Notas iniciais do capítulo

2-D estava no seu quarto, tremendo. Já faziam 7 dias que Noodle tinha chegado, ela não saíra do quarto até agora, e Russel não havia voltado. Logo depois que ele conversou com ela Murdoc o proibiu de sair do quarto. Andróide ainda estava desativada e Noodle não sabia disso.
“Ela podia ter saído do quarto dela, se eu tivesse avisado!” Ele reclamava consigo mesmo toda hora. Mas não conseguia sair, mesmo se tentasse: estava tudo trancado. Às vezes ele recebia um pouco de comida por um buraquinho e ouvia Murdoc reclamar que não conseguia achar as peças corretas para o término do concerto da Andróide.
“Será que ela está bem?”
“Será que ele está bem?” Perguntava-se Noodle. “Porque Russel-Kun está demorando tanto para vir? Será que aconteceu algo?”. Ela estava sentada em cima da cama, encolhida, com frio. Estava com fome, mas não ia comer nada porque só tinha 3 pacotes de bolacha, e estes tinham que durar bastante.
Não queria dormir para ficar de olho na porta, porque não sabia se a Andróide estava ou não ativada. Até 2 dias ela sabia, conseguia ouvir Murdoc reclamando. Mas já fazia um tempinho que ele não falava nada. Ela podia ser atacada a qualquer momento.
“Onde está Russel...?”
“Onde está Russel?!” Pensava Murdoc, na oficina. “Aquele idiota fez tudo dar errado!” Ele andava de um lado para o outro, fazendo anotações e mexendo nos computadores. Havia telas de TV com imagens de quase toda a casa, menos de uma parte que estava fora do ar: o quarto de Noodle.
“Porque ela está demorando tanto para reagir...?” Ele falou para um monitor onde estava sendo filmado a Andróide. “Já está pronta, só falta ela reagir!”
Ele tinha conseguido concertá-la a mais ou menos 2 dias. Só faltava ela reagir, se mexer, piscar, qualquer coisa.
Murdoc não sabia por que exatamente ele tinha programado ela para matar Noodle, não fazia sentido agora. Sem a Noodle real a banda perderia um pouco sua fama.
Mas agora já estava feito. Ele ficaria só com a Andróide na banda. Só faltava ela reagir...
“DROGA!” ele disse, batendo na mesa, quando se virou de costas para o monitor.
E as suas costas algo que não se movia abriu os olhos.
Pronta para matar.