Tudo ao Seu Tempo escrita por naathy


Capítulo 5
5. Domingo de tarde.


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM-ME, please.
Estou numa correria na faculdade e um bloqueio criativo incrível. =
Me desculpem pela demora.

Ah, quero dar as boas-vindas para duas novas leitoras: Juh_banana e Aniinhalessa. Obrigada flores *-*

Beijo ;*



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                — Mas você já vai sair de novo?

                Cauã terminava de se arrumar, quando sua irmã adentrou o seu quarto. Ele riu com a pergunta cheia de indignação dela.

                — Sim, vou sair daqui a pouco.

                — Deixe-me adivinhar... – fez uma pausa fingindo pensar. – Com a Paola, certo?

                — Exato maninha. – disse o rapaz terminando de colocar seus tênis se levantando e saindo do quarto. Rafaela foi atrás.

                — Poxa, você prometeu! – o acusou.

                — Mas agora você já conhece algumas pessoas.

                — Há há. Como você é engraçadinho!

                — Eu te amo, maninha, você sabe...

                — Sim eu sei. Mas... Você está gostando dela?

                — Sinceramente, eu não sei. É muito cedo para dizer se eu gosto ou não, mas eu gosto de estar com ela, só isso.

                — Hum... Espero que você não se apaixone. Afinal, moramos em outro estado e...

                — Eu sei, não tem futuro.

                — Exatamente.

                — Mas eu não quero pensar nisso agora, Rafa.

                — Ok, você está me devendo mais uma, ouviu?

                — Eu sei. – gritou o garoto já saindo pela porta.

                — Esse meu irmão não tem jeito. – murmurou para si.

                O rapaz entrou em seu carro, colocou seus óculos escuros, ligou o som e pôs o carro em movimento, olhou no relógio do painel, era exatas quinze horas, nunca fora tão pontual, riu com esse pensamento, logo já estava em frente a casa de Paola. Desligou o automóvel e pensou rapidamente em qual seria a melhor forma de chamá-la: Buzinar ou descer e bater na porta. Logo, ele chegou à conclusão que seria mais educado bater na porta. Desceu do carro, e foi até a porta bateu algumas vezes até que uma mulher, que não lhe era estranha, a abriu. “Joana” pensou, lembrando-se do nome da mãe da garota.

                —Pois não? – perguntou ela.

                — Oi, tia Joana! – ela olhou-o desconfiada. Ele soltou uma leve risada, deixando-a ainda mais confusa. – Sou o Cauã. – ele explicou.

                — Oi! Nossa menino como você está bonito! Quanto tempo, garoto! – disso o abraçando amavelmente.

                — Obrigada! Pois é, quatorze anos. – ele disse um pouco sem graça.

                — É verdade. Você venho buscar a Lola, certo? – ele assentiu. – Entre, vou chamá-la. – e assim a agradável mulher de cerca de quarenta anos entrou em um corredor, sumindo da visão dele. O garoto sentou no sofá e ficou analisando os móveis, a decoração, tudo muito simples e de muito bom gosto.

                — Oi. – disse Paola se aproximando do garoto, tirando ele de seus devaneios.

                — Oi! Você está linda. – disse analisando-a.

                — Obrigada! – ela sorriu levemente corada. – Você também não está nada mal. – ele sorriu. – Vamos? – o rapaz assentiu se levantando, os dois se despediram de Joana.

                — Divirtam-se crianças. – os dois riram e concordaram saindo da casa logo em seguida.

                — Sua mãe, não mudou muito. – Cauã disse assim que abriu a porta do carona para que Paola entrasse.

                — Obrigada. Não mudou muito mesmo, você se lembrava dela? Fisicamente, eu digo! – disse entrando no carro.

                — Vaga lembrança. – disse ele ligando o carro.

                — Aonde vamos?

                — Surpresa, linda. – ele respondeu, depositando um selinho nos lábios da garota.

                — Que sem graça que você é! – a garota cruzou os braços. Ele riu e negou algo com a cabeça, colocando o carro em movimento. Durante o percurso foram conversando amenidades e escutando músicas. O trajeto d

                — Chegamos. – estacionando o carro. Paola olhou em volta a sua frente possuía um parque de diversões ladeado por um intenso comércio e casas.

                — Parque de diversões? – olhou-o confusa.

                — É. Você não gosta?

                — Gosto sim, só que eu não esperava que você fosse me trazer aqui.

                — Ah! Decepcionada? – ela sorriu e negou com a cabeça, fazendo com que o rapaz também sorrisse. Ambos desceram do carro, Cauã trancou-o e ligou o alarme, Paola o aguardava um pouco mais a frente, ele foi até ela e ao chegar entrelaçou suas mãos fazendo com que a garota ficasse surpresa com aquele gesto. – O que foi? – ela riu e olhou para as suas mãos. Ele então fez menção de soltar suas mãos, porém ela o impediu, ele a olhou sem entender.

                — É só que eu não estou acostumada. – disse dando de ombros, arrancando um sorriso do rapaz que lhe deu um selinho em resposta.

                — Acho bom você se acostumar...

                — Como assim?

                — Nada, vamos lá comprar os ingressos. – ela assentiu ainda desconfiada com aquela afirmação dele. O que se passava na cabeça de Cauã? Será que ele também estava se apegando tanto a ela como ela a ele? Ela não sabia as respostas para as suas próprias perguntas internas, sabia que com o tempo descobriria isso. Mas ainda acreditava que o que estava ocorrendo entre eles era apenas um romance de verão, e como diz o ditado: “amor de verão não sobe a serra.” E ainda possuía a distância entre eles. – Lola? – Chamou ele.

                — Ham?

                — Em qual brinquedo você quer ir primeiro?

                — Tanto faz. – ela disse. Ele sorriu travesso e a arrastou para a fila da roda gigante. – Não, roda gigante não! – disse apavorada.

                — Por que não? – perguntou ele divertido.

                — Por que podemos cair lá de cima, e é alto. – ele riu.

                — É seguro. Nem parece que você surfa. – brincou.

                — É diferente.

                — Aham sei. – deu de ombros.

                — Sério,  vamos em qualquer outro brinquedo. – disse ela com medo.

                — Você realmente tem medo de altura? – ela assentiu e ele abraçou-a protetoramente. – Eu estou com você, e se você sentir medo pode se agarrar em mim, eu não me importo. – sorriu divertido.

                — Espertinho. – disse ela se afastando e cruzando os braços virando de costas pra ele.

                — Próximo. – gritou o senhor responsável pela roda-gigante.

                — Vem! – o rapaz a puxou, fazendo-a sentar ao seu lado em um dos bancos da roda gigante.

                — Se eu morrer, eu te mato. – ele riu e passou o braço por seus ombros.

                — Relaxa minha linda. – deu-lhe um beijo na bochecha dela.

                — É sério, você me paga!

                — Daqui a pouco você esquece. – sorriu brincalhão. A roda gigante foi posta em movimento, logo na primeira volta quando o brinquedo parou com o lugar ocupado pelo casal no topo, Paola abraçou Cauã fortemente. - Calma, eu estou aqui. – a abraçou, e lhe deu um beijo na testa.

                — Como você pode estar tão calmo, esse troço vai cair.

                — Olha pra mim. – ela o fez. – Tem uma maneira de você não sentir medo, você quer saber qual é essa maneira? – ela assentiu e ele então aproximou seus lábios dos dela beijando-a calmamente, a garota aos poucos foi esquecendo-se onde estava e se concentrando apenas no gosto, no calor e na maciez da boca dele. Conseguindo por fim relaxar. Quando o ar se fez necessários separaram-se e ele fez um carinho no rosto dela. – Viu como você não sentiu medo? – ela assentiu, puxando-o para mais um beijo.

                Poucos minutos depois os dois desceram da roda gigante, e foram para os demais brinquedos, sempre de mãos dadas. Após a maratona repleta de muitas risadas, conversas e beijos, os dois estavam sentados nos banquinhos em frente a uma das barraquinhas de lanches do parque comendo cachorro-quente.

                — Você está suja aqui. – disse o rapaz, limpando com um guardanapo uma parte do rosto dela, próxima a boca. – Porquinha. – ele brincou. E ela virou o rosto fingindo estar brava, mas logo o olhou e sorriu. Ele a olhava fixamente. – Adoro o seu sorriso é tão espontâneo e bonito, me faz querer sorrir também. – ela corou com aquela declaração.

                — Sei... – ela disse desconfiando da sutil declaração que o rapaz tinha lhe feito.

                — É verdade. Você quer saber mesmo? – ela o olhou não entendendo onde ele queria chegar, porém assentiu. – Sempre fiquei com muitas garotas, mas tem algo em você que é diferente e isso não é apenas conversa fiada para te iludir, é verdade. Eu consigo ser eu mesmo quando estou perto de você.

                — Sempre desconfiei que você fosse galinha. – brincou. – Mas eu também gosto da seu sorriso e da sua companhia, mesmo que eu saiba que é por pouco tempo.

                — Xiiiiiiiii, eu não quero pensar nisso. – confessou. – Como pode em um dia nos apegarmos tanto a alguém?

                — Eu queria entender isso também. – deixou escapar, corando em seguida. Ele sorriu ainda mais por escutar aquela frase dela. – Está ficando tarde, acho melhor voltarmos. – O rapaz desviou a atenção  para olhar o céu e depois olhar seu relógio, realmente já estava escurecendo.

                — Tem razão. Vamos? – ela assentiu, e eles saíram do parque e retornaram para a praia, porém um silêncio desconfortável, entre eles, permaneceu durante toda a viagem de volta. Ela por estar envergonhada por ter exposto seus sentimentos, ele por saber que por saber que sua sensação de conforto e bem-estar por tê-la perto de si, estava com os dias contados.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? =S

Muito obrigada por todos os reviews, eles que me motivam a continuar. Obrigada pelo carinho. *-*

Beijo ;*



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