Bella p.d.v

  - Você não imagina Alice como é ter que ouvir ele reclamar do quanto foi idiota, sem nem ao menos poder confirmar isso!

  - Que malvada você Bells. – ela riu.

Estávamos eu e Alice na cafeteria da empresa aproveitando o tempo de intervalo, enquanto a cobra loira estava fora resolvendo alguns problemas. Contei da traição da Tanya para ela que compartilhou toda a raiva e alegria perversa que eu sentia.

  - Sério Alice, não é maldade, eu só digo que era muito chato. Eu tive que dizer que sentia muito e tudo mais sendo que não era verdade, eu queria gritar na cara dele o quanto eu achava bem feito!

  - Eu entendo você Bells. Só pra poder ter o gostinho de dizer: “eu te avisei”.

  - Isso! Isso mesmo! Desde a época de colégio ela é nojenta e vadia Alice, ele sabia disso, só não queria ver.

  - Claro, eu sempre disse que você era mil vezes melhor do que ela Bells.

  - Pode ser no caráter, mas na beleza ela é bem melhor do que eu Alice.

  - Difícil Bella, não é muito fácil achar garotas por ai com beleza maior que a sua.

Olhei para trás e encontrei Edward sorrindo para mim e imediatamente meu coração disparou, fechei minha mão como se tentasse fazer com que as batidas voltassem ao normal. 

  - Posso sentar?

Alice assentiu, ele puxou uma cadeira e sentou ao nosso lado sem desfazer o sorriso torto, possivelmente era de propósito.

  - Bom, vocês meio que já se conhecem né? Esse é o Edward e essa é a Alice. – disse apontando para cada um.

  - Prazer, de novo, Sr. Cullen.

  - Que isso... nada de Sr. Cullen. Estamos em uma cafeteria, é só Edward.

  - Ok Edward e quer minha opinião?

  - Alice! – a repreendi.

Ela mal havia conhecido o Edward e já estava começando a dar seus palpites e opiniões, tão típico da Alice, se isso não ocorrer, há algo errado com ela.

  - Claro que pode Alice. – ele continuou sorrindo.

  - Prefiro muito mais você com calça jeans e blusa social do que aquele terno, fino demais. Ok ok, não adianta fazer esse olhar Bells, já estou indo. Eu tenho que ir agora, se importa? Vou ver se encontro o Jack antes da cobra... quer dizer, a Rosalie voltar. – ela deu uma risadinha.

  - Vou levar em conta a sua sugestão, pode ir, qualquer coisa, diga a Rosalie que eu mandei você passar um tempo no departamento de marketing.

Alice sorriu animada, acenou para nós e saiu correndo para o elevador. Edward chamou o garçom, pediu um café com chantilly e voltou a sorrir pra mim.

  - E então? Como foi ontem, com a Tanya?

  - Ela me mandou embora de casa e finalmente deixou a máscara cair.

  - Como assim?

  - Você acredita que o casamento o tempo todo foi uma farsa? A coisa é muito maior, ela se casou comigo porque o tio dela precisava de um idiota para arcar com as despesas daqui da Good Life.

  - Eu não acredito! Mas a empresa já faliu?

  - Quase, quando eu entrei maquiaram as despesas, e eu só percebi depois, então eu pensei que tinha sido minha culpa, mas consegui reerguê-la.

  - Que horror Edward!

  - Então ela disse que eu só tinha dinheiro por causa dela e por isso me mandou embora de casa.

  - Onde você ta agora?

  - Aqui, fiquei na minha sala, no sofá, mas vou procurar um hotel.

  - Olha se quiser ficar na minha casa enquanto acha algum lugar...

  - Não quero incomodar Bells, aquele apartamento não vai caber nós três.

  - Bom a gente mudou, o Emmet ta organizando as coisas, provavelmente já acabou, estamos em um apartamento que vai dar pra ir improvisando até você achar um lugar.

  - Poxa Bells, eu vou aceitar, mas juro que amanhã vou procurar um apartamento ou flat, é que estou morrendo de dor nas costas por causa do sofá. – ele riu sem graça.

  - Não tem importância, liga pro Emmet e vai quando quiser.

  - Vou passar em casa primeiro pra pegar as roupas e vou pra lá. – ele sorriu e tomou um gole do café – Bells... eu não sei se é uma boa hora pra falar mas eu queria te pedir desculpas pelo o que aconteceu no casamento.

  - Ah Edward, deixa isso pra lá.

  - Deixo não Bells, eu não queria te magoar e fui impulsivo, não pensei nas conseqüências.

  - Edward só queria te perguntar uma coisa.

  - Sim?

  - Porque não disse que eu não era sua esposa quando perguntaram? Aquelas pessoas não conhecem a Tanya?

  - Não, não conhecem. Sabem que eu me casei, mas nem todos compareceram no casamento ou no noivado, então nem conheceram a Tanya.

  - Sua avó conhecia a Tanya...

  - Conhece sim, ela me disse que sabia que você não era minha esposa, mas disse aquilo e fez todo mundo acreditar porque queria que você fosse.

Eu sabia daquilo, ela havia me dito, mas eu não sabia que ela tinha dito a mesma coisa para o Edward e ele tinha aceitado, como se também quisesse. Ele olhou profundamente em meus olhos e esticou o braço para pegar minha mão, mas devagar retirei-a colocando em minha perna, sua expressão murchou e ele passou a encarar a xícara de café.

  - Minha avó me disse que a Tanya não era a mulher certa pra mim e já que eu não tinha feito a escolha certa, queria mostrar o que seria certo pras pessoas.

Fiquei sem fala. Engoli em seco e olhei aquele Edward na minha frente, uma pessoa confusa que ainda conseguia mexer tanto com meus sentimentos. Ter aceitado o que avó falou sem pestanejar, sem dizer a verdade aquelas pessoas, era como se ele também aceitasse que eu era a escolha certa, como se quisesse me escolher.

  - E eu não neguei, porque vejo que não fiz a escolha certa mesmo – falou em um fio de voz.

  - Você concorda com sua avó? Que eu... sou... a escolha certa? – disse gaguejando.

  - Bella... eu...

  - Bella?

A voz conhecida de Jake soou em meus ouvidos acabando com o momento delicado que tinha se estabelecido naquela mesa. Virei devagar para encontrá-lo e este me beijou, passando a encarar Edward depois.

  - Bom, a Rosalie não voltou e eu pensei que a gente poderia sair mais cedo, tenho uma surpresa pra você.

  - Certeza Jake? E se ela voltar de repente? Vai matar nós dois.

  - Que isso Bella, pode ir tranquila, eu te defendo da Rosalie. – ele riu sem graça.

  - Viu Bells? O seu amiguinho te deu carta branca, vamos lá. – sorriu.

  - Ok Jake, vamos. Para de fazer essa cara, que saco, porque sempre faz isso? – falei sem graça.

  - Sei que não resiste.

Assim que levantei da cadeira, ele me puxou pela cintura e me beijou agressivamente, como se tentasse mostrar a Edward o que tínhamos, como se aquilo o causasse ciúmes. Ri mentalmente e parei o beijo devagar, me preparando para ir.

  - Então, liga para o Emmet ta? Não fica aqui. – eu sorri.

  - Pode deixar, a noite a gente se vê. – ele sorriu torto e retribuiu o olhar para Jake.

 ***

  - Pra onde está me levando Jake?

Falei levemente irritada com a surpresa, ele fechava meus olhos com sua mão grande e com a outra me guiava para algum lugar desconhecido.

  - Calma Bells, você vai gostar. Ok ok... calma, você vai poder abrir, espera ai, pronto, abre os olhos.

Ouvi o barulho da tranca de uma porta e quando ele tirou as mãos dos meus olhos, me deparei com uma sala completamente decorada com velas, uma mesa ao centro com algumas flores, um som ambiente, deixando em uma repleta harmonia romântica.

  - Jake, o que aconteceu com seu apartamento?

  - Ficou legal né? O Seth foi pra casa da Claire e eu achei que tinha que fazer algo especial pra você, o que achou?

  - Eu adorei, ta tudo lindo, ninguém nunca fez isso pra mim Jake, eu amei. – sorri e pulei em seus braços.

  - Fico feliz por ter sido o primeiro. – ele disse me abraçando e beijando meu rosto devagar. Que tal a gente aproveitar a comida hein? Estou vendo a sua cara de ansiosa pra provar a minha comida. – ele disse me puxando para a mesa.

  - Como é que é? Você que fez? – eu ri.

  - Mais ou menos ok? Ah você vai gostar, vamos provar primeiro.

  - Ok ok, você primeiro! – disse rindo.

  - Porque?

  - Porque se tiver algo errado, você morre primeiro!

  - OOOOOOH! – ele disse colocando a mão no coração – Fiquei profundamente ofendido, minha própria namorada desconfiando dos meus dotes culinários – fez um biquinho.

  - Que dramático você – mordi devagar sua boca – Juntos ta legal?

No fim, nós dois gostamos muito do jantar e nos divertimos muito, misturando a amizade antiga e o novo romance. Eu me sentia bem com ele e gostava dessa maneira que havíamos misturado a nossa antiga relação tornando-a nova, deixando as cobranças e preocupações de lado, apenas aproveitando. Depois sentamos no sofá e continuamos a conversar escutando a música dos nossos tempos de adolescentes na pacata cidade de Forks.

  - Eu quero te dizer uma coisa.

  - Diga Jake.

Ele segurou minha mão e levou-a até seu coração que tinha os batimentos descompassados, ao perceber, acabei sorrindo.

  - Está sentindo? Ele começou a ficar assim desde do momento em que te vi, era estranho o modo com eu me sentia desconcertado quando estava perto de você e a cada dia ele parecia aumentar mais quando seus olhos se encontravam com os meus, e você parecia nem notar.

  - Sabe quando você perde tempo procurando muito pra frente e esquece que pode encontrar algo aqui, bem perto de você? – disse me aproximando dele – Você não imagina o quanto me sinto bem perto de você, no quanto estou feliz, é muito bom sentir toda essa felicidade de novo. – deslizei minha mão em seu rosto – Adoro seus olhos, seu sorriso, seus beijos e o calor que você me transmite – beijei o canto da sua boca.

  - É como se você adivinhasse tudo que eu sinto por você. – ele sorriu.

Sua mão foi até minhas costas e me aproximou dele, o beijo era agressivo, rápido e volátil, entrelacei minhas pernas em sua cintura e os dedos dele enfiaram em meu cabelo evitando o máximo de distancia que pudesse existir entre nós. Meu corpo arrepiava a medida que sua mão deslizava pela minhas costas, minha cintura e as vezes a apertava devagar. Era estranho como as coisas fluíam rápido com ele, como eu aceitava, permitia e gostava de tudo que acontecia, enquanto ele beijava meu pescoço, eu tentava respirar fundo controlando a Bella que lutava dentro de mim, querendo evitar o Jake, me fazendo lembrar do amor sufocante que eu sentia pelo Edward. Mas naquele momento a Bella vingativa que tinha acabado se unir com a Bella confusa e apaixonada por aquele moreno, me fez continuar, ajudei a tirar sua camisa e encontrei o mesmo abdômen definido que eu tanto admirava, nossos lábios se encontraram novamente, buscando espaço, nossas línguas dançavam harmoniosamente. As suas mãos, que estavam em minha cintura, começaram a levantar minha blusa, e em pouco tempo ela já estava jogada no chão da sala, virei meu corpo de modo a ficar em cima dele e comecei a beijar seu pescoço enquanto arranhava seu abdômen e não pude conter um sorriso ao ouvir um gemido vindo dele.

  - Bells... – disse puxando meu rosto para o dele – você não imagina o quanto eu esperei por esse momento, o quanto eu esperei por você.

Mordi o lábio inferior dele e o puxei, e ele segurou meu cabelo de um modo agressivo mas também delicado e beijou meu pescoço mais uma vez, dessa vendo dando algumas leves mordidas. Mas antes que pudéssemos continuar meu celular começou a tocar estridentemente na mesinha perto de nós.

  - Não atende...

Jake falou abafado e mordeu um pouco mais forte meu pescoço, e corei ao perceber que um barulho havia acabado de sair da minha boca, ele deu uma risadinha e apertou minha cintura.

  - Eu preciso Jake, espera um pouquinho. – falei ofegante.

Quando me desvencilhei de seus braços, me estiquei para pegar o celular e assustei ao ver o número de Emmet.

  - Alô?

  - Bells! Preciso falar um negócio urgente com você! Onde você ta?

  - O que precisa Em? Não pode falar outra hora? – olhei para Jake e notei a cara de cachorro sem dono que ele fazia.

  - O Edward, ele quer vir ficar aqui em casa, eu disse que não tinha problema, mas ai depois me lembrei de você e...

  - Não Emmet, ta tudo bem. Eu disse a ele que podia ficar ai em casa, ele já chegou?

  - Disse que ia passar na casa dele primeiro, depois vinha aqui. Bells... to sentindo você meio nervosa e não respondeu a primeira pergunta que eu fiz, onde você ta?

Odeio quando o Emmet resolve prestar atenção nas coisas, porque quando eu quero, ele não continua sendo o lesado de sempre? Dei uma risadinha e tentei esconder o nervosismo.

  - Claro que não Em! Não to fazendo nada de errado.

  - Eu não perguntei isso Bells, onde você ta?

  - Na casa do Jake, pronto falei!

  - EU NÃO ACREDITO! VOCÊS MAL COMEÇARAM A NAMORAR E ELE JÁ ESTÁ APROVEITANDO DA MINHA PURA E SANTA IRMÃ?

  - Emmet para com isso, por favor, eu vou desligar.

  - Bella, vem pra cá! Sério, preciso que você esteja aqui quando o Edward chegar.

  - Pra que Emmet?

  - Preciso fazer um teste, quero saber se você superou mesmo, anda Bells, vem logo, tchau to te esperando aqui. – ele ficou calado por alguns segundos – você vem mesmo né?

  - Ta Emmet, o que eu não faço por você né?

  - Amo você e odeio esse troglodita bombado.

Desliguei o telefone, coloquei dentro da bolsa, e peguei minha blusa que estava no chão.

  - Ah não Bells... você vai ter que ir?

  - Eu sinto muito Jake, mas o Emmet precisa de mim lá.

  - É por causa do Edward? Você o chamou pra ficar na sua casa?

  - Não... quer dizer, mais ou menos Jake.

  - Você não superou né? Você continua atrás dele, e ainda mais agora que ele separou da Tanya.

  - Nada a ver Jake, eu não acredito que vamos discutir por causa disso, se eu ainda o quisesse não estaria com você.

  - Você pode estar comigo só por vingança. – ele falou em um fio de voz.

  - Isso é ridículo Jake, não é verdade. Olha, eu não quero discutir com você, por favor.

  - Desculpe Bells, eu só tenho medo de que me deixe, esperei tanto por esse momento aqui, pelo seu beijo, seu toque, seu perfume, seu corpo colado com o meu. – ele disse se aproximando de mim.

  - Eu também Jake e ninguém imagina a felicidade que eu sinto, mas preciso ir e eu volto amanhã e amanhã e sempre... nunca vou te deixar, lembra que prometi?

  - Isso já faz tempo Bells, os tempos mudam...

  - Mas eu não deixo de cumprir uma promessa.

Beijei-o devagar, depois nos despedimos e fui embora para casa.

Edward p.d.v

 Literalmente, demorei horas para sair do carro e ir até a porta da minha casa ou minha antiga casa. Depois de ter pensado muito, eu precisei respirar fundo várias vezes e camuflar a vontade que eu tava de voltar para os braços da Tanya. Eu me sentia péssimo. Não tanto pelo fato de nosso casamento ter terminado de um modo trágico, mas porque eu ainda a amava e eu odiava esse amor, porque eu não podia simplesmente arrancá-lo do meu coração? Aquela vagabunda não valia isso tudo, não vale todo o carinho que eu dei a ela, nem as minhas noites em claro, e muito menos o tempo que eu perdi vivendo ao lado dela. Segurei a maçaneta, respirei fundo outra vez, e entrei devagar em casa, assim que liguei a luz senti o baque de um corpo contra o meu.

  - Edward meu amor, você voltou! Estou tão feliz que está aqui! Me perdoe, desculpa por tudo meu bem, eu estava fora de mim, falei tudo aquilo da boca pra fora, eu amo você, eu quero você pra sempre comigo, mais ninguém.

Apertei os dois braços contra o meu corpo evitando ao máximo de envolvê-los ao redor dela, puxei o ar e me concentrei em ser o mais frio possível.

  - Não voltei Tanya. Vim buscar o resto das minhas coisas.

  - Não você não pode! Não pode buscar suas coisas, não pode ir embora, não pode me deixar! Para com isso Edward, vamos resolver isso como adultos, sentamos e conversamos e você vai ver que podemos resolver isso. – disse soltando dos meus braços.

  - Tanya não temos mais nada pra conversar e se temos, eu não quero conversar com você. Agora dá licença pra eu subir e pegar minhas coisas. – engoli em seco tentando tirar a pedra na minha garganta.

  - Não vou deixar você ir Edward, olha pra mim – ela segurou meu rosto – você me ama e eu amo você! Não podemos ficar separados. Eu errei, mas todo mundo erra Edward, sou humana! Você precisa me perdoar, eu amo você.

  - Não ama! Isso é ridículo Tanya, achei que você tinha parado com esse teatro idiota. Você esqueceu o que me falou ontem? Como vai dizer que tudo aquilo foi da boca pra fora?

  - Eu fiquei nervosa Edward, e acabei falando coisas que não são verdade...

  - Para Tanya, já deu! Tudo aquilo era verdade e sabe o que mais está doendo? Não é nem o fato de você ter me dito a verdade ontem e sim esse teatrinho de agora.

  - Edward por favor, não faz isso comigo, não me deixe aqui sozinha, sem você, eu sou completamente louca por você. – ela disse me abraçando novamente.

  - Me solta Tanya.

  - NÃO EDWARD, NÃO VAI!

  - Me larga, eu já falei!

Disse a afastando e subi correndo para o quarto, tranquei a porta e deixei com que rolassem as lágrimas que eu já segurava há tanto tempo.

“ - Edward você ta chorando? – Bella disse com a voz mansa.

  - Ah deixa isso pra lá. – tentei limpar as lágrimas insistentes.

  - Está chorando pela Tanya? Ah E      d, não fique assim por favor, vem cá. – ela disse me puxando e eu deitei a cabeça em seu colo – Olha, vai ficar tudo bem ta? Foi só um garoto Ed, isso nem vai durar, você vai ver, ela logo vai perceber que gosta de você e vai ver o tempo que perdeu.

  - Será Bells? As vezes eu penso que isso não vai acontecer, nunca, sou muito pouco pra ela Bells, ela pode conseguir qualquer garoto bem melhor que eu!

  - Para Ed! Porque ela ia querer alguém melhor que você? Não há ninguém melhor que você. Você é lindo, engraçado, fofo, e tem olhos verdes e um sorriso torto que conquistam qualquer garota.

  - Você fala isso porque é minha amiga Bells! – falei tristonho – não tem como, eu acho que deveria desistir dela.

  - Como se você conseguisse. – ela sorriu – não chora ta? – limpou a ultima lagrima que escorria pelo meu rosto – promete pra mim que não vai mais chorar por isso? Que vai levantar a cabeça e seguir em frente?

  - Só porque você ta me pedindo... eu seria um nada sem você Bells, obrigado por existir. – tentei sorrir e beijei seu rosto corado.”

E por ela eu limpei as lágrimas frias em meu rosto. Pela minha antiga promessa, pela minha melhor amiga eu respirei fundo e terminei de guardar as coisas na mala. Antes de sair, olhei mais uma vez o quarto me certificando de que não estava esquecendo nada, não queria ter um motivo que me fizesse voltar aquele lugar de novo. Desci as escadas e percebi que tudo estava muito silencioso, dei de ombros e achei até melhor, pois assim eu não teria que ver todo o teatro da Tanya mais uma vez, porém uma força incontrolável que me fez virar para trás e a encontrei desmaiada, no chão perto do sofá.

  - Tanya? Ai meu Deus não!

Corri até o corpo dela e conferi seus batimentos, é ela não tinha morrido, por enquanto. Liguei para o hospital e eles me disseram que estavam enviando uma ambulância o mais rápido possível, observei o lugar e encontrei um vidro de remédios ao lado da mão dela. Eu não podia acreditar, não conseguia acreditar que ela tinha feito isso, que ela tinha tentado se matar por minha causa.