Love Forever, Love Is Free escrita por NoOdle


Capítulo 7
Noodle voltou!


Notas iniciais do capítulo

Fazia quase 3 anos que Noodle estava desaparecida, o clima na Plastic Beach estava horrível: 2-D estava totalmente deprimido, Murdoc estava louco e até criou a Andróide Noodle, que ficava olhando para não deixar o 2-D escapar.
Foi quando de longe se ouviu um barulho que parecia um pequeno e fraco motor, vindo de algum lugar do mar. 2-D olhou pela janela, Murdoc já chamou a Andróide para proteger a costa da ilha. Mas ninguém sabia da onde vinha este barulho.
Vindo do leste começou a aparecer um pequeno barco, maltratado pelo tempo e desgastado pela água salgada do mar, e quanto mais perto chegava mais nítido as duas figuras, que estavam dentro, ficavam: Russel e... 2-D, que já estava na entrada, engoliu seco. Seria mesmo ela...? Noodle?
A menina que agora tinha um jeito de mulher estava ao lado do bateirista, usando uma máscara de gatinho, pronta para combater a Andróide. Eles pararam com o barquinho na praia, Russel desceu e foi em direção as armas da Andróide Noodle. A Noodle real corria ao encontro de sua cópia robótica, começando a luta.
Foi intenso, 2-D estava paralisado demais para falar ou fazer algo. Noodle estava de volta? Ninguém estava acreditando. Murdoc sabia que se entrasse no meio morreria, então coube a Russel a ajudar a garota.
“AGORA!” Gritou ele, Noodle sacou uma espada e conseguiu destruir a Andróide temporariamente. Murdoc foi correndo pegar os destroços de sua criação, Russel já estava com a menina dentro da casa.
2-D piscou, absorvendo o ocorrido. Não queria ficar perto do Murdoc e vê-lo catar pedaços de uma coisa que tanto odiava, queria falar com a Noodle e perguntá-la como estava ali, dar um abraço de saudade e alertar que a Andróide fora programada para matá-la.
Mas ele não entrou a tempo, Russel já estava no elevador subindo para o antigo quarto dela. Esperou, angustiado, ele voltar.
Quando o elevador voltou somente Russel estava dentro.
“Que... que aconteceu?” 2-D tentou falar, sua voz saiu esganiçada.
“Ela está exausta. Não só pelo que aconteceu, mas por tudo. Noodle não vai sair do quarto até ter realmente certeza de que a Andróide está desativada. Eu a convenci disso, e ainda falei que vou voltar daqui poucos dias para dar notícias e trazer comida. O quarto dela está bem fechado e protegido, só ela pode sair e deixar quem ela quiser entrar.” Russel falou, muito sério. 2-D não conseguiu emitir som, só ficou o observando sair correndo.
Logo depois entrou Murdoc, xingando até a ultima geração de Noodle, levando os destroços da Andróide ao seu lado. Trancou a porta da saída e gritou, bem alto, para que a Noodle ouvisse:
“Daqui você não sai!!!! Se você voltou não vai sair!!!!” E foi entrando, acendendo um cigarro.
Silêncio total. 2-D respirou fundo – aparentemente Murdoc não o tinha visto lá, e não lembraria até decidir o que ia fazer. Ele sabia que Murdoc tinha o controle de quase toda a casa por câmera, então aproveitou o tempinho que tinha para ir falar com Noodle.
Subiu e parou na frente da porta do quarto dela, suando seco. Fazia muito tempo que queria vê-la, conversar com ela... Mas agora que Noodle estava ali, atrás de uma porta, não sabia o que falar. Bateu e pigarreou:
“Noodle, querida, sou eu... Pode me deixar entrar.” Sua vós saiu pior do que imaginava, mas Noodle respondeu:
“2-D-San?”.
“Sim, pode abrir, Murdoc já levou a Andróide para a oficina...”
Não deu nem tempo para pensar no que devia falar agora, a porta se abriu e Noodle apareceu, dando um abraço repentino. 2-D ficou sem fala, sem movimento. Ela ainda estava usando a máscara, mas dava para perceber que estava chorando. Ele a envolveu carinhosamente com seus braços e ela o puxou para dentro.
Ficaram um tempinho abraçados, até que Noodle falou, entre soluços: “Eu senti saudades! Não sabe o que eu passei... queria voltar, e... mas não podia!”
2-D abaixou para ficar na altura dela e disse: “Calma, olha, você já está em casa agora! Sei que não está totalmente segura, mas por enquanto sim... Eu... Eu não vou deixar nada acontecer com você, ta linda?”
Ela se afastou, do nada, falando um pouco mais alto: “Não sou linda! Não fale isso! Não estou bonita!”
2-D ficou sem palavras, pensando no que falou de errado. Sempre a chamou de linda, ou querida, e não via nada de errado nisso. Era verdade.
“O que aconteceu?” Falou, sentando na cama.
“Nada, eu só... Só sofri um pouco, 2-D-San. Mas não precisa ficar preocupado, ok?”
Até que caiu a ficha. Ela não estava usando a máscara por diversão, como sempre, mas sim para esconder o rosto. “Não precisa esconder nada de mim, você sabe. Pode tirar a mascara.” Falou, delicadamente.
“Não. Você não vai gostar do que vai ver.”
Ele piscou. “Impossível. Vamos lá...!” Falou, levantando a mão e retirando a máscara de gatinho dela.
Noodle estava com o olho todo machucado, algum vaso sanguíneo havia estourado e estava roxo, com um hematoma enorme. Mas não era isso que ele tinha prestado mesmo a atenção: era que ela estava com um rosto de mulher.
“Você está...”
“Não diga linda.” Ela falou, cortando-o.
“Ta bom. Você está horrível. Mas é mentira...!” Ela virou o rosto, uma lágrima escorrendo. 2-D deu um abraço carinhoso, tentando ver com que ela entendesse. “Você sempre será a minha linda menininha, ok? Sempre vai ser assim. Estou muito feliz que você voltou.”
Ela olhou para ele com seus olhos verdes cheios de água, mas agora ele sabia que não era de tristeza.
“Para sempre, então, 2-D-San.” Noodle concordou.



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Notas finais do capítulo

(ps: essa fiz agora já é na Plastic Beach, todas as outras de antes eram na Kong Studios, aí a Noodle já ta com 19 anos)



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