Ryan me mandou ficar no canto daquela rua sem saída, e observar ele lutando com o Layter, eu obedeci e fiquei lá parada enquanto os dois lutavam

Eles ficaram lá horas um investindo contra o outro, de vez em quando o sangue deles respingava em mim e nas paredes dos dois prédios que fechavam a rua, eu consegui ver a exaustão no rosto do Ryan, quando por um segundo ele virou e me disse

- Pela mão da própria morte o conselho cairá – então ele virou de novo e desistiu, o Layter deu sua última investida contra o Ryan e arrancou sua cabeça com um só golpe

Ninguém podia fazer isso com ele, ainda mais um ser tão desprezível, mas não tinha como mudar o que tinha acabado de acontecer, aquela criatura tinha arrancado a cabeça dele e ele estava lá morto atirado no chão, e eu não conseguia conter minha vontade de ir lá e beber o seu sangue, mas outra coisa também estava tomando conta de mim, a raiva

Com um movimento rápido eu corri até o Layter, coloquei minhas mãos em cada lado de sua mandíbula e puxei com a maior força que me veio naquele momento, sua cabeça estourou em um só estralo, Ryan tinha morrido, o que era muito triste, mas também eu tinha completado o primeiro teste

Eu fiquei lá sentada, encostada em um dos prédios, pensando em como eu iria chegar à sociedade e contar que o Ryan estava morto, e também como eu iria provar também que eu tinha mesmo matado um Layter? Depois de um tempo refletindo outra coisa me veio à cabeça a última coisa que Ryan tinha me dito antes de desistir “Pela mão da própria morte o conselho cairá” o que será que ele estava querendo dizer com isso? Eram muitas perguntas em minha mente e eu simplesmente não sabia a resposta pra nenhuma delas

Depois de algumas horas lá sentada eu decidi o que fazer, fui até o carro e o levei até a rua, coloquei o corpo de Ryan no banco de trás e o do Lyter no porta – malas do carro

Ryan eu levei até uma fabrica abandonada há umas duas quadras da sociedade, coloquei o corpo dele em uma mesa que ficava dentro de um pavilhão enorme

Eu sentei ao lado dele tomando coragem para chegar à sociedade e também tentando entender o que ele tinha me dito

- O que você quis dizer com aquilo? – eu perguntei idiota, como se alguma resposta fosse sair da boca dele, na verdade eu queria que saísse, mas não tinha como voltar atrás, ele estava ai morto, imóvel e sua cabeça não era mais ligada ao seu corpo

Eu fiquei tanto tempo absorta em meus pensamentos que quase me esqueci que tinha um corpo, ensangüentando o porta – malas do carro

Entrei no carro, e quando finalmente criei coragem, liguei – o

Abri o portão da sociedade ainda muito nervosa e preocupada com o que iria acontecer, mesmo assim estacionei o carro, abri a porta da frente e fui correndo para a sala do conselho, onde certamente Mason estaria esperando a minha volta