Apocalipse escrita por Razi


Capítulo 1
Demônios


Notas iniciais do capítulo

Yo.
Reabrindo Apocalipse.
Sim, resolvi reescrevê-la da forma como se deve.
Além do que seria muitos cap. de apresentação.
Assim resolvi juntar as duplas de maneira devida.
Ok, sem mais embromação cap.
o/



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Ivor caminha por dentro da loja de musica passando seu indicador sobre o balcão de vidro.

Seu olhar pousa em uma guitarra que pega e logo em seguida instala toda a parafernália necessária para fazer um pouco de barulho.

Ele olha por toda a loja como se tivesse estado ali antes.

O que é bem provável.

Ele ri e depois seus dedos deslizam nas cordas causando um barulho ensurdecedor que acaba por quebrar os vidros que serviam como vitrine da loja.

Ivor assobia vendo o estrago que fez, mas logo deixa de mão e faz um dó seguido de um sol.

-Pare com isso – ordena um homem de meia-idade entrando na loja

Ivor para de tocar e ergue seu olhar para ele que repara nos cacos de vidro que havia sobre seus pés.

-Acabarei por denunciá-lo por poluição sonora – satiriza o homem.

Ivor mantém-se calado enquanto repara que o homem vinha na sua direção.

Ele iria realmente estragar sua noite?

Com toda a certeza era isso que ele pensava.

-Bem, bem, bem – diz o homem se encostando ao balcão – Sabe que o Pai está de volta, não é?

Ivor assenti.

O tão poderoso Pai tinha realmente dado as caras de novo.

E isso já está causando confusão entre os demônios de alto nível.

-Pois é – diz o homem o encarando – Haverá uma reunião em West Flowers daqui a três noites. O Pai quer que esteja presente.

Ivor sorri sem humor.

O criador de tudo, o manda-chuva do pedaço, quer conversar com ele?

Deve estar tirando uma com sua cara!

O homem ajeita seu paletó puído enquanto repara na expressão de descaso dele.

-Saudação ao guerreiro, né – refleti ele enquanto encaminha-se para a porta – Deveria ser um pouco mais cuidadoso, Ivor.

Este cruza os braços enquanto o homem volta seu olhar para os cacos.

Ele suspira e estala os dedos fazendo com que tudo voltasse á ser o que era antes.

-Espero realmente que compareça – comenta o homem – Sabe que não deve brincar com isso.

Ivor murmura algo ilegível para ele que se afasta da loja sem mais nada dizer.

Ele então coloca a guitarra encostada numa bateria e sai da loja.

A sua diversão tinha ido por água abaixo.

 

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Egil boceja enquanto vê sua namorada terminando de preparar algo na cozinha.

Pelo cheiro deveria ser algum tipo de massa.

Seu olhar retorna para a TV que passava um programa de entretenimento tão chato que já estava lhe dando sono.

Bem que poderia fazer algo para deixar sua vida mais feliz.

Mais a preguiça não o deixava, além do que a sua namorada não ajuda.

Humanos no fim são humanos.

-Egil – chama ela quase gritando

Ele fecha os olhos por um segundo.

Ainda acabaria ficando surdo.

-Egil! – grita ela novamente

Ele suspira e num segundo desliza para a cozinha onde a encontra suja de farinha e do forno saindo fumaça.

-Me ajuda – pedi ela dengosa

Ele suspira enquanto assenti.

-Vá tomar um banho – instrui ele – Eu cuido de tudo por aqui.

Ela sorrir e o beija calorosamente.

-Logo de compenso por isso – sussurra em seu ouvido

Egil assenti depois ela segue para o banheiro.

Tira a travessa de vidro do forno, vendo apenas um monte de cinzas.

O que ela estava tentando fazer?

Joga a travessa da pia e logo em seguida fecha o forno.

Em segundos tudo estava tão limpo e brilhoso que antes.

Tem suas vantagens ser demônio.

Ele tira desabotoa sua camisa azul-clara.

Boceja novamente.

Agora teriam que ir á um restaurante que seria bem caro ainda por cima.

Ela não se contentava em lhe sugar todo o dinheiro que possuísse.

Humana interesseira, mas que sabia ser boa em outros aspectos e talvez fosse esse o motivo de ainda não ter sido morta.

Minutos se passam até que ela retorna vestindo uma roupa bastante justa que a fazia parecer uma puta.

Egil revira os olhos.

Mau gosto é ótimo.

-Vamos almoçar fora – diz ele se levantando

Ela dá um pulinho e sorri o abraçando.

-Eu posso escolher o lugar? – indaga ela o olhando faiscante

-Se quiser – diz ele dando de ombros

-Obrigada meu amor – agradeci ela dando-lhe um beijo

-Vamos logo então – diz ele a puxando para fora do apartamento

O trajeto para o restaurante fora bem povoado pelas falas de sua namorada, é incrível como ela falava besteira.

-Aqui, Egil – diz ela apontando para um restaurante.

Ele estaciona no meio-fio, saindo deparando-se com um manobrista que estende a mão para pegar sua chave que entrega acompanhado de um suspiro.

É hoje que fica liso novamente.

-Vamos, meu amor – diz a humana o puxando para o restaurante com um amplo sorriso.

Egil murmura algo enquanto se senta numa mesa. A humana mantinha-se ocupada respondendo algumas coisas ao garçom que olha para ela com malicia.

Egil bufa, mas de nada se importa com o comportamento dos dois.

Passa-se apenas alguns segundos até que a humana decide ir ao banheiro deixando Egil apreciando o mar de humanos que conversavam coisas tão entediantes que lhe dava vontade de dormir.

-Que bela vista não é? – indaga o mesmo homem que conversara com Ivor puxando uma cadeira para se sentar em frente á Egil

Ele o olha diretamente, depois se encosta à cadeira cruzando os braços.

-Talvez – diz ele dando de ombros – O que veio dizer?

-Como sempre direto,– refleti o homem com um rápido sorriso – Acho que sabe que o Pai está de volta e...

-Sem rodeios, Anke – Egil o corta.

Anke o olha rapidamente depois pega a taça cheia de vinho que havia na sua frente.

-Ocorre que ele resolveu fazer uma festinha dentro de três dias em West Flowers e acho que você adoraria ir – esclarece ele levando a taça a boca.

-O que o piralho tem na cabeça? – pergunta Egil um pouco ríspido – O que você quer com isso também?

-Eu? – indaga Anke surpreso

-Eu é que não sou – replica Egil – Talvez se não tenha notado, você não é flor que se cheira.

-Vindo de alguém como você, isso não me importa nem um pouco – retorqui Anke junto á um sorriso de desdenho.

Egil trinca os dentes enquanto Anke volta seu olhar para trás.

-Bela humana trata-se dessa vez – comenta ele por alto

-Se quer ela de presente, fique e faça bom uso – diz Egil sorvendo o resto do vinho de seu copo.

-Você já foi mais divertido – resmunga Anke rapidamente

Egil dá de ombros enquanto se levanta.

-Divirta-se com ela – diz ele se encaminhando para a porta – Até alguma hora.

Anke o vê saindo, depois suspira enquanto deixa algumas notas debaixo da taça.

Não tinha vontade de ficar dando uma de Dom Ruan pra cima da humana que sequer tinha os atributos necessários para uma diversão mais seria.

Ele sai ao tempo que a humana olha em volta do restaurante procurando por seu namorado.

É um novo jeito de ser largada pelo namorado demônio.

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido a dupla de demônios.
Tá foi meio fraquinho o cap. mas no proximo deixo as coisas um pouco mais interessantes, já que apresentarei a dupla de anjos.
Assim sendo talvez no sabado ou domingo já forneça o cap. pra vcs.
Espero alguns reviews das mais variadas opiniões, enfim até mais.
o/