Quando cheguei ao quarto de meu sobrinho sua cara de espanto me deu vontade de rir e tenho certeza que minha cara irônica o deixou com muita raiva, eu lhe disse que a partir de agora era para ele tomar muito cuidado enquanto estivesse vivo. Ela tentou me atacar, mas como um felino eu me agachei em posição de ataque e um rosnado que vinha da minha garganta que arrepiava qualquer um, mas mesmo assim ele não se intimidou comigo e continuou caminhando até mim para me atacar com uma estaca de madeira até que uma hora ele parou como se algo o estivesse o impedindo e algo estava primeiro eu não compreendi muito bem, mas depois eu vi o que estava o fazendo era o escudo que minha própria mente estava projetando que não o deixava prosseguir, sai do quarto me sentindo invencível.

Estava com muita sede e não sabia de que fui até a cozinha e nada me satisfazia então disse a meu pai que iria até o centro da cidade fazer algumas compras quando cheguei a uma loja vi uma mulher se cortar com o papelce senti meu caninos crescendo em minha boca e então entendi do que eu estava com sede sangue.Peguei a mulher pelo braço e disse que precisávamos dar uma volta a mulher mesmo relutante foi comigo levei ela até os fundos da loja onde ninguém podia nos ver e cravei meus caninos nela. Depois disso ao voltar para casa senti meus sentidos muito mais aguçados ouvia cada barulho que acontecia quilômetros de distância isso me fazia sentir como uma caçadora como uma loba talvez ou uma leoa algo nesse gênero.

Aprendi como lidar com meus poderes, com meus sentidos aguçados, com meu poder de persuasão, com minha força e principalmente com meu escudo, aprendi a levantar coisas, fechar e abrir janelas e portas como parar pessoas, carros e objetos em geral, mas também fiquei muito compenetrada em como me vingar de meu sobrinho, a cada minuto que eu estava viva a raiva se acumulava e meus planos para ele estavam ficando cada vez piores.                        Eu conseguia sentir o cheiro de medo expelindo dele enquanto eu andava pela casa, eu conseguia sentir a angústia expelindo dele e a partir daquele dia meu sobrinho nunca mais andou desacompanhado, tinha alguém o seguindo por todo canto.

Em uma noite de outubro após o jantar disse a meu pai q estava indisposta e queria me deitar, fui até o meu quarto deitei na cama e fiquei ouvindo cada som que se projetava dentro da casa, esperei, esperei, esperei... Quando ouvi a porta do quarto de meu sobrinho se fechar pensei : “essa é a hora”

Fui até o seu quarto e dei meu jeito de dispensar os “seguranças” que estavam em sua porta, entrei no quarto e por um momento cheguei até esquecer de que queria matá-lo olhando para aquele rosto angelical dormindo, por um momento eu até pensei em salv... Mas não, ele tinha me feito mal demais para sair desta briga sem um arranhão sequer.

Com um rápido movimento fui até o lado de sua cama e passei a unha “de leve“ em seu braço direito quando o sangue começou a gotejar ele acordou atordoado e aquele cheiro maravilhoso foi se espalhando pelo quarto, aquele cheiro quente e doce foi se espalhando e... Depois disso eu não consegui pensar em mais nada meu instinto foi maior que o meu pensamento lógico, quando abri os olhos só vi o corpo de meu sobrinho morto na cama e sangue, sangue e mais sangue. Naquele momento eu decidi que era hora de acabar com todo o meu teatro acabar com tudo aquilo que eu achava ser a minha vida.