Love Forever, Love Is Free escrita por NoOdle


Capítulo 23
"23" - Flor de íris


Notas iniciais do capítulo

3 horas, 3 minutos, 3 anos...
Obrigada para quem acompanhou e leu! este é o 23º e ultimo capítulo. Desculpem os erros de sempre, viu? Beijos
Mari Beneti



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“Viu, não falei que não era tão difícil assim nos encontrarmos?” Noodle perguntou, encostada no ombro de Ray. “Mas lembre-se: semana que vem será lá na Plastic Beach. É difícil entrar no Japão, sabia...?”

“Sim, é claro...” Ele respondeu, olhando para cima. Estavam em um campo bem grande e aberto, na vila onde Ray estava morando. “Mas você tem certeza de que Murdoc ou 2-D não vão perceber...?”

A menina revirou os olhos, fazendo-o deitar e de apoiando em cima de seu peito. “Quantas vezes vou ter que explicar, bobinho...? Uns três dias por mês são os dias de conta! Murdoc recebe as contas de luz, água, telefone, etc., então ele sai gritando com tudo e todos. Um dia antes destes três dias até eu, o 2-D-San e o Russel-Kun nos ‘despedimos’ e ficamos trancados em nossos quartos! Então... sem problemas, eles não vão te pegar.”

“Mas e a Andróide?” Ele perguntou, mexendo nos cabelos de Noodle.

“Ah, talvez ela seja um problema, mas só de noite. Já enfrentamos dias piores, não?” Ela sorriu, deitando sobre sua barriga. O céu estava claro e poucas nuvens cobriam o sol, deixando o ventinho fresco de verão ficar agradável.

Ray continuava mexendo nos cabelos da garota, que mexia em uma pétala de flor de Íris. Ela girava e girava a pequena coisa vermelha, só observando e sorrindo.

“Sabe o que eu mais gosto em uma flor de Íris?” Ela perguntou, sem tirar os olhos da pétala. “Ela é tão simples, mas é tão bonita... diferente, sabe? Fácil de cuidar e bonita de se ver.”

Ray continuava a observar as nuvens, sem falar nada, mexendo no cabelo de Noodle. O sol foi abaixando até ficar um claro crepúsculo que iluminava as poucas árvores e fazia belas sombras. Ela se levantou, mas ele segurou sua mão.

“Não vai. Fica.” Pediu, se sentando.

“Não posso, já está no final do 3º dia, tenho que voltar...” Ela falou, com os olhos tristes.

“Não tem que voltar não. Não fazem três dias, fazem três horas. Fica aqui comigo. Não vai.”

Noodle se ajoelhou, apoiando suas mãos no joelho do garoto, que continuava segurando-as. “Tenho que ir, não posso simplesmente ficar aqui. Daqui umas quatro semanas você vai pra lá.”

“Não.” Ele insistiu. “Fica. Eu não entendo. Não entendo por que você não me ama mais. Já pedi desculpas e já falei que tudo que eu tinha falado na Kong Studios era mentira, minha irmã precisava de mim e...” Falou, olhando para baixo.

“Você sabe que te amo. Não te amo tão intensamente quanto antigamente, porque não posso correr o risco de sofrer o quanto sofri daquela vez. Mas você sabe que eu te amo.” Ela disse, puxando o rosto dele e olhando para seus olhos.

“E você sabe o quanto que eu queria que isso fosse o bastante para nós.”

Noodle ficou em pé, respirando. Ainda tinha que se despedir de Hina e voltar com o avião para a Plastic Beach para chegar antes das 23:00h.

Ray segurou em sua mão, puxando-a e a fazendo cair. Subiu em cima dela, sorrindo de lado.

“Fica comigo. Por favor.” Pediu mais uma vez.

Noodle sorriu tranquila, dando um beijo nele. “Não posso, não dá, daqui alguns meses vou sair para um show. Tenho que estar amanhã pronta para ensaiar no estúdio se não Murdoc...” Falou, mas Ray a calou com um beijo. Ela o puxou e subiu em cima dele, continuando.

Se apoiou em seu peito, levantando.

“Tenho que ir. Até daqui algumas semanas. Me liga qualquer coisa, ok?” E ficou em pé, andando em direção a casa dele.

Ray ficou sentado, só olhando para o fim do por do sol.

Bom, pelo menos era melhor isso do que nunca mais vê-la. Era melhor isso do que nunca mais tê-la.

E quatro semanas poderia parecer uma eternidade agora, mas três dias valeriam mais do que três anos com ela, apesar de parecerem que durassem menos de três horas.

É, matemática era difícil e confundia sua cabeça. Por que então não pensar? Por que então só olhar o céu de estrelas?

Porque estava com fome e devia ir comer. Levantou, espreguiçou e foi para casa, olhando um pequeno avião que partia dali em direção ao meio do mar.

Um pequeno avião que parecia que levava seu coração.

E nunca mais ia voltar.


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