Stormy Nights escrita por GiuhBatiston


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

O momento que todos aguardaram tão ansiosamente...
Boa leitura!



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Capitulo 25

Eu estava curiosa pra saber qual era o assunto da tal conversa, mas Dimitri se recusou a me contar. Passamos no meu dormitório pra deixar a mochila, em seguida ele foi ate o dormitório de Lissa. Olhei pra ele com cara curiosa.

-É surpresa. – ele disse rindo com minha curiosidade. Ele bateu na porta e Lissa abriu.

-Ei! Achei que vocês não fossem mais aparecer. – disse sorrindo.

-Vocês estão de complô pra cima de mim? – perguntei

-Ela sempre foi assim? – Dimitri perguntou

-Desde que eu a conheço. – Lissa respondeu rindo. Ela passou uma cesta a ele.

-Bom passeio.

-Vamos? – Dimitri pegou minha mão.

Ele me conduziu até o estacionamento. A noite estava quente, o verão estava chegando e uma leve brisa balançava meu cabelo. Entramos no carro.

-Vamos muito longe? – perguntei

-Você é muito curiosa, sabia?

-Sabia. Mas a curiosidade já me salvou muitas vezes. – respondi

-Não vamos muito longe, se é isso que você quer saber. – respondeu-me

Ele dirigiu por uma hora, a noite estava estrelada e o silencio dominava dentro do carro. Era um silencio confortável, eu sentia falta de estar assim com Dimitri, num momento tranqüilo, onde podíamos sentir o amor que fluía entre nós. Ainda bem que eu consegui voltar atrás a tempo. Não sei se seria muito bom para nós ficarmos separados. Eu o amava tanto e estava tão feliz de estar apenas ao seu lado. Eu tive que quase morrer pra perceber o que eu perderia se ficasse longe dele. Eu nunca mais iria me separar dele. Eu o ouviria antes de acusá-lo de algo, acreditaria nele por que eu enfim compreendi o quanto ele me amava. O que aconteceu no passado ficou no passado. Estava na hora de esquecer e seguir em frente.

Olhei pra Dimitri dirigindo. Segui seus braços firmes segurando o volante, admirei a força contida ali. Analisei seu corpo forte e esguio sentado no banco ao meu lado. Deixei seus olhos por ultimo pois eles sempre me faziam perder o rumo. Eles eram castanhos e profundos. E me olhavam de uma forma que faria qualquer mulher se sentir a única no mundo.

Não percebi ele me olhando, mas sua mão pegou a minha que estava no meu colo. Em seguida ele me olhou e sorriu.

Continuamos a viagem, mais algum tempo e paramos na entrada de um parque na entrada da cidade. O portão estava fechado.

-Vamos invadir o parque? – perguntei olhando incrédula pra ele

-Rose Hathaway agora tem escrúpulos? – perguntou-me

-Eu não. Mas você tem.

-Acho que conviver com você fez com que eu perdesse alguns deles. Além disso, não vamos fazer nada demais.

-Fale por você. – respondi com um sorriso maldoso. – Você já pensou que eles podem ter seguranças? – perguntei

-Já verifiquei. Não tem seguranças no parque, nem câmeras. É apenas o portão.

-Bem, o que estamos esperando então? – perguntei me apoiando pra pular o portão

-Não. Eu vou na frente, abro e você entra.

-Por que todo esse zelo? – perguntei

-Não discuta Rose.

-Tudo bem. Não vou mais discutir com você.

Ele subiu e pulou o muro, em seguida abriu o portão pra eu entrar.

-Não acredito que isso esta mesmo acontecendo. – falei rindo

-Ainda vou te surpreender muito. – ele pegou minha mão e me conduziu pelo parque. Chegamos a um local onde tinha uns bancos pra piquenique. Ele estendeu uma toalha de mesa e colocou algumas coisas lá em cima. Tentei ajudá-lo, mas ele não quis, achei melhor não discutir. Não queria arrumar briga.

Sentei e comecei a comer a comida que ele e Lissa prepararam. Estava morrendo de fome, há dias eu não comia comida decente.

-Estamos com fome, hu? – ele disse

-Experimente passar uma semana comendo comida de hospital e você vai descobrir que até mesmo minha comida é boa. – brinquei

-E você cozinha? – ele perguntou me beijando no pescoço

-Apenas o suficiente pra não morrer de fome. – tentei dizer. Isso era golpe baixo. Me virei de frente pra ele, beijando-o e passando minhas mãos por seu cabelo. Mordi de leve seu lábio inferior e ele gemeu.

-Acho que vou querer experimentar sua comida qualquer dia desses. – ele sussurrou no meu ouvido.

-Sinceramente, se você continuar assim, eu vou ter um ataque do coração. E daí não vai ter comida coisa nenhuma. – disse-lhe. Ele me soltou imediatamente.

-Não quero causar um infarto em ninguém. – ele disse brincalhão

-Talvez eu queira correr o risco.

-Definitivamente vou deixar você passar um pouco de vontade.

-Olha que eu posso fazer greve, hein?

-Duvido que você consiga resistir a mim. – ele sussurrou nos meu lábios.

-Se você continuar assim... Eu também duvido. – beijei-o novamente e afundei minhas unhas em suas costas. Tirei sua camiseta e passei a unha por seu corpo bem definido. Ele ainda tinha o gesso, mas isso não iria me atrapalhar. O beijei novamente e passei as unhas por suas costas.

-Você me deixa louco, sabia?

-Serio? – perguntei. – E se essa for minha intenção?

-Cuidado que se eu ficar louco, você pode me perder, hein...

-Não quero correr esse risco. – falei me afastando dele. Ele pegou o violão e começou a tocar, eu reconheci a melodia. A letra era linda.

“Quando você sente-se tão fraco, que não encontra forças para lutar

Quando seu coração esta em mil pedaços

Quando tudo parece levar ao caminho do abismo

Quando você esta no chão

Quando não há motivos para sonhar

Quando tudo parecer perdido

Apenas me abrace forte e escute meu coração

Ele bate por você...”

Era a melodia que eu ouvi enquanto estava inconsciente no hospital, percebi. Ele tocou pra mim, porque sabia que eu gostava de ouvi-lo tocar e aquela musica era linda e percebi que, ela foi um dos motivos que meu deu forças pra me recuperar.

-É linda! – exclamei. Acho que meus olhos brilhavam.

-Sabia que você ia gostar. – ele me disse sorrindo. Era um daqueles sorrisos que ele raramente me dava quando eu era sua aluna e que eu tanto amava.

-Eu te amo. – disse-lhe

-Eu também te amo. Muito. – ele olhou em meus olhos. – Rose, nós temos que conversar.

-Pode falar. – eu disse com medo do que ele ia me dizer

-Primeiro eu quero que você saiba que eu te amo e que eu quero e vou, estar ao seu lado, sempre. – quando começa assim... Lá vem bomba!

-Eu sei disso. E quero você ao meu lado. Sempre. – disse-lhe

-Roza... – ele suspirou. – Não existe uma forma fácil de lhe dar essa noticia. Talvez você fique feliz, talvez não. O que é certo, é que isso vai mudar sua vida. Radicalmente.

-Isso tem a ver com a forma com que todos tem olhado pra mim? – perguntei

-Você percebeu?

-Claro! Não nasci ontem. Eu percebi que vocês tem lançado olhares estranhos uns aos outros e me olhado de uma forma... Estranha. – disse definitivamente

-Você não tem sentido nada diferente em você?

-Sei lá... As vezes sinto uma tontura, algumas dores de cabeça... Coisas assim. Mas eu acho que tem a ver com a luta e essas coisas. Eu vou melhorar.

-Bem... Não tem a ver exatamente com isso. Quando você foi pro hospital, a doutora fez alguns exames em você. Exames de praxe. – ele respirou fundo antes de continuar. – Bem, um deles indicou uma coisa. – ele ficou quieto

-Fala! – exclamei tensa

-Rose... Você esta grávida. – ele me disse.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu vou ser má com vocês e esperar um pouquinho pra postar o próximo capítulo.
Quero ouvir suas teorias =)
Bjm