pegou um canivete.
- Por que faz isso Monique? - Falou Jullie ainda assustada - Nós não somos amigas?
- Amigas? - Ela riu, a passos lentos se aproximou de Jullie - Eu mandei aquele cara pra você no clube, eu o mandei colocar as pílulas pra dormir no seu chá, fui eu quem tirou a foto no hotel...
- Não brinque comigo! - Jullie berrou irritada - Fingindo ser minha amiga... Isso é muito baixo sabia disso? Ainda mais pra você... - a desafiou.
- Cale a boca. - Monique revidou com um tapa em Jullie que virou o rosto violentamente, ela sentia os cinco dedos de Monique em sua pele e só conseguia sentir mais raiva, estava doida pra revidar um belo tapa em seu rosto.
Monique segurou o rosto de Jullie, fazendo-a olhar pra ela.
- Há certas coisas, que eu preciso fazer, eu não tenho tempo pra me preocupar com peixe pequeno. - Ela analisou o rosto da morena e depois a soltou e um movimento brusco - Desde o jardim de infância eu tenho vivido pra me vingar do Tom.
- Se vingar?
- Pra isso eu tive que usar você no processo. Até nos encontrarmos naquele dia aqui no refeitório foi coincidência, mas quando eu esbarrei no Tom, derrubando os sucos nele, foi de propósito. Como sempre, como é de sua natureza boa, você me defendeu e foi ai que ele entrou em sua vida. Vocês dois interpretaram seus papéis melhor do que eu esperava, contudo... Eu calculei mal, eu nunca pensei que ele ia começar a gostar de você.
- O que o Tom fez pra você reagir assim?
- Desde criança ele não prestava e nunca vai mudar. Eu nunca vou perdoá-lo. - Monique parecia possuída pelo ódio, Jullie não sabia o que fazer, ela parecia louca, a ponto de fazer alguma loucura. - Essa é a ultima vez que você tem utilidade pra mim.
- Quê?
- Você foi a isca, pra atrair o Tom até aqui.

Tom corria, não tinha se preocupado em chamar nenhum motorista, só pensava em chegar logo na escola, passava por uma ponte quando ouviu seu telefone tocar, parou de correr ofegante, xingando mentalmente quem o estava perturbando, olhou o visor, era Georg colocou o telefone no ouvido sem dizer nada.
- Tom, você está com a Monique?
Ele respirou um pouco, tentando não deixar sua voz parecer ofegante.
- Não.
- Tenha cuidado com essa garota, você é o alvo dela.
Ele e Gustav estavam na casa de Monique, Georg olhava pro quarto todo quando viu Gustav se aproximando com um livro. Georg olhou a foto estraçalhada de Tom e trocou olhares frustrados com Gustav.
- Tom, escute... - Ele fez uma pausa quando ouviu barulho de carros se movimentando - Tom onde está indo?
Tom soltou o ar frustrado.
- Estou indo pra casa.
- Está mentindo. Onde está indo Tom? - Georg berrou preocupado - Nos diga o que aconteceu.
- Não vá lá Tom! - Gustav pegou o telefone da mão de Georg e berrou, ainda mais desesperado que o amigo. - Essa garota é perigosa, nós não sabemos quem ela é de verdade, estamos olhando um álbum da nossa época do jardim...
- Eu tenho que ir. - interrompe-o Tom.
- Nos diga aonde está indo ok? Iremos com você!
- Se vocês forem eu não serei capaz de proteger a Jullie.
Gustav não conseguiu dizer nada, apenas olhou pra Georg pedindo ajuda com os olhos.
Tom não esperou mais nenhuma resposta, desligou o celular, olhou o cachecol de Jullie que ainda estava firme em sua mão e tornou a correr.


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