Fogos de Artifício escrita por MariaClaraa


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Espero que aproveitem o capitulo. xD
Vejo vcs lá embaixo.



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Fogos de Artifício

 

Quarto Capítulo

 

Tiago POV

Nós subíamos atrás das garotas que conversavam animadas. Entramos na sala do Dumbledore e ele nos aguardava junto do Snape.

-Sev? – a ruiva perguntou parecendo não acreditar em quem estava vendo.

E nós não conseguíamos acreditar no que ela tinha dito. De onde ela poderia conhecer o Seboso?

-Lílian? – ele perguntou.

-Eu não sabia que se conheciam. – Dumbledore disse sorrindo – Na verdade, eu tinha um palpite. – ele admitiu.

Seboso se levantou e abraçou a minha ruiva.

Marlene virou a cabeça para trás e fingiu que estava vomitando.

-Ela vai se encharcar com a oleosidade do cabelo dele. – Sirius sussurrou.

-Sev! Quando você se mudou eu pensei que nunca te veria novamente... – ela disse e eu olhei para Dumbledore incrédulo.

-Srta. Evans, Sr. Snape, acho que seria bom se vocês explicarem como se conheceram.

-Eu morava perto da casa de Lily. Nós éramos amigos desde os cinco anos. Mas então eu vim para Hogwarts e não pude continuar no bairro trouxa. – ele explicou para Dumbledore e então acrescentou– Diretor, você não comentou que eles estariam envolvidos.

-Não fique achando que nós estamos felizes com você aqui, se estamos aqui é por causa da Lily, então fica quieto no seu canto e deixa Dumbledore falar. – Marlene gritou.

-Srta. McKinnon, eu acho que você não precisa se exaltar. – o diretor disse calmo – Me  entreguem os horários de vocês.

Nós entregamos e ele os analisou por um momento, logo conjurando mais uma pilha de papéis. Com um aceno de varinha, para cada pessoa flutuaram dois pedaços de papel. Um era nosso horário de aulas e o outro eram os horários em que daríamos as aulas extras para Lily.

-Agora vocês vão para as suas aulas ou chegarão atrasados. – Dumbledore disse.

Snape passou por nós sendo seguido por Lílian.

-Dumbledore, você realmente confia nele? – eu perguntei – Você sabe que ele, o Malfoy e a Black costumam se encontrar à noite e correm boatos que eles seguem ordens de Voldemort. – eu disse e percebi que os outros se abalaram quando eu disse o nome.

-Sr. Potter, eu confio que ele não vá fazer nada com ela. Eles são muito amigos. Mas se você não pensa assim, pode manter um olho neles. Agora eu quero que vocês saiam daqui.

Nós seis saímos do escritório de Dumbledore.

-Eu ainda não acredito que eles são amigos. – Alice reclamava.

-Eu não consigo acreditar que Snape tenha um amigo. – Marlene retrucou.

-E a Lily! Ela me parecia ter a cabeça no lugar. – Giulia comentou.

-O pior é que se for verdade que Snape segue você-sabe-quem ela corre perigo. Porque ele sabe que ela não é bruxa, nem mestiça e não é exatamente uma nascida trouxa. Tem algum motivo estranho para ela só ter descoberto esses poderes aos dezesseis anos. – Remo disse.

Eles entraram em uma discussão sobre o porquê os poderes dela foram reprimidos, mas eu não levantei minha opinião.

Ultimamente meus pensamentos estavam muito conturbados, e a ruiva ocupava um espaço enorme neles.

Eu ainda não conseguia ver porque ela me rejeitava dessa forma tão agressiva.

E havia Claire, ela não era muito legal, eu sabia disso. Meus amigos não gostavam dela, e eu sabia disso também. Ela não era inteligente, nem engraçada, nem divertida... Então por que eu continuava saindo com ela?

Eu precisava admitir que não saia mais de duas vezes com a mesma garota. Foi por isso que nos últimos anos eu e Sirius estávamos sendo menos seletivos, não tinha mais muitas garotas com quem não tínhamos saído. Até Alice estava na lista de Sirius. Claro que antes dela começar a namorar com Frank, mas mesmo assim... Uma garota oferecida como a Claire não entrava várias vezes em nossas listas, nós nos cansávamos logo delas.

Nossa aula era de poções e eu entrei não muito animado na aula, pois sabia que era em conjunto com a Sonserina. Como eu previa, Lily e Snape estavam sentados juntos na primeira cadeira, eu me sentei com Sirius na do fundo, Alice com Frank e Marlene com Remo pouco atrás da ruiva.

Slughorn entrou na sala animado.

-Bem vindos a mais um ano em Hogwarts. – ele começou, mas seus olhos se pararam nos cabelos ruivos à sua frente – Você deve ser a garota nova. – ele disse – Seja bem-vinda.

-Este ano, como vocês devem ter conhecimento, será o ano em que vocês prestarão os NIEM's Níveis Incrivelmente Exaustivos em Magia e deverão estudar bastante para sair do colégio com um numero suficiente de NIEM’s para seguir uma carreira decente. – ele deu uma pausa – Todos aqui nessa sala escolheram uma carreira onde precisão de NIEM’s em Poções. Vamos começar com uma poção muito simples e que vocês já fizeram algumas vezes. A Poção do Sono. As instruções e ingredientes estão na página 11.

 

Lily POV

Eu deveria estar entendo o que ele dizia. E eu realmente não estava muito perdida já que já tinha lido o livro, mas do mesmo modo não entendia muito.

Abri o livro na página.

 

Poção do Sono

Ingredientes: 1 litro de água; 100g de Beladona; 100g de Sanguinária; 200g de garra de grifo em pó; 100ml de sangue de salamandra; 8 gotas de xarope de Heléboro.

 

-Severo, eu não sei como fazer isso. – eu sussurrei.

-Eu sei, Lil. Relaxe, não é complicado. – ele disse – A técnica básica de Poçoes é a paciência e seguir o que diz calmamente.

-Modo de preparo – ele leu – Número 1, coloque água no caldeirão e espere ferver. – com um aceno de varinha o caldeirão se encheu. – Enquanto esperamos podemos preparar os outros ingredientes.

Continuamos seguindo os passos do livro enquanto Severo me dizia porque usar cada um dos ingredientes. Já no meio da poção eu conseguia entender o que colocar e como fazer.

Ao fim da aula nossa poção estava amarelo-claro, exatamente a cor que o livro dizia que ela deveria ficar.

-Vejo que vocês fizeram um ótimo trabalho. – Slughorn disse ao passar pela nossa mesa – Você deveria ter deixado a Srta. Evans tentar. – ele disse a Sev.

-Ela fez uma boa parte. – ele respondeu sorrindo para mim e algumas carteiras atrás e vi Marlene fingir que ia vomitar.

Eu havia percebido um conflito entre eles, mas pensei que era apenas devido às casas, mas estava começando a perceber que havia algo mais.

-Você tem o que agora? – eu perguntei quando Slughorn nos liberou.

-Defesa Contra as Artes das Trevas. Até mais. – ele respondeu e seguiu por outro corredor.

-Apesar de eu me sentir trocada pelo Snape, o que não eleva minha auto-estima, eu vou te acompanhar até a sala – Marlene disse e ela e Alice me levaram até a sala de Feitiços. Nós entramos na sala e vimos que os alunos da Corvinal já estavam em seus lugares.

-Ei, Lily! Você pode se sentar comigo e eu já te ajudo com a matéria. – Giulia me chamou. Ela estava sentada na primeira carteira e eu me sentei ao lado dela. Lene e Alice ficaram atrás de nós.

-Olá garotos. – um senhor velho e de baixa estatura (e quanto eu digo baixa, quero realmente dizer baixa) nos cumprimentou entrando na sala e se erguendo com magia até uma pilha de livros que estava em cima da cadeira – Bem vindos a mais um ano em Hogwarts. Seu último ano, devo ressaltar. Todos os professores irão dar o mesmo discurso sobre os NIEM’s, e embora pareça chato, vocês devem prestar atenção, pois são esses exames que irão decidir a vida de vocês.

-Hoje nós iremos ver o feitiço Defodio, alguém sabe o que seria? – ele perguntou e a mão de Giulia se ergueu rapidamente.

-Srta. Cavalcanti.

-O feitiço Defodio é usado para fazer entalhes profundos em algum objeto. – ela respondeu.

-Correto. Cinco pontos para a Corvinal. – com uma aceno de varinha pequenas bolas de metal voaram para a mesa de cada um – Vocês deverão entalhar o nome de vocês nessas bolas.

Ouviu-se um resmungo de Pedro Pettigrew reclamando do tamanho de seu sobrenome.

-Ok, esse não é muito difícil, eu mesma já o fiz algumas vezes. – ela disse para mim.

-Mas devemos levar em consideração que você conhece as varinhas desde que nasceu. – eu disse.

-Tecnicamente. – ela murmurou e pegou sua varinha. Eu fiz o mesmo. – Para realizar esse feitiço você deve apenas dizer Defodio apontando para o local onde irá começar a marcar e depois continuar a escrever. – ela explicou.

-Ok. – eu disse.

-Observe.

Defodio ela murmurou e em uma caligrafia perfeita entalhou Giulia na pequena bola de metal.

-Agora tente. – ela disse.

Seria o primeiro feitiço real que eu executava. Eu respirei fundo e apontei a varinha para a bola de metal em minha mesa.

-Defodio. – eu disse e movi lentamente a varinha formando a palavra Lílian.

-Está ótimo. – Giulia disse animada.

-Está torto. – eu reclamei.

-Melhor do que o de muitos. – ela disse e eu olhei ao redor e vi que muitos não haviam conseguido realizar o feitiço. Novamente ela murmurou o feitiço e dessa vez escreveu Cavalcanti.

-Cavalcanti não é inglês, é? – eu perguntei.

-Não, minha família descende de italianos. – ela explicou sorrindo.

Eu peguei minha varinha e escrevi Evans ao lado de onde já tinha escrito Lílian.

-Parabéns Srta. Evans, o professor Flitwick disse quando passou pela nossa mesa. Dez pontos para a Grifinória. – ele disse sorrindo radiante para mim.

Ao sairmos da aula eu, Giulia, Lene e Alice seguimos para a aula de Transfiguração.

-Lily, acho melhor você se sentar com o Tiago. – Alice disse.

-Eu não vou me sentar ao lado do Potter. – eu disse.

-Lily, ele vai te ajudar com transfiguração. – ela disse e eu concordei. Enquanto elas iam para as cadeiras da frente eu fiquei parada esperando o Potter chegar.

Depois de alguns minutos ele chegou ao lado de Claire, ao me ver abriu um pequeno sorriso que logo desapareceu.

-Claire, você pode se sentar com a Kate. – Tiago disse apontando para a garota morena que vinha atrás deles, a mesma que dividia o dormitório com a gente.

Ela fez uma careta mas se dirigiu até a garota.

-Olá. – ele disse para mim e se sentou em um carteira não tão ao fundo da sala, eu me sentei ao lado dele.

A professora McGonagall entrou na sala e se seguiu o discurso sobre os NIEM’s, embora ela parecesse mais exigente que os outros.

-Hoje nós iremos realizar um feitiço chamado Draconifors que, como alguns de vocês devem saber, consiste em dar vida a dragões que você pode controlar. – e com um aceno de varinha apareceu em cada mesa um conjunto de sete pequenos dragões.

Eu olhei para o meu lado e vi que Potter mantinha uma expressão fechada.

-Olha, se você quer se sentar com a Soriano, não me importo. Eu posso me sentar com a Alice. O Frank não se importaria de fazer com os garotos. – eu disse brava. Se ele estava sendo forçado a me ajudar eu realmente preferiria não receber ajuda dele.

-Eu não estou bravo por isso, Lily. – ele disse – Eu não quero ir com a Claire. Concordei em te ajudar, não foi? Só gostaria de entender sua relação com o Snape.

-Nós já explicamos. Nos conhecemos desde pequenos. Somos amigos e ele é a única pessoa (além do diretor e do Lupin) que eu realmente confio neste castelo. – eu tentei explicar, embora sentisse que não devia explicações a ele.

-Ele não parece querer ser só seu amigo. Ele te olha como... Como o Frank olha para a Alice. – ele comentou.

-Besteira.

-Não é não. Ele gosta de você, e eu acho que não tem um modo educado de dizer isso mas todos sabem que o Ranhoso está envolvido com Arte das Trevas. – ele disse bravo.

-Eu acho que você está sendo idiota, Potter. Eu o conheço, ele nunca faria algo assim. – eu disse brava.

-Srta Evans, Sr. Potter, acho melhor vocês praticarem. – A professora disse.

Eu peguei minha varinha e a segurei firmemente.

-Não. - Potter disse – Você não vai atacar ninguém. Isso aqui é transfiguração. Relaxe. – ele disse colocando sua mão por cima da minha para mostrar como eu deveria segurar a varinha. – Isso, agora se concentre no que você quer que aconteça. Se concentre nesses dragões, você tem que imaginá-los voando. – ele continuou com a mão ainda sobre a minha, eu levei toda a minha concentração para os animais – Agora repita, Draconifors. – eu repeti enquanto ele apertava minha mão levemente e fazia um pequeno aceno com a varinha. Por um instante minha concentração se voltou à mão que segurava a minha.

Os dragões bateram a asa e se levantaram por alguns segundos antes de caírem com um estrondo na mesa.

-Foi bom para a primeira tentativa. – ele disse com um riso se formando nos lábios e eu o encarei brava – Ok, talvez não tão bom assim.

-Eu me desconcentrei. Vou tentar de novo. – eu disse.

-Deixe-me te mostrar primeiro. – ele disse e eu cruzei os braços. Ele me lançou um sorriso torto e murmurou o feitiço. Eu fechei a cara enquanto os sete dragões voavam pela sala dando algumas piruetas no ar e retornavam à mesa dele.

-Exibido. – eu murmurei.

-Parabéns Potter. Dez pontos para a Grifinória. – a professora disse o que apenas aumentou o sorriso dele.

Eu me concentrei nos animais em minha mesa enquanto tentava esquecer que possivelmente estavam todos me olhando.

-Draconifors. – eu disse e meus dragões bateram as asas e se levantaram devagar. Tentei manter minha mente concentrada nos animais. Eles se ergueram mais um pouco e voaram juntos pela sala até voltarem e pararem na mesa do Potter.

Eu olhei para ele com um olhar superior o que apenas aumentou o sorriso dele. Eu tinha a impressão que ele não deixava de sorrir nunca.

O resto das aulas se passou rapidamente e logo nós já estávamos comendo o almoço na mesa a Grifinória.

Eu olhei para a mesa da Sonserina e encontrei Severo conversando com alguns garotos da casa dele que realmente pareciam assustadores.

Eu sacudi a cabeça para mudar a linha do raciocínio e me virei para Lene.

-Lily, eu não sei como você gosta dele. Ele é ridículo. Além de chato e... – ela se calou parecendo perceber que estava falando demais.

-E vocês acham que ele está envolvido com arte das trevas. – eu completei o que ela ia dizer.

-Como você sabe? – Alice perguntou e eu apontei para o Potter.

-Não é implicância. É que... – ela começou, mas se interrompeu – Eu explico depois do almoço.

Quando o almoço acabou, combinamos de nos encontrar em uma sala vazia no primeiro andar. Não teríamos aula no período da tarde então, de acordo com os horários de Dumbledore, eu iria treinar DCAT, Feitiços, Transfiguração e Herbologia. Então Remo, Giulia, Alice e o Potter estariam nessa sala e se dividiriam para tentar me colocar a par das matérias dos seis anos de Hogwarts no qual eu não estava presente.

Eu subi para a sala com Giulia e Alice e nós nos sentamos em uma das mesas mais à frente da sala. Depois de alguns minutos os garotos chegaram e se sentaram junto de nós.

-Quem vai começar? – Alice perguntou.

-Eu posso começar. E vocês podem ir adiantando alguns deveres. – Giulia disse.

-É o primeiro dia de aula. – Potter reclamou.

-E você não quer ficar atrasado no seu primeiro dia. – Remo disse e Tiago bufou indo para o fundo da sala com Remo e Alice.

-Ok Lily, eu estava pensando em começar com algo fácil. Das primeiras aulas de Feitiços. O primeiro se chama Wingardium Leviosa, consiste em levitar objetos. O movimento de varinha exigido é esse. – ela disse e sacudiu a varinha enquanto dizia Wingardium Leviosa e meu pergaminho que estava em cima da mesa começou a levitar – Agora é a sua vez.

Eu peguei a minha varinha e tentei imitar o movimento de “girar e sacudir” que ela tinha feito.

O pergaminho que estava em minha mesa começou a levitar levemente.

-Por que você não tem a mesma concentração em Transfiguração? – Potter perguntou e eu deixei a minha pena cair.

-Foi ótimo. – Giulia disse prevendo que eu iria gritar com o garoto que havia me feito derrubar a pena.

Nós treinamos esse mais algumas vezes e depois ela resolveu me passar um feitiço mais avançado que servia para convocar objetos. Esse eu fiquei de treinar sozinha.

Depois disso Alice me deu uma introdução básica a Herbologia e me ensinou sobre algumas plantas básicas.

 Não me pareceu uma matéria interessante, mas também não uma matéria difícil. Algo como ciências, muitos nomes para decorar, mas nada que um pouco de estudo não resolvesse.

Depois foi a vez de Remo.

-Eu pensei em começarmos por feitiços de defesa. – ele disse – Algo interessante. – ele continuou – Então eu pensei em um chamado Pretrificus Totalus, e como eu tenho que te ajudar... Pensei em conseguirmos um voluntário. – ele disse olhando sugestivamente para Potter.

-Aluado, eu não vou... – ele começou, mas depois se interrompeu e concordou se levantando. Tirou a varinha do bolso e a colocou em cima de uma mesa e depois parou a uns dois metros de mim.

Remo me explicou a função do Feitiço e eu observei Potter me olhar atentamente enquanto eu erguia a varinha.

-Petrificus Totalus. – eu disse e o vi endurecer o corpo e cair para trás.

-Finite Incantem. – Remo disse e Potter recuperou os sentidos se sentando. -Foi ótimo, Lily. – Remo comentou sorrindo para mim enquanto o outro se levantava.

Ele pegou sua varinha e conjurou duas grandes almofadas vermelhas no chão logo atrás dele, voltando a ficar de pé esperando que eu o petrificasse novamente.

Eu treinei o feitiço mais duas vezes, antes de Remo decidir que deveríamos parar por ali, se quiséssemos que Tiago conseguisse andar no dia seguinte.

Não que eu fizesse muita questão. De que ele andasse, eu quero dizer.

-Agora é a minha vez. – Potter disse animado – Eu pensei em começarmos por um feitiço em que você irá transformar esse alfinete em uma almofada. – ele disse.

Depois de me ensinar a pronúncia eu peguei minha varinha e a apontei para o alfinete. As primeiras tentativas não tiveram muito sucesso, mas logo eu consegui fazer com que o alfinete virasse uma pequena almofada.

Quando nós acabamos com as aulas eu, Giulia, Alice e Marlene ( que havia chegado no fim da minha aula de Transfiguração) continuamos na sala.

-Lily, nós temos que te explicar algumas coisas. – Lene começou – A questão é que tem um bruxo que vem ficando muito poderoso com o passar do tempo, e ele quer purificar o mundo bruxo. Ele acha que só pertence ao mundo bruxo aqueles que tem o sangue puro, aqueles cujo os pais são bruxos também.

-Então faz mais ou menos quinze anos que ele vem purificando o mundo bruxo, matando os nascidos trouxas, aqueles que não são dignos de estudar magia. – Alice disse.

As três deram uma pausa para observar minha reação.

-Ele é conhecido como Lorde das Trevas pelos seus seguidores e, como a maioria dos bruxos tem medo de falar o nome dele, é chamando de você-sabe-quem. Mas meus pais são aurores, combatem bruxos das trevas e me disseram que o medo de um nome apenas aumenta o medo da própria coisa. O nome real dele é Voldemort. – Lene disse e eu vi Alice estremecer.

-Ele está reunindo seguidores chamados de Comensais da Morte. E acredita-se que ele tenha comensais infiltrados em Hogwarts. – a Corvinal falou.

-E acreditamos que Snape seja um deles. Snape, Malfoy, Rodolfo e Bellatrix Black. – Alice enumerou.

-Black? – questionei.

-Sirius é a “ovelha branca da família”. – ela explicou.

-Você tem certeza que Severo...? – eu perguntei.

-Ele tem sido visto com esses garotos e freqüentemente temos nascidos trouxas atacados. Embora não se possa comprovar que são eles, todos sabem.

-Dumbledore discorda. E eu também. Eu o conheço desde pequeno e Severo não seria capaz de machucar alguém por um motivo como esse. – eu tentei argumentar.

-Você acredita no que quiser. – Lene disse.

-Mas tome cuidado. – Alice me advertiu.

-Você corre mais perigo que os outros. – Giulia continuou – Eu sou mestiça, minha mãe é trouxa. Mas eles com certeza vão levar o fato de você ter descoberto seus poderes agora como uma indicação de que...

-Que eu não sou digna de estudar magia. – eu disse me lembrando de como Potter havia me encarado surpreso quando eu consegui utilizar a varinha de Dumbledore. Ele não acreditava que eu pertencesse a esse mundo.

-Lily, essa não é uma opinião geral. – Lice disse – Nós gostamos de você. E você tem se mostrado muito mais inteligente que muitos bruxos já nascidos nesse mundo.

-Você realizou feitiços complicados com perfeição. – Giulia disse e eu me lembrei das aulas que já tinha tido.

-Mas não são todos que pensam assim. Talvez aqui não seja meu lugar. – eu ainda tentei argumentar.

-Aqui é o seu lugar. – Lene disse – Me conte, lá fora, quantos amigos você tinha? E dos que você tinha, quantos realmente entendiam você? Como era ver coisas que os outros não viam e não poder falar nada? Será que você não vê que aqui você está realmente em casa?

Eu sorri para ela. Ela estava certa. Apesar de todos os meus problemas com os bruxos, eu me sentia mais confortável aqui do que jamais havia me sentido em qualquer lugar.

Nesse dia eu fui dormir com Min ao meu lado na cama. Enquanto acariciava o gato me lembrei que deveria agradecer Dumbledore no dia seguinte.

 

**

N/B: Agradecer ao titio Dumbbie? Será? Haushauhsuahs. Aiai, já se passou da meia-noite e eu aqui... Culpa sua, senhorita escritora. Continuo amando e espero que as demais leitoras também.

 

Beijoos!!

 

Giulia Cavalcanti

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, ou goste. Pois acho que só tem uma pessoa acompanhando. :/
Eu, particularmente, adooooro esse capitulo. Ela finalmente começou sua vida no mundo mágico.



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