Heartbreaker escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 11
Confusões na fazenda




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Bella p.d.v

Fazia duas horas que estávamos viajando e provavelmente em 15 minutos chegaríamos ao aeroporto da cidade. Por um lado, me confortou que houvesse aeroporto na cidade, mas depois Edward me disse que ainda ficaríamos mais uma hora dentro de um carro para chegar até a fazenda dos tios dele. Eu não consegui dormir durante a viagem então fiquei ouvindo algumas musicas no meu ipod enquanto Edward dormia profundamente encostado em meu ombro. Logo uma voz feminina e desconhecida soou pelo avião nos avisando que já estávamos pousando, virei para ele e o cutuquei.

  - Chegamos Edward.

Ele levantou assustado quando percebeu que estava praticamente deitado em meu colo, e arrumou o cabelo rapidamente.

  - Hein o que aconteceu? Onde estamos?

  - A aeromoça disse que estamos pousando, só te acordei, calma. – eu disse rindo.

  - Ah sim, desculpe por isso, quer dizer eu acho que dormi mais do que deveria.

  - Sem problemas Edward.

  - Você podia voltar a me chamar de Ed. – ele disse arrumando seu cinto. 

Eu não me sentia muito a vontade voltando a chamá-lo assim. Fazia-me voltar à tona várias lembranças que eu lutava a cada dia para esquecê-las, mas sorri e assenti com a cabeça. Depois de 30 minutos nos direcionávamos para a saída do aeroporto com as nossas malas, estava tudo muito tranqüilo, nada comparado com o aeroporto de New York que só se vê pessoas perambulando de um lado para o outro. Ali éramos eu, Edward e as poucas pessoas que trabalhavam nos guichês. Assim que saímos de longe vimos uma mulher que aparentava ter seus 40 anos, o cabelo da cor acaju, com um macacão e acenando para nós, estava ao lado de um homem com estatura mediana, bigode preto, mastigando uma coisa verde na boca, e da mesma idade da mulher, conclui que eram marido e mulher e logo que eram tios de Edward. Estavam na frente de uma camionete vermelha, uma Chevy 1953, com a pintura gasta, mas também... era uma relíquia. Edward me puxou pela mão e fomos até eles:

  - Eddie meu sobrinho preferido. – ela disse o abraçando.

  - Oi tia Morg.

  - Fala ai Eddizinho.

  - E ai tio Kreb. – ele disse sem graça.

Eu ri baixo, Edward odiava que o chamavam de “Eddizinho” e ele dizia que a mãe dele adorava fazer isso quando eu e Emmet estávamos em sua casa.

  - Quem é essa moça linda Ed?

Fiquei sem graça e me aproximei mais dela.

  - Essa é Bella tia, minha amiga.

  - Ah amiga, sei. Oi Bella.

Fiquei surpresa quando ela me abraçou, mas retribui sem graça e sorri.

  - Então vamos logo, coloque as malas de vocês lá atrás e podem ir se acomodando.

  - Mas tia, essa camionete não é cabine dupla e aonde eu a Bella vamos?

  - Lá atrás uai. Não reparem a Maguerda minha galinha, nem os porquinhos. Acabamos de voltar da feira. – ela disse para mim.

Eu olhei para Edward e fiz um sinal negativo com a cabeça.

  - É só uma hora Bella, vai ser tão rápido que você nem vai notar.

  - Vai ser tão rápido que você nem vai notar. – eu disse imitando a voz do Edward.

E pela décima quinta vez passamos por um outro morro o que me fez dar um pulo e amassar meu traseiro mais uma vez naquela caixa de madeira em que eu estava sentada.

  - Mas olha pense pelo lado bom, pelo menos não estamos indo de jegue.

  - Como é que é? Eu preferia ir de jegue do que ficar aqui, ta sentindo isso? Esse porco peidou de novo. Que nojo Edward.

Ele fez uma cara de nojo e nós nos afastamos do porco. Apoiei meu rosto em minhas mãos e fiquei o encarando.

  - Ah! Pense pelo outro lado bom, já estamos em contato com a natureza.

  - Edward, se você falar mais um outro lado bom de estarmos aqui, eu te jogo dessa camionete.

  - Ok calei.

Fomos em silêncio durante o resto da viagem e no caminho eu resolvi ir apreciando a paisagem e para minha sorte ela era lindíssima. O trigo dourado balançava de um lado para o outro com a brisa fraca da manhã, à medida que íamos nos distanciando eu podia ver as pequenas árvores que rodeavam a pequena cidade, em uma estradinha os tratores e caminhões passavam, os celeiros, tudo quieto e silencioso, tranqüilo, em paz. Então chegamos em uma estradinha mais fina, onde havia algumas delicadas flores enroladas em uma cerca de madeira, e no fundo eu pude ver a casa. Quebrando toda a minha imaginação de um rancho de palha no meio do nada, a construção era maravilhosa, toda de madeira marrom, de dois andares, cercada por uma cerca pequena e bucólica, as janelas de vidro com suportes onde havia flores coloridas. Era perfeita e muito chique. Olhei abismada para Edward, que este riu do meu espanto.

  - Eles descobriram petróleo em suas terras, porém não quiseram deixar as raízes, por isso ainda tem esse carro e todo esse estilo de caipira que você percebeu. Mas o que achou da casa?

  - É linda Edward, eu adorei.

O carro parou e Edward e os tios dele nos ajudaram a descer nossas coisas, seguimos para a casa e assim que entramos, eu enfim pude compreender o total esplendor que aquele lugar tinha. A sala era toda de madeira clara, com um sofá verde claro e um de riscas laranja com branco. O teto era alto e havia um lustre simples, mas belo pendurado. As janelas eram grandes e estavam cobertas com uma cortina laranja, havia uma lareira e tudo junto dava um ar muito harmônico a casa. A tia Morg nos levou até uma outra sala onde havia muita gente, havia crianças, adultos, idosos conversando alto, rindo, brincando e quando chegamos todos pararam e começaram a nos observar.

  - Eddie meu filho.

Uma senhora de cabelos brancos, roupas coloridas e um sorriso fraternal veio nos receber, abraçou Edward e logo depois me abraçou também.

  - Ai essa deve ser sua esposa não é meu filho? Como ela é linda, não me parece muito estranha, eu te conheço?

  - Não eu não...

  - Mas me diz meu neto, como andam as coisas lá em Seattle?

Ela o arrastou para um sofá e eu fiquei sem como me defender. Como assim esposa do Edward? Será que aquelas pessoas não conheciam a Tanya? Não sabiam do casamento dele com ela? Perdida em pensamentos nem vi quando fui rodeada por alguns garotos e umas mulheres que me enchiam de perguntas.

  - Então você é a esposa do Edward?

  - Não eu...

  - É você é bonita mesmo. – uma mulher baixinha e rechonchuda disse – Sou tia do Edward, Margaret.

  - Olá eu sou Bella.

  - Eu sou Tracy, prima do Edward.

Então todos começaram a se apresentar e eu tentei decorar todos os nomes, mas logo desisti e apenas continuei sorrindo. Logo Edward chegou e eu me despedi de todos e subimos acompanhados pela tia Morg que nos apresentou nosso quarto, ênfase no fato de ser só um.

  - Ei tia Morg, e qual é o outro quarto? – eu perguntei.

  - Não tem outro quarto meus amores, esse é o quarto de vocês. Ah Edward, Riley chegará à noite para a despedida de solteiro, assim que vocês terminarem podem descer para conhecer a fazenda.

  - Obrigado tia.

Entramos no quarto e eu fiquei parada na porta.

  - O que foi Bella?

  - Não vamos dormir no mesmo quarto Edward.

  - Ah para com isso Bella, certeza que deve ter um outro colchão ou outra cama sei lá.

Entrei devagar, deixamos as malas encostadas na parede e assim que viramos para analisar o quarto, chegamos à conclusão de que realmente ou dormiríamos juntos ou alguém dormiria no tapete. O quarto era branco, com duas janelas cobertas por cortinas delicadas, os móveis eram de madeira escura e todos tinham um aspecto antigo. Havia uma cama de casal coberta com um lençol azul que combinava com as poltronas perto desta, mais no fundo se via uma porta que dava entrada para o banheiro.

  - Eu não acredito, só tem uma cama de casal Edward!

  - Bella calma, qual o problema de dormirmos juntos?

  - Deixa eu te contar o problema Edward, você é casado. Não pode dormir com outra mulher.

  - Qual é Bella, você não é outra mulher, é minha melhor amiga.

  - Quando chegar a noite vamos decidir sobre isso.

  - Ok, como quiser. Vou tomar um banho você me espera? Ai a gente vai conhecer a fazenda.

  - Tudo bem, vai lá.

Ele foi para o banheiro e fui até a janela observar a paisagem lá fora. Sentei na poltrona e fixei meu olhar no horizonte, me maravilhando com o ar fresco que tocava meu rosto, deitei a cabeça para trás e acabei cochilando e acordei apenas com Edward me chamando.

  - Ei Bela Adormecida, vamos?

  - Espera um minuto.

Corri até a mala e quando cheguei parei com a mão no zíper, fiquei com certo receio de abrir, como não tive tempo e fui persuadida também, Alice resolveu fazer a minha mala e eu estava com muito medo de encontrar algumas peças de roupa que me deixariam assustada. Deslizei o zíper devagar e quando abri a tampa da mala eu realmente encontrei coisas que me assustaram. Havia lingeries, muitas delas, e novas porque eu tinha certeza que nenhuma ali eu tinha em minha gaveta. Fui até o fundo e me contentei com um short jeans, uma regata com uma camiseta xadrez por cima e uma bota. Descemos as escadas e quando chegamos até a sala à maioria das pessoas já haviam se dispersado e saímos eu e Edward para conhecer o lugar. Andamos pelas planícies e percorremos as estradinhas que ficam entre os trigos dourados, subimos em algumas árvores, e voltamos molhados porque ficamos brincando de afogar um ao outro no rio. Antes de chegarmos a casa ouvimos alguns barulhos estranhos e vinha da caixa d’ água e assim que chegamos encontramos um dos primos do Edward nadando pensando que era piscina.

  - Meu Deus o que esse garoto ta fazendo ali?

  - Eu não sei, mas vai lá buscar ele.

  - Como é que é?

  - É vai lá, por favor? Eu não sou muito bom com alturas e...

  - Ah eu não acredito nisso, você vem comigo.

  - Ok, sobe na frente então.

  - Não vai você... anda logo Edward!

Eu sai empurrando-o e começamos a subir a escada devagar rumo ao topo da caixa d’ água, quando estávamos quase chegando Edward parou.

  - Eu não consigo Bella, não olha pra baixo, não olha pra baixo. Ai meu Deus, olhei.

  - Respira Edward, conta até 10.

  - 1, 2, 3...

  - Pronto já contou! Agora sobe, por favor.

Ele continuou mais lento ainda e quando finalmente chegamos lá ele ficou respirando fundo por umas duas vezes até que conseguiu dizer.

  - Andrew o que ta fazendo ai?

  - Eu estou nadando ué, o que parece que eu estou fazendo?

  - Não pode nadar ai. – eu disse.

  - Uaaaaaau... você é a tal Bella que os garotos estavam falando. É, você é linda mesmo.

Edward olhou para ele de cara feia e o menino se afastou.

  - Foi mal Ed.

  - Desce daí logo garoto.

O menino era loiro dos olhos castanhos, e aparentava ter mais ou menos uns 4 anos.

  - Pega ele ai Bella.

  - Claro que não, você é primo dele.

  - Mas eu já tenho medo de altura, como vou descer com esse garoto ainda?

  - Você não vai me pegar.

  - Por quê?

  - Você não ta vendo que eu estou pelado?

  - Ai meu Deus, daí me forças.

Mesmo com os gritos, peguei o garoto no colo e descemos mais uma vez, vagarosamente, aquela escada. Quando chegamos ao chão uma das mulheres que vieram se apresentar para mim pegou Andrew e respirou aliviada.

  - Ah até que enfim vocês o acharam.

  - Vocês estavam me procurando?

  - Claro meu filho.

  - E não me acharam por ai?

  - Não meu amor.

  - Meu Deus onde eu estava? Aliás onde eu estou?

Olhei para Edward com desanimo, ele deu de ombros e começou a rir. Estávamos perto da casa quando um outro garoto grudou na perna de Edward gritando.

  - ALIENS! ALIENS! ELES QUEREM ME COMER.

Logo saiu um garoto que aparentava ter uns 12 anos, com uma mascara do Alien e gritando.

  - Will pare com isso, é só o Martin.

  - Não é não Ed, é o Alien.

Edward foi até o outro garoto e tirou a máscara dele, o tal do Martin começou a rir e saiu correndo para dentro de casa.

  - Ei Will vem cá que eu preciso te mostrar um vulcãozinho.

Um outro garoto disse e saiu puxando o pequeno Will para um cupinzeiro. Meu Deus, mas quantos garotos ainda existem nesse lugar?

  - Edward eles estão indo para o cupinzeiro.

  - Ah meu Deus pro cupinzeiro não.

Fomos atrás deles e quando chegamos lá ainda conseguimos ouvir.

  - Olha Will um vulcãozinho, tem que fazer um buraco em cima pra gente ver a lava.

Os dois pegaram uns pedaços de pau que estava perto deles, e furaram e não demorou muito para que centenas de cupins saíssem rapidamente do buraco.

  - Nossa que lava estranha.

  - Isso não é lava David, vem logo.

Edward pegou David e eu o Will e saímos correndo para dentro da casa, assim que chegamos os dois foram para a outra sala e eu sentei cansada no sofá. Ele sentou ao meu lado e me olhou apreensivo:

  - Eu já sei o que vai falar, que quer me matar, que eu vou dormir no tapete por causa de toda essa confusão. Que eu te trouxe para o fim de mundo, pra sofrer comigo e...

  - Para Edward! Eu gostei, foi engraçado. – eu comecei a rir.

  - É foi mesmo.

Ele começou a rir junto comigo e ficamos rindo ali por um bom tempo, depois almoçamos e subimos para o quarto pra descansar um pouco até o fim da tarde.


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Notas finais do capítulo

bom está ai, vocês estão sumindo, o que está acontecendo? poxa, se não estão gostando da fic ou se acha que precisa mudar alguma coisa pode comentar cmg, vou tentar fazer o melhor. espero que todas 10 pessoas voltem a comentar e mais gente tb kkk beijinhos ;*



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