Uruha Is Missing! escrita por Return To Zero


Capítulo 1
Uruha... ?


Notas iniciais do capítulo

Marii-dono, desculpa a demora da Tia Lunns ;3; Ela tem estado doentinha, e cheia de coisinhas pra fazer, então ela escrevia um pouquiho a cada dia [?] Mas eu espero de coração que você goste dessa Fic, viu. E que não me bata se eu tiver confundido alguma coisa /corre
enfim, ela é todinha para você



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Era uma noite comum, para pessoas comuns. Mas, não para as nossas crianças do The GazettE! Bem... Seria uma manhã normal, se nosso querido Uruha não tivesse bebido demais... Tsc, tsc

Mas, a historia foi à seguinte. Os gazeboys foram a um evento da PSC, junto de outras bandas da gravadora. Até que, depois de um tempo, Uruha, já bêbado, começa uma pequena discussão com Yuji, o guitarrista da banda SuG.

A discussão, aparentemente sem motivos, teve o seguinte resultado: The GazettE deve fazer uma turnê mundial, começando na manhã seguinte, com termino em Las Vegas. A maioria das pessoas na festa já estavam embriagadas, e, encorajando os dois a continuarem as ofensas, um contra a banda do outro. Apenas dois integrantes do The GazettE estavam sóbrios: Kai e Reita. Apenas um do SuG estava sóbrio: Takeru. Mais umas poucas pessoas estavam sóbrias. A maioria, sem importância.

- É o que eu digo! The GazettE é muitas, muitas vezes melhor que essa sua bandazinha - bradava Uruha, para Yuji
- Acho melhor você retirar o que disse! Quem você pensa que é pra insultar o SuG? - se defendia Yuji
- Eu penso, não, eu sou o guitarrista de uma banda, melhor que essa sua banda fresca - respondeu Uruha com desdenho

- Aí, o que tá acontecendo... Aí? - Ruki perguntou a Reita, completamente bêbado
- Ruki! O que aconteceu com você criança? - Pergunta Reita, ao ver que Ruki estava com a camisa totalmente desabotoada, e o terno amarrado na cintura.
- Ah... - Ruki se apóia numa perna só, e derrama um pouco da bebida que estava em seu copo - Eu estava sentadinho ali, bem bonitinho... - aponta para uma mesa, com uma garota sentada, de novo, derramando mais bebida - E daí... -Ruki dá uma pausa, e olha atentamente para o chão
- Dai...? - Repete Reita
- Ah... Daí que... Ela é muito chata... - disse num sussurro pastoso
- Como assim?
- É! Chata. Não sabe o que é isso?
- Eu sei o que é! Mas, por que não deixa ela em paz, Ruki?
- Eu não estava enchendo ela, eu só estava... – Ruki para de falar
- Ruki, tá tudo bem?
Ruki apenas olha Reita com um olhar confuso. Segundos depois, estava de costas, e devolvendo cada pedacinho de seu jantar
- Ruki! - Reita o pega pela cintura - Tudo bem, chibi?
Ruki limpa a boca, e responde baixinho
- Tô melhor!
- A minha banda não é fresca! E me poupe vai, você é mais feminino que o SuG inteiro. - Yuji apontava para o rosto de Uruha
- Ah, seu idiotinha... - Uruha dizia sem olhar para seu adversário
- Takeru! Não vai fazer nada? - Pergunta Kai, um pouco preocupado
- O que eu posso fazer, hein? Faça alguma coisa você! - responde Takeru, rindo
Aoi chega por trás, e se apóia nas costas de Takeru
- É isso aí! Deixa os dois viverem! Só estão falando verdades
- Que tipo de verdades, Aoi? - pergunta Kai
- As de sempre... - e saiu dando risada
- Tá vendo! Acho melhor fazermos alguma coisa - disse Kai
- Eu também acho
Reita chega com Ruki no colo, cantando uma músiquinha qualquer
- O que aconteceu com ele, Reita?
- Vomitou... - disse o guitarrista simples
- Isso vai dar uma ressaca - disse Takeru
- Vem Kai, acho melhor irmos embora. Preciso colocar essa criança pra dormir
- Não Reita! Eu não quero ir pro Hospital!
- Deve estar delirando! - disse Takeru - melhor irem
- Irem como? - pergunta Kai - Quase metade da banda tá bêbada e...
De repente, todos param e prestam atenção em Uruha e Yuji... E Aoi, que estava berrando para todos ouvirem
- Só pra deixar bem claro - dizia Aoi, em passos errantes em volta dos dois que discutiam - The GazettE é uma banda de visual kei, certo? - alguém ia responder, mas... - Nã... Não! Não precisa responder. E SuG é uma banda de... De...
- Oshare kei? - respondeu alguém
- Fica quieto, eu tô pensando! - responde Aoi - Bom, eu não me lembro da palavra. Mas, sei que eles são um bando de frescos. E isso prova que o GazettE é melhor do que vocês.
Takeru solta uma gargalhada
- Ele tá falando mal da sua banda! - advertiu Kai
- E daí? - Diz Takeru, sem se importar
- Não é mesmo, Uruha? - pergunta Aoi
- O quê? - Também pergunta Uruha
- Não responda perguntas com perguntas! Isso me deixa confuso! - começa a despentear o seu cabelo
- Desculpe - diz Uruha de cabeça baixa
- Cala a boca, Uruha! Aja como homem! Caham - Aoi limpa a garganta e continua - E o An Cafe?
- O que tem o An Cafe? - pergunta Yuji
- Eles são de Oshare kei também e...
Masato chega com um balde de água
- Onde arranjou esse balde de água? - pergunta Aoi
- Eu não me lembro - responde Masato, olhando para os lados
- Olha, olha! - diz Uruha se aproximando de Masato - Você diz que eu pareço uma mulher... Olha pra isso - Uruha fica atrás de Masato, e coloca as mãos em seus ombros - Isso aqui! Você tem isso na sua equipe, isso sim parece uma mulher!
Yuji fica alguns instantes sem palavras. E nesses instantes, Masato joga o balde de água em Uruha. E como Uruha estava atrás de Masato, ele também sofreu o ataque da água.
- Uru... AHÁHÁHÁHÁ! Olhem pro Uruha! – dizia Yuji
Masato sai andando calmamente, e vai falar com Aoi:
- Você! Quem é você?
- Não me conhece?
Masato fica um longo período em silencio
- Eu deveria? – pergunta um Masato confuso
- Deve estar tirando uma com a minha cara. Só pode...
- Eu quero um espelho! – ordenou Uruha – Agora!
Alguém dá um espelho pra ele. Uruha passa alguns segundinhos se olhando no espelho.
- Quem é essa criatura no espelho que mais parece uma prostituta que apanhou do cafetão porque não recebeu dinheiro o suficiente?
Yuji se coloca perto de Uruha, também se olhando no espelho.
- Acho que é você, né?
- MALDITO! Quem fez isso comigo? Meu pobre rosto... Está desfigurado! – Uruha atira o espelho que pega em algum membro da banda Alice Nine – E isso é tudo sua culpa, seu andrógeno mal feito!
- Calma aí! Quem atirou o balde em você foi o Masato! – se defendeu Yuji.
- Não importa!
Kai e Reita com Ruki nas costas vão pra perto de Uruha e tentam convencê-lo a ir embora logo.
- Uruha... Não acha que já bebeu demais? – pergunta Kai – Olha o seu estado... Olha o estado do Ruki...
- Eu não quero ir pro hospital! Não deixa! – Ruki esperneava no colo de Reita
-... Vamos logo, Uruha.
Uruha se vira novamente, com uma face nem um pouco sóbria
- Você bebeu? – pergunta pastosamente
- Eu... Bebi só um pouco, mas, você...
- Eu sabia! Pra você estar estranho assim...
- Uruha! – chamou Yuji
- Eu estava tendo uma conversinha agradável aqui...
- Dane-se! Te proponho um desafio!
- Que desafio? Eu topo!
- Mas, você nem sabe qual é o desafio – diz Reita
- Quer calar a boca?
Reita fica perplexo
- Fala logo esse tal... Desafio.
- Só quero que você prove que o The GazettE é uma banda tão boa quanto o SuG.
- E como espera que eu faça isso?
- Simples...
- Epa! – exclama Takeru se aproximando de Yuji – O que você pensa que vai fazer?
- Uruha! – Yuji aponta para Uruha, ignorando a pergunta de Takeru – O meu desafio é: Você terá que fazer uma turnê mundial! Pelo mundo todo! E com termino em Las Vegas!
- O quê? – Kai e Reita perguntaram ao mesmo tempo
- Fechado! – aceitou Uruha
- Espera aí! – Takeru tira uma pequena câmera de dentro do bolso da calça, e começa a filmar o momento – Yuji! Qual é o desafio?
Yuji olha para a câmera de um jeito desengonçado e diz:
- Eu desafio... O afeminado do Uruha... A fazer uma turnê com sua banda! Uma turnê mundial... E tem que ser pelo mundo todo. E o último show vai ser em Las Vegas! Iuhul!
- Uruha, qual é a sua resposta?
Uruha corre aos tropeções em direção a Takeru, olha para a câmera e diz:
- Uruha aqui aceita!
- Então, desafio marcado!
Yuji e Uruha apertaram as mãos.
- Puxa... Que susto eu levei, viu – diz Takeru, um tanto aliviado
- Por quê? – pergunta Reita
- Por causa do desafio do Yuji... Pensei que era outra coisa...
- Que coisa?
- Ah, sei lá... Tipo... Pensei que o Yuji ia desafiar o Uruha a se trancar em um quarto com os demais integrantes da banda e...
- Silencio reles mortal! – dizia Ruki com superioridade – Deixe minha musa inspiradora falar!
- Musa? – Takeru e Reita perguntaram
- O Uruha, gente... O Uruha...
- Acho melhor irmos embora. – diz Kai
- Sim... Eu não tô muito bem do estomago não...
Aoi chega correndo e da um pulo nas costas de Uruha, que o faz cair no chão.
- Upa, upa cavalinho! Vamos fazer uma turnê! Isso não é legal?
- Vamos embora... Logo! – disse Kai ajudando Uruha a se levantar
- E não se esqueça – gritou Yuji em um canto da sala, com os demais integrantes do SuG – Eu vou mandar alguém para verificar o seu trabalho.
- Quem será? – perguntou Uruha?
- Você vai saber na última cidade da turnê... BWOHAHAHAHA! – uma pequena pausa – Takeru! Vamos embora! Eu quero fazer número dois!
- Por que tudo mundo fica chato quando bebe demais, viu? – Takeru saiu reclamando.
- Do que ele tava falando? – perguntou Uruha confuso
- Falando sobre nada, Uruha! Sobre nada – disse um Kai muito estressado.
Então, cada um deles foi cada um para sua casa. E cada um deles teve uma bela manhã de ressaca...

 

Menos... Os nossos meninos do The GazettE! Na manhã do dia seguinte, começaram a aprontar a turnê. Anunciando em todos os meios de comunicação conhecidos pelo homem e etc... Acabaram que fizeram a turnê toda, e agora, estão há pouco mais de um dia do último show da turnê. Os garotos do The GazettE acabaram de enfiar a chave na porta do quarto do hotel onde vão passar a noite. E eles rodam a chave, Ruki abre a porta e diz:
- Cara, eu tô quebrado...
Mas, uma figura alucinógena e provavelmente sob o efeito de dorgas pula em cima dos nossos meninos
- E aí, grupinho feliz? – disse a estranha figura
- Quem é você? – perguntou Aoi perplexo
- Miyavi? – disse Kai, muito espantado.
- Eu mesmo, baby... Quer uma mordidinha na orelha pra comprovar?
- O que está fazendo no nosso apartamento? – perguntou Ruki
- Só ajeitando as coisas... Finalmente eu merecia um lugar digno para ficar, viu...
- Como assim? – perguntou Uruha
- Ah... Mas vocês são mesmo, hein... Eu sou o enviado do Yuji!
Ninguém entendeu nada...
- Mas, era de se esperar... Meu brilho pode ser visto há quilômetros de distancia... Menos por criaturas como vocês. Lembra que o Yuji disse que ia mandar alguém conferir o trabalho de vocês?
- Não, nem lembro.  – disse Uruha, fazendo um biquinho
- Você estava bêbado! – disse Kai, impaciente – Eu lembro sim. Então, é você, Miyavi, o enviado do Yuji.
- Sim, meu bem! Sou euzinho
- Ótimo... Agora... Vá embora daqui! – berrou Reita.
- Nossa... Vocês estão muito estressados! Vamos relaxar um pouco.
Miyavi puxa todos para dentro do luxuoso apartamento. Com certeza, um dos melhores hotéis de Las Vegas. Ele se senta em uma grande macia poltrona, pega umas revistas e diz:
- Agora, quero todas as moças no chuveiro. Vamos ter uma noite do balacubaco!
- Ninguém mais fala isso... – diz Ruki
- Quem liga... Agora, todos no banho!

                                                                                                                              

Então, foram tomar banho. Miyavi inspecionou cuidadosamente cada pedacinho daquele lindo apartamento. Depois, foi guardar as roupas dos rapazes. Escolheu um terno para cada um.
- O que está fazendo com a minha mala? – perguntou Kai, assim que chegou no quarto, trajando apenas uma toalha.
- Já falei que você fica um pedaço de mal caminho com essa toalha, Kai? – disse Miyavi, com um sorriso malicioso.
- Você não vale nada.
- Toma. Veste esse terno logo. E arruma esse cabelo, que você não está glamour.
- Eu ainda te acerto – disse Kai, já impaciente – Sai logo do quarto, Miyavi!
- Ai, já vou sair... Seu estressado!
Assim que Miyavi saiu do quarto, Kai começou a se vestir perguntando-se o que fará com essa roupa. Alguns minutos depois, alguém bate na porta. Eram Ruki e Aoi.
- Terminou aí, princesa? Aoi e eu queremos nos trocar.
- Ahan... E daqui a pouco, Uruha e Reita vão derrubar essa porta com uma tora.
- Ah, já vai. Por que não saíram do banho primeiro?
- Anda logo, Kai.
- Que que tá pegando, galera? – perguntou Miyavi.
- Kai tá se arrumando ainda – respondeu Ruki
- Ah sim... – Miyavi bate algumas vezes na porta do banheiro onde estavam Uruha e Reita – Hey, vocês dois tem três minutos para acabarem com esse banho. Kai, dois minutos pra você sair desse quarto tenso.
- Puxa... Miyavi tem um pulso firme – disse Aoi espantado
- Tem que ser assim, meu bem. Agora, vou voltar as minhas revistas.
Miyavi se senta no sofá e continua a ler as revistas. Uruha e Reita finalmente saem do banheiro enrolado em suas toalhas, e Kai sai do quarto vestindo um lindo terno.
- Nem sabia que tinha colocado esse terno na mala. – disse Kai, espantado.
- Não colocou. Eu o comprei em Munique, boneca. – disse Miyavi, lá do sofá.
- Tá bom, né. – Kai se senta em uma poltrona na sala, perto de Miyavi – Pronto, podem ir se arrumar.
- Sugiro irem todos de uma vez – disse Miyavi, sem tirar os olhos da revista – Estamos ficando sem tempo.
- O que está lendo?
- “As últimas tendências para vestidos de noivas” Kai... Nunca leu Chic Bride, não?
- Sinceramente... Não.

Alguns minutos se passaram desde que Aoi, Ruki, Reita e Uruha entraram no quarto. Por isso, Miyavi resolveu dar uma conferida.
- Tá todo mundo pronto? – perguntou Miyavi do outro lado
- Não – respondeu o pessoal em coro
- Vamos resolver isso – disse Kai, levantando-se da poltrona e abrindo a porta do quarto, se deparando com a seguinte imagem: Quatro rapazes, cada qual enrolado em sua toalha, cada qual em um canto do quarto – Mas... O que é isso?
- Eu estou com vergonha de me trocar – disse Ruki, tocando o indicador um no outro.
- Cria vergonha! Tomamos banho juntos agora a pouco. Vocês tem meia hora pra se trocar – e fecha a porta com uma grande batida.
- Tá irritado, Kai? – pergunta Miyavi, dando um pequeno abraço e uma mordidinha na orelha de Kai – Fica calminho, viu.
- Tá bom. Agora, me larga!

 

Passado o prazo que Kai havia estipulado Aoi, Uruha, Ruki e Reita saíram do quarto usando lindos ternos.
- Você comprou esses ternos em Munique também? – perguntou Reita
- Não... – respondeu Miyavi, simples – Comprei no Japão mesmo. Então, vamos nessa!
- Nessa pra onde? – perguntou Uruha
- Surpresa! – responde Miyavi com um tom infantil.

 

Eles saem do apartamento, e Miyavi aperta o botão do elevador. Segundos depois, ele chega com duas moças louras. Uma delas passando batom e outra ajeitando a barra do vestido. Eles entram evitando olhares com as duas.
- Estamos subindo – disse uma delas
- Nós também – respondeu Miyavi.
O elevador chegou no último andar, as louras saíram, e o grupo fez menção de sair.
- Pra onde vocês vão? – perguntou Miyavi
- Ora, aqui é o fim da linha – disse Aoi
- Não, nós vamos mais pra cima.
E o elevador tornou a subir

 

Chegaram ao limite do hotel.
- O que vamos fazer aqui? – perguntou Ruki
- Esse, Ruki, é apenas o grande começo de uma grande noite – respondeu Miyavi em tom sonhador
- Você tem tomado os seus remédios direitinho, Miyavi? – perguntou Kai preocupado
- Não. O médico os cortou – respondeu Miyavi, indo para perto de uma grande estatua com uma lança que enfeitava aquela parte do hotel – A vista daqui de cima é demais, man. Vejo até a torre Eiffel.
- Miyavi, ela fica na França. – disse Reita
- Caraca! Esse prédio é alto mesmo!
- Mas, o que viemos fazer aqui? – perguntou Ruki impaciente
- Calminha anão de jardim com TPM... Olha só o que eu trouxe – Miyavi mostra uma linda garrafa de Whisky escocês – Quem vai querer?
- Opa! Eu quero! – disse Uruha indo em direção a Miyavi
- Opa nada, Uruha! – disse Aoi num tom firme – Você bebeu demais naquela última festa.
- Esquece. Eu trouxe um copo para cada um – disse Miyavi, servindo Whisky para todo mundo – Tem pra todo mundo aqui.
Miyavi distribuiu os copos... Copos descartáveis... Para todos. Olhou o céu, levantou seu copo e disse:
- A uma noite perfeita... – disse animado
- Isso mais parece coisa de recém-casado! – diz Ruki
- Ah, fica quieto e bebe logo – fala Uruha em tom brincalhão.
 Todos beberam seus copos e partiram em direção a uma noite que ninguém, absolutamente ninguém, irá esquecer...

Na manhã seguinte... O apartamento estava um puro caos. Tudo o que se possa imaginar estava jogado pelo chão do apartamento. Lençóis, travesseiros, copos, garrafas, sapatos, roupas, maisena, Aoi... Sim, o Aoi mesmo. Ele estava estirado no chão, com o terno todo amassado, e roncando como um porco... E com uma galinha em cima dele.
- Aahnn... – geme Aoi, não muito acordado – Onde eu tô?
Aoi dá uma longa olhada pelo apartamento, com uma cara bem descrente.
- Eu não acredito... – Aoi fecha os olhos e volta a dormir.

Em outro canto do apartamento, Ruki também estava acordando.
- Puxa como minha cabeça tá doendo... Cadê minhas roupas? – berrou Ruki
- Hey... Silencio aí. Tem gente querendo dormir! – berra Aoi também
Ruki estava usando apenas um blusão
- Pegaram minha cueca também? Mas, que pouca vergonha, viu.
Ruki se dirige para o banheiro reclamando. No caminho, encontra Aoi com uma galinha em suas costas.
- Ei, Aoi. Tem uma galinha em cima de você.
- Deixa ela aí...
- Mas, ela vai botar um ovo em você!
- Então a gente vai ter café-da-manhã hoje.
Ruki dá de ombros e abre a porta do banheiro ainda reclamando de suas roupas. Se dirige até a privada e começa a fazer suas necessidades. Algum tempo depois, ele vira a cabeça para o lado esquerdo, e vê um grande e vistoso tigre.
- Ahnn... Tigre idiota... – Volta a olhar para frente. De súbito, volta a olhar para o tigre com uma expressão amedrontada – Ti-tigre! Tem um tigre no banheiro!
Ruki sai correndo do banheiro, tropeçando em Aoi e caindo de cara em uma poltrona com estampa de zebra.
- Cara, o que você pensa que tava fazendo? – diz Aoi revoltado – Vai cobrir isso que você tem entre as pernas!
- Mas, Aoi – dizia o menor, com medo – Tem um tigre no banheiro!
- Você deve estar bêbado ainda! O que um tigre estaria fazendo no banheiro?
- Que escândalo é esse? – Kai aparece apenas de calças e meias, com o cabelo totalmente desarrumado. E sem um dente.
- Kai! Tem um tigre no banheiro! – dizia Ruki, com os olhos arregalados de medo
- Ele deve estar brincando Kai! Eu vou provar pra você! – Aoi abre a porta do banheiro – Tá vendo? Eu disse que não tinha nenhum... – pausa dramática – Tigre! Kai! Tem um tigre no banheiro!  - Aoi sai correndo e se coloca atrás da poltrona onde Ruki estava.
- Gente vamos manter a calma! – diz Kai, tentando contornar a situação.
- Hey, alguém aí viu minha faixa? – Reita apareceu usando uma samba-canção com um coração bem grande atrás escrito “We♥ReiRei”, e com uma camiseta cor-de-rosa com estrelas amarelas
- Reita... Que roupa é essa? – perguntou Kai, segurando o riso
- Ah, o Miyavi que me deu, uai. Ele comprou ternos para todos nós, lembra? – Reita se vira para o espelho que estava a sua direita, depois, se vira para o Kai e o olha fixamente – Que raios de roupa é essa? Kai... Você tá sem um dente!
- O quê? – perguntou Kai, descrente, indo se olhar no espelho – Cadê meu dente?
- E eu que vou saber?!
Enquanto Kai olhava no espelho a falha que o dente deixara, Reita procurava sua faixa por debaixo das almofadas, Ruki estava sentado num canto tentando cobrir tal lugar com o blusão e Aoi estava estirado no chão, tentando dormir de novo, todos ouviram um suave despertar, logo seguido de um grande grito de excitação.
- Uau! Pelo visto, a noite foi demais, man! – disse Miyavi, dando uma olhada no Reita – E Reita que o diga, né neném.
- Não me chama de neném, por favor – pediu Reita, impaciente.
- Ué, cadê a tua faixa?
- Acho que você pode me responder isso!
- Ah, Reita! Que eu vou querer com a tua faixa? – olha Kai se olhando no espelho – Que aconteceu aí, Kai?
- Aconteceu isso, Miyavi! – Kai mostra a falha na boca
- Caraca! Roubaram teu dente! Os fãs já chegaram nesse ponto, ehh? Melhor eu me prevenir!- disse Miyavi, rindo
- Isso não tem graça! – disse Kai, nervoso – Eu quero saber quem pegou meu dente!
- Olha, não fui eu... – Miyavi olha para Ruki, sentando no canto – E você, coisinha minúscula? Que aconteceu?
- Roubaram minhas roupas! – disse Ruki em tom choroso – E quando eu descobrir quem foi...
- Nossa... Não fui eu também... – se dirigiu para a Aoi, lhe cutucando com o pé – E você, querido? O que lhe roubaram?
- De mim? Acho que nada... Eu até ganhei um café-da-manhã!
- Como assim?
- Aquela maldita galinha botou um ovo nas minhas costas!
- É... Pelo visto ele botou mais do um ovo em você – disse meio enojado. Depois, foi se sentar na poltrona com estampa de zebra – Alguém derrubou água aqui, gente.
- Ah, foi o Ruki. – disse Aoi, simples
- Falando em água... Cadê o Uruha? – perguntou Kai
- Meu Deus! Roubaram o Uruha também! – exclamou Ruki, assustado
- Não vão dizer que fui eu que roubei ele, né, gente? – disse Miyavi
- Liga pro celular dele, Aoi – sugeriu Kai
- Boa ideia! – Aoi começa a procurar seu celular, em vão – Kai, meu celular não tá comigo...
- Ah, peraí – Miyavi começa a revirar os bolsos, tirando uns quatro celulares – Qual desses é o seu?
- O prata – disse Aoi, pegando o celular da mão de Miyavi. Aoi disca o número de Uruha. Pouco depois, se ouve o barulho do celular dele.
- Caramba. Quando você liga pra ele, é esse o barulho que o celular dele faz? – diz Kai, rindo
- Quando boiolice, viu – diz Reita, também rindo
Miyavi faz menção de ir atender o celular, quando Ruki se levanta, esquecendo que estava sem calças, e atende o celular.
- Alô? – diz com uma voz inocente
- Alô... - respondeu Aoi, irritado
- Ah, oi Aoi! Tudo bem?
- Você sabe que esse é o celular do Uruha, né?
- Ah... – Ruki dá uma olhada no celular – E não é que é do Uruha mesmo! Por que será que o celular dele tá aqui e ele não?
- Porque ele sumiu Ruki, porque ele sumiu – respondeu Kai muito irritado.
- Gente... Vamos procurar o Uruha então. Ele deve ter ido tomar café.
- Isso mesmo! – concorda Reita – Mas, antes... Coloca uma calça, Ruki!
- Ah... Tudo bem. – Ruki se dirige desanimado para o quarto

 

Então, os Gazeboys – menos o Uruha – e Miyavi foram até o restaurante do hotel procurar por Uruha. Fizeram diversas perguntas, mas, ninguém viu nenhum sujeito parecido com o nosso desaparecido. Enfim, decidiram sentar numa mesa, tomar café e olhar pelo quarteirão. Ou avisar a policia.
- Ruki quer ficar quieto? – ralhava Reita, tentando manter o menor sentado
- Mas, eu tô com fome, Reita! – protestava Ruki – Chama o garçom logo!
- Está parecendo uma criança, Ruki – Aoi repreendeu Ruki, que se sentou com um bico enorme e ficou de braços cruzados. Por alguma razão não aparente, Ruki estava extremamente elétrico, Kai extremamente irritado, Miyavi extremamente... Miyavi Aoi e Reita estavam extremamente nulos...
- O que vai querer de café, Ruki? – perguntou Miyavi animado
- Eu vou querer – Reita o interrompe
- Ele vai querer uma bela tigela de mingau e um suco de laranja sem açúcar.
- Não, Reita! Não gosto de mingau!
- Certo... Será melão e cereais para todos – disse Kai, fazendo o pedido.
Em pouco tempo, todos haviam terminado o café-da-manhã, e Ruki saiu tomando um suco de morango e leite condensado que ele fez questão de pedir.
- Você tinha que pedir isso mesmo, anãozinho? – perguntou Miyavi em tom divertido
- É gostoso, tá? – respondeu Ruki, mostrando a língua.
Então, eles se dirigem para o estacionamento, para pegarem o carro.
- Por favor, poderia pegar o nosso carro? – perguntou Kai, dando um de seus lindos sorrisos
- Nossa! São vocês mesmo! Vocês estavam doidões ontem, viu! – dizia o homem que cuidava daquela área, pegando a chave do carro – Vocês são demais! – o homem sai, e volta pouco tempo depois com uma viatura da policia – Tá aqui o carro de vocês! Não sabia que eram policiais!
- É... Nem nós... – diz Kai com uma expressão de frustração
Todos entram no carro. Miyavi na direção, Kai no passageiro, Aoi e Reita no banco de trás e Ruki em seu colo.
- Hey... Crianças não podem ir no colo! – disse Reita
- Ah, fica quieto aí, Reita – disse Ruki, olhando pela janela.
Alguns minutos se passaram dentro do carro. Ruki havia cochilado e caído nos braços de Aoi também. Mas, algo incomodou os jota-roqueiros... Um choro de bebê.
- Gente. Tão ouvindo? – perguntou Kai
- Lady Gaga! – respondeu Miyavi, fazendo menção de ligar o radio.
- Não, seu tonto – Miyavi se ofende – Parece um bebê chorando!
- Mas, o Ruki tá quietinho – disse Aoi.

 Não... Bebê, bebê mesmo.
Aoi tenta ajeitar as pernas, mas, algo o impede.
- Peraí... Tem alguma coisa aqui nos meus pés – Aoi pega um pequeno embrulho de pano... E era de lá que saia o choro – Gente tem um bebê no carro!
Miyavi dá uma brusca freada
- Não é a Lovelie, é? – pergunta assustado
- Não... – disse Aoi, abrindo o embrulho devagar – é um menino.
- Dá ele aqui – diz Kai. Aoi entrega o bebê pra ele – Mas, de quem será essa criança, hein? – Diz Kai, tentando acalmar o bebê
- Puxa... Desde quando eu tenho esse anel? – diz Miyavi. Ele tira o anel, olha um pouco e recoloca no dedo anelar – Estranho...
- Muitas coisas andam estranhas aqui – diz Reita coçando o braço.
- Reita! Você esteve no médico? – perguntou Aoi, ao ver uma pulseira médica em seu braço
- Não me lembro não... – Diz Reita, também olhando.
- Que bom! Temos uma pista! – diz Kai animado – Qual hospital é?

 

Então, eles se dirigem para o hospital. Chegando lá, todos encaravam os Gazeboys, Miyavi e o bebê desconhecido. Kai tentou dar um sorriso, porém foi uma tentativa em vão. A falha que o dente deixará o impediu de conquistar os corações de médicos e pacientes. O que ele conquistou mesmo foi boas risadas.
- Ah Kai... Não fica assim – disse Miyavi em tom consolador – É só ir ao dentista.
- Mas, o dente era meu! Eu não quero um dente falso! – reclamava Kai
Um médico ia passando por ali. Kai não perdeu tempo e foi falar com ele
- Doutor! Doutor! Poderia nos ajudar?
- Em quê, meu jovem de cabelo estranho? – perguntou o médico
- Hey! Meu cabelo não é estranho, tá?
- Ehh... Eu estive aqui ontem. – disse Reita mostrando a pulseira
- Ah sim... – disse o médico, se recordando – Vocês são os chapados de ontem, não é?
- Acho que sim... – respondeu Reita, fitando o chão
Ruki começou a pular, tentando chamar a atenção do médico
- Hey, hey, senhor médico! Você poderia dizer se não tinha mais alguém com a gente? – perguntou Ruki, enquanto pulava
- É mesmo... Tinha um sujeito alto...
- Ah! O Uruha! – exclamou Kai
- Quem? – perguntou o médico
- Um alto babaca... Guitarrista da banda – respondeu Kai meio mal humorado
- Ah sim... Bem, se me derem licença – disse o médico fazendo menção de se retirar
- Só um minuto! – disse Aoi – Você se lembra se a gente disse mais alguma coisa? De onde nós viemos ou pra onde nós iríamos?
- Ah tá. Vocês falaram de um casamento. Falaram de um casamento na capela Angel. Disseram que a festa estava muito boa.
- Ahn... Você poderia nos dar uma localização exata da capela? Por favor! – perguntou Kai
- Ah sim, claro. Fica de esquina com a rua Peguem Um Mapa e Se Virem. Eu sou médico. Tenho mais o que fazer...
- Ah... Desculpe.

Então, os garotos foram procurar a tal capela em uma lista telefônica que estava em um bar qualquer de Las Vegas. Aproveitaram e pediram uma porção de batatas fritas, e algumas bebidas, já que estava na hora do almoço. Todos estavam comendo e bebendo, menos Kai que estava com o bebê no colo, procurando o endereço da capela Angel da lista telefônica. Tudo na maior normalidade até que Aoi começa a chorar.
- Aoi! Que aconteceu? Por que choras, donzela? – perguntou Miyavi em meio tom preocupado, meio tom divertido
- É que eu tô bebendo isso aqui... E lembrei do Uruha... BUÁAAA – continuava Aoi chorando.
- Ignorem... – disse Reita, colocando Ketchup em suas batatas.
- Rei-chan, Rei-chan – chamava Ruki, em tom meloso – Posso pegar paçocas?
- Ah... Claro que pode! – respondeu Reita
- Você vai dar doces pra ele? – perguntou Miyavi
- Paçoquinha, paçoquinha! – Ruki foi cantarolando até o balcão – Moço! Me dá uma paçoquinha?
- Vou sim! Por quê? – perguntou Reita
- A criança está tendo uma overdose de açúcar, e você vai dar mais doce pra ele? – Miyavi arregalou os olhos
- Ah... Deixa ele ser feliz!
Alguns segundos em silencio, e o bebê começou a chorar
- O que você fez com ele, Kai? – perguntou Ruki, horrorizado
- E-eu não fiz nada! Eu juro! – defendeu-se Kai. Ele levanta o bebê, tentando confortá-lo – O que aconteceu bebê? Tá com dorzinha na barriga é? – Algo cai no chão.
- Kai! Caiu alguma coisa no chão – disse Reita
- Ahn? Peraí que eu vou pegar. Segura o Hito-chan – Kai entrega o bebê para Reita
- Hito-chan?
- É bonitinho, tá? – Kai se abaixa para pegar o que havia caído. E com uma cara assustadora, ele berra – Meu dente! Foi o Hito-chan que roubou meu dente!
- Por que ele iria te roubar? – perguntou Reita – Ele é só um bebê!
Kai começa a discutir com Reita sobre o bebê, Miyavi estava comendo suas batatas, Ruki suas paçocas e Aoi com algumas lagrimam nos olhos, se levantou, foliou a lista algumas vezes e disse:
- Vamos. Achei o endereço da capela

Então eles subiram novamente em sua viatura e se dirigiram para a capela. Uma hora e meia depois, chegaram a uma pequena capela pintada de amarelo. Parecia deserta. Resolveram entrar, e encontraram uma linda sala de espera, decorada com flores, vasos, esculturas, velas aromáticas e pinturas com posições do Kama-sutra.
- Tem alguém aí? – gritou Reita, mas, ninguém respondeu
Ruki começa a perambular marotamente pelo recinto, parou perto de lindo vaso de cerâmica, e começou a tocá-lo como se fosse uma criança descobrindo algo completamente novo. Até que o vaso balançou, balançou e caiu por cima da pequena criança desorientada, que fez um belo corte na testa, caiu no chão e desmaiou. Nesse exato momento, o dono da capela apareceu.
- Mas o que aconteceu aqui? – falou um homenzinho muito baixo e muito branco, dos cabelos louros e compridos. Ao ver Ruki no chão e o vaso ao seu lado, corre junto dele – Você está bem, pequeno ser?
Mas o pequeno ser não respondia
- Ruki! Responda Ruki! Você está aí, Ruki? – perguntou Reita, aos prantos
- Será que ele morreu? – perguntou Kai – Aoi, liga para aquelas pessoas que fizeram o teste para vocal do Gazette!
- Mas a gente não sabe se ele morreu! Como vai colocando alguém no lugar? – perguntou Miyavi indignado
- Você nem é da nossa banda, Meevs. Fica quieto – repreendia Kai
- Vamos cuidar desse machucado, antes que piore – disse o dono da capela – Espere... Vocês são aqueles caras de ontem, não são? Louis tava com saudade! – Louis abraça cada um deles – Vocês são doidos! Muito doidos! E você – disse, apontando para Kai – Você é o pior de todos. Além da aposta doida com esse loiro aqui, o seu casamento foi lindo. Sério mesmo!
- Ca-casamento? Que casamento? – perguntava um Kai muito confuso
- A-aposta? – gaguejou Reita
- Ah, não lembram? Era de se esperar, estavam bêbados demais! Você e esse tatuado aí – apontou para Meevs – se casaram ontem! E foi uma linda festa! E sobre a posta... Bem, o loirão apostou que você nunca seria um bom dentista. Você disse que seria. Então você arrancou seu dente com um alicate! Você é muito corajoso, menino!
- O que? – perguntou Kai
- Ah... Por isso essa aliança é tão vagabunda! – brincou Miyavi
- Opa... Desculpa aí Kai – respondeu Reita, sem graça
- Tá me devendo um dente! – disse Kai, quase voando no pescoço do outro
- Mas, vamos cuidar logo desse menorzinho aqui. Enquanto isso, vocês dão uma olhada no pacote que pediram – disse Louis, pegando Ruki no colo, e levando ele para uma salinha
Já na sala, todos se sentam, e Louis começa a fazer os curativos
- Que pacote, Louis? – perguntou Aoi
- Ora, o pacote que pediram para Louis! Fotos, bonés, canecas, calendário, almofadas, tapetes...
- M-mas eu não quero isso! – gritou Kai
- Psiu! Estamos em uma capela – repreendeu Miyavi
- Idiota! – Kai emburrou, e não disse mais nenhuma palavra.
- Bem... Louis... Por um acaso, não tinha mais um com a gente? – perguntou Reita
- Hm... Pensando bem, tinha sim. Era um... Meio loiro, né?
- Sim. Loiro, alto e babaca – disse Miyavi
- Sim. Ele estava com vocês.
- E você sabe nos dizer pra onde fomos depois?
- Claro que sim. Disseram que iam pro zoológico. Mas, ele estava fechado àquela hora, e vocês disseram que dariam um jeito de entrar.
- Entendo. Isso explica o porquê do tigre... – disse Aoi pensativo
- Foram vocês que roubaram o tigre? – perguntou Louis admirado
- É... Acho que fomos... – respondeu Aoi, envergonhado
- Vocês são demais mesmo! Não tem vergonha de nada! Bom, o curativo já está pronto.
- Obrigada, Louis – agradeceu Reita, que pegou Ruki no colo – Hey, vocês aí, bando de molengas idiotas! Peguem as caixas e coloquem na viatura!
- Reita, não grita! – disse Kai – o Hito-chan está dormindo!
- Você gritou àquela hora – se defendeu Reita.
Então, todos ajudaram a colocar as caixas na viatura. Kai colocou Hito-chan perto de Ruki para que pudessem dormir juntos. Então, foi para o porta-malas da viatura e disse:
- Estamos com problemas – disse Kai, preocupado
- Ah... Relaxa, minha esposa – Disse Miyavi, passando o braço pela cintura de Kai
- Tire as mão de mim, seu... Seu... Nojento! – disse Kai, se afastando dele – E sim, estamos com muitos problemas! O Uruha sumiu, estamos cuidando de um bebê, Ruki está agindo como criança, levou uma pancada na cabeça e só Deus sabe como ele vai ficar depois, eu me casei com um homem casado, e nós roubamos uma viatura de policia e um tigre. Acha que isso não é problema? – disse Kai, extremamente nervoso e irritado
- Relaxa! Vai dar tudo certo! – disse Aoi, fazendo “Paz e Amor” com os dedos
- Relaxa nada! Nós devíamos queimar tudo isso! – Kai pega uma das canecas e a atira no chão – E queimar a viatura também!
- Ficou louco, Kai? – perguntou Reita – Não podemos fazer isso!
- Deixa eu ajudar, amorzinho? – perguntou Meevs, agarrando o braço de Kai – E é claro que podemos queimar uma viatura! Eu tenho álcool aqui!
- Pra que você tem álcool? – perguntou Kai
- Para caso isso aconteça! – respondeu Miyavi com um sorriso brilhante
- Vamos para o hotel... Vai que o Uruha apareceu por lá... – disse Aoi

Então... Nossos belos jovenzinhos iam entrando na viatura, quando um homem que mais parecia um armário de doze portas aberto
- Gente! – berrou Miyavi apontando para o homem que vinha seguido de muitos seguranças – É o Mike Tyson!
- Quem? – perguntou Reita
- Ali! Bem ali!
Mike se aproximou, olhou bem para a cara de cada um. Chegou perto de Reita e disse:
- Você! Você roubou meu tigre!
- Eu? – perguntou Reita, quase sem ar
Mike acerta um belo soco em seu olho. Reita cai no chão gemendo de dor
- Olha Reita. Agora, porque você não coloca sua faixa no olho pra esconder o roxo? – brincou Miyavi
Todos começaram a rir
- É melhor pararem de rir, antes que cada um fique com um olho roxo – esbravejou Mike, e todos pararam de rir instantaneamente – Mike quer que devolvam meu tigre ao zoológico. E rápido!
- Sim senhor! – disseram os meninos em coro
Como se nada houvesse acontecido, Mike vai embora. Os outros ajudam Reita a se levantar, entraram no carro, e levaram para o hotel.

 

Eles estacionaram a viatura em um canto escondido, perto do hotel. Entraram discretamente para o apartamento. O bebê começou a chorar e Kai tentou fazê-lo dormir. Reita entrou com Ruki no colo. Aoi entra um tanto desolado e se senta naquela poltrona de zebra, e começa a foliar algumas revistas do Miyavi.
- Kai, o que vamos fazer agora? – disse Reita, colocando Ruki deitado na poltrona ao lado da do Aoi – Precisamos achar o Uruha e temos que devolver esse tigre ao zoológico!
- Alias – disse Miyavi – eu queria saber como nós roubamos um tigre do zoo!
- Na verdade, foi o Reita quem roubou! – acusou Kai
- Muitas coisas aconteceram ontem – disse Aoi em tom preocupado, jogando a revista para um lado e se levantando – E eu estou muito preocupado com o Uruha
- Todos nós estamos – garantiu Reita
- Eu ainda tenho o telefone daquelas pessoas que fizeram teste para guitarrista do Gazette – disse Kai sorrindo. Mas por causa da falha do dente, seu encanto foi quebrado, e ele foi observado por três semblantes muito furiosos – Calma, eu tava brincando!
- Ah! Eu já sei como vamos fazer isso! – disse Miyavi, apontando pra cima, indicando que teve uma ideia
- Como? – perguntou Kai
- Simples! – Miyavi começa a revirar seus bolsos – Pronto, achei – tira um pequeno vidrinho laranja do bolso da calça – Isso deve resolver!
- O que é isso? – perguntou Reita, desinteressado
- É um remédio que o meu psiquiatra me deu. Eu tomo antes de dormir. – disse Miyavi, simples
Houve alguns segundos de silencio e de espanto. Mas logo depois, todos estavam agindo normalmente. Kai levou Hito-chan para o quarto, junto com Ruki. Aoi pegou um belo bife na geladeira do apartamento, enquanto Reita vigiava a porta para que o tigre não fugisse, Miyavi colocou alguns comprimidos na carne. Depois, com muito, mas muito medo, Reita jogou o pedaço de carne no banheiro. Esperaram uma hora e meia assistindo televisão
- Aoi! – gritou Reita – O Zoo fez um anuncio na TV sobre o tigre!
Reita corre até a televisão
- O que estão dizendo?
- Bom, disseram que se a gente vir o tigre era só ligar pro Zoo que eles iam vir buscar.
- Perfeito – disse Miyavi batendo palmas – Há essa hora ele já dormiu! Vai conferir Reita, enquanto eu ligo pro Zoo
- Por que eu? – perguntou Reita com um bico enorme
- Porque foi você quem roubou o tigre – disse Miyavi discando o número no celular

 

Pouco tempo depois, constatado que o tigre estava dormindo, o time de resgate [?] do Zoo já estava no apartamento. Entraram sem complicações, colocaram o tigre em uma grande jaula e levaram ele embora. Tudo na maior naturalidade.
- Isso foi estranho – disse Miyavi olhando para Reita
- Muito estranho – disse Reita olhando para o Aoi
- Estranho até demais – disse Aoi olhando para Kai que balançou a cabeça afirmativamente
- Eu digo o mesmo – disse um Ruki sonolento com um pouco de sangue na testa
- Ruru! Volte pra cama! – disse Reita, indo para seu lado
- Não cara. Eu tô bem... Que é isso na minha boca? – Ruki tira uma bolinha marrom um pouco grudenta – Caramelo?
- Não... – disse Reita – É um dos Toffes de chocolate que você fez o Kai comprar quando estávamos indo pro hospital...
- Quê? – questionou Ruki.
- Não importa. Ruki, você se lembra até onde o Uruha estava com a gente? – perguntou Reita
- Isso – incentivou Kai – talvez ele tenha ideia
- Bem... – Ruki fazia força para pensar – Eu me lembro que nós voltamos quase de manhã pro apartamento. Também lembro que nós falamos sobre aquelas férias que passamos no Hawaii, que resolvemos tomar sol no telhado do alojamento do acampamento que a gente participou!
- É mesmo! – disse Kai estalando os dedos! Vamos pra cima! – disse e puxou o pessoal para o elevador

 

Os meninos tomaram o elevador e subiram até a cobertura. Tudo parecia normal, como na noite de ontem. Inclusive, os copos descartáveis com restinhos de Whisky estavam jogados no chão ainda. E a garrafa estava vazia, jogada em algum canto do chão.
- Hey! O que é aquilo? – disse Ruki, apontando para aquela estatua que tinha uma lança
- Não sei – disse Kai – Vou lá ver. Andem por aí e procurem o Uruha! Rápido!
- Vou junto, Kaizinho – disse Miyavi, seguindo ele
Os outros saíram andando e chamando pelo nome de Uruha. Kai e Miyavi foram inspecionar a estatua. E notaram que havia um colchão espetado na lança da estatua.
- O que é isso? – perguntou Miyavi, de boca aberta
- Com certeza é obra sua – disse Kai estressado
- Cadê o nosso filho? – pergunta Miyavi distraído
- O Hito-chan? Tá dormindo no quarto... Espera! Ele não é nosso filho, Miyavi!
- É sim. E você é minha mulher, Kai!
- Seu nojento
De repente, se ouve um berro do Aoi
- Que foi isso, Miyavi?
- Parece o Aoi. Vamos lá ver

 

Eles se dirigiram para um canto afastado da cobertura. Encontraram o Aoi abraçado a um Uruha totalmente queimado pelo sol. Ruki e Reita estavam apenas observando os dois.
- Uruha! – exclamou Kai – O que aconteceu com você? Por que você tá aqui?
- Pergunte para esse – Uruha começa a distribuir alguns tapas no braço de Aoi para que ele o solte. Mas, devido à insolação, está muito fraco e seu tapas não resolveram nada – imbecil, descuidado e idiota que me trouxe aqui pra cima, depois foi embora.
- Você fez isso Aoi? – perguntou Ruki indignado – Olha a situação do nosso guitarrista!
- Cala a boca, Ruki. Eu tô muito bravo com você – Uruha tentou se levantar - Eu não preciso da sua ajuda... Seu... Seu... Hipócrita!
- Uruha! Me desculpe se eu te deixei aqui – Aoi tentava se desculpar
- Se me deixou aqui? Se? Você me deixou aqui!
- Uruha! O Aoi tava bêbado! – disse Miyavi, tentando acalmar os nervos – Você já não ficou bêbado? E também já não fez coisas horríveis com o Aoi quando estava bêbado?
- Na verdade... – Uruha cora ligeiramente – O Aoi que fazia coisas horríveis comigo
- Eu não ouvi isso – disse Kai, se virando – Eu vou voltar pro quarto e arrumar nossas malas. Vamos fazer o nosso show – olha no relógio – três horas...

Todos saem correndo dali, tomam o elevador e arrumam as malas. Tomam o elevador mais uma vez. Descem até a recepção.
- Aqui. Obrigado por tudo – disse Kai, entregando a chave para a recepcionista
- Nós que agradecemos. E bom show para vocês!
- Ahn... Obrigada – Kai se vira e fala para Miyavi – Onde estão os outros?
- Ah! Reita disse que o Uruha estava muito assado... Alias, queimado e não estava conseguindo andar. Então eles mais o Aoi e o anãozinho foram buscar uma cadeira de rodas.
- Entendi – disse Kai, sem emoção – Vão vir nos buscar?
- Sim – disse Miyavi simples – Já telefonei pro pessoal e todos já sabem que o Uruha voltou. Acho que vamos ter que adiar o show de hoje.
- Também acho

De repente, Aoi sai de uma porta empurrando Uruha em uma cadeira de rodas. Reita e Ruki saem logo depois.
- E aí Uruha? Acha que dá pra fazer o show daqui a algumas horas? – perguntou Kai, esperançoso
- Se eu puder ficar sentado o show inteiro...
- Se você não der conta – disse Aoi, acariciando seu cabelo – podemos adiar ele, tá?
- Não me toque... Seu crápula! – disse Uruha em tom brincalhão – Não por enquanto
- Uruha é um babaca mesmo – disse Ruki rindo
- E você é pequeno demais – disse Uruha rindo também – E não vamos adiar show nenhum. Não vamos deixar as fãs esperando por nós, não é?
- Mas, você consegue mesmo tocar? – perguntou Miyavi realmente preocupado
- Acho que sim. Como eu disse, eu posso tocar sentado – disse com um sorriso
- Vamos indo? – propôs Reita – Quero sair daqui o mais rápido possível, por favor.
- Ah, mas eu gostei tanto daqui! – disse Ruki
- É porque você não viu o trabalho que deu pra gente, Ruki
Uruha tentava debilmente beber a água que estava na garrafa que Aoi tinha lhe dado
- É mesmo! Me lembrei dele pedindo paçoquinha. Só você, Ruki! Só você. – disse Miyavi – Vamos indo, o pessoal já deve ter chegado.
- E não se esqueça de ligar pro Yuji! Ele precisa saber que um certo desafio está prestes a ser concluído! – disse Uruha sorridente

Então, eles saíram. Entraram em um lindo carro preto e discretamente se dirigiram para o local do show. Uruha acabou dormindo em um dos bancos. Enquanto eles conversavam sobre o que poderiam ter feito naquela noite, Reita sente algo quadrado incomodando ele.
- Que foi Reita? – perguntou Aoi acariciando o rosto queimado de Uruha
- Tem algo aqui – disse ele, tentando tirar esse algo do bolso de trás
- Alias o que aconteceu com o seu olho? – perguntou Ruki
- AH! – Miyavi diz gargalhando – Ele roubou o tigre do Mike Tyson, e acabou levando um belo soco dele!
- Sério Reita? – Ruki começa a gargalhar também – Por que não usa a faixa pra tampar o roxo do olho agora?
- Porque já me falar pra fazer isso – Reita cruza os braços e olha pela janela
- Brincadeira Reita... Mas, o que tem no seu bolso?
- Uma... Câmera digital.
- Sério? – perguntou Kai – Será que tiramos fotos?
- Acho que sim. Vamos ver – disse ele, ligando a câmera – Wow! Esse é você mesmo, Aoi? – perguntou Reita rindo
- Deixa eu ver – disse Ruki animado – Você fez isso mesmo, Aoi? Coragem... !  - Me dá isso aqui! – disse Aoi nervoso – Quê? Eu não fiz isso de jeito nenhum!
- Eu acho que sim – disse Kai pegando a câmera e dividindo ela com Miyavi – Vamos mudar aqui... Ah! Olha essa! O Reita e o Ruki!
- Por isso que o baixinho estava sem roupas hoje de manhã – disse Miyavi soltando gargalhadas. Ele muda de foto – Olha Kai! Nosso casamento... Você estava lindo!
- Me dá – disse Aoi tomando a câmera – Nossa! Depois falam de mim, não é?
- Deixa a gente ver – Aoi entrega a câmera para Ruki – Isso foi cômico demais, meu Deus! – eles mudam de foto – Ah, olha o Aoi com o Uruha no colo!
- E o Uruha está com você no colo! – disse Aoi rindo muito


 [...]

 

O show começou com uma hora e meia de atraso, pois Uruha havia adormecido no carro, e ninguém conseguia acordá-lo. Fora isso, o show prosseguiu sem mais nenhuma complicação. Todos os fãs foram à loucura quando viram Miyavi no palco, contando o que havia acontecido naquela noite. Após todas as canções serem cantadas, a banda se despediu do publico e dali foram direto para um avião a caminho do Japão.
- Esse foi o show mais cansativo que nós fizemos, não é galera? – disse Aoi sorridente
- Mas também, foi o melhor – disse Kai orgulhoso
- Sendo o mais cansativo ou não. O melhor ou não, o fato é que eu não volto aqui por um bom tempo
- Ou pelo menos, espero o que o Uruha não aceite mais nenhum desafio – disse Ruki rindo
- Fiquem tranqüilos. Esse Uruha vai ficar quietinho quanto a isso a partir de agora – disse Uruha confiante
- Sabem, eu liguei pro Yuji quando o show acabou. Ele disse que nem se lembrava da aposta mais – disse Miyavi gargalhando – Mas ele acabou achando o vídeo no You Tube e se lembrou
- Aquele Takeru com certeza colocou – disse Aoi
- Alias... Falando em Takeru – disse Miyavi perdido em pensamentos – Lembra daquela viatura?
- Sim – disse Reita – Que tem?
- As coisas do casamento ficaram lá. E agora?
- Quem casou? – perguntou Uruha perplexo
- Meu Deus! Hito-chan ficou no hotel! – disse um Kai desesperado
- Ele e o Miyavi Uruha, ele e o Miyavi! – falou Aoi
- O quê!? – exclamou Uruha
- Meu dente está com o bebê! – disse Kai quase chorando
- Que bebê é esse? – perguntou Uruha de novo
- O bebê deles, oras – disse Ruki brincalhão
- Cala a boca, Ruki! E quer saber? Eu vou dormir – disse Kai abaixando a poltrona do avião – e você Miyavi, nem me toque!
- Depressão pós-casamento – disse Miyavi com tom de desdenho – Também vou dormir.
- Vamos todos dormir – disse Ruki – Boa noite gente
- Boa noite – disseram todos em coro.


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Notas finais do capítulo

Marii-dono *-*-*-* *agarra* de novo, peço desculpas pela demora. E eu realmente, realmente espero que você tenha gostado da Fic.
Então, feliz aniversario atrasado Marii-dono. Eu te desejo todas as felicidades possiveis e a realização de todos os seus sonhos. E saiba que, durante esse tempo que nós conversamos, você conseguiu em pouquissimo tempo, ser a melhor pessoa do mundo pra mim. Conseguiu ser mais do que minha melhor amiga, conseguiu ser minha irmã. Te amo, Marii-dono ♥



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