O telefone não vai tocar e a porta não vai abrir, o café está frio, amanheceu dia claro e você nunca esteve aqui.

Era de madrugada, os lençóis da cama estavam desfeitos. O cheiro de cigarro e cafeína fazia-se presente no pequeno quarto. Helena estava sentada na grande janela de seu apartamento suburbano olhando para o nada. Na verdade não tinha muita coisa para se ver pela sua janela, há não ser prédios velhos. Ela não havia pregado o olho aquela noite e já estava em seu quinto cigarro, em apenas meia hora. O motivo de sua mente andar tão perturbada tinha nome: Tom Kaulitz.

Embora Helena tentasse a todo custo mentir para si mesma, ela estava apaixonada e quem sabe até amando. Conheceu Tom através de sua amiga Kate que começou namorar Georg bom, mais isso já é outra história.

Deu um último trago em seu cigarro e jogou janela abaixo, olhou para o telefone pela milionésima vez e suspirou. Ele disse que vinha essa noite! Ele prometeu! – Sorriu ironicamente ao se lembrar de quem tinha prometido isso era Tom. E ele não era um cara que costumava cumprir com suas promessas.  Pensou em ligar para ele e xingá-lo de todos os nomes, mas ela não se rebaixaria assim tão facilmente para ele.

O dia estava amanhecendo, o céu estava em seu tom laranja mais vibrante. O telefone continuava ali não havia tocado uma única vez se quer. O café na velha xícara de porcelana estava frio. E Tom não estava ali.

Vê, eu sei me apaixonar. Mas, às vezes, apenas amor não é o suficiente.

A porta do velho apartamento rangeu, aquilo foi o suficiente para fazer Helena despertar. Ela caminhou até a sala e se deparou com ele o motivo da sua insônia. Tom sabia que ela estava brava e chateada e com toda a razão. Ele estava atrasado sim, mais ao contrario do que ela pensava Tom não tinha estado com nenhuma garota. O seu atraso foi devido ao fato de seu avião ter atrasado. Sabendo que Helena ficaria brava comprou um ursinho em uma loja de conveniência no aeroporto mesmo.

- Desculpe. – ele disse lhe estendendo o ursinho.

- Está tudo bem você deveria estar ocupado demais. – Ele não há conhecia muito bem, mais já o suficiente para saber que ela frase tinha soado estranhamente falsa e irônica. Ele odiava o modo irônico dela.

- Você está chateada – ele afirmou.

- E se eu estiver? O que você poderá fazer? – Ele pensou e não tinha uma resposta para a pergunta dela, na maioria das vezes era assim. – Nada! – ela completou. Tom se sentou no sofá apoiou os cotovelos na perna e bufou de cabeça baixa.

- Meu vôo atrasou.

- Você poderia ter ligado.

- Meu celular não funciona dentro do avião.

- Se você sabia que iria se atrasar poderia ter ligado – ela retrucou.

- Você tem sempre resposta pra tudo? Eu pensei que você estivesse dormindo.

- Eu não preguei meus olhos essa noite – Ao terminar a frase Helena se deu conta de que não deveria nem ter começado. Agora já era tarde demais, Tom a olhava como uma incógnita ele relaxou mais no sofá e com sorriso sínico ele perguntou:

- Sou tão importante assim pra você? – Helena nada respondeu apenas desviou seus olhos daqueles castanhos. Há relação deles nunca tinha sido algo fácil, mas, agora com a chegada desse novo sentimento chamado: paixão, ou seja lá o que isso que Helena estava sentindo. As coisas tinham tendência a piorar, tanto Tom quanto Helena estavam dispostos a levar esse relacionamento perturbado para frente. Porque tanto ele quanto ela gostavam da dor que causam um no outro.

- Você me ama? – ele perguntou novamente, e ela se manteve parada ali. – Eu te fiz duas perguntas e você não me respondeu nenhuma até agora.

E ela nunca iria responder, nunca iria confessar para Tom o que sentia, ela o amava mais o amor não era suficiente.

- Acho que já sei sua resposta, deixa de ser boba e vem aqui. – Os lábios dele rasgaram em sorriso malicioso. Helena obedeceu ao seu pedido, e ao se acomodar no sofá. Ele tomou seus lábios.