Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 5
Capítulo 5




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23 de abril de 2026 * Quinta-feira.

Universidade Kurslari 

 

- Srta Weasley! – chamou a professora pedindo atenção da parte de Rose.

- Sim?

- Atenção minha cara. Para poder ver o nascimento da sua sobrinha precisa de bom comportamento. E isso se resume a prestar atenção nas aulas. – disse a professora

- Desculpe professora.

- Desculpada. Então, como eu ia dizendo um dos feitiços... – retomou a professora. Rose Weasley andava com a cabeça nas nuvens. Sua avó faleceu menos de uma semana! A morte dela ainda permanecia na cabeça de Rose. Flashes apareciam como filmes.

“- Vó, posso ti ajudar? – perguntou Rose. Ela tinha sete anos e queria ajudar a avó a fazer o bolo de chocolate que a avó prometera mais cedo.

- Claro querida. – disse a avó carinhosamente a neta. – Pegue os ovos para mim.

- Quantos vó?

- Quatro.

- Posso quebrar?

- Você consegue?

- Sim! – respondeu Rose certa de que poderia separar a clara da gema.

- Vamos lá. Separe o primeiro. – pediu a avó. Rose quebrou o ovo e conseguiu separar corretamente.

- Minha mão ficou melecada. – disse Rose com nojo.

- Termine de separar que você lava de uma vez. – disse Molly. Rose concordou e quando foi pegar o segundo ovo para separar, o ovo escorrega e se espatifar no chão.

- Desculpa vó. – pediu Rose. A avó sorriu e disse carinhosamente.

- Não tem problema querida. Eu vou pegar um pano. – disse a avó atravessando a cozinha. Acidentalmente, Molly escorrega no ovo partido e cai fazendo um baque surdo.

- Vó! Você está bem? – perguntou Rose ajudando a avó a se levantar.

- Sim querida. – afirmou ela.

- A senhora não vai precisar ir para o hospital vai? – perguntou Rose preocupada.

- Claro que não. Eu vou para o hospital apenas quando eu morrer.

- Vó! A senhora não vai morrer!

- Um dia todos morrem querida.

- A senhora promete que não vai morrer? – pediu ela inocentemente. Molly sorriu.

- Prometo querida. Viverei mais duzentos anos. – prometeu Molly. Rose sorriu e abraçou a avó. – Agora para o bolo!”

            Rose começou a chorar. Queria sua avó de volta.

- Srta Weasley? – chamou a professora.

- Desculpe professora. – murmurou ela se levantando e correndo.

 

            Rose Weasley havia se jogado na cama para poder chorar em paz. O celular começou a tocar. “This time... This place... Misused... Mistakes…”

- Alô. – disse ela fungando.

- Rose? Está tudo bem? – era a voz de Scorpius do outro lado da linha. Lágrimas brotaram em seus olhos castanhos.

- Oh Scorpius. Eu queria que estivesse aqui.

- Me conte onde está.

- Não. Eu pensei em desistir de tudo isso. Da minha carreira apenas para ficar perto de vocês.

- Não precise voltar. Nós vamos até você. – disse ele. Ela sorriu. Ela deu uma outra fungada. – Querida, o que aconteceu?

- A vovó. Ela... Ela faleceu.

- Calma. Eu não sei o que falar, já que eu não conheci meus avós. Eu sinto muito.

- Não sinta. Ela foi daqui para um lugar melhor.

- Pode ter certeza. Como ficou sabendo?

- Estava no ginásio lutando e Joey apareceu e...

- Quem é Joey? – Perguntou ele ciumento.

- Com ciúmes Malfoy?

- De você sim. – murmurou ele. Ela riu.

- E ele me falou que tinha uma ligação. Ele me falou que era no espelho e eu perguntei quem estava no espelho e ele me falou que apenas mamãe. Deduzi que era algo relacionado com papai.

- E estava certa. Como sempre. – comentou ele.

- Como está o pessoal aí?

- Isabelle ainda está brava comigo.

- Por causa do sonno?

- Sim.

- Mas, você fez isso para proteger ela.

- Sim, mas ela acha que fiz isso apena pelo bebê.

- O que não é mentira né? – perguntou ela. Ele ficou desnorteado.

- Bom – disse ele mudando de assunto -, Lílian está com uns desejos loucos, o que sobra para Jake. – Rose ria. Imaginava a cena.

- Qual foi o ultimo dela? – perguntou ela mais animada.

- Era 4 horas da manhã. Eles estavam dormindo quando Lílian acordou e disse que queria comer churros.

- Sério?

- Sim.

- E aí?

- Bom, Jake rondou a cidade inteira, teve que aparatar num lugar trouxa para poder comprar e depois desaparatou.

- Só a Lílian mesmo. E a Eliza como está?

- Bom, sua barriga está enorme. Parece que comeu uma melancia inteira.

- Scorpius! Ela está com oito meses! – ralhou Rose. – Belle e Lílian ficarão assim também.

- Eu sei! Mas, Lílian me contou que Hugo está louco. É desejo pra cá, é briga pra lá... Ele disse que daqui a pouco desiste.

- Mas ele sabe que no final...

- Tudo isso vale a pena. – terminou ele. Ela sorriu. – E aí? Como está o curso?

- Bom. O que eu gosto mesmo é quando nas aulas temos que investigar a morte de alguém.

- Como assim?

- Na sala, a professora entrega um bilhete para cada um. Então, ela fala que o fulano é a vítima. Ele morreu assim, assim e assim. Num dos bilhetes, está escrito quem é o assassino. Mas os outros não sabem. Muito legal. Ficamos dias envolvidos nisso. O ultimo durou três semanas.

- Que bom. Estou com saudades.

- Eu também.

- Quando tem folga?

- Nesse fim de semana.

- Pode aparatar?

- Sim.

- Ti encontro aqui em casa pode ser? Quando você vem?

- Eu tenho sexta depois da aula, sábado e domingo livre. Domingo de noite já tenho que estar aqui.

- Venha sexta. Jantaremos. Todos.

- Tudo bem. – concordou ela. Toc toc toc. – Eu tenho que desligar.

- Tudo bem.

- Mande um beijo para todos. – pediu ela.

- Tudo bem. – disse ele. – Eu te amo.

- Também te amo. Tchau.

- Tchau.- ele disse e ela desligou o celular.

            Toc toc toc... Rose suspirou e foi até a porta. Abriu-a.

- Joey! – disse ela surpresa. – Em que posso ajudar?

- A diretora está lhe chamando. – disse ele. O coração dela acelerou. – A senhorita sabe onde fica a sala da diretora?

- Não. Gostaria muito se você me mostrasse. – pediu ela. Ele acenou com a cabeça começou a caminhar. Ela seguiu ele.

            Passaram por vários corredores até encontrarem uma porta com uma placa de ouro escrita “Diretora Montenegro”. Toc toc.

- Sim? – ouviu uma voz. Eles entraram e Joey saiu rapidamente dali. Ela olhou por cima do óculos. – Ah sim. Entre. Sente-se. – ela indicou a cadeira na frente da sua mesa de carvalho. – Quero saber o motivo do seu comportamento hoje na aula da professora Gonçalves.

- É que eu perdi a minha avó recentemente. E eu ainda não me acostumei com a idéia.

- Tudo bem. Como você é uma aluna aplicada, deixarei essa passar. Mas que não se repita novamente. – disse a diretora.

- Sim senhora.

- Pode ir. – disse a diretora voltando sua atenção para uns papeis sobre a mesa. Rose se virou e saiu da sala.

- Srta. Weasley está tudo bem? – perguntou Joey.

- Sim, obrigada. Apenas quero ir para o meu quarto. Até mais. – disse Rose saindo o mais rápido que podia dali.

 

            Rose chegou no quarto e viu uma coruja batendo incansavelmente o bico na janela de seu quarto. Foi pegar as cartas. A coruja entrou e se acomodou no parapeito da janela. Rose se atirou na cama e abriu a primeira.

“Querida Rosa,

Estou com saudades suas. Malfoy me falou que você vem para cá nesse fim de semana. Obrigo você a aparatar aqui em casa para depois irmos na casa do Malfoy. Ok. Malfoy me contou que você vai aparatar na casa dele, ele me convidou para jantar na casa dele. Irei. Obviamente para matar as saudades. Espero que esteja tudo bem aí, aqui está indo. Eu vi numa visão sobre a sua avó. Eu sinto muito. Ela era muito legal, mas... Fazer o que? Bom, eu me despeço aqui por que estão me chamando para verem uma poção que eu inventei. Como deve ter reparado, eu estou escrevendo no meu laboratório. Chique, meu laboratório. Bom, era isso.

Beijos... Marcelo Scarpari.”

            Ela riu. Tinha que ser o Marcelo. Uma saudade apertou no seu coração o esmagando sem piedade. Lágrimas caíram de seus olhos sem vergonha. Resolveu abrir a segunda.

“Querida Rose,

Estamos morrendo de saudades. Desculpe-nos não termos mandado uma carta antes, mas é que estávamos conversando com o médico. Consegue acreditar que o resultado do exame estava errado? Eu não estou grávida de gêmeos. Nem grávida de dois bebês. Eu nem tenho dos bebês! Rose, o que Lílian está tentando dizer, é que ela nunca esteve grávida de dois bebês. Apenas de um. Ou melhor. Apenas de uma. Sim. É uma menina! A princesinha do papai! Ficamos tristes de não serem dois, mas... Iremos ser pais igual! Bom, estamos loucos que chegue amanhã para você vir pra cá. Estamos morrendo de saudades! Beijos de Jake, Lílian e Marcelly Stone.”

            Rose estava pasma. Lílian teria apenas uma filha, não dois. Mas os testes comprovaram que eram dois! Respirou fundo e foi arrumar suas coisas para o dia seguinte. Deitou-se na cama, esperando acordar para o jantar. 


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