Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly
9 de julho de 2026 * quinta-feira
Casa de Rose Weasley – 09:30 da manhã
Ela acordou. O motivo não sabia. Talvez por causa do sol que encontrou o seu rosto ou talvez por causa do cheiro de torradas maravilhosas. Ou seria waffle? Independente do que fosse. O cheiro era bom. Não queria abrir os olhos, mas queria provar a comida. Talvez pudesse ir andando, como uma sonâmbula, até lá sem abrir os olhos. Mas, podia cair e se machucar. Machucar. Riu do próprio pensamento. Havia se machucado muito ontem a noite.
A noite anterior passou como um Power point com imagens na sua mente. Os caras bonitões. O vulto. Rose fechando a janela. O vidro sendo estraçalhado. O animal entrando no apartamento. Rose transformando em leoa. Marcelo aparecendo. Marcelo.
Ela tateou atrás do animal de pelos macios e escuros. Nada. Agora sim devia abrir os olhos. E se não estivesse na casa de Rose? Estaria aonde? Num calabouço com o carcereiro fazendo waffles para ela. Abriu os olhos. Respirou mais aliviada. Estava na casa de Rose. Sentiu novamente o cheiro. Com certeza era waffles. Se levantou e foi andando até a cozinha. Sentiu uma ardência no braço. Olhou para ele. Ainda escorria sangue. Mas ardia muito.
Ela respirou fundo tentando controlar a ardência. Por um momento conseguiu. Com a ardência diminuindo ao poucos, ela foi até a cozinha. Viu quem fazia os waffles. Sorriu e foi até ele silenciosamente. Estava com duvida do que fazia. Um susto ou um abraço? Susto com certeza. Se preparou para dar um susto, quando foi cortada.
- Não ouse fazer isso. – disse Marcelo virando um waffle no ar. Ela bufou.
- Como sabia que era eu? – perguntou ela pegando um waffle para comer. Por azar era o mais quente, rapidamente deixou ali. Ele desligou o fogão e se virou para ela.
- Todos ainda estão dormindo. Ouviria um barulho de porta. – respondeu ele com um sorriso. Ela deu um sorriso de lado e o abraçou. – Você está bem?
- Estou sim. – assegurou ela disfarçando a ardência que sentia.
Pegou a xícara dele para tomar. Mas, a ardência não deixou. Soltou a xícara e segurou o braço. Marcelo se aproximou.
- Você está bem? – perguntou ele vendo o braço dela. Sangue escorria dali sem parar um minuto.
- Estou. – murmurou ela tentando assegurar para si.
- Venha. – chamou Marcelo. Com um aceno de varinha uma maleta apareceu. Lá dentro tinha poções e remédios. Junto com umas comidas estranhas que ela não queria saber pra que era. Ela se sentou no sofá e ele na sua frente. A maleta flutuava ao seu lado, numa altura boa para ele. Ele analisou melhor a ferida. Sangue jorrava dali. Ele ficou assustado. – Fique calma ok?
- Se eu não gritei agora, acredito que não gritarei depois. – comentou ela. Ele revirou os olhos. Pegou uma poção roxa. – Eu já vi essa poção antes. – disse ela. Ele sorriu de lado ainda focado no ferimento. Abriu o frasco e derramou no machucado.
POV Rafaela
Por cristo! Isso arde pra burro. Merda. Agora agüenta. Que se dane.
- Tá ardendo! – exclamei para ele. Ele me olhou preocupado.
- Calma. – pediu ele. Calma o caramba.
- Marcelo! – gritei para ele. Lágrimas escorriam pelo meu rosto. Elas pareciam que se divertiam com o meu sofrimento. Diabinhas. Ele segurou minha mão, como se fosse passar. Tudo bem. Eu admito. Passou um pouco por que eu o tinha por perto, mas ainda doía. Olhei para o meu braço. Não fazia efeito. Ainda jorrava sangue. – Por cristo Marcelo! Tá doendo muito!
- Espere aí. – pediu ele se levantando e sumindo nos corredores.
Olhei para o meu braço. Por que diabos ardia muito. Olhei para os vidros que estavam no chão, já que Eros simplesmente fez outra janela em vez de concertar. Vi o vidro com o meu sangue. Reparei que Marcelo não chegava. Numa atitude curiosa, me levantei com a mão no ferimento. Talvez diminuísse a quantidade de sangue que saia do meu braço. Fui até os vidros e peguei o que eu tinha me cortado. Vi que ali estava o meu sangue vermelho e sangue verde. Verde? Se o vermelho era meu... O verde seria de quem? Do grifo? Olhei para a sala e ele não estava por ali.
Ouvi passos e vi Marcelo e Rose se aproximando de mim.
- Rafa, deixa eu ver. – pediu Rose. Mostrei o ferimento e ela ficou assustada.
- Rosa, sabe por que ela não pára de sangrar? – perguntou Marcelo.
- Não sei. Já tentou o Episkey? – perguntou Rose olhando para ele. Ela apontou a varinha para o meu braço e murmurou. – Episkey. – uma luz amarelada saiu da varinha e encontrou o meu ferimento. Nada aconteceu. – Não aconteceu.
- O sangue do grifo está em mim. – comentei automaticamente. Eles olharam estupefatos para mim. – Quando ele quebrou a janela, ele se machucou e coincidentemente, eu peguei o caco de vidro que tinha o sangue dele e me cortei.
- E agora? – perguntou Marcelo.
- Vamos para o St. Mungus. – respondeu Rose rabiscando algumas coisas numa folha de papel e prendendo na geladeira. Pegaram o meu braço e aparataram.
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