Hated escrita por Juliana133


Capítulo 16
Capítulo 15




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Jullie corria na direção de Bill, mas de repente parou e olhou pra si mesma, passou a mão na roupa o no cabelo, puxou o paletó, esticando-o e se aproximou de Bill nervosa.
- O que você está fazendo aqui? - perguntou antes mesmo dele perceber sua presença.
Bill a olhou
- Ah! É você de novo.
- Eu sei o fuso horário, são oito horas. Tem algum conhecido na França? Ou vai de férias? - Ela estava nervosa e tagarelava sem parar.
Bill parecia nem a ouvir, voltou a olhar os pôsteres no muro.
- Oito horas... - murmurou.
Jullie olhou o muro também.
- Ah... Essa pessoa do painel era nossa veterana, já a viu pessoalmente? Eu a admiro muito!
Ela começou a tagarelar de novo e nem percebeu que Bill se aproximava dela.
Ela o olhou e o viu em pé com o rosto muito perto do seu.
Ela não se mexia, seu coração disparou e ela sentiu seu rosto esquentar.
Bill se aproximou ainda mais, esticou a mão e passou o dedo no canto da boca dela.
- Você tem alguma coisa no seu rosto. - examinando o dedo - Parece ser grão branco.
- Deve ser o daifuku que eu comi - Ela passava a mão pelo rosto freneticamente.
- Daifuku? - A olhou curioso (daifuku é um doce cujo recheio é feito de feijão vermelho)
- Ah...não... Não é nada. - Ela se enrolava gaguejando, então decidiu sair logo - Até mais.
Ela correu até Monique e a puxou.
- Vamos.
Monique ainda tinha uma expressão espantada do rosto enquanto seguia Jullie atravessando a rua.

 

Tom estava lá, dentro da carro, e viu Jullie conversando com Bill e depois saindo com Monique, não gostou nenhum pouco de vê-la conversando com ele.
Mandou o motorista ir pra casa, tinha planos praquela garota, ia atacá-la de outras formas.

No dia seguinte, Jullie foi preparada psicologicamente, parou na frente do armário e respirou fundo algumas vezes e quando o abriu, teve uma surpresa.
Não havia nada ali, nem um papelzinho vermelho escrito “F4”, nem cobras nem nada, sorriu de leve e aliviada guardou as coisas que tinha que guardar.
Quando passo pela porta em direção a sala de aula viu Monique entrando, as duas pararam de andar e se encaram por um segundo, depois Jullie sorriu e seguiu seu caminho e Monique foi guardar suas coisas.

- A TARJA VERMELHA! - o garoto corria pelos corredores - A TARJA VERMELHA APARECEU DE NOVO, DESSA VEZ É A MONIQUE COLLEMAN DA TURMA 2C QUE RECEBEU!
Jullie largou a caneta e saiu correndo mais rápido que conseguiu na direção do pátio, onde já tinha muitas pessoas aglomeradas.
Ela chegou no pátio com uma vassoura na mão chamando pelo nome da Monique.
Quando conseguiu alcançá-la no meio na roda ela estava sentada segurando o próprio corpo, chorando, estava molhada e tinha marcas brancas por todo o corpo.
Tinham jogado saquinhas de farinha e alguma outra substancia que Jullie desconhecia em cima dela, que quando pegam no corpo doem insuportavelmente.
Jullie abaixou na altura dela.
- Você está bem? - Colocando a mão em suas costas.
- Dói.
- Oh! Quanta tragédia. - Ouviu-se a voz de Belinda soando falsamente preocupada.
Monique não conseguia parar de chorar, Jullie se pôs de pé e encarou Tom que estava sentado na poltrona.
- Tenha um pouco de bom senso. Seu alvo sou eu não é? - Falou exasperada.
- Não se faça de boazinha, afinal você é pobre. - Um garoto do meio da multidão gritou se intrometendo na conversa.
- Idai se você é tão rico se é tão idiota. A Monique não tem nada a ver com isso... - se dirigindo a Zac.

- Você... - Tom falou, fazendo Jullie se calar - Não está enganada?
- Como?
- Quem declarou guerra a mim foi você.
- Uma pessoa pobre feito você merece sofrer. - Um outro garoto perto do Tom decidiu se intrometer, ele pegou um vidro de ketchup e tacou em Jullie
Ela se assustou e levantou os braços pra se defender, e como estava segurando a vassoura ela levantou no ar e rebateu o vidro.
O vidro de ketchup voou, bateu na parede e caiu no chão e estourou no pé de Tom, sujando seu sapato.
Gustav olhou o sapato do amigo e fez uma careta, Monique e todos os outros alunos olhavam o sapato com os olhos tão arregalados que mais um pouco e sairiam das orbitas.
Tom apoiou o braço na própria perna pra poder ver melhor e depois olhou Jullie.
- DESGRAÇADA VOU TE MATAR!
Em resposta todos começaram a arremessar os saquinhos nas duas de novo, Jullie tentava se proteger e proteger Monique também, ela gritava pra que eles parassem mas ninguém a ouvia.
Tom olhava a cena mas não gostava do que via, não sabia por que, mas não gostou de ver Jullie ali e todo mundo jogando aquelas coisas que ele nem sabia o que era em cima das duas.
- PAREM! - Ele se levantou e todos pararam no mesmo instante, Jullie o olhou assustada.
- Já chega.
Ele foi se aproximando de Jullie e ela o encarou, sem mostrar medo nenhum.
Estavam há um passo de distancia e Tom colocou o pé que estava sujo mais pra frente.
- Lamba! - Disse sem olhá-la.
- O que?
- Lamba, e eu acabarei com isso. - a olhou.
Jullie e Tom se olhavam nos olhos se fuzilando.

O mesmo garoto que jogou o vidro de ketchup começou a bater palmas e gritar: “lambe, lambe, lambe, lambe...” e todos acompanharam.
Jullie olhou Monique que se mantinha encolhida no chão e não parava de chorar, não via outro jeito, se lambesse acabaria todo aquele jogo, ela não precisaria mais se preocupar com nada e seus amigos também não sofreriam mais.
As palmas e os berros não deixavam ela pensar direito.
Ela olhou pro Tom, vencida e cansada, mas ainda mantinha o desprezo, ele não gostou desse olhar que ela lhe lançou.
Jullie se ajoelhou devagar olhando os sapatos brancos a sua frente, lamberia o pé dele, se rebaixaria àquilo e poderia viver em paz de novo.
Tom viu que ela lamberia mesmo e descobriu que não era isso que ele queria, mas não poderia voltar atrás, estavam todos olhando.
- Você errou! - Jullie estava quase chegando no pé do Tom quando ouviu.
Ela olhou pra trás junto com todos que estavam ali e viram Bill encostado em um dos pilares.
- O fuso horário.
- O- furo horário? - perguntou pausadamente e piscando os olhos.
- Na verdade são sete horas, porque em outubro é horário de verão. - Disse e desencostou do pilar dado alguns passos a frente.
- Me desculpe - Jullie disse, sem saber o que dizer.
Tom revirou os olhos.
- Parei - e saiu, sem olhar pro Bill.
- Certo, acabou. - Georg surgiu da multidão e seguiu Tom.
- O jogo terminou - Georg seguiu os dois amigos.
Jullie ainda estava ajoelhada, olhou Bill e ele sorriu pra ela antes de sair.


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