Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly
3 de julho de 2026 * sexta-feira
Casa dos Stone – 7:15 da tarde
Dim Don.
- Nossa, parece aquelas cenas de filme de terror. Chovendo, faltou luz e a campainha toca. – brincou Rose. Lílian riu pelo nariz, detestava filme de terror. E agora detestaria mais ainda, já que estava presenciando a cena dum. Foi atender a porta.
Dim Don.
- Oi! – disse Scorpius para Lílian. – Rose ta?
- Entre, tire essa capa que está molhada. Ruti! – Lílian gritou e o elfo apareceu.
- Sim, Sra. Stone?
- Leve o casaco de Scorpius para secar. Por favor.
- Sim senhora. – disse o elfo pegando o casaco do loiro. – Desejam beber algo?
- Chá. – disse Rose e Lílian.
- Café – disse Jake.
- Whisky. – respondeu Scorpius. Todos olharam confusos para Scorpius. Não era de beber, menos quando acontecia algo que o atormentava.
- Pode ir. – disse Lílian para o elfo que aparatou. – Scorpius, o que aconteceu?
- Uma coisa boa e uma ruim. – respondeu ele ainda atordoado com o beijo da ex-mulher.
- A ruim primeiro. – disse Rose. Ele olhou para ela e sentiu seu coração apertar. Precisava falar com ela.
- A boa. – contradiz Scorpius. – Miguel chutou a barriga de Isabelle. – disse ele. Rose engoliu em seco, realmente tinha acontecido algo com ele, e provavelmente algo que envolvia Isabelle. Mas, o que será?
- Foi uma sensação muito boa. – disse ele se lembrando do filho chutando a barriga dela. – Vocês deviam ter visto.
- Por isso você não foi me buscar. – dedurou Rose.
- Me desculpe. – pediu Scorpius.
- Por que desculpar você? Você não fez nada proibido. Foi ver o filho chutar a barriga da sua ex-mulher. Não tem nada de ilegal aí. – disse Rose. Scorpius abriu um sorriso amarelo.
- Scorpius, Marcelly também chutou. – disse Jake para o amigo.
- Posso ver? – pediu Scorpius, Lílian levantou a camisa e ele colocou a mão sobre a barriga. Sentiu ela chutar. Retirou a mão. – Isso é fantástico!
- Eu sei. – disse Lílian. – E qual é a ruim?
- Isso é um assunto entre mim e Rose. – disse ele olhando para baixo, como se sentisse vergonha. Sentia.
- Nós... Nós vamos lá para cima deixar você a sós. – disse Lílian puxando Jake com ela.
Rose sentou-se ao lado dele e o abraçou. Ele apertou, como se aquele abraço resolveria seus problemas. Nada.
- O que aconteceu? – perguntou ela segurando a mão dele.
- Você confia em mim?
- Claro que sim. – respondeu ela.
- E você me ama?
- Claro que sim. – respondeu ela surpresa por ele perguntar e ainda perder tempo para perguntar aquilo. – O que houve?
- Eu beijei Isabelle. – respondeu ele de uma vez. Ela ficou estática.
- Como assim?
- Ela me beijou. Você acredita em mim?
- Me conte a história que eu vou pensar no seu caso. – disse ela começando a ficar azeda.
- Ela me chamou para ir ver o bebe chutar a barriga, e eu saia do hospital as seis. Bem no horário que você chegaria. Liguei para Lílian e Jake buscarem você, enquanto eu ia na casa da Isabelle. Tudo bem até aí? – perguntou ele.
- Continue. – murmurou ela.
- Então, quando era seis e quarenta e cinco, quando resolvi ir embora. Ela disse que iria me acompanhar até a porta. Quando chegamos na porta, eu me virei para dizer para ela que qualquer coisa que acontecesse que era para ela não hesitar e me procurar, mas...
- Vocês se beijaram. – terminou Rose.
- Não! – exclamou Scorpius antes que ela tirasse conclusões precipitadas. – Ela me beijou. Eu retribui, admito. Mas, quando ela ia fechar a porta, comigo dentro da casa, recobri a consciência e afastei ela. Disse que o nosso casamento já tinha terminado e que era para ela aceitar isso. E então eu aparatei. Fui para casa e depois eu vim para cá. Foi isso. – disse ele terminando a história.
- E você quer que eu acredite nisso por que...
- Por que eu ti amo! Nunca eu iria beijar minha ex-mulher enquanto eu estou preso a você! – exclamou ele. – Não iria largar minha mulher, esperando um filho meu se eu não ti amasse. Não acha? Por favor, não duvide de mim.
- Eu não disse que duvidava de você. Eu acredito que ela que ti beijou.
- E o que você vai fazer? – perguntou ele nervoso.
- Nada.
- Nada? – repetiu ele surpreso por ela não fazer nada.
- Vou ver se Belle é uma amiga de verdade e esperar ela me contar o que aconteceu.
- Você tem certeza? – perguntou ele
- Sim. Você que fez a chuva começar a cair? – perguntou ela vendo o rosto pálido de Scorpius ser tingido levemente por uma coloração vermelha. Ela sorriu e puxou ele para um beijo. – Como eu senti saudades. – disse ela em meio ao beijo. Ele sorriu.
- Eu mais ainda. Eu te amo.
- Eu te amo mais ainda. – disse ela, olhando para ele e o abraçou.
- Dorme comigo? – perguntou ele.
- Tenho que passar na casa dos meus pais. – disse ela.
- E depois?
- Eu durmo contigo. – respondeu ela sendo puxada para outro beijo.
- Ei. – chamou Jake. – Não vão fazer besteira no meu sofá.
Rose e Scorpius se endireitaram no sofá. Lílian e Jake sentaram na frente deles.
- Cadê o Ruti com o chá? – perguntou Lílian. Ruti apareceu com uma badeja com dois chás, um café e um whisky.
- Desculpe a demora. – disse Ruti entregando as bebidas. – Mas, é que Ruti não queria atrapalhar a conversa particular do Sr. Malfoy e da Srta. Weasley.
- Obrigado Ruti. – agradeceu Rose. Tanto pelo elfo ter lhe entregado o chá quanto por ele não ter atrapalhado a conversa.
- Com licença. – pediu Ruti, mas quando o elfo ia aparatar Lílian largou a xícara no chão e saiu correndo em direção ao banheiro. Triste, Ruti aparatou. Rose foi atrás da prima.
- Lílian? – chamou Rose. Lílian apareceu, saindo da porta do banheiro. – Você está bem?
- Isso é sinal que eu estou bem. – disse Lílian. Rose sorriu e abraçou a prima de lado.
- Então, como ela vai? – perguntou Rose.
- Bem. Forte e saudável. – respondeu Lílian com um sorriso abobado.
- Puxou a vocês dois. – comentou Rose. Lílian sorriu e se sentou ao lado do marido enquanto Rose ia em direção da cozinha. – Ruti.
- Sim, Srta. Weasley? – atendeu o elfo com os olhos úmidos por causa do choro.
- Por que está chorando?
- A Sra. Stone não gosta das minhas refeições ultimamente.
- Ela adora as suas refeições, mas é que, como ela está grávida, é normal as mulheres ficarem enjoadas por qualquer coisa.
- Verdade?
- Sim. – disse Rose sorrindo bondosamente ao elfo cujos olhos brilhavam. – Ela ama. Então, não precisa ficar triste. Mês que vem ela vai parar de ter vômitos.
- Obrigado Srta. Weasley. – disse o elfo abraçando-a. – Perdoe-me. Ruti burro! Ruti malvado! – começou o elfo batendo com uma colher em sua cabeça. Rose segurou as mãozinhas de Ruti antes que algo pior acontecesse.
- Ruti, tudo bem. Pode me abraçar. Eu tenho que voltar. – disse Rose saindo da cozinha.
Trim trim trim...
- Alô? – atendeu Rose sentando-se ao lado de Scorpius que a puxou para um abraço. A morena parecia preocupada. – Marcelo, está tudo bem? O quê? Não, não precisa se preocupar. Eu estou indo aí. Fique aí que já estou indo. Eles entenderão. Também te amo. Tchau. – disse Rose desligando o telefone.
- Era o Marcelo? – perguntou Lilian.
- Sim.
- E o que houve? – perguntou Jake.
- Eu não sei. Boa coisa não era. Eu estou indo lá. – disse ela colocando o celular na bolsa.
- Vamos junto. – disse Jake se levantando.
- Não. Por favor. Eu vou e qualquer coisa eu ligo. – disse ela dando um beijo na bochecha de Jake e uma na de Lílian.
- Posso ir junto? – perguntou Scorpius.
- Desculpe. – pediu Rose. Deu um selinho no rapaz. – Até mais.
E aparatou.
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