Após todos ficarem espantados com a reação de Winry, que por um bom tempo ficara calada e logo teve uma idéia que poderia ajudá-los. Winry fez com que todos se sentassem para que ela pudesse explicar então ela começou.

 

 - Pessoal a idéia é o seguinte, já que a Riza disse a todos que eu estava doente então vamos usar isso a nosso favor.

 

 - Como assim?

 

 - Dizemos que a minha doença está se agravando e o Ed quer casar comigo antes que o pior possa acontecer.

 

 - Tem uns pequenos probleminhas nessa sua idéia Winry – Riza estava com ar de pensativa.

 

 - Quais?

 

 - Primeiro não tem nenhum médico que vai dizer que você está para morrer, e porque você nem aparenta isso, segundo, as pessoas pensarão que essa sua doença pode ser conseqüência de gravidez.

 

 - Tem razão querida, essa história não vai colar.

 

 - Roy você não tem influência sobre nenhum médico?

 

 - Até tenho, mas nenhum deles vai conseguir deixar a Winry com cara de doente e também acho que nenhuma mulher gostaria de se casar assim.

 

- Então o que vamos fazer? – Winry perguntava decepcionada.

 

 - Pensar mais um pouco.

 

 Todos ficaram ali na sala pensando por alguns instantes, Riza foi para a cozinha junto com Roy, Winry e Ed continuaram na sala pensando, a empregada foi perguntar-lhes se precisavam de alguma coisa.

 

 - Desejam alguma coisa?

 

 - Não obrigada, onde estão os Mustang?

 

 - Estão na cozinha tomando café.

 

 - Você sabe se eles vão trabalhar hoje?

 

 - Desculpe, mas eu não sei.

 

- Tudo bem, nós já vamos tomar café junto com eles.

 

 - Está bem então, já vou indo. – a empregada sai da sala.

 

 - Winry, você está bem?

 

 - Como eu poderia estar, estamos nomeio de um dilema que pode mudar completamente as nossas vidas.

 

 Ele a abraça – Vamos encontrar um jeito, eu te prometo.

 

 - Tomara.

 

 Os dois se dirigem para a cozinha, eles param na porta e observam a cena que acontecia, Roy estava ao lado da esposa lendo o seu jornal enquanto ela dava de comer ao filho, ambos com um sorriso no rosto, aquela era realmente a cena de uma família, nem aparentava onde trabalhavam e o que já passaram para que aquela cena pudesse acontecer.

 

 - Quero que algum dia nossas vidas sejam assim Winry.

 

 - Parecem que estão tão bem, não é mesmo?

 

 - É.

 

 Eles entram na cozinha e se sentam a mesa, tomam o seu café em silêncio pois suas mentes ainda trabalhavam para uma solução. Riza ao ver o casal quieto e preocupado não fez muita questão de esconder as suas palavras.

 

 - Mudem essas caras, na minha época foi bem pior.

 

 Os dois a olharam sem entender, mas Roy complementou a esposa.

 

 - Vocês nem foram separados no dia seguinte, então isso já é um bom sinal.

 

 - Do que vocês estão falando? – Ed perguntava olhando sem entender nada para a cara dos dois.

 

 - Você não é o único que foi forçado a se separa de sal amada do aço.

 

 - Continuo sem entender.

 

 - Você é burro por acaso?

 

 - Não, é que você não explica as coisas direito.

 

 - Ta certo, anos atrás aconteceu algo um pouco parecido comigo e com a Riza, mas naquela época nós fomos separados um dia após ficarmos juntos.

 

 - Nossa, mas porque?

 

 - Meu pai – Riza respondia se levantando da mesa – ele não gostava da idéia de ter o seu discípulo e sua filha juntos.

 

 - Quanto tempo faz isso?

 

 - Acho que não é da sua conta – ela sai caminhando para a sala.

 

 - Fala Roy, o que aconteceu com vocês?

 

- A gente ficou separado por muito tempo, apenas isso e sem mais perguntas do aço.

 

 Roy se levantou e pegou o filho nos braços e foi em busca de sua amada esposa. Winry e Ed ficaram sozinhos mais uma vez.

 

 - O que será que eles fizeram para poderem ficar juntos?

 

 - Deve ter sido o amor.

 

 - Não é isso que eu estou me referindo, é que apesar deles terem sido separados, eles ficaram juntos de novo.

 

 - Acho que foi difícil para eles terem ficado longe um do outro.

 

 - Como você sabe?

 

 - Porque eu acho muito difícil ficar muito tempo longe de você.

 

 Tais palavras deixaram Ed sem ação, ele sorriu para ela e levemente lhe deu um beijo.

 

 - Isso não vai mais acontecer. – beijando-a novamente.

 

 Roy entra na cozinha novamente, ele viera chamar os dois, pois Riza teve uma idéia que poderia salvar ambos, pelo menos por um tempo, ele viu o casal aos beijos.

 

 - Não podemos sair por um minuto e vocês já ficam se agarrando, esqueceram que tem criança em casa.

 

 Eles olham para Roy sem graça, no final das contas ele tinha razão. Ed se levantou da mesa, viu que Roy fazia um sinal para que eles o acompanhassem, andaram até o escritório, quando todos já estavam lá dentro Roy fechou a porta para não serem incomodados.

 

 - Vamos começar.

 

 - Começar o que?

 

 - Oras os preparativos para o casamento de vocês.

 

 - Mas como vamos fazer isso?

 

 - Simples, vocês se casam escondidos, e quando o Führer nos pedir o Edward nós o responderemos que ele está em lua de mel.

 

 - Ta pra vocês é fácil, e nossos amigos? Não vamos poder chamar para o casamento?

 

 - Obviamente que... Não.

 

 - Riza, dá um desconto para eles, afinal são jovens.

 

 - Tudo bem, eu e o Roy vamos ao casamento, mas nem pensem em mais ninguém.

 

 - Mas...

 

 - É isso ou a guerra, vocês escolhem.

 

 Os dois se olham, achavam aquela atitude um tanto precipitada, e ainda mais que não poderiam convidar ninguém para vê-los se casar, nem mesmo o Alphonse poderia ir.

 

 - Nós concordamos – Ed segura a mão de Winry – quando vai ser o casamento?

 

 - Hoje mesmo – Responde Roy – para que esperar mais.

 

 - Como é que é?

 

 - Isso que você ouviu, terão tempo para o religioso depois que tudo der certo, ai poderão chamar quem bem entenderem – Roy entrega o filho para Riza.

 

 - Já pensaram como será a vida de vocês daqui para frente? – pergunta Riza olhando para o filho.

 

 - Não tivemos tempo nem e pensar direito em nada desde que acordamos.

 

 Roy se aproxima de Ed e lhe fala em tom baixo – Se prepara a vida de casado não é nada fácil, mas tem as suas recompensas – vira-se olhando para Riza.

 

 Ed ficou com aquelas palavras gravadas na cabeça durante toda à tarde, o dia passou depressa, tão depressa que já estava noite e era hora do casamento as escondidas. Apenas o casal de militares sabia do acontecimento desta noite, foram eles quem chamaram o juiz para a casa deles para ser realizada a cerimônia.

 

 Winry colocou um vestido que Riza havia lhe comprado, era um vestido branco bem simples sem muitos detalhes, um colar no pescoço e o cabelo levemente preso. Edward estava com uma roupa que pegou emprestado de Roy, ficou um pouco grande, mas ele não se importava com esses detalhes, à única coisa na qual ele se importava era a mulher com quem ele iria se casar dentro de poucos instantes.

 

 Não demorou muito para que eles se reunissem na sala, o juiz disse algumas palavras, os dois assinaram o livro, Riza e Roy foram às testemunhas e padrinhos, ninguém além deles sabia que Ed e Winry tinham se casado.

 

 - Parabéns aos novos! – Roy debochava ao abrir uma garrafa de champanhe.

 

 - Para com isso, para que comemorar se ninguém sabe?

 

 - Eu sei, já está valendo.

 

 - Se não fosse para os seus interesses você não comemoraria.

 

 - Muda essa cara do aço, você se casou e eu vou ser promovido, quer algo melhor?

 

 - Que um raio caísse sobre a sua cabeça.

 

 - Ah fala sério Ed, não quer que meu filho fique órfão quer?

 

 - Seria um alívio para ele não ter um pai como você.

 

 Os dois começavam ali uma discussão enquanto Winry e Riza só os observavam.

 

 - Esses dois não crescem mesmo.

 

 - Tem razão, eles podem ter até mudado um pouco, mas acho que isso não irá mudar nunca.

 

 - O Roy que é um homem feito, com família montada e me faz passar por esses vexames.

 

 - Pelo menos não tem ninguém aqui para ver.

 

 - Concordo.

 

 - Riza, como vai ser agora?

 

 - O que?

 

 - O meu casamento com o Ed.

 

 - Vai ser normal.

 

 - Como assim, o que a gente vai dizer sobre estarmos casados?

 

 - Vocês não dirão que estão casados para ninguém, para todos os efeitos vocês ainda são meros namorados.

 

 - E o exército?

 

 - Faremos com que apenas o Führer fique sabendo, e depois de algum tempo vocês fazem uma encenação e se casam no religioso na frente de todos os que vocês quiserem, apenas guarde esse segredo por algum tempo Winry.

 

 - Vai ser um pouco difícil.

 

 - Mas vai valer a pena, não acha?

 

 Winry olha para Ed com um sorriso – Pode ter certeza de que vai valer muito a pena.

 

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 Alguns dias se passaram, a papelada foi levada até o Führer que não teve como voltar com a sua palavra em relação a promoção do casal Mustang, enquanto Ed trabalhava internamente no quartel fazendo apenas pesquisas, Winry cuidava do filho da Riza durante boa parte do dia, ela o levava para passear, algumas vezes levava o garotinho para o quartel ver a mamãe e aproveitava esse tempo para ver o seu, ainda em segredo, marido. Com o passar de dois meses do casamento e da promoção do agora General Mustang e Capitã Hawkeye, Edward pediu formalmente a mão de Winry em casamento na frente de todos.

 

 O casamento no religioso foi marcado, e desta vez iriam todos que eles achavam importantes em suas vidas, amigos, companheiros de trabalho, familiares e alguns conhecidos. Winry e Ed compraram uma casa pequena perto da casa do Mustang, Winry já havia se apegado ao filho do casal, iriam morar ali depois do casamento religioso.

 

 O dia do esperado casamento chegou, Winry estava nervosa como nunca na casa de Riza, ela recebia ajuda da anfitriã para se arrumar e descontrair um pouco antes do tão sonhado momento.

 

 - Riza minhas pernas estão tremulas.

 

 - Isso é normal.

 

 - Como normal?

 

 - É normal para uma noiva se sentir nervosa, é um dia em que você vai dar um grande passo na sua vida.

 

 - Tem toda razão.

 

 - Eu nem sei por que você está tão nervosa, já se casou com ele e não faz muito tempo.

 

 - Riza!

 

 - Que é? To falando a verdade.

 

 As duas riram, estavam se divertindo muito com essa situação toda.

 

 - Agora é sério Riza, posso te fazer uma pergunta?

 

 - Claro que pode Winry.

 

 - Como você se sentiu quando casou com o Roy?

 

 - Segura, feliz, realizada, que nada na minha vida poderia ser melhor naquele momento, mas...

 

 - Mas o que?

 

 - O Roy fez ficar melhor e me deu um presente.

 

 - Que presente?

 

 - Uma vida.

 

 - Como assim?

 

 - Ele me deu uma vida feita com a minha e a dele, demonstrando o quanto nosso amor era grande.

 

 - Você está se referindo ao seu filho?

 

 - Sim.

 

 - Então acho que o Ed me deu o mesmo presente – ela olhava para um canto qualquer do quarto, sem encarar Riza.

 

 Riza ficou chocada com que Winry dizia – Não me diga que...

 

 - É aconteceu naquele dia – ela agora olhava para o chão, envergonhada.

 

 - Parece que os nossos destinos foram escritos sobre as mesmas linhas.

 

 - Como assim?

 

 - Quando me casei com o Roy, eu também estava grávida.

 

 - Não acredito – Winry ficou espantada ao ouvir tais palavras.

 

 - Ai de você se contar isso para alguém, eu juro que te dou um tiro ou te deixo viúva.

 

 - Pode deixar, minha boca é um túmulo – aquela famosa gotinha formava-se na testa de Winry.

 

 Enquanto as garotas trocavam confissões, os rapazes estavam se arrumando e bebendo um pouco na casa nova do alquimista de aço.

 

 - Daqui a pouco você vai estar acorrentado do aço.

 

 - E você já foi faz algum tempo não é Roy.

 

 - Não to dizendo que se acorrentar é ruim.

 

 - Pela sua voz de deboche me pareceu isso.

 

 - No momento de brigas você vai entender do que eu to te falando.

 

 - Se antes de casar a Winry já me ameaça com alguma ferramenta, casando eu vou morrer.

 

 - Morrer não vai sofrer sim, por isso eu vou te dar um conselho.

 

 - Qual?

 

 - Arranje filhos.

 

 - Como assim?

 

 - Se você tiver pelo menos um filho, vai ter motivos para ela não te matar e seu filho ficar órfão.

 

 - Foi por isso que engravidou a Riza tão rápido?

 

 - Não, aconteceu por acaso na nossa lua de mel, e que por sinal teve muito mel para poder se lambuzar.

 

 - Me poupe dos detalhes.

 

 - Edward, aproveite bem.

 

 - Hum?

 

 - Aproveite todo o tempo que você tiver com ela, te garanto que esses momentos vão ser preciosos, aproveite o momento em que eu não pude aproveitar quando tinha a sua idade.

 

 - O que você quer dizer com isso?

 

 - Que você tem muita sorte pirralho.

 

 - Não me chame de pirralho e o que você quer dizer com sorte?

 

 - Quando eu tinha a sua idade eu não pude aproveitar o tempo ao lado da mulher que eu amo, tive que esperar bastante para tê-la de volta em meus braços e dizer que a amava.

 

 - Obrigado pelo conselho, pode deixar que eu vou segui-lo a risca.

 

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 O tampo passava e o grande momento se aproximava, todos os convidados já estavam presentes na Igreja, Ed estava a espera de Winry no altar e esta estava acabando de se arrumar, Riza foi para a Igreja com o filho e encontrou Roy lá dentro, os dois eram padrinhos do casal, o filho dela ficou nos braços de Ross que estava sentada na primeira fileira da Igreja. O casal conversava entre cochichos para passar o tempo.

 

 - Você está vendo a Rebecca por aí amor?

 

 - Não querida, e por falar nisso também não vi o Havoc.

 

 - Será que eles estão juntos?

 

 - É bem provável.

 

 - Vou dar uma voltinha pela Igreja para ver se os encontro, você vem comigo?

 

 - Claro.

 

 Os dois não foram para muito longe quando escutaram um barulho, ele vinha do confessionário do padre, Roy abriu a pequena porta e se deparou com uma cena um tanto quanto imprópria para aquele momento, Rebecca e Havoc estavam aos beijos lá dentro, os dois quase despidos por completo, e nem se depararam que foram descobertos. Riza ficou um tanto que satisfeita com a aproximação dos dois mas, não achava que aquela era hora para eles se acertarem, então retirou uma pequena pistola 9mm que estava presa por uma cinta liga, embaixo do vestido, mirou e atirou para o alto, fazendo todos os convidados que ali estavam voltarem os seus olhares para ela, que rapidamente desviaram o olhar para o casal no confessionário.

 

 Os dois ficam envergonhados ao verem tantos olhares voltados para eles, Rebecca coloca a sua cabeça entre os braços dele tentando esconder o rosto, Havoc a cobre com os braços tentando protege-la de tantos olhares, mesmo assim não escapam de uma bronca de Riza.

 

 - O que pensam que estão fazendo em uma hora como estas e em lugar como este?

 

 - Vistam-se depressa e voltem para os seus lugares, a cerimônia não vai demorar muito para começar – Roy ajudava a esposa na bronca.

 

 - E não quero que mais cenas como esta se repita durante a cerimônia, contenham-se pelo menos na casa de Deus – diz guardando a arma – e se for preciso eu não penso duas vezes antes de atirar em ambos.

 

 Eles voltaram para perto do altar como se nada tivesse ocorrido, Havoc e Rebecca se arrumaram em questão de segundos com medo que pudesse haver um segundo disparo e voltaram apara junto dos convidados.

 

 - Queria ter tido esta idéia primeiro – Roy dizia sussurrando no ouvido de Riza.

 

 - Não abusa da sorte meu amor – ela vira-se e lhe dá um selinho – eu te prometo que quando chegarmos em casa vamos nos divertir bastante.

 

 - Espero que cumpra o prometido.

 

 - Você sabe que eu sempre cumpro o que eu te prometo.

 

 Eles foram interrompidos ao ouvir a marcha nupcial e ver a porta da igreja ser aberta bem devagar, a noiva estava chegando. Winry estava radiante, com um belo sorriso nos lábios, o vestido com um decote avantajado, ele tinha uma cor de champanhe com detalhes em dourado, uma tiara belíssima na cabeça e um véu que chegava aos pés da loira, o que deixava o noivo com os olhos ainda mais brilhosos.

 

 Ed não podia acreditar como ela estava linda, e que ela agora e para todo o sempre seria sua e de mais ninguém. O casamento ocorreu perfeitamente, com tudo que eles tinham direito, desde a chuva de arroz até as latas sendo arrastadas pelo carro, tudo estava realmente perfeito para aqueles dois.

 

  A festa de casamento foi memorável, todos estavam se divertindo muito que nem notaram os noivos indo embora de fininho, Roy e Riza também foram embora da festa sem fazer nenhum alarde.

 

 Riza chegou a sua casa e colocou o filho no berço e foi para o quarto, não encontrou o marido por lá mas, também nem se importara, quando se virou teve uma pequena surpresa, Roy estava na porta segurando duas taças e uma garrafa de champanhe, com apenas a sua boxer vermelha a convidando a tomar um banho de banheira.

 

 - Você me prometeu que iríamos nos divertir – ele sorria maliciosamente e com uma cara de cafajeste.

 

 - Eu acho que vou ter que cumprir não é mesmo?

 

 - Com toda a certeza – ele sorria enquanto caminhava em direção ao banheiro – te espero na banheira, vê se não demora.

 

 - Você não vai ter que esperar muito – ela sorria de volta para ele enquanto também caminhava em direção ao banheiro e se livrando de suas roupas.

 

 Enquanto isso, na casa dos recém casados...

 

  - Você não sabe o quanto eu esperei por esse momento com você Winry.

 

 - Eu também Ed, mas preciso te dizer uma coisinha antes de continuarmos.

 

 Essa coisinha na qual Winry estava se referindo era a consumação do casamento dos dois, mas continuando com o Ed com cara de quem não está entendendo nada do que a mulher que ele acabara de se casar estava dizendo...

 

 - O que foi Winry? Eu fiz alguma coisa de errado?

 

 - Não é isso – ela virava o rosto para tentar não encara-lo, mas ele puxava o seu rosto para o seu.

 

 - Então o que é? Pode confiar em mim.

 

 - Sei que posso confiar em você, mas não sei como te dizer isso.

 

 - Não se preocupe, eu sei que eu vou conseguir te compreender, não tenha medo de me dizer.

 

 Winry respirou fundo e deu um longo suspiro antes de encará-lo novamente – Eu estou grávida.

 

 - Como é que é?

 

 - Isso mesmo que você escutou.

 

 - Como? Quando isso aconteceu?

 

 - Quer que eu te relembre os mínimos detalhes de quando você me tirou a virgindade – ela falava sarcasticamente.

 

 - Não é isso, quero dizer como você conseguiu engravidar naquele dia?

 

 - Esqueceu do que o Roy disse na manhã seguinte? Sobre termos nos prevenido?

 

 - Eu acho que tenho uma vaga lembrança – Ed pensava um pouco encarando o chão, não demorou muito para que ele encarasse Winry novamente – receio que fomos um pouco descuidados.

 

 - Concordo.

 

 - O que faremos agora?

 

 - Eu não quero tirar.

 

 - E eu nem lhe pediria isso.

 

 - Eu sei.

 

 - Parece que mal nos casamos e nossa família vai começar a crescer – ele sorria para ela, tentando faze-la encarar aquilo de uma forma positiva.

 

 - Não brinque com coisa séria Ed – ela fazia carinha de criança emburrada.

 

 - Eu não estou brincando.

 

 - O que falaremos para tomo mundo? Eles vão pensar que nos casamos pelo o que eu mais temia.

 

 - Eu nem ligo.

 

 - Claro você é homem, não vai ser apontado no meio da rua de ser fácil e oferecido.

 

 - Não sei por que você dá tanta importância para isso, já estamos casados.

 

 - Mas as pessoas falarão.

 

 - Falarão do mesmo jeito que falaram do Roy e da Riza, ou você acha que ninguém sabia que eles foram rápidos demais para arranjar um filho?

 

 - Você sabia?

 

 - Tomo mundo sabia mas, ninguém falava ou seriam alvos de vários tiros dela e estalares de dedos dele, ninguém foi louco o suficiente para falar alguma coisa.

 

 - E no nosso caso?

 

 - Se alguém falar alguma coisa eu juro que os corto pela metade, não vou deixar a minha esposa ser falada por aí.

 

 - Eu te amo sabia?

 

 - Eu sempre soube.

 

 - Bobo! Sempre querendo saber de tudo.

 

 - Mas eu posto que você também já soubesse há muito tempo que eu te amava.

 

 - Com toda a certeza – ela se debruça sobre ele lhe dando um beijo.

 

 Parece que aquela noite para ambos os casais estava apenas começando do mesmo jeito em que seus destinos estavam escritos sobre as mesmas linhas.

 

Fim.