Stefan PDV

Eu tinha plena conciência de o que eu tinha dito pro Damon o deixou chateado, mas o que eu posso fazer se eu tenho razão? O Damon nunca gostou da Katherine, e quando acontece isso ele vem tentar me dar algum conselho? Sem nem ao menos saber o que é sentir um carinho muito forte por alguem, sem ao menos sentir aquela necessidade de proteção sobre uma garota, sem ao menos nunca ter amado ...

Subi as escadas correndo, tudo que eu queria era me trancar em meu quarto e não ver ninguem por muito tempo. Assim que cheguei no meu quarto, me tranquei lá dentro, e fiz algo que a muito tempo eu não me permitia fazer.

Chorei ... Chorei. Chorei de raiva, de ódio, de arrependimento de ter confiado nela a 5 anos. Chorei, por causa de um coração que estava completamente ferido... Chorei pela dor enorme no meu peito ... Chorei a dor de ter sido traido por quem você ama.

A cada minuto que se passava, mais as imagens vinham na minha mente. Ela beijando outro homem na minha frente, e quanto mais eu pensava mais raiva me dava. E o pior foi quando eu olhei para a minha mesinha de cabeceira e vir uma foto de nos dois em uma festa que fomos. Em um ato impessado eu rumei o porta retrato na parede, sem me importar com quem ouvisse. Pois tudo que eu quero nesse exato momento é tirar a dor que está no meu peito ... Porque a cada segundo ela fica cada vez mais insurpotavel.

Damon PDV

- STEFAN – gritou minha mãe desesperada.

Em um pulo, eu me soltei da bancada e subi as escadas correndo. Chegando lá em cima, eu vi minha mãe na porta do quarto do Stefan, se acabando de chorar e implorando para que ele abrisse a porta.

- Meu filho. Abra a porta ,por favor. Me conte o que aconteceu. Stefan ... Stefan. – implorava minha mãe em um desespero de cortar o coração.

Corri ao seu encontro e logo a abracei.

- Mãe, o que aconteceu? – eu perguntei.

- Aiii meu filho. – ela falou tentando controlar o choro para me explicar o que estava acontecendo. – Eu estava no meu quarto, quando eu ouvir o barulho de vidro se quebrando, e um soco na parede, ai eu sai correndo do meu quarto e vi que vinha do quarto do seu irmão ... – ela falou caindo em um choro muito forte.

- Continue, mãe. – eu pedi.

- Ai quando eu cheguei aqui, eu pedir para ele abrir a porta, mas ele não me respondeu. – ela falou. – Damon, meu filho. Porque seu irmão não abre essa porta. Será que aconteceu algo? O Meu Deus, abençoa meu filho. – pediu minha mãe enquanto chorava cada vez mais.

Eu tinha plena certeza, que se ele não abriu a porta para a mamãe, então ele não abriria a porta para mim. Só havia uma pessoa que conseguiria fazer meu irmão abrir essa porta, e essa pessoa era, meu pai.

- Mãe, cadê o papai? – eu perguntei já me enchendo de esperanças.

- Ele teve que sair para resolver umas coisas da viagem. –ela falou em pleno soluços.

Assim que ela terminou a frase eu vi minhas esperanças irem embora, feito água nas mãos.

- Mãe, vá para seu quarto que eu vou tentar fazer o Stefan abrir essa porta. – eu falei enquanto ajudava minha mãe a ir para o quarto.

Coloquei ela na cama, e me sentei ao seu lado.

- Meu filho, você tem ideia do que aconteceu para seu irmão está nesse estado? – perguntou minha mãe, não mais chorando, mas entre muitos soluços.

- Muitas complicações, mãe. – eu falei soltando um suspiro.

- Tem haver com a puta da Katherine, não tem? – perguntou minha mãe se sentando na cama e me encarando.

- Tem, mãe. – eu falei.

- Eu sabia. Aquela garota não vale nada. Eu tinha plena certeza que essa mulher magoaria muito meu filho. É lógico que ela fez um escandalo porque ele iria se mudar né? – perguntou ela fazendo uma cara engraçada, que se a situação não fosse séria eu tinha rido.

- Não mãe. Não foi nada disso que aconteceu.- eu falei, decidindo se contava ou não a verdade. Como sou um garoto direito, optei pela verdade.- O Stefan encontrou a Katherine se agarrando com um homem qualquer em frente ao restaurante em que eles iriam se encontrar. – eu falei pegando as mãos da minha mãe.

- ELA FEZ O QUE COM MEU FILHO? – gritou minha mãe trincando os dentes.

- Mãe, preste atenção. Se acalme, que eu vou fazer o meu irmão abrir a porta e vou ter uma séria conversa com ele. – eu falei já me levantando da cama.

Minha mãe pareceu ponderar com o que eu disse e logo sinalizou um sim com a cabeça.

Sair do quarto dela e fui até a porta do quarto do meu irmão. Eu não tinha muitas opções, há não ser chamar ele até a morte... E era exatamente isso que eu iria fazer.

- Stefan, abre essa porta e converssa comigo. – eu pedi enquanto batia na porta.

Não ouve nenhuma resposta da parte dele.

- Stefan, por favor.  A mamãe tá desesperada. Tenha pena dela. – eu pedi batendo na porta novamente.

NADA ... bati novamente e ... NADA

- Stefan, abre essa porta, AGORA !!! Eu sei que eu não sou o irmão perfeito. Eu sei que eu nunca amei nenhuma mulher, por isso não tenho como ajudar você. Você pode até jogar isso na minha cara, mas independente de sermos um bem diferente do outro, no fim das contas nós somos os SAVALTORES. – eu parei enquanto tomava folêgo. – Apesar de você ser um menino estudioso, e eu não. Apesar de você sempre está a procura de um amor e eu não, repito apesar de tudas as diferenças, nós temos duas que eu posso dizer com convicção que nós dois temos ... – eu parei quando ouvi movimento atrás da porta. – E sabe o que é? – eu continuei sentindo ele pegar na fechadura. – Apesar de tudo, nós  temos força de vontade e uma das nossas maiores caracteristicas, é a nossa coragem, a nossa força de superação, a nossa capacidade de superar cada obstaculo nas nossas vidas ... principalmente um obstaculo pequenininho desce, a Katherine mano, não foi nada na sua vida ... você ainda vai sofrer e muito, mas a cada vez que você sofre, você também aprende a nunca mais cometer os mesmos erros. – eu falei.

Assim que eu terminei eu vi a porta se abrir e sair o Stefan lá de dentro com um sorrisinho no rosto.

- Esse foi o discurso mais longo que você já fez. – ele falou abrindo um sorriso.

- É né? Chega cansei. Tá vendo o que você me faz? Daqui a pouco vou ter que pedir saliva imprestada a alguem. – eu falei para descontrair.

Eu esperei de tudo, menos que o meu irmão viesse me dar um abraço, muito apertado.

- Obrigado.- ele falou equanto me abraçava.

- É para isso que eu estou aqui. – eu falei correspondendo o abraço.