Twice In Love escrita por Haru


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Finalmente. o/~
Tá aqui o primeiro chappie da Reituki de presente pra Thami-chan. ^^
Foi betado pela Tay, mas eu perdi o documento. AHUSHAUSHUS Dai quem betou esse aqui foi minha uke-chan, a Laísa-chan. aishi ♥
Boa leitura pra vocês, nee. ~



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Ruki acordou, sem se preocupar em ver o horário. Esfregou os olhos com as mãos algumas vezes, antes de criar coragem para abri-los.

 

Sentando-se, passou a admirar o cômodo no qual estava. A bagunça chegava a lhe dar vertigem, ainda que estivesse ignorando o cheiro de bebidas alcoólicas e fumo.

 

Suspirando, levantou-se, só então percebendo que sua camiseta não estava no corpo e sua calça estava mais folgada, por conta do cinto que não estava em sua cintura. Provavelmente, estava perdido junto da parte de cima de sua roupa, em algum canto da casa.

 

Andou com calma para fora da sala, desviando dos objetos jogados e de algumas pessoas dormindo pesadamente pelo chão, visivelmente desconfortáveis.

 

Sentia seu corpo doendo, assim como sua cabeça, que latejava com força. Mas ignorou o fato solenemente, subindo as escadas do sobrado, dirigindo-se ao quarto do anfitrião da noite passada.

 

Sem pedir, abriu a porta, adentrando ao quarto a procura de seus sapatos e algumas roupas reservas que sempre estavam na casa do velho amigo. E, mesmo que não estivesse espantado com a cena, não deixou de sorrir, surpreso, ao ver seu colega na cama, abraçado a um outro moreninho.

 

Ambos encontravam-se nus, e a mão do maior estava sobre o braço do outro, como se ele o estivesse acariciando antes de cair no sono.

 

Achando os sapatos, Ruki os calçou, abrindo o armário e retirando de lá uma camiseta, que realmente não parou para perceber se era sua ou de Miyavi, uma vez que, embora fosse mais alto, Takamasa usava roupas justas.

 

Aproximou-se da cama, tocando o ombro do garoto alto com a ponta dos dedos gelados e murmurando algo, vendo Miyavi remexer-se preguiçosamente sob o toque.

 

- Myv, to indo pra casa. – sussurrou, temendo acordar o outro moreninho. – E eu não disse que você ia conseguir se aproximar do Yutaka-kun? – sorriu, vendo o outro fazer o mesmo, mal abrindo os olhos.

 

- Ru-chan... – chamou, com a voz grossa pelo sono. – Me manda uma sms dizendo que chegou bem...

 

- Mando sim. E veja se cuida direito do Yutaka, hein? Não vai fazer besteira, Myv. Não agora que você conseguiu ficar com ele. – disse a ultima frase, já rumando porta a fora.

 

Na verdade, estava realmente feliz pelo amigo. Não agüentava mais ouvi-lo falando sobre o tal garoto que ele conheceu na faculdade, embora houvesse uma diferença entre idades e eles não fossem nem ao menos da mesma sala.

 

Ruki sorriu por alguns segundos, já alcançando a saída da enorme mansão dos Ishihara. Com aquele maldito sol, a dor de cabeça o tomou quase por completo, o deixando completamente zonzo enquanto caminhava.

 

Tentou deixar aquilo de lado, mas sabia que a bebedeira na festa à fantasia da noite passada não passaria sem uma bela ressaca no dia seguinte.

 

Resolveu parar um pouco no parque que ficava no caminho, procurando sombra embaixo de alguma árvore para poder se sentar e tentar amenizar a dor na cabeça, que agora já beirava o insuportável.

 

Sem se dar ao luxo de procurar muito, sentou-se na grama protegida do sol por uma enorme árvore, encostando-se no tronco da mesma.

 

Suspirou, lembrando-se da festa.

 

Praticamente todo inicio de férias era daquela forma. Miyavi oferecia uma festa em sua casa e os estudantes da faculdade em que eram matriculados apareciam.

 

E a única regra era: Fantasia. Sem ela, a pessoa não entrava.

 

A maioria ficava realmente irreconhecível, com máscaras ou maquiagens extremamente pesadas. Segundo Miyavi, essa era a intenção. Quando se está fantasiado, você pode escapar da sua realidade por uns momentos.

 

Quem era muito tímido, por exemplo, conseguiria se soltar mais, fazendo com que todos interagissem de forma solta.

 

E mesmo que Ruki achasse que isso não funcionava – não para si – sabia que, de fato, ele tinha razão.

 

Mas o garoto estava magoado. Dificilmente ele deixava que algo assim o abalasse, mas... Esperava pela festa o semestre inteiro apenas por um motivo. E quando esse motivo não superava suas expectativas, não conseguia pensar em outro modo a ficar se não chateado.

 

A verdade é que em todas as festas Ruki tinha uma espécie de... Encontro. Sempre, no mesmo horário, ele se encontrava com um homem e apenas parecia natural que eles se envolvessem.

 

Claro que aquilo nunca havia ultrapassado a barreira de beijos e algumas carícias, embora após algumas tantas festas, aqueles encontros se tornassem mais necessitados, como se só aquilo não bastasse.

 

O único problema, porém, era que Ruki não fazia idéia de quem ele poderia ser, graças às fantasias. Já tentara conversar com o rapaz, mas este apenas lhe beijava mais uma vez antes de partir.

 

Era frustrante, em partes, mas a sensação de quando o via, sempre com a mesma máscara, era tão arrebatadora que não permitia-se pensar em coisas ruins; apenas curtiam o que o momento proporcionava.

 

Mas nessa última festa, Ruki havia ficado levemente decepcionado com seu “amante”. Os toques simplesmente não traziam carinho, os beijos não tinham a mesma devoção de antes e nem ao menos o último beijo, bem aquele que era sempre o mais lento, mais demorado, para se lembrarem até o próximo período de férias, não foi o mesmo.

 

Foi curto, rápido, apenas... Mais um beijo.

 

Mas aquilo estava errado, aquele não era o homem pelo qual havia se apaixonado.

 

Sorriu, ao lembrar que, por pouco, nada daquilo aconteceria. Recordava muito bem que havia terminado o namoro com Reita alguns dias antes da primeira festa que freqüentou, há alguns anos. Apesar de tudo, continuavam amigos, embora Akira estivesse em Tókio sem previsão de volta.

 

No começo, sentiu um pouco de saudades do relacionamento, mesmo que isso fosse levemente melhorado pelo fato de ainda ver Reita com freqüência e terem uma boa amizade.

 

O namoro havia acabado por desgaste. Caíram numa rotina terrível e viram que nem sempre os juramentos eternos de amor valiam a pena, uma vez que sabiam que não duraria pra sempre. Com o tempo, os toques já não despertavam as mesmas sensações; acordarem juntos não era mais algo excepcional e os beijos não traziam mais carinho. Eram apenas atos costumeiros, rotineiros.

 

Decidiram, então, parar por ali, sabendo que se tentassem carregar aquilo por mais algum tempo, o final poderia não ser tão amigável, uma vez que as brigas já começavam a aparecer vez ou outra.

 

Mesmo sob alguns pedidos de Reita para que ele não terminasse com tudo, Ruki conseguiu convencê-lo de que era melhor daquela forma. Então... acabou. Eram amigos, e isso deixava Takanori satisfeito.

 

E foi exatamente na mesma época que decidira começar a acompanhar as festas de Miyavi. Na primeira delas, chegou a ir com Reita, mesmo que já não namorassem. No meio da comemoração, porém, cada um foi para o seu próprio lado, cuidar de suas respectivas vidas. De início, Ruki se sentiu levemente chateado, pensando que Reita iria, pelo menos, tentar voltar com ele, mesmo que fosse de forma sutil.

 

Infelizmente, aquele pedido não veio. E mesmo que Takanori já estivesse levemente arrependido, todos os pensamentos ruins foram embora quando o viu ali, quase no final da festa, encostado despreocupadamente na grade baixa que sinalizava o final de uma ponte pequena, sobre um lago.

 

Sem conseguir desviar, foi até ele, encostando-se ao seu lado. E quase como se fosse automático, o homem o fitou nos olhos, constatando um acordo mudo de que aquilo deveria acontecer.

 

O garoto mais alto subiu um pouco a máscara quando já estavam bem perto, fazendo com que Takanori não visse nada a não ser o negro de suas próprias pálpebras cobrindo os olhos ao sentir lábios alheios sobre os seus.

 

Com o intuito de agarrar os cabelos do rapaz, Ruki subiu as mãos até a nuca do outro, mas parou ao perceber que a máscara cobria-lhe a cabeça inteira, inclusive os fios. Levemente frustrado, apenas contentou-se em segurar os ombros do homem com força ou com leveza, dependendo do ritmo exigido no beijo.

 

E como naquela noite, outras vieram, em todas as oportunidades que Miyavi tinha de dar uma festa em sua casa, durante os períodos de férias.

 

A única coisa que havia mudado, era que o garoto mudara uma única vez de máscara, deixando os cabelos negros à mostra, tentadores para serem puxados da forma que Ruki gostava.

 

Ruki começou a tatear seus bolsos atrás do celular quando foi tirando dos devaneios por ouvi-lo tocando.

 

Quando o encontrou, ficou espantado ao ver Reita ligando.

 

- Moshi moshi?

 

- Ru-chan?

 

- Eu mesmo, Rei.

 

- Tudo bem?

 

­- Hai. E você?

 

- Também... Nee... Ru-chan, eu voltei pra Kanagawa ontem. Liguei na sua casa, mas você não tava, então... Bem, eu ‘tô com saudade, a gente pode se ver?

 

- Claro, Rei! – Takanori sorriu, sentindo a dor de cabeça amenizar. Apesar de tudo, ainda eram amigos e sentiam saudade um do outro. E Ruki estava feliz por ter a chance de ver o amigo novamente.

 

- Ok... Te vejo no parque municipal às sete. Pode ser?

 

- Pode sim, Aki. – suspirou, ainda com o sorriso brincando em seus lábios.

 

- Até mais tarde. Te amo, Ru-chan.

 

- Até, Aki...

 

Takanori desligou a ligação, quase sentindo-se culpado, vendo seu sorriso morrer ali mesmo.

 

Não parecia nada justo.

 

Eles se amavam tanto, pareciam ter tanta coisa pela frente e... Um namoro tão bom que havia sido despedaçado aos poucos por uma coisa tão boba como uma rotina.

 

Ao mesmo tempo, Ruki sentia uma paixão queimando dentro de si, tudo pelo garoto mascarado que encontrava nas festas de Miyavi.

 

Mas não podia negar que não havia esquecido Reita. Era muito complicado esquecer dele, principalmente quando o mesmo insistia em dizer “te amo” toda vez que se falavam, ou da forma que ele ligava em algumas noites, pedindo para Ruki se cuidar e ter uma boa noite.

 

E ele podia jurar que, por vezes, Reita estava chorando.

 

Vendo que já não era tão cedo quanto pensava ser, resolveu ir para casa tomar um banho para poder ver o ex-namorado mais tarde.

 

Tomou seu caminho, tendo os pensamentos ocupados em escolher alguma roupa bonita para vestir, parando momentaneamente de xingar o clima quente do dia.

 

Sabia perfeitamente que queria estar bonito para o ex-namorado. De uma forma ou de outra, sabia que ainda amava o mais velho, lamentando-se todos os dias por ter deixado aquele relacionamento tão reconfortante que tinham, acabar daquela forma.

 

Adentrou a casa, levemente cansado por ter andado tanto em tão pouco tempo. Aproveitou o fato de sua mãe ainda não ter chegado do trabalho para largar as roupas de qualquer jeito no chão do quarto, chegando ao banheiro apenas com a roupa íntima no corpo e uma toalha grande nas mãos.

 

Tomou o banho mais rápido possível, sabendo que iria demorar bastante até estar com as roupas escolhidas, cabelo e maquiagem prontos.

 

Seguiu para o quarto, encostando a porta em seguida. Desenrolou a toalha da cintura e vestiu uma boxer qualquer, virando-se para seu pior pesadelo: escolher roupas. Não que ele não gostasse de escolhê-las, pelo contrário. Amava suas roupas, e era aí que morava o problema. Como escolheria uma se amava todas elas?

 

Dando de ombros, escolheu uma confortável e não tão chamativa assim. Até mesmo porque Reita já estava cansado de ver o baixinho de pijamas, cabelos desarrumados e sem maquiagem. Independente de qualquer coisa, já foram um casal.

 

Suspirou, vestindo as primeiras peças que julgou aceitáveis e começou a dedicar-se ao cabelo e, por fim, à sua maquiagem.

 

Ainda sentia o corpo doer um pouco, assim como a cabeça, mas resolveu que tomaria um comprido antes de sair de casa e tudo melhoraria um pouco. Ou pelo menos assim esperava. Nunca fora muito fã de medicamentos, tampouco achava que eram eficazes, de fato.

 

Assim o fez, logo depois, vendo sua mãe chegar do trabalho. As horas passavam assustadoramente rápido quando Ruki precisava se arrumar. Sem nem ao menos perceber, já podia se considerar atrasado para o encontro, por isso, explicou à sua mãe que Reita tinha voltado de Tókio e iria vê-lo.

 

Ignorou os pedidos da senhora para que Akira fosse visitá-la, saindo de casa em passos largos, xingando baixinho o vento que tentava despentear seu cabelo.

 

No meio do caminho, sentiu o celular vibrando, ouvindo a voz de Reita assim que o atendeu.

 

- Ru-chan, eu ainda não cheguei no parque. Mas daqui a pouco eu chego. Imprevistos. – e riu, fazendo Takanori diminuir o ritmo da caminhada.

 

- Ah, tudo bem. Eu também não cheguei ainda.

 

- Pensei que já tinha aprendido a se arrumar mais rápido, chibi.

 

- Algumas coisas não mudam, Akira.

 

- Disso eu tenho certeza.

 

Ruki pigarreou, tendo certeza que aquilo fora uma indireta bem explícita de que o loiro se referia ao relacionamento deles.

 

- Bem, até daqui a pouco. Acabei de chegar.

 

- Eu sei.

 

- Sabe? – riu, balançando a cabeça.

 

- Sim. Olha pra trás.

 

E Ruki não pensou duas vezes em sair correndo para os braços do amigo enquanto já sentia um nó na garganta. Tinha consciência de que estava com saudade, mas... O que sentia no momento era muito pior. O peito chegava a doer e as lágrimas não tinham controle, caindo ora com desespero e ora com calma, enquanto Reita o apertava forte, segurando para não chorar na frente do ex-namorado.

 

Reita o afastou gentilmente, ainda o olhando. Quando fez menção de aproximar ambos os lábios, Takanori desviou, fazendo Reita respirar. O abraço foi desfeito e Ruki sorriu, sem graça.

 

- Você mudou. – comentou o mais baixo, pegando a mão de Akira e o levando para um banco perto dali.  

 

- Você... Continua o mesmo. – sorriu, sentando-se. – Baixinho, bochechudo e lindo.

 

Ruki tentou encará-lo por alguns segundos, sentindo-se momentaneamente desconfortável por perceber que Reita tentava alguma aproximação. E esse era o problema. Havia passado algum tempo desejando que o namoro tivesse outra chance, que Reita tentasse se aproximar.

 

E agora, era isso. Sentia-se incomodado com a tentativa repentina de Reita de ficarem juntos de novo. Mesmo que as tentativas tivessem sido poucas e sutis, um beijo já poderia ter acontecido, se Takanori não tivesse virado o rosto.

 

Na cabeça de Ruki, isso só podia dizer uma coisa: estava mais envolvido com o garoto da festa do que poderia imaginar.

 

 

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Aeee. Devo correr das pedras? QQQQ Enfim... Bem, essa fic terá só mais um chappie. Não sei se ficou bom e é por isso que quero a opinião de vocês. Outra coisa: Pensei seriamente em fazer uma B-side dessa fic (uma oneshot, no caso) de Miyavi x Kai... Quero saber se vocês querem ou não. :)

Então, DEIXEM REVIEW. è___é

Já disse que foi betado pela Uke-chan e que eu amo ela? LASNFAKSNFLAKSJF /apanha horrores QQ

Então, vou deixar pra ficar de melação com a Thami-chan nas notas finais do próximo chappipe (que deve sair no final de semana que vem) porque hoje eu to braba com ela u_________u

LKASFJALSFNLSFN Bom, gente, é isso ê *solta fogos porque finalmente postou*

Beijos e obrigada desde já pra quem vai deixar review, love u all <3


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