Lutar ou Desistir escrita por Luana Araújo


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

esse foi minha redação de português, eu só troquei os nomes e algumas palavras.



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Londres - 1997

Nos odiávamos, isso todos sabiam, não era nenhuma novidade nos ver discutindo ou xingando um ao outro pelos corredores da escola, era como um ritual, nos víamos e discutíamos. Nossas brigas eram por nosso sangue, pela repulsa que ele tinha de meu sangue e o nojo que eu sentia do dele.

Eu me chamo Hermione Granger e ele Draco Malfoy. Eu sou carinhosa, tenho dois melhores amigos e sou a melhor aluna da turma. Ele é frio, sem sentimentos, não tem amigos e vive para obter o poder.

Eu tenho olhos e cabelos castanhos e minha pele é rosada, ele tem olhos azuis acinzentados, cabelos platinados e pele pálida. Posso dizer que ele e eu somos como o Príncipe e a plebeia, claro, isso só se aplicava ao fato de ele ser rico e mimado e eu ter que lutar para ter o que quero.

Draco tinha todos os inimigos possíveis, muitos o odiavam e o matariam pelo simples fato dele ser um idiota preconceituoso e metido a todo poderoso. Eu? Bem, não posso dizer que não tinha inimigos, pois eu tinha e todos eles eram aliados dele: Draco Malfoy.

Foi numa segunda-feira que tudo o que sempre conhecemos e acreditamos mudou.

Estava na aula de Historia da magia, quando aquele idiota entrou na sala seguido por sua namorada exibida, que vinha grudada em seu braço, e seus dois amigos, bem, ele os chamava de amigos, todo o resto da escola chamava de capangas. Sentaram-se e ele me olhou, grudando meus olhos aos seus, aquilo me fez esquecer por alguns segundos o que estava pensando. Eu não gostava das sensações que aqueles olhos me causavam.

-O que está olhando idiota? - eu perguntei brava.

Ele abriu mais ainda o sorriso sarcástico, que sempre estava presente em seu belo rosto “Belo? Eu quis dizer tosco.”.

-Estava imaginando como uma pessoa pode ter o sangue tão sujo! - ele disse e seus “amigos” riram gostosamente.

Nossas discussões sempre começavam desta maneira, eu questionava e ele xingava. Levantei de minha cadeira, ele também levantou da dele, nos aproximamos e a essa altura toda a sala nos observava.

-Eu posso não ter um sangue puro como o teu, mas sem duvida tenho caráter, coisa que sempre faltou a ti e tua família. - Eu disse maldosamente.

Vi o rosto de Marcus se contrair, ele abria a boca e fechava, uma veia pulsava em sua testa, ele estava furioso, mas não tinha argumentos, sua família tinha um horrível histórico de crimes e trapaças, sua pele originalmente pálida, agora era tingida de um vermelho escarlate. Senti as mãos de meu inimigo pressionarem meu pulso, nos encarávamos com ódio.

-Solta ela Malfoy! - Disse um de meus amigos.

Draco não desviou os olhos dos meus, soutei uma exclamação de dor, quando ele apertou com mais força meu pulso.

-Me solte idiota! - eu disse.

-Não, enquanto não se desculpar pelo que disse. - ele falou frio, sem desviar seus olhos do meu.

Eu não ia me desculpar, mas sentia que se não fizesse algo, ele me machucaria de verdade. Num segundo eu olhava para os olhos do Malfoy, no segundo seguinte vi um de meus amigos socar o rosto daquele loiro idiota. O professor entrou na sala no exato momento em que o loiro tentava passar por mim para revidar. Resultado: Malfoy e Eu na diretoria.

Eu obviamente estava em panico, ele estava calmo, como se não soubesse para onde ia. Claro, ele ia a detenção um dia sim e o outro também, eu já o monitorara muitas vezes.

Vimos nossa diretora, que em minha opinião precisava dormir. Ela nos levou a biblioteca e nos mandou organizar os livros em ordem alfabética. Começamos a trabalhar, quando ouvi um suspiro pesado, não olhei, mas de repente mãos pálidas seguraram minha cintura e me viraram.

Olhei para os olhos daquele que devia estar me xingando como sempre, mas a única coisa que vi naqueles olhos foi rendição e aceitação. Draco tomou meus lábios em um beijo demorado e possessivo, eu lutei, mas ele era forte de mais, desisti e entrelacei meu dedos em seus cabelos e correspondi ao beijo, depois de um minuto nos afastamos e ficamos nos olhando, ele colocou sua testa na minha e sussurrou: 

“Eu lutei, eu tentei, eu fugi, mas descubri que não vale a pena lutar contra o que é correto e hoje só o que espero é que compreenda que tudo o que disse, não foi nenhum pouco da verdade que se passa em meu coração!”.

Eu suspirei, eu sem duvidas não fazia ideia do que vinha depois, mas estava feliz com aquele momento.


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Notas finais do capítulo

espero que gostem!
bjus