Bianca’s POV

Eu acordei no completo escuro, não sabia onde estava, não sabia quem tinha me posto ali, eu era uma vampira nova, não tinha a capacidade que Alice tinha de enxergar no escuro, de correr, de ouvir e mesmo a de não sentir pena nem remorso, mas com o tempo meus olhos foram se acostumando ao local, eu tentei me mexer, não consegui, quando meus olhos já estavam em seu máximo compreendi onde estava, estava no porão dela, ela tinha me posto ali, ninguém além dela, eu, e as almas que vão sempre vagar pelo inferno, sabiam deste lugar, mas minha única pergunta era a seguinte: Que merda eu tinha feito para estar ali?

Eu não sabia o que tinha acontecido e mais que eu tentasse não conseguia me lembrar

Um pensamento me veio à mente: eu a havia traído, não tinha outro motivo para eu estar ali, a segunda coisa que ela mais desprezava no mundo era traição, claro que a primeira eram os humanos e seus sentimentos, o porquê de ela não ter me matado? Realmente não sei, mas tinha algumas idéias: ela havia me transformado talvez ela gostasse de mim como filha, sei lá, talvez ela quisesse alguma informação minha, o que não iria conseguir por que eu não sei de nada ou até talvez ela quisesse me fazer sofrer antes de morrer, afinal eu a havia traído

Fiquei nervosa com esse último pensamento, se era essa sua intenção eu iria sofrer muito e nada iria dete-la, meu corpo seria dilacerado e ninguém nunca iria saber de minha morte, minha cabeça começou a girar, eu já sentia a dor em meu corpo, eu já sentia o liquido essencial de minha existência sendo arrancado de mim

Nos últimos segundos de minha existência pensei no maldito dia que eu conheci aquele maldito vira – lata: Jordan, sua alma devia estar sofrendo no inferno, nos braços de Lúcifer

“Mas calma meu amor eu logo irei te encontrar maldito”

Ouvi o barulho da porta grande de madeira sendo aberta, era ela, concerteza era ela, eu tremia ao sentir o cheiro dela se aproximando, ao ouvir seus passos e enfim sentir a sua respiração

Ela m olhou como sempre fazia de um jeito carinhoso demais, dei uma última olhada em Alice nos meus últimos segundos de vida

Como ela era esplendorosa, sua presença dava uma aura diferente ao lugar tudo parecia mais frio, mas ao mesmo tempo eu sentia uma sensação de casa nela, eu me sentia acolhida

Com um movimento inumano, como sempre, Alice soltou as correntes, depositou um papel em meu bolso e sumiu na escuridão

Eu fiquei parada não sabia o que tinha acontecido, ela não tinha me matado, isso que dizer que ela não tem a intenção de fazê – lo, mas ao mesmo tempo em que sentia um alívio por ela ter me soltado senti um aperto no coração, ela tinha me soltado por algum motivo, esse motivo deveria ter sido forte o suficiente para ela não falar nada para mim, talvez, dependendo do motivo era melhor eu ter ficado presa

Abri o bilhete depositado em meu bolso e entendi o que estava acontecendo e pelas circunstancias era melhor eu ter ficado presa mesmo