Fiquei esperando ele pacientemente, mas quando percebi nem havia dado meio-dia, então tentei me entreter com outras coisas e resolvi ver algum jogo. Então percebi que sem ele não tinha muita graça. Então comecei a me perder em meus pensamentos, que isso era normal acontecer, e pensei comigo mesma:

“Nossa como eu não pensei nisto antes? Agora que sou amiga da Paula, posso acabar com o relacionamento dos dois facilmente, simplesmente porque eu sou amiga dela. Eu digo a ela que eu sou amiga dela de verdade e converso com o Caio e digo verdades sobre a Paula, e ela achará que estou conversando normalmente com ele. Atacando por fora nunca daria certo, mas agora que estou dentro do relacionamento dos dois posso acabar mil vezes mais fácil.”

Pensei até que estava sendo muito cruel, mas falei para mim mesma se eu não pensar em mim, quem vai pensar? Então resolvi colocar meu plano em pratica, quando o Caio chegar a Paula vai estarem um jogo, então será uma das oportunidades para começar meu plano.

Enquanto pensava, embrulhou me estomago e senti uma ânsia de vomito. Nisto minha vista apagou, então fui andando calmamente, pois sabia onde era o banheiro e quando cheguei entrei em um banheiro e vomitei. Nisto lembrei-me da noite passada, como nunca havia ingerido álcool na minha vida os efeitos colaterais foram piores. Quando tudo acabou escutei uma voz familiar, era a Maria.

– Melisse, cadê você? – ela me chamava procurando por mim. Mesmo quase sem forças consegui responder.

– Estou aqui, dentro do banheiro.

Mesmo minha voz estando fraca Maria a reconheceu. Então seguiu e me encontrou o meu estado não era nada bonito. Eu estava deitada do lado do vaso, não tinha forças para levantar, Maria segurou meus braços e me puxou, me tirando daquela situação. Então percebi que ela era realmente a minha amiga, pois estava ali me ajudando. Ajudou-me a lavar meu rosto, me fez sentar em uma cadeira e me disse que iria buscar um copo d’água, passando a mão do meu lado descobri uma mesa, então deitei na mesa, esperando Maria.

De repente ouvi uma voz como se fosse de um anjo, uma voz serene que parecia musica para meus ouvidos, e logo reconheci de quem era, Caio. Mas logo lembrei o meu estado, mas ele me reconheceu, pois começou a acariciar meu cabelo e perguntou:

– Melisse, Maria me disse que você esta passando mal, o que e? – e eu disse sem pensar.

– Ah! Ontem eu estava na casa da Paula, porque eu estou dormindo na casa dela, então resolvemos fazer brigadeiro e quando eu abri a geladeira vimos uma garrafa de vinho e colocamos no brigadeiro, e depois tomamos um pouco, mas eu não tenho limites e passei do ponto. – nisto ele começou a rir de mim, e fiquei sem graça.

– Melisse, como você pode fazer isso? Tenha limites menina. – disse rindo de mim, fiquei sem graça, pois não gostava que as pessoas rissem de mim, quando ele percebeu que eu estava sem graça parou.

– Deita no meu colo – pensei um pouco, pois tinha medo da Paula pensar mal de mim – não tem problema Melisse, a Paula não vai ligar pra isso.

Então deitei com medo da Paula aparecer ali e começar a brigar comigo. Nós ficamos conversando muito tempo, conversando coisas sem interesse, coisas sobre nossas vidas, enquanto conversávamos Caio ia acariciando o meu cabelo, aquela sensação era muito boa.