Full Circle escrita por Bella P


Capítulo 7
Capítulo 7




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/96015/chapter/7

Capítulo 7

- E-e-ei Whitaker! - o gaguejo familiar fez Kaylee congelar o seu gesto de girar a chave na ignição de sua Kawasaki, inclinando levemente a cabeça para olhar o rapaz que tinha parado ao seu lado. Monroe Jackson VI era o seu parceiro dos laboratórios de Química e Biologia, além de estar nas suas classes de História, Política e Inglês. Era um rapaz simpático, quando não estava atolando os seus ouvidos com assuntos contínuos sobre Física Quântica e Matemática Aplicada, e por algum motivo que a adolescente não conseguia compreender o jovem sempre conversava com ela aos gaguejos e além de derrubar alguma coisa ou outra na sua presença.

- Jackson. - o cumprimentou com um aceno de cabeça enquanto prendia os seus cachos em uma trança e depois a colocava dentro da jaqueta de couro que Alice fizera questão de comprar para combinar com a sua nova moto. Como de costume os olhos de Monroe ficaram largos por detrás dos aros grossos de seus óculos enquanto os mesmos corriam pelo possante entre as pernas dela. Kaylee quis rir.

No primeiro dia que apareceu na escola montada na Ninja NX 14 não foi estranho atrair olhares para a máquina e o que mais a surpreendeu foi que em questão de segundos, assim que retirou o capacete, um grupo enorme de garotos a rodeou como abelhas em torno do mel lhe fazendo várias perguntas sobre a moto. Kaylee os respondeu de bom grado, tendo praticamente decorado todas as informações lidas no manual da Ninja além do que ouvira Emmett recitar repetidamente em seus ouvidos. Entretanto, Monroe parecia ainda se surpreender em vê-la sobre um veículo como aquele cada vez que se aproximava dela na chegada ou saída das aulas.

- E-e-e os seus primos? - perguntou, algo que há tempo atrás a faria reagir de maneira mais lenta. Os Cullen, Swan, Clearwater, Black, Hale e Whitaker estavam na cidade sob o pano de fundo de serem uma enorme família de filhos adotivos e primos agregados todos sob a tutela de Carlisle e Esme Cullen, o que no começo demorou muito para Kaylee associar.

- Foram na frente. - fugindo do sol, foi o que ela não disse. A cidade amanheceu nublada, como de costume, mas para o meio da tarde, logo no fim das aulas, a chuva que prometia cair não veio e o sol começou a retornar aos poucos, o que fez Bella e Edward praticamente sumirem assim que o sinal da escola tocou encerrando o dia.

- Sobre o projeto de Biologia... - Monroe finalmente entrou no assunto, atrapalhando-se um pouco com os cadernos e livros que estavam em suas mãos, quase os deixando cair. - Ainda o faremos juntos? - perguntou incerto, como se esperasse uma negativa dela.

- Claro. - Kaylee respondeu convicta. Monroe não era a pessoa favorita de muitos na escola. Afinal, ele era do grupo dos nerds, o que significava que não se encaixava na panelinha dos populares e sempre era alvo de piadas. Contudo, era o mais aplicado e inteligente da classe e Kaylee sabia que seria responsável e sério durante o projeto de Biologia, diferente dos outros meninos que se ofereceram para serem os seus parceiros, fazendo o pedido enquanto olhava de maneira suspeita para o decote da menina em vez de seus olhos.

- B-b-bom. - atrapalhou-se de vez com os livros e esses foram ao chão em uma cena costumeira para a garota. A jovem moveu-se para sair da moto e se pôr a ajudá-lo quando a brisa da tarde soprou, trazendo nuvens que antes tinham se espalhado pelo céu e um cheiro de flores pela aproximação da primavera com algo mais familiar.

- Éter.

- C-c-como? - Jackson perguntou, a mirando sob a franja negra que lhe caía sobre os olhos. Kaylee o ignorou, rodando os olhos pelo estacionamento e indo mais além, para um grupo de árvores em um jardim ao longe. Um movimento atrás de um tronco de uma das plantas chamou a sua atenção e ela pôde jurar que quando um raio de sol bateu sobre a mesma viu algo cintilar como pequenos cristais acompanhados de um brilho avermelhado.

- Jackson, foi bom conversar com você mas eu tenho que ir. - soltou e antes que o rapaz pudesse dizer qualquer coisa girou a chave na ignição, enfiou o capacete na cabeça e fechou o zíper da jaqueta até o pescoço, acionando o motor com um ronco e fazendo a roda traseira girar sobre o cimento do estacionamento até marcar o mesmo com a borracha derretida. Monroe deu um pulo para trás para sair da direção da garota, pois ela tinha girado com a moto levantando fumaça e disparando com a mesma em uma velocidade que o rapaz contabilizou que foi de zero a cem em meio segundo.

A Kawasaki ganhou as ruas como um borrão preto metálico, desviando dos carros e trânsito, ziguezagueando entre os outros veículos como agulha de costura. Kaylee sentiu o coração vir a boca. Tinha certeza que o cheiro que captou com a brisa era de vampiro. Vivia com os Cullen tempo o suficiente para saber a diferença, assim como o brilho da íris avermelhada e da pele de diamante. Sua mente em um turbilhão processava várias coisas ao mesmo tempo enquanto passava a marcha da moto para primeira, segunda, terceira, quarta, disparando com mais velocidade pelas ruas.

Se Esme a visse agora e fosse capaz, com certeza morreria do coração, mas isto era a menor de suas preocupações. Um cruzamento surgiu na sua frente e o sinal para a sua pista estava prestes a fechar, saindo do verde, indo para o amarelo e os carros ao seu lado já freavam mas ela apenas acelerou e voou baixo assim que o sinal piscou a luz vermelha. Podia não vê-lo, mas podia senti-lo. Ele estava na sua cola e com certeza se divertia com a sua tentativa frustrada de fuga. Se ainda não a tinha atacado não era por consideração aos humanos, mas sim por causa da euforia da caça.

Fez uma curva, a moto inclinando-se tanto que o joelho de sua calça quase raspou no asfalto. Precisava arrumar um jeito de avisar aos outros, mas a sua bolsa estava no compartimento sob o selim onde sentava, junto com o seu celular. Edward não conseguia ler a sua mente e mesmo que pudesse estava longe demais para ele captá-la. Correr para a escola dos outros Cullen era tempo perdido, visto que os mesmos, com certeza, com o breve aparecimento do sol sumiram tão rápido quanto o astro rei surgiu ao público. Os lobos talvez pudessem farejar a nova ameaça, ou não.

Jacob uma vez confidenciara à ela que já estava começando a se acostumar com o cheiro dos Cullen e se perguntava se conseguiria farejar outros vampiros se esss aparecessem nos perímetros do território. A sua única esperança era Alice, que ela tivesse previsto este súbito ataque. Porém, se isto tivesse acontecido Edward e Bella não teriam ido embora com Seth, Jacob estaria de plantão na sua escola ou pior, os Cullen não a teriam deixado sair de casa.

Fez mais uma curva, passando como um rastro negro e atraindo olhares curiosos e levantando perguntas das pessoas sobre quem era aquela criatura que dirigia de maneira tão perigosa àquela hora pelas ruas da cidade. E então lembrar-se de Alice trouxe a ideia à sua cabeça. Se a vampira não tivesse tido uma visão, daria uma agora para ela. Dobrou mais uma esquina, ainda o sentindo na sua cola, mesmo que estivesse a uma boa distância dele, e freou bruscamente, rodando a moto sobre o asfalto e cantando pneu, erguendo o visor do capacete e sentindo a brisa soprar novamente contra o seu rosto.

Mais éter. E desta vez era em dobro. Então não era apenas um vampiro, eram dois. E enfrentaria esses dois e seria agora! Com isto decidido abaixou o visor em um estalo e roncou com o motor, girando a moto mais uma vez em um cantar de pneus sobre o solo e disparou rua abaixo. E já sabia exatamente onde seria o ringue de batalha.

O mesmo parque que usou para se esconder em seu aniversário àquela hora da tarde não estava muito movimentado pelo fato das crianças ainda estarem saindo da escola e os pais estarem no trabalho, mas possuía algumas pessoas aqui e acolá. No entanto, isto não a impediu de avançar pelos portões do mesmo, assustando alguns pombos ao longe e aterrorizando um grupo de idosos que jogava damas sobre uma mesa de concreto embaixo de um carvalho. A área verde e com um vasto bosque era o local perfeito para os Cullen se infiltrarem e não levantar suspeitas se resolvessem desmembrar alguns vampiros, ou lobos gigantes se moverem.

Com isto a quarta marcha da moto subiu para quinta e esta acelerou com o velocímetro indo para 190 quilômetros por hora e aumentando. A inclinou para a direita, saindo da estrada principal e tomando uma trilha de barro usada para caminhada que a fez chacoalhar sobre o assento e lamentar-se do estrago que as pedras e terra deveriam estar fazendo na pintura. Mas deixaria para avaliar os danos mais tarde, no momento se preocuparia em desviar dos galhos e troncos caídos.

E então, quando pensou que estava longe o suficiente, a moto subitamente travou com a roda traseira girando na lama e causando um barulho esguichado. Olhou por cima do ombro para ver o que impedia o seu progresso e o seu coração veio à boca ao ver um vampiro de curtos cabelos negros e pele em um tom oliva desbotado. Os olhos vermelhos brilhavam de maneira maldosa enquanto suas mãos de dedos longos como garras prendiam a Kawasaki no lugar. Ele sorriu, exibindo caninos afiados e Kaylee parou de forçar o motor e pulou no lugar quando um som abafado soou na sua frente.

Uma mulher tinha pousado sobre a terra fofa e seus cabelos loiros e rebeldes emolduravam o rosto fino e alongado. A pele era mais pálida que o normal para uma vampira e os olhos vermelhos estavam quase enegrecidos. Ela tinha ambas as mãos no guidão da moto e Kaylee os soltou rapidamente, retirando o capacete.

- Vocês querem? - perguntou com uma profunda inspirada de ar. - Podem ficar com ela. - e girou o braço com o capacete, o acertando no vampiro atrás de si e o arremessando contra o tronco de uma árvore, o que não apenas o distraiu como também a mulher. Com isto aproveitou para pular fora do selim e disparar por dentro da mata, sentindo que um minuto depois os dois estavam atrás dela. Poderia correr mais rápido que um humano comum graças aos genes lobos doados por Jacob, mas sabia que não iria superar os dois vampiros.

Vamos Alice... Onde você está?” pensou aflita. Iria ganhar tempo, iria até enfrentar os dois sangue-sugas, mas não era burra em acreditar que iria vencer a batalha. Despontou em uma pequena clareira e pôde ouvir o sibilo do vento, sinal de que os vampiros estavam se aproximando, assim como sentir o cheiro do éter misturado ao da mata.

- Certo então. - inspirou profundamente e fechou os olhos. Pelos seus antepassados, como dizia a sua tia, mas aquilo iria doer. Virou-se decidida, com os punhos cerrados e quando a mulher surgiu na clareira e em um salto veio na sua direção, a esperou pacientemente, pronta para o ataque.

Porém o mesmo nunca veio, pois o som de rocha batendo contra rocha fez-se ouvir e segundos depois a vampira estava no chão, rolando sobre a grama e se erguendo, colocando-se em posição ofensiva e rosnando como um animal enfurecido para quem a tinha atacado. E então Kaylee viu que o seu salvador era Emmett que agora tornara-se uma muralha que bloqueava a visão dos vampiros desconhecidos para a sua pessoa. Alice a segurou pelos braços e a puxou com força, a fazendo tropeçar sobre os pés e indo contra o peito dela, um lobo enorme voou por sobre as duas e logo estava ao lado de Emmett, rosnando com ele, e a adolescente reconheceu Jacob.

Edward surgiu a sua esquerda com Leah e Jasper a sua direita com Carlisle, todos mostrando os dentes de maneira ameaçadora uns para os outros.

- Queremos a garota! - o vampiro com a pele cor de oliva sibilou.

- A garota está sob proteção do nosso clã e estão em nosso território. - Carlisle rebateu, mesmo com a sua postura ameaçadora Kaylee surpreendeu-se pelo tom diplomático que saiu na voz dele.

- Ela é uma ameaça para a nossa raça e ainda sim a guardam? - a vampira loira protestou. - Deveriam tê-la matado quando tiveram a oportunidade! - foi a coisa errada a se dizer, pois assim que as palavras saíram da boca da mulher Jacob avançou com todos os dentes afiados à mostra, direto no pescoço dela, e o homem que a acompanhava não teve tempo nem de reagir, pois quando se deu conta a vampira já se encontrava despedaçada no chão.

- Muriel! - lamuriou o vampiro, rosnando e ameaçando partir para cima de Jacob que achatou as orelhas contra o crânio ao mesmo tempo em que ganhava a companhia de Leah e dos outros vampiros. Percebendo que estava em desvantagem e em como a sua parceira havia sido derrotada tão facilmente, ele recuou um passo, retrocedendo o ataque.

- Avise a outros. - Carlisle soltou. - Que aqueles que vierem atrás da menina terão o mesmo destino. - o médico recebeu um olhar venenoso das íris avermelhadas antes do vampiro desaparecer entre a mata. Com isto voltou-se para a mulher despedaçada que já queimava graças a agilidade de Edward e Jasper.

- Ei... - Emmett virou-se para Kaylee ainda nos braços de Alice que serviu de guarda da garota. - Por que não tentou salvar a mulher como manda os seus instintos? - a adolescente soltou um bufo.

- Por quê? Porque com certeza a minha moto deve estar de lama até o último parafuso por causa dessa daí. Espero que ela queime é no fogo do inferno, isto sim. - e foi até Emmett, dando tapinhas no braço largo dele. - Venha grandão, vou precisar da sua ajuda com o meu bebê. - foi caminhando na direção das árvores e parou ao se aproximar de Jacob ainda em forma de lobo, mirando diretamente nos olhos dele e depois estendendo uma mão para afagar a grande cabeça peluda. - Bom trabalho. - disse afetuosa, como se estivesse congratulando um animalzinho adestrado e isto foi demais.

Toda a tensão que rodeava os Cullen por causa do ataque foi aliviada e Edward foi o primeiro a estourar em risadas, seguido por Emmett e Alice. Carlisle e Jasper, mais discretos, disfarçaram os seus risos e os de Leah vieram em forma de latido.

- Eu realmente adoro essa garota. - o pensamento se projetou na cabeça de Jacob.

- Leah... Vai perseguir o próprio rabo! - veio a ordem carregada com o tom de comando alfa e Leah rosnou, não conseguindo se controlar e começando a correr atrás do próprio rabo, o que fez até mesmo Carlisle e Jasper rirem abertamente e Leah soltar enfurecida:

- Eu odeio essa garota!

oOo

- Eu realmente não preciso de sombras extras. - Kaylee resmungou quando viu Bella e Edward sentarem ao seu lado na mesa da lanchonete da escola. Desde o ataque do casal de vampiros parecia que os Cullen e a alcateia fizeram a segurança ao redor dela redobrar, não deixando a menina fora das vistas de nenhum deles por um segundo que fosse.

- Seja misericordiosa conosco Kaylee. Faz ideia dos pensamentos que vi passar na cabeça de Jacob se deixássemos um arranhão que fosse ser infligido a sua pessoa? - Edward sorriu de canto de boca. - Algo que envolve um desmembramento doloroso.

- Se eu me arranhar este não dura nem dois segundos sobre a minha pele. E segundo, desde quando você tem medo das ameaças do Jake?

- Edward não tem. - Bella entrou na conversa. - Mas eu temo pela minha sanidade e pelos móveis da Esme se esses dois resolverem suas diferenças no primeiro lugar que aparecer.

- Hum... - murmurou, desviando o olhar para a bandeja que eles trouxeram com algumas guloseimas apenas para manterem as aparências. - Vão comer isso daí? Não, não é? - e estendeu a mão pegando o muffin de chocolate ao lado de um prato de salada, dando uma mordida no mesmo.

- Rosalie tinha razão... Você come por duas pessoas. - Edward comentou.

- Metabolismo acelerado. Carlisle falou que eu queimo energia muito rápido. Falou também que suspeita que as minhas manifestações de força sobre-humana durante um apagão seja uma descarga aguda de adrenalina em meu sistema. Disse que geralmente muita adrenalina no organismo de um ser humano causa choque, mas como o meu não é normal, aguenta o tranco tranquilamente e... - calou-se quando viu Bella e Edward trocarem olhares e a mulher soltar uma risadinha baixa. - O que foi? Disse alguma piada?

- Não. É que quando eu descobri que Edward era um... Bem, foi porque ele me salvou de ser esmagada por uma van desgovernada usando apenas uma mão. Na época eu fiz várias perguntas e ele usou como desculpa...

- Descarga de adrenalina. Agora você está aqui como prova viva de que a minha justificativa era válida, impossível, mas válida.

- E eu não acreditei.

- Preferiu partir logo para o sobrenatural do que para explicações mais científicas. - Kaylee rolou os olhos. - Isto é completamente fora dos padrões.

- Nem todo mundo tem o pensamento lógico como o seu. - Bella se defendeu.

- Na verdade... - Kaylee empertigou-se na cadeira. - seguir pela linha lógica de raciocínio é uma reação instintiva humana, o que explica a razão do ser humano sempre temer aquilo que não pode explicar, o que origina o pré-conceito.

- Kaylee... - Edward a cortou com um tom divertido. - Você vai aprender que Bella nunca seguiu a lógica.

- Dá para ver. Se você me salvasse parando uma van com a mão eu acreditaria na desculpa da descarga de adrenalina. Seria mais lógico que o fato de você ser uma criatura fictícia.

- Agora logicamente falando... - Edward sorriu presunçoso. - Prepare toda o seu poder de argumentação, pois o seu fã número um está vindo para cá. - Bella olhou por cima do ombro do marido para ver Monroe Jackson vir na direção da mesa deles. O garoto estava pálido como um vampiro, sem trocadilhos, as mãos trêmulas mau seguravam a bandeja com o almoço e ele tinha um sorriso nervoso no rosto praticamente escondido pelos grandes óculos e os fios escuros dos cabelos.

- O-o-oi Whitaker. - gaguejou, como de praxe, ao chegar perto da garota e Edward engoliu uma risada como se tivesse ouvido uma piada muito engraçada. Bella deu um peteleco no ombro do rapaz e ele ficou quieto, mirando os seus olhos topazes sobre o adolescente prostrado ao lado da mesa deles.

- Qual o problema dele? - perguntou Bella bem baixo, apenas para o marido ouvir.

- Nós dois intimidamos ele. - foi a resposta de Edward. - E ele quer convidar Kaylee para o baile anual de primavera do Sistema Paroquial de Escolas de Lafayette. - explicou. O Sistema Paroquial de Escolas abrangia vários colégios desde o primário até o colegial, inclusive as escolas especializadas onde os Cullens e os outros estudavam, que estavam sob a direção de uma junta administrativa. Por isso que eventos como bailes e comemoração de volta às aulas eram feitos ocorrendo a integração entre todos os alunos de todas as escolas dentro do sistema.

- Ele quer? - o olhar de Bella se voltou para o rapaz que engoliu em seco ao ver a mulher o mirando intensamente. - Talvez devêssemos dar a ele um pouco de privacidade.

- Eu não arredo o pé daqui.

- Edward!

- Jacob quer que sejamos a sombra dela. Seremos a sombra dela. - completou matreiro, apoiando o cotovelo sobre a mesa e descansando o queixo no punho, fixando os seus olhos em Monroe que ficou ainda mais nervoso.

- Jackson? - Kaylee o chamou, o que obrigou o rapaz mirá-la e desviar a sua atenção do casal anormalmente belo que fazia companhia a garota. - Algum problema?

- E-e-eu... - sentiu suor frio descer pelas suas costas ao ver as íris amêndoas fixadas na sua pessoa e o seu corpo tremeu mais. - tenho que ir. - soltou em um tom esganiçado e girou sobre os pés, afastando-se apressado e aos tropeços, acabando por derrubar o copo de refrigerante sobre a bandeja e a camisa e ganhando risadas dos colegas que presenciaram a cena. Com as bochechas vermelhas e completamente envergonhado, Monroe despejou todo o lanche no lixo e sumiu da cantina o mais rápido que as suas pernas bambas puderam permitir, tudo sob o olhar divertido de Edward.

- Frouxo. - murmurou o vampiro.

- O que ele queria? - Kaylee virou-se para o homem que com certeza leu todos os pensamentos do garoto durante o tempo em que ele ficou prostrado e gaguejando na frente dela.

- O que ele queria? Algo que só poderei te contar daqui há uns dois anos, pois é proibido para menores. - gracejou e a menina piscou, sem entender, o que fez Bella rir. - Mas talvez eu compartilhe com o Black.

- Edward! - soltou Bella horrorizada. - Você enlouqueceu? Ele vai arrancar a sua cabeça.

- Minha? Não foram os meus pensamentos.

- Okay... Ele vai arrancar a cabeça do menino.

- Sim, e o problema é de quem?

- Do que vocês dois estão falando? - perguntou Kaylee, ainda desentendida, e Bella a mirou desacreditada.

- Não pode ser tão inocente assim, Kaylee. Não faz nem ideia do que Edward está falando sobre o que viu na mente do menino? - Whitaker rolou os olhos.

- Sim, claro que faço. Por algum motivo que ainda não consigo entender na evolução humana, a anatomia masculina desenvolveu-se de maneira errônea, pois o cérebro deles além de ser minúsculo brotou em áreas erradas do corpo. Mais ao sul do que ao norte. - falou tudo em um tom muito sério e Bella riu novamente. - O que não entendo é o que o Jacob tem a ver com esta história. - as gargalhadas da mulher morreram de pronto e ela trocou mais um olhar com Edward.

- Você é brilhante. - o vampiro comentou, afagando os cabelos longos da garota em um gesto afetuoso. - Mas muito inocente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!