Capitulo 6

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Sentia meu braço queimar constantemente e dor começava a ficar agonizante.

Nessa hora senti muito a falta de amigos, como os que o Potty tinha, assim eu não precisava encará-lo sozinho, tirei o uniforme da escola e marchei a cama de Blaise, deixei uma nota dizendo que eu tinha acontecido de novo, não precisava explicar mais, ele já entenderia, disse pra ele avisar a qualquer um que eu estava faltando as aulas por puro resfriado e qualquer coisa do tipo, era pra liberar a verdadeira informação apenas à Minerva, ela saberia manter o segredo.

Assim que já estava pronto, fui discretamente, sem que ninguém me percebesse, a sala precisa, o armário sumidouro continuava ali, entrei nele e depois de um tempo as preces de sair inteiro daquele armário. Acabei por sair na minha casa, estranho, o que o armário estava fazendo em casa? Me senti aliviado ao ver apenas a minha mãe lá, ela me chamou para um abraço e eu o dei:

-Mãe, o que o armário veio fazer aqui?

-O ministério o trouxe para cá, se algum comensal quisesse invadir Hogwarts, pararia aqui.

-Como?

-O armário na Borgin e Burkes, um artesão muito esperto, fez uma réplica com um tipo diferente de ‘teleporte’, agora, no caso, existem trás armários...

-Ainda não entendi...

-O armário falso é aquele na Borgin e Burkes, este é o que estava lá, então qualquer um que deseje invadir ou ir para Hogwarts, principalmente os comensais, virão para cá, assim nada nem ninguém vai entrar em Hogwarts.

-Mãe, você sabe melhor do que eu que seja lá qual for a ameaça, não vai conseguir chegar perto de Hogwarts, porque eles simplesmente não destruíram o armário? Assim a Senhora não estaria em perigo!!

-Então você já notou? Que algo está por vir?

-Mais ou menos, bem, agora tenho de ir, o meu braço está ardendo novamente.

-Obrigado mãe...

Dei um abraço nela, sabe lá se eu a veria novamente, falaria com a diretora McGonagall assim que voltasse a Hogwarts.

Aparatei para o lugar de sempre, chegando lá, tinha apenas eu e mais uns três homens que não cheguei a conhecer, mas um se destacava dentro deles..., um homem alto, loiro e de olhos geladamente brancos.

-Filho...

-Pai..., o que aconteceu?

-Eu senti que você achou a minha pedra, sinceramente Draco, o que você foi fazer com ela?

-Bom, um cara do ministério chegou e me perguntou sobre ela – Draco que meio que leu os pensamentos do pai, acrescentou - eles tomaram a liberdade fazer uma ‘limpa’ na mansão...

-Previa isso, mas como eles conseguiram passar pelos feitiços? Draco, você não...

-Pai! – ele falou com uma voz irônica, escondendo o medo – você imaginou que eu iria trair o Senhor desse jeito??

-Não..., certo, desculpe. Eu não sei mais em quem posso confiar Snape não passava de um canalha no fim das contas...

-Ele merecia uma morte bem mais trágica.

-Assim que se diz filho, agora, comecemos com o ritual...

-Mas, dá certo, quer dizer, só conosco?

-Bem, sim, se você tocou a pedra, conseguiremos...

-Pai? O que é aquela pedra? Fiquei muito curioso, e agora que ela tem algo relacionado com o ritual...

-Entendo sua curiosidade filho, mas preste atenção, você vai descobrir pra que ela serve no fim do ritual

-Certo, ...Pai?

-O que foi filho?

-Só mais uma coisinha...

-O que? – Lucius disse se virando para o filho com uma cara meio que

preocupada, porém..Não foi o bastante para para-lo.

-Isso...

~***~

Pov Hermione Granger:

Desde o inicio da manhã estava com a impressão de estar esquecendo algo, peguei todas as minhas malas e verifiquei ambos conteúdos no mínimo umas três vezes, olhei em volta do quarto, no banheiro, em tudo, não havia esquecido de nada, estranho...

Paguei o que precisava e fui em direção a porta, verificando os documentos, assim que tinha certeza de não ter esquecido nada, aparatei em um beco escuro.

Estava na plataforma 9³/s24; , atravessei-a e sem demoras peguei um trem estilo ‘voador’ guiado por um hipogrifo que me esperava, a professora Minerva havia me falado que o mesmo estaria me esperando. Coloquei minhas coisas com o ‘motorista’ e sentei-me na carruagem, fechei a porta e notei que a sensação estranha havia passado, e como eu nunca fui uma boa voadora, com certeza aquela sensação havia sumido para novas aparecerem.

Acabei cochilando por culpa da demora a chegar em Hogwarts, acordei com a carruagem pousando, desci e peguei minhas malas mais leves, o ‘motorista’ me ajudou com o resto, ordenei a um aluno que vi avisar a diretora que eu tinha chegado, fui direto ao meu quarto, cheguei lá e notei o silêncio que me incomodou, assim que terminei de arrumar minhas coisas, ouvi a batida na porta, ordenei que entrasse, era a professora McGonagall:

-Oh, olá Srta. Granger, espero que tudo tenha ocorrido bem...

Ela falou muito serena, com um olhar estranho

-Sim, tudo bem...Aconteceu algo?

-O que mais temíamos...

Ela falou já serena, não contive a pequenina lágrima que escorreu pelo meu rosto serenamente e ligeira

-Não...

~***~

Não ouvi nada, apenas tive a chance de ver um flash verde sair pela minha varinha e sentir uma dor aguda penetrar em minhas costas, me forçando a me esconder no chão.

Senti o gosto do meu próprio sangue escorrer da minha boca, ..., não, ele escorria por todo o meu sangue, minhas vestes adquiriram um aspecto rubro, a dor já havia passado, mas não tinha forças o suficiente para me levantar, havia caído na maldição novamente, mas não era nada, o desejo de matar meu pai e seus comparsas era o suficiente para me dar forças para derrubar qualquer muralha, vi que o meu feitiço o acertou, um pouco, não sabia se estava morto, ou se estava apenas fingindo, ou inconsciente, ele sabia sempre se iludiu com as minhas palavras de trabalhar para o Lord eternamente, e segui-lo sempre e sempre.

Hmpf..., desejo medíocre o dele, minhas forças voltaram, senti uma coragem, uma força...Não, uma aura me envolver, pude ver no reflexo dos próprios olhos quase sem vida do meu pai, um halo me envolver, levantei-me e vi claramente algo tirar totalmente a vida dos olhos dele, algo que eu fiz, mas não vi, ou muito menos ouvi o que foi...Só senti alivio, agora,ele não atormentaria mais as almas dos Malfoy.

Seus comparsas, bem...fugiram, mas não estava nem ai, se houvesse um outro Lord, não ligaria, o que me aliviava era que a alma suja e podre do meu pai deixara seu corpo, pude sentir uma grande onda de um fardo sair das minhas costas, agora, nada mais iria assombrar o nome Malfoy, não ligaria se fosse preso por usar uma magia imperdoável, mas que ele merecia ele merecia.

Agora, podia descansar, aparatei ao ministério, onde poderia usar a rede de flu para chegar ao castelo imediatamente, contei a eles a noticia e eles me liberaram, me acompanharam ao castelo pois eu parecia muito fraco, também tinha sido vitima, me disseram que o certo era eu ir até o St. Mungus, mas não, se fosse pra mim receber cuidados, que fosse em Hogwarts, onde poderia vê-la.

~***~

-Não...

Foi a única coisa que pude dizer, ao estarmos saindo do meu quarto, Blaise e Pansy chegaram nos avisando que ele havia voltado, pelo menos...Senti-me aliviada.

Acompanhei a professora e fomos em direção ao corredor do escritório dela, onde entraríamos ele,...Sorte nossa que fora verdade, ele estava se apoiando nos braços de dois homens ligeiramente ‘grandes’ pareciam muralhas, porém confesso que Draco era realmente pesado mesmo quando tentava  não me esmagar, ele parecia atirado neles, lutando contra algum demônio que atormentava ele.

Gritei seu nome, o bastante para que todo o mundo ouvisse, o motivo? Simples... Ele desmaiou.

Levamos ele correndo para a enfermaria, os aurores admitiram que ele se recusou a ir ao St. Mungus, ou a qualquer hospital.

Chegamos na enfermaria e a Madame Pomfrey ateneu ele como se sua vida dependesse disso, ela nunca demonstrara certa preocupação com algum aluno, ela cuidou dele as pressas e eu fui obrigada a ficar do lado de fora da sala.

Esperei..., Esperei e Esperei. A professora saiu da sala e disse que ele ficaria bem, estava totalmente desgastado e fora vitima de uma maldição e um suco de frutas de feitiços, me apavorei mas ela disse que foi por um bom motivo: Terminar com a fama negra dos Malfoy. Sim, ele havia aniquilado totalmente qualquer alma que algum dia havia assombrado a sua família, me senti orgulhosa dele, mas tive vontade de matá-lo, porque Diabos ele foi sozinho??

Assim que ele acordasse, eu mesma me encarregaria de fazê-lo dormir novamente, mas dessa vez pra nunca mais acordar...

Depois de uns minutos sentada em frente a porta da Ala Hospitalar, vi Gina, Luna, e as garotas sonserinas que eu havia conhecido aquele dia, elas correram em direção a mim me perguntando se ele estava bem, claro, as sonserinas se mostraram ligeiramente mais interessadas em seu estado físico, o que me acarretou um pouquinho de raiva, mas eram minhas amigas afinal.

-Aw Mione, nós soubemos e viemos assim que conseguimos - disse Luna

- você está bem?

-Mais ou menos digamos, mas estou  preocupada, a Minerva disse que ele foi vitima de muitos feitiços...

Todos trocaram olhares de preocupados comigo, Gina e Luna pareciam mais preocupadas comigo do que com o homem que eu amava... Já as sonserinas, incluindo Pansy, nem se importarem comigo, o que estava certo por um lado, eu não estava lá, estava bem, havia respondido um milhão de vezes, elas me convenceram de ir às aulas, ficar esperando não mudaria nada.

O dia transcorreu normalmente, nada de noticias do meu loiro, o que me preocupava e muito, as meninas se encarregarem de afastar esses pensamentos de mim, o que eu fingia estar funcionando, mas não, Pansy conseguira me afastar do que eu pensava, e não eram coisas boas, lhes asseguro.

Passei a noite pensando no que poderia ter acontecido, Gina precisou me sedar para que eu dormisse, e mesmo assim, meus pensamentos horrendos se transformaram em pesadelos, antes ouvia apenas a minha voz me perguntando coisas aleatórias, mas agora...Via minha mente projetar imagens dos feitiços alcançando ele...Nunca me senti tão inútil, não podia fazer nada, apenas esperar e rezar para que sua alma esteja intacta.

Desejo realizado.

No outro dia durante a manhã, fui visitá-lo as sombras, ele acordou e me contou o que houve, fiquei feliz pela sua coragem, mas a parte de algo invadir seu corpo e lhe dar forças, bom, que bom que aconteceu, mas... Não gostei muito não.

Que bom que ele já estava consciente, vi que estava com uma faixa que cobri toda sua região do peito, então foi cruel, ele estava com curativos e faixas por todo o corpo, dormiu como um anjo assim que sai, ele havia me dito que tudo estava bem, e que ele prometia não sair do colégio desse jeito, mas que era uma coisa que ele precisava fazer, entendo completamente, do mesmo jeito que Harry precisou acabar com a vida medíocre e imunda de Voldemort com as próprias mãos.

~***~

Acordei com ela sentada do meu lado, banhada em lágrimas, que eu logo compartilhei com ela. Ainda bem que ela estava a salvo, quem sabe o que poderia ter acontecido quando ela não estava na escola?

Droga, ela estava em perfeitas condições, nada poderia tocar nela, nem se fosse preciso, ela era uma bruxa sobre - humanamente poderosa, e eu pensando nela, porque não me preocupo um pouquinho comigo mesmo?

Cara, eu to espedaçado, na ala hospitalar, e acabei de matar o meu pai...

Acho que esse era um dos efeitos de conseguir o pacote ‘super Hermione’ no qual estava incluso o total esquecimento de como ser mesquinho e egoísta!! (N/A: o pacote ‘super Hermione’ já acabou, mas tem o ‘super Euuu’, acredite, dá para o gasto...) ... Pelo menos eu tinha matado meu pai...

Digamos que acabou soando um pouquinho irônico na minha cabeça, por que era isso que eu sonhava desde que me toquei que meu pai era um emo colorido (N/A; nada contra os emos coloridos, aliás, eu os acho super gatêênhoos  8D) que ficava sempre ao redor do Lord porque gostava mesmo das cobrinha dele (N/A: queria lhes apresentar minha irmã: Amanda, mas eu chamo ela de Amy pra fica mais chique, ela é totalmente sarcástica e faz piadinhas mesmo não tendo graça só pra constar que NÃO SOU EU QUE ESCREVI A PARTE DA VIADISSE DO RECÉM-MORTO!!  Mesmo eu não discordando da sua opinião...)...

Digamos que pude encerrar meu dia com o sorriso da minha morena (N/A: também ‘somos’ morenas e por que Hell’Z não temos um loiro desse?? ToT) impressionante como ela me acalmava, ainda mais porque amanhã teria de enfrentar o ministério pela morte de meu pai.

Yep.Pelo menos pude dormir uma única noite tranquilamente, nenhum comensal agora iria me assombrar, finalmente as trevas deixaram minha alma e meu corpo.

Acho, que afinal, tudo isso aconteceu porque eu me permiti me apaixonar pela bruxa mais linda e fascinante de toda a escola, e fico feliz por tudo isso só ter acontecido com as decisões que fiz, admito que morri de medo quando enfrentei meu pai, fiquei com medo por ter de enfrentar todos aqueles homens, eu já era um bruxo forte, mas não o suficiente para empunhar uma varinha contra os mais fortes comensais, que sobreviveram ao ataque de Voldemort, foi Hermione que invadiu meus pensamentos, foi o amor e o carinho dela que me deram forças para que eu me levantasse, e tudo isso aconteceu apenas pela conseqüência de umas únicas,

Escolhas.