Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 8
Capítulo 8




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26 de maio de 2026 * terça-feira

Universidade Kurslari – 2:00 da manhã

 

            Ela corria num campo florido. Queria parar para ver as flores, mas não podia. Ela sabia. Ela estava correndo. Por quê? A melhor pergunta não era por que, mas sim de quem.  As arvores passavam por ela como borrões, apenas sendo identificadas quando ela olhava para trás, para ver por que ela corria e de quem. Uma música começou a tocar. Enquanto ela corria desviando de coisas esquecidas no chão, ela tentava ver da onde vinha essa música.

This time, This place

(Esta vez, este lugar)

Misused, Mistakes

(Maltratados, erros)

Too long, Too late

(Tempo demais, tão tarde)

Who was I to make you wait?

(Quem era eu para te fazer esperar?)

 

            Ouviu um barulho. Parou de correr. Silêncio. Nenhum ruído, nada. Até a música parou também. Observou detalhadamente, canto por canto, sombra por sombra. Sacudiu a cabeça e voltou a andar. A música voltara, mas sempre se repetindo.

 

This time, This place

(Esta vez, este lugar)

Misused, Mistakes

(Maltratados, erros)

Too long, Too late

(Tempo demais, tão tarde)

Who was I to make you wait?

(Quem era eu para te fazer esperar?)

 

            Resolveu parar. Respirar, tomar fôlego para continuar a caminhar e pensar os motivos que as levaram ali. Não sabia de quem ela fugia, o motivo e nem para onde ia. Não sabia aonde ia, mas sabia onde estava. Campo aberto. Já estivera ali. Alguma vez, mas quando? Viu um ruído atrás de uma árvore. Se virou para ver. Nada. Voltou sua concentração para a sua frente. Estava cercada de pessoas. A música voltou a tocar.

 

This time, This place

(Esta vez, este lugar)

Misused, Mistakes

(Maltratados, erros)

Too long, Too late

(Tempo demais, tão tarde)

Who was I to make you wait?

(Quem era eu para te fazer esperar?)

 

            Estavam todos ali. Mas para quê? Scorpius, Jake, Lílian, Isabelle, seus pais, Marcelo e uma menina. Loira e olhos violetas. Todos estavam sérios, Scorpius tinha um sorriso discreto em seus lábios, como se estivesse feliz por ver-la ali. Marcelo tinha um sorriso sarcástico. A menina desconhecida estava séria, mas assustada. Seus pais pareciam decepcionados com algo. Jake estava abraçada com Lílian que parecia triste e Jake bravo com ela.  Mas, a questão não era como eles estavam, mas sim por que eles estavam ali. Ela tentava pensar numa resposta quando ouviu a música novamente.

 

This time, This place

(Esta vez, este lugar)

Misused, Mistakes

(Maltratados, erros)

Too long, Too late

(Tempo demais, tão tarde)

Who was I to make you wait?

(Quem era eu para te fazer esperar?)

 

            Ela ouviu um ruído. Algo saiu das sombras. Pensou ser alguém para completar aquela roda assustadora que ela estava presenciando. Enganou-se.

- Não pode ser. – murmurou ela abismada. Via ela ali, mas não queria acreditar.

- Surpresa?

- Como? Mataram você. Eu vi.

- Não. – disse ela rindo. – Você não viu. Você estava morta. – disse ela rindo descontrolada. – Não vai fugir?

- Não. – disse ela procurando a varinha.

- Procurando isso? – perguntou ela balançando a varinha.

- Me dê a minha varinha Scamanta. – pediu Rose pacificamente.

- Ou o quê? Vai correr até o seu papai e titio auror e me denunciar Weasley? – perguntou Scamanta sarcasticamente. – Cruccio.

            Rose se contorcia. O sorriso de Scamanta aumentava ao ver que Rose se contorcia. Ela olhava de escanteio para as pessoas da roda. Ninguém a ajudava. Scorpius manteve um expressão de seriedade. Jake abraçava Lílian, o mesmo mantinha uma expressão séria, como se a repreendesse de algo. Isabelle negava com a cabeça. Ron e Hermione a olhassem como se tivessem nojo dela e Marcelo consolava a menina loira de olhos violetas. Ninguém foi ajudar ela. Ninguém queria.

- Ti peguei. – disse Scamanta vitoriosa lançando um ultimo feitiço em Rose. – Avada Kedavra.

            Tudo passou como se estivessem em câmera lenta. A varinha balançando lentamente e saindo um jato de luz verde. Ela iria morrer. Não tinha jeito. A luz se aproximava. Marcelo não iria dar a sua vida por ela novamente. A luz se aproximou mais um pouco. Por que eles estavam parados? O verde do feitiço iluminou seu rosto. Não iriam ajudar-la? Ela iria morrer? Eles iriam permitir isso?! O feitiço alcançou-a.

 

This time, This place

(Esta vez, este lugar)

Misused, Mistakes

(Maltratados, erros)

Too long, Too late

(Tempo demais, tão tarde)

Who was I to make you wait?

(Quem era eu para te fazer esperar?)

 

Ela sentou na cama. O suor pingava de seu rosto. Ela respirou fundo e com a mão trêmula passou-a pelo rosto para poder pensar no que acontecera. Ouviu a música novamente. Tentando controlar a respiração ofegante dela, ela olha para a direção que vinha a música. Sua esquerda. Viu que era o celular tocando. Meio tonta, pegou-o.

- Alô? – atendeu ela verificando que horas era no seu relógio. 02:25

- Rose? – chamou a voz do outro lado. Scorpius Malfoy ligara para ela.

- Scorpius, o que aconteceu?

- Onde você está?

- Na universidade. Não é óbvio? – perguntou ela começando a ficar irritada. – Por que diabos você me ligou?

- Simples. Achei que queria conhecer sua sobrinha. – respondeu Scorpius como se fosse óbvio.

- O quê? – perguntou Rose sem acreditar que realmente aconteceu aquilo.

- Elizabeth entrou em trabalho de parto agora. Estamos no St. Mungus ti esperando. Tudo bem? – perguntou ele.

- Estou indo. Tchau.

- Tchau. – disse ele antes dela desligar o telefone e pular na cama. Ela escreveu uma carta para Joey avisando que teria que sair. Preparou a sua bolsa e aparatou.

            Quando Elle Weasley nascesse, automaticamente ela poderia ir visitar a sobrinha, mas no dia seguinte ela teria que voltar.

 

            Ela aparatou no hospital. Estava tudo quieto. Não tinha ninguém, afinal, eram duas da manhã. Havia apenas enfermeiras e médicos. E um loiro sentado nos bancos desconfortáveis do hospital.

- Scorpius! – chamou Rose indo apressadamente até ele.

- Rose! Que bom. – disse Scorpius indo abraçar a noiva. – Vamos.

 

- Toc toc. – disse Rose batendo na porta e entrando no quarto, Scorpius entrou em seguida. Estavam todos ali. Os pais de Elizabeth, seus pais, seus primos e os pais da recém-nascida.

- Oi Rose. Quer conhecer sua sobrinha? – perguntou Elizabeth estendendo a Rose uma menininha embrulhada em uma manta rosa. Um sorriso cresceu na face de Rose. Com cuidado ela esticou os braços e pegou o embrulho. – Rose, conheça Elle Weasley.

- Oi Elle. – cumprimentou Rose carinhosamente. Observava a sobrinha. Ela havia aberto os olhos, revelando-os serem verdes. – Ela tem os seus olhos Eliza. – comentou Rose encantada com o pequeno ser em suas mãos. Com os olhos brilhando, ela olhou para Scorpius que apenas a observava. Rose passava a mão delicadamente em seu rosto de porcelana. – Elle, você é a coisa mais fofa desse mundo!

- E eu? – perguntou Scorpius emburrado.

- Você também. – acrescentou Rose dando um selinho nele. Segundos depois de observar a pequenina, Elle começa a chorar.

- Muito bem, a pequenina quer mamar. O tempo de visita acabou. – disse a enfermeira. Todos começaram a sair da sala, menos Rose.

- Ficamos felizes que tenha conseguido chegar a tempo. – murmurou Eliza amamentando Elle.

- Não perderia isso por nada. – disse Rose com um sorriso discreto em seu lábios.

- Vai ficar aqui até quando? – perguntou Hugo olhando a filha.

- Amanhã eu preciso voltar. - disse Rose.

- Tão pouco tempo. – murmurou Eliza.

- Mas que valeu a pena. – disse Rose. – Bom, eu preciso ir. Eu volto a tarde.

- Mas, você não disse que precisava ir amanhã? – perguntou Eliza.

- Tecnicamente falando, hoje é terça, mesmo sendo duas da manhã é terça. Quarta feira eu vou. – disse Rose com um sorriso.

- Você e seu cérebro. – brincou Hugo tirando mais uma foto da esposa e da filha.

- Hugo! – repreendeu Elizabeth. – Você tirou várias fotos. Chega!

- Tudo bem. Desculpe. – disse ele indo guardar a câmera na bolsa da mulher.

- Hugo, tire uma minha com a minha sobrinha. – pediu Rose. Eliza já tinha se ajeitado e embrulhado Elle novamente para colocar-la para dormir, quando Rose a pegou delicadamente de seus braços e posou para a foto. – Eu vou indo. – disse Rose colocando Elle no berço que tinha no quarto. Deu um beijo na testa da sobrinha. – Seja bem vinda ao mundo querida. – Deu um beijo em Eliza. – Parabéns e boa noite.

- Obrigada e noite. – murmurou Eliza repousando sua cabeça no travesseiro.

- Boa noite Hugo. – desejou Rose abraçando o irmão.

- Boa noite irmã. – disse ele. – Até mais tarde. – disse ele se posicionando no sofá branco. Rose saiu do quarto fechando a porta delicadamente.

- Oi. – disse Scorpius no ouvido, fazendo a morena pular de susto.

- Que susto! – disse Rose. – Ainda aqui?

- Sim, eu estava pensando se você não queria dormir comigo hoje. Na minha casa ou na sua. Você que decide.

- Na sua. – disse ela sendo puxada para um abraço. Juntos foram para a saída. – Vamos de carro?

- Sim. – eles foram para a saída. – Que belo carro! Mercedes-Benz SLK Roadster.

- Foi um presente. – disse ele. – Vamos. Está tarde. Fico feliz que tenha vindo.

- Não perderia isso. – disse ela novamente.

- Como foi segurar sua sobrinha.

- Foi... Eu não consigo descrever. – disse ela tentando encontrar as palavras.

- Tente.

- Segurar Elle foi algo mágico. Parecia que ela fazia parte de mim. Eu fico pensando como vai ser quando eu estiver segurando o meu bebê.

- Nosso bebê. – corrigiu Scorpius. – Chegamos.

            Eles chegaram na casa de Scorpius e dormiram. Novamente Rose teve o mesmo sonho com Scamanta, mas dessa vez, Scorpius lutava contra a cobra. Ele estava com ela. Para todas as horas. Isso ela sabia.


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Notas finais do capítulo

Trailler do próximo capítulo:
"O mundo caíra. Estava desabando e a chuva era prova disso. O céu nublou e começou a chover desde que o fato acontecera. As informações eram muito recentes e parecia que a ficha não queria cair. Ela não queria que caísse. Perdera ele. Seu herói e agora perdera sua inspiração. Meu Deus! Como isso foi possível?"
"Bateu em alguém.
— Mil perdões! – pediu ela ajudando o homem a se levantar. – Eu não vi o senhor. O senhor está bem?
— Sim eu estou obrigado. E a Sra?
— Senhorita. "