-Clarissa?Clarissa?-escutei Bernardo sussurrar no meu ouvido. Abri os olhos, não completamente acordada.

-Que foi?-disse virando para fitá-lo.

-Vou ter que ir. -disse ele, levantando-Vou voltar para o meu chalé.

-Mas por quê?-disse, desapontada, segurando seu braço. Ele sentou na cama do meu lado, afagando minha bochecha.

-Bom, digamos que dois campistas, menino e menina, não podem ficar no mesmo chalé. Ainda está de madrugada você ainda pode dormir, mas eu vou ir embora porque se sentirem minha falta no meu chalé, ferrou tudo. Eu queria ficar. . .Mas não posso. -disse ele beijando minha testa. –Até mais tarde. Bons sonhos!-E ele se foi.

                             Fechei os olhos e dormi de novo. Acordei horas depois com uma certa loba pulando em cima de mim.

-Bom dia pra você também, Doce-Amarga!-disse enquanto ela saia de cima de mim. Tomei banho e me arrumei, a mesma roupa de sempre. Ajeitei meu cabelo, fazendo uma trança e abri a porta quando vi a última pessoa que queria ver nesse século.

-Oi, gatinha!Sabia que eu vinha? Você tá toda arrumada!-disse ele pegando na minha cintura.

-Me solta, seu nojento!-disse batendo nele. Ele se afastou, mas ainda com a expressão de deboche no rosto. O que você quer?-perguntei me afastando. Ele veio atrás de mim.

-Eu quero uma segunda chance, minha linda!Meu Raio de Sol!Por favor - me virei e ele estava ajoelhado, e pegou minha mão, ainda ajoelhado.

-Pelo Amor dos Deuses, Apolo!Para de palhaçada – disse tirando minha mão da sua.

-Mas eu te amo!-