Sweet Nightmare escrita por lol_mandy_o_o


Capítulo 1
Um?




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    Tédio, na verdade dizer que aquela festa estava um tédio seria elogiá-la.

    Eu estava na casa de Lucas, meu primo; ele estava fazendo dezesseis anos hoje, por algum motivo estranho ele resolveu fazer uma festa, uma festa gigante e que ele considerava “perfeita”, mas era perfeita para os loucos que amavam musica eletrônica, já eu que não tenho estilo definido ficava completamente deslocada.

    Não sou o tipo de menina que seja considerada linda e perfeita, sou a idiota que permanece voando o tempo inteiro; não tenho muitos amigos e amigas, as vezes me chamam de autista na escola, o que talvez seja a certa avaliação para meu transtorno meio psicótico. Se eu seguisse meus instintos eu já teria matado alguém, talvez varias pessoas; mas sei me controlar, não gosto de ser chamada de autista imagina de louca?

    A festa estava bem animada a minha frente, tinha varias pessoas que eu conhecia, mas não estava afim de falar com ninguém, afinal de que adiantaria? Eu ia puxar assunto com alguém que me odeia? Imagino que vocês saibam como é ser meio excluído.

    A sociedade atual me fazia pirar, a elite da escola elegia a forma com que todos deviam se portar, se vestir e se comportar; como já devem fazer idéia eram todos idiotas e ridículos, pois nada bom vem da elite, talvez só as roupas e coisas materiais, mas até hoje pelo que os conheço só servem para aporrinhar minha infeliz vida.

    Bom dia, boa tarde e boa noite, meu nome é Marion Clarisse Valentin, tenho por incrível que parece treze anos. Como devem imaginar sou uma louca de carteirinha que sempre acaba arranjando confusões malucas para se meter, gostaria de ser normal, mas não é assim que as coisas funcionam...

    Por algum motivo eu sempre fui meio que odiada por todos ao meu redor, meus pais nunca deram a mínima para mim; para meus irmãos tudo sempre foi lindo e maravilhoso, mas para mim era sempre o clássico “não estou nem aí”. Ser odiada nunca foi uma novidade para mim, sempre foi algo comum e extremamente clássico. Por vários motivos eu me tornei o que sou hoje, e hoje sou uma garota completamente largada e idiota. Eu já namorei duas vezes, mas sempre acabava pelo meu desamor, o que isso quer dizer? Quer dizer que nunca amei ninguém, não sei muito bem o que é o amor; mas dizem que é algo profundo, lindo e puro; e isso eu nunca senti por ninguém.

    Olhei ao redor procurando algo de legal para fazer, nada. Hoje eu dormiria na casa de Lucas, isso seria bem difícil com a festa rolando aqui. Resultado: eu dormiria de madrugada. Amanhã era sábado por isso não me importava tanto, mas se fosse um dia que tivesse que ir a aula eu ia ir embora.

    Mas que saco! Poderia ser pior? Não, não poderia.

    Parei meu olhar em um garoto lindo, ele tinha os olhos azuis e a pele alva; seus cabelos eram negros e tão brilhosos que o sol invejaria se o visse, estes que batiam nos ombros; era alto e forte, não tinha muitos músculos mas para mim ele transparecia um força imensa. Ele parecia ter uns vinte e um para minha má sorte. Droga de vida.

    Ele me olhou, nossos olhares se encontraram. Magia, pura magia.

    Pare de sonhar Marion! Gritei para mim mesma em minha mente. Incomodada com o olhar do garoto eu me levantei, fui andando para fora daquela maldita festa, mas que droga! Ta já dá pra ver que minha vida sempre é um saco, eu sou inquieta então saibam que essa história não vai dar muito certo... talvez dê mas não haverá nada para contar sobre a vida de uma pessoa que não faz nada.

    Me sentei num canto, eu queria dormir pois estava bem cansada, mas quem diz que a droga da festa deixava? Seria uma longa noite...

    Minha prima Kelly chegou toda sorridente e se sentou ao meu lado; Kelly era famosa entre todos os garotos da festa e costumava “pegar geral” nessas festinhas ridículas, ela era uma garota alta e bonita então tinha o direito de esbanjar. Ela estava ou bêbada ou louca para se sentar ao meu lado no chão.

    − E ai, não ta curtindo porque? Olha o tanto de gatinhos e garotas bonitas se faz seu gênero. − disse ela, olhei para ela com meu melhor olhar “killer”. − Ah, olha tem tanta coisa legal aqui hoje, deixa de ser boba e vem comigo, vamos curtir a night! Pegar uns gatos e terminar na cama de alguém essa noite.

    Olhei para ela com mais raiva ainda.

    − Vai beber e me deixa em paz.

    − Por isso você não faz sucesso entre os garotos, vive nesse mundinho idiota.

    − Foda-se você e suas idéias, é minha vida e meu mundinho; se quero viver dentro dele não é da sua conta.

    − Ai, olha só tava querendo te animar, mas você é boba de não aceitar minha ajuda, então morra!

    Humph, que saco.

    − Quer saber? Vou me deitar! − disse a mim mesma.

    Me levantei e fui para o quarto, era um saco passar por toda aquela gente dançando, eles esbarravam na gente e uma hora eu quase caí, eu merecia.

    Cheguei no quarto, era bem simples; só tinha uma cama um armário e um guarda-roupa. Abri o guarda-roupa e procurei a roupa que tinha guardado lá dentro, achei facilmente e troquei bem rapidinho. Peguei as cobertas e me enfiei sob elas, só queria um pouco de paz.

    O som lá fora era ensurdecedor, eu tapei os ouvidos.

    Depois de tentar dormir varias vezes eu comecei a cantarolar Sweet Dreams do Marilyn Manson, era uma musica muito boa a propósito. Fiquei observando o quarto, este que tinha as paredes azul bebê, era bonitinho mas eu preferia azul escuro; fiquei olhando pro teto, talvez em algum momento a droga de sono chegasse.

    Ei eu ainda não me descrevi né? Ta, meus cabelos são pretos e batem na cintura, meus olhos são azuis e cílios finos que não chamam a atenção de ninguém nem com rímel, dizem que tenho feições afiladas; eu sou baixinha e tenho um corpo até bonitinho(por isso uso roupas negras e longas, pra esconder). A verdade era que eu realmente não gostava de ser notada pelos outros, isso era um problema para mim.

    Fechei os olhos estava com tédio, talvez sono não sei; mas agora tudo que eu queria era dormir como um anjinho que eu não era. O sono ia chegar...

 

    E chegou, trazendo com sigo belos e confusos sonhos...

 

    Escuridão.

    As luzes finalmente se acenderam mostrando onde estava; talvez fosse uma floresta, estava tudo escuro e eu podia ver a luz da lua passando pelas folhas das arvores, a luz era fraca e havia um pouco de neblina inundando toda minha visão. Era um tanto assustador para os fracos, mas era só um sonho idiota...

    Dei um pequeno passo e o horror me invadiu, parecia que haviam lesmas abaixo dos meus pés, lesmas gosmentas que grudaram em meus pés; comecei a pular, havia água abaixo de mim, parecia ser um lago seco. Olhei para o chão e mais horror ainda, era um lago sim, um lago bem rasinho... só que a água era escura, muito escura e haviam sanguessugas grudadas nos meus pés, só sabia que eram sanguessugas pois o sangue escorria de meus pés e caia na água, deixando o que já era feio mais terrível ainda.

    Fui andando procurando um lugar seco, haviam milhares de samambaias minúsculas pelo chão, elas nasciam não sei como em toda aquela podridão. Meus pés doíam e eu estava desesperada por achar algum lugar para parar. Dei um passo a frente e quase morri de susto, não havia chão abaixo de mim, eu cai na podridão daquelas águas!

    Era terrivelmente mau cheiroso, e eu estava me afogando, aquela água entrava por minha boca inundando meus pulmões, tinha gosto do cheiro de chorume; eu tentava subir mas não havia como, estava morrendo.

    Fui puxada bruscamente por alguém, era alguém, pois senti que era uma mão. Me deixei levar e acabei na superfície, me firmei numa terra que eu não sabia de onde tinha saído e me levantei. Havia um homem muito bonito à minha frente, olhos negros como a noite, cabelos castanhos, alto e tinha a pele não clara de mais mas também não morena, os lábios eram vermelhos como se ele tivesse passado batom bem vermelho mesmo.

    − Não a aconselho a se perder nas águas do lago negro, podem ser fatais. − ele olhou para meus pés. − Eles gostaram de teu sangue, grudaram em você de forma que acho que nem eu conseguirei tirar. − ele se abaixou e começou a tirar as sanguessugas, ele sem querer acabou tocando em mim, seu toque era frio e doloroso mas me provocou um intenso prazer. − Como a senhorita veio parar aqui?

    − Estou sonhando.

    − Sonhando...? Você não é a primeira que chega aqui dizendo isso. Mas as outras iam parar no mundo de Calibir, é estranho a senhorita ter vindo parar logo aqui.

    − Isso é um sonho.

    − Não está no mundo dos sonhos querida. Isso não é um sonho.

    − Claro que é!

    − Minha cara, você está ficando louca. Meu nome é Loren, eu sou um Masterfulmind, eu escolhi a senhorita para ser minha companheira, e agora é isso que você fará, virá comigo e será somente minha.

    − Eu não sou de ninguém...

    − Errada, você não era de ninguém, agora é minha.

    Olhei para ele sem entender, meus pés doíam muito, será que não era um sonho.

    − Eu quero acordar. EU QUERO ACORDAR!!!

    Tudo se desfez, não estava mais naquele lugar terrível, estava em minha cama.

    Me levantei e senti uma dor nos pés.

    Olhei para meus pés e haviam varias feridas nos meus pés, feridas de sanguessugas... eu estava molhada, poderia ser suor se não fosse o cheiro terrível, eu estivera de verdade em algum lugar como aquele do sonho... Eu estivera lá.

    Fui para o banheiro mais próximo, a festa já havia acabado e lá fora o sol começava a nascer.

    O que estava acontecendo? Eu estava ficando louca?

    Não podia, aquilo era verdade; eu havia estado naquele lugar, eu estava toda molhada e ainda com os pés machucados pelas malditas sanguessugas... Bom, se eu estava machucada devia ter provas de quem me machucou; fui olhar a cama.

    Estava tudo molhado, mas não como se tivessem jogado a água com um balde, se fosse assim teriam caído gotinhas por ai; mas não, era como se eu tivesse suado toda aquela água. Tinham várias sanguessugas jogadas na cama, eu não estava louca.

    Me joguei num canto do quarto e pensei. Aquele cara tinha falado algo importante? Talvez... Ele tinha falado que era meu dono entre outras baboseiras. Mas ele também disse que se chamava Loren e era um... Masterfulmind?

    O que era isso? Será que tinha algo sobre isso no Google? Talvez...

    Me levantei e fui para a sala de computador, liguei ele e comecei a procurar sobre isso; quase não havia nada sobre isso, na verdade eu nem estava achando, já ia desistir quando achei um blog falando disso. Comecei a  ler.

    “Este é um antigo mito que conta a história do único Masterfulmind, um ser capaz de entrar no sonho das pessoas à procura de sua amada. É um mito  tão antigo que acabou se perdendo no tempo.

    “ À muitos anos houve um impasse entre Morfeu e Hades, tudo por uma humana pela qual os dois se apaixonaram. Infelizmente a guerra dos dois pela moça acabou a matando. Com raiva mas pensando na jovem menina os dois se uniram fazendo um pacto, então eles criaram uma criatura mágica. Era um homem que podia ir as profundezas do inferno onde nem mesmo Hades podia ir e trazer a moça novamente; só que por algum motivo Zeus trouxe a alma da moça novamente para a Terra, e ela reencarnou. Com muita raiva eles trouxeram seu ser mágico de volta do inferno. Preparando-se para trazer a moça eles renovaram as habilidades do homem, eles o deram a mais pura beleza, a inteligência e a capacidade de entrar nos sonhos das pessoas à procura daquela alma.

    “ Mas quando o homem mágico achou a alma que seus mestres tanto procuravam ele acabou se apaixonando, ele a manteve em seus domínios, já nessa época   o homem(chamado de várias formas ao redor do mundo) já tinha conquistado partes dos domínios de Hades; ele criou dentro de seus territórios 4 espaços diferentes, mas a alma procurada sempre ia para Calibir.

    “Dizem que havia uma rivalidade entre ele e os Íncubos, essa rivalidade originada pelo fato de os Íncubos sempre estarem a procura de seres puros como a alma que o Masterfulmind procurava; mas o Masterfulmind sempre vencia pois tinha mais poder, diz a lenda que ele nunca encontrou a alma que queria, e que ele nunca mais se rebaixou ao poder de Hades e Morfeu.”

     Ah então quer dizer que aquele carinha achava que eu era a alminha que ele tava procurando, eu não podia ser. Pelo que entendi pelo resto do conto a alminha era bem pura e querida por todos, sua graciosidade encantava a todos ao redor. Eu não era assim, e nunca seria pelo que sei; eu sempre fui uma louca meio autista, não podia ser a queridinha alminha dele. Falando nisso o que era o tal Íncubo mesmo?

    Pesquisei e descobri que era um pervo que entrava nos sonhos das mulheres pra fazer sexo e roubar a energia vital; acabei entendendo tudo quando me lembrei que tinha lido o livro A Canção Do Súcubo que falava sobre isso (íncubo masculino de súcubo).

    Grande droga fui me meter.

    Voltei para minha cama e fiquei olhando pro teto, mas que droga! Um tal de Masterfulmind já era um problema mas um desses junto com um Íncubo era um problemão... eu estava esperando que o íncubo não fosse tão eficiente em sua procura como o Masterfulmind, se ele fosse eu estaria sendo disputada por dois gaviões de garras afiadas, e o pior, os dois queriam me comer(figurativamente)(sim estou falando no sentido de me possuir, transar, fazer sexo para os mais certinhos), e eu tenho certeza que eu não queria ser comida nem por um íncubo nem por um Masterfulmind.

    Um calafrio me atingiu a espinha, nossa será que eu estava louca? Ta isso só uma pessoa poderia dizer, e só diria quando o sol estivesse alto no horizonte, e ainda faltava muito para isso; o sol mal tinha nascido ainda.

   

    Como você fez isso?Lucas perguntou nervoso.

    − Eu fiz? Nem sabia que sanguessugas existiam nessa parte do pais!

    − Mari eu não entendo, isso é água suja, tem cheiro de esgoto podre...

    − Esgoto é podre por natureza seu lesado.

    − Pô, cala a boca; isso podem ser lesmas não? Não acho que não.disse ele apertando a sanguessuga e vendo o sangue escorrer pelo lençol; ele fazia uma cara de puro nojo. Como você fez isso? De onde essas criaturas nojentas e essa água podre saíram?

    − Te chamei pra me ajudar não pra colocar mais perguntas na minha cabeça. Eu tava dormindo e tive um sonho estranho onde eu era mordida nos pés por esses monstrinhos e acabava caindo num lago dessa água podre. Não tenho culpa. então tirei a sandália e mostrei a sola de meus pés, as feridinhas ainda estavam visíveis, como uma lesma podia fazer aquilo?E dói, dói muito.

    − É por isso que afirmo que você é anormal, tudo acontece com você né? Agora até sonhos que se tornam realidade? Isso ta ficando serio, muito serio.

    Fitei ele com ódio, alguém sabe me dizer porque mesmo eu chamei ele?

    Não existe razão lógica para a idiotice. Fui para a cozinha pegar algo para comer pois meu estomago praticamente clamava por um pouco de comida, peguei o pão que minha tia tinha preparado e fui pra fora da casa, eu adorava comer no jardim, o ar fresco e o farfalhar das folhas acalmavam meus nervos nervosos; me sentei na calçada e mordi o pão...

    Inicialmente só senti o gosto do pão, mas algum gosto metálico e desconhecido invadiu minha boca.    

   − EEEEEECA!!!

    Cuspi tudo pra fora, era sangue. Sangue no pão.

    Chutei o pão longe, quem faria essa brincadeira de mau gosto, ou melhor aquele sangue, de onde seria?

    Entrei nervosa balbuciando baboseiras e gritei perguntando bem alto.

    QUEM COLOCOU SANGUE NO MEU PÃO?!

    Todos me olharam confusos; realmente sangue no pão não era algo muito comum. Eles me olharam e cada um disse “não fui eu” e eu vi a sinceridade naqueles olhares. O que estava acontecendo comigo?

    Fui pra fora novamente e fiquei andando de um lado pro outro, peguei o pão e fui conferir se estava louca; não era sangue mesmo, não só sangue, havia um bife não frito lá dentro, o sangue vinha dele. Isso era muito nojento, fiquei cuspindo tentando tirar o gosto de sangue da minha boca, que horror.

    − A senhorita não gosta de sangue?

    − Loren, sabia!

    Me virei e lá estava ele, estava sentado no murinho que havia na área de serviço; ele era mais bonito a luz do sol.

    − Masterfulminds vivem no inferno!

    − Errado, e só existe um Masterfulmind: eu. Andou lendo as idiotas histórias que falam sobre mim. Se sim, elas estão erradas, eu posso ter sido criado por Hades e Morfeu pela função de achar a senhorita, mas eu os matei e tomei o poder do inferno durante dois mil anos, depois eu cansei e me tornei o que na mitologia de vocês se assemelharia a um vampiro, mas posso comer tudo e não tenho o menor problema com objetos sagrados; eu só gosto de sangue e sou imortal. Mas é a mesma história de que a alma perfeita caí em Calibir, realmente você sempre caí lá. Sabe minha querida você está bem mais bonita nessa vida do que nas anteriores.

    − Eu não nasci antes! Eu não sou o que você procura, droga!

    − Sim, você é o que eu procuro, e também o que eu defenderei de qualquer idiota que resolver tentar te pegar.

    − Cala a boca porra! Não sou o que você procura nem o que quer. Me deixa em paz!!!

    − Como quiser.

    Então ele desapareceu, desapareceu do nada mesmo. Levei um susto e quase explodi de raiva, eu ia brigar mesmo com um cara que desaparece?! Que droga, eu merecia pelo visto.

    Fui pra dentro e todos ainda me olhavam com a cara “você pirou de vez né?” e eu passei direto. Lucas veio ate mim meio desconfiado.

    − Uau que gritaria foi aquela lá fora?

    − Não te interessa. − disse arrumando minhas roupas para ir embora.

    − Nós vamos ao cinema ver um filme lá do exorcista, você quer vir?

    − Ahn... − se fosse um filme comum diria não, mas era um filme de exorcismo, isso eu não podia perder. − Sim, vamos agora?

    − Sim.

    − Vou me vestir e a gente pode ir. − disse sorrindo.

    Então me vesti e fomos, ao chegar lá eu vi o garoto da noite anterior; as garotas o cercavam dando beijinhos, ele era lindo mesmo.

    Ele me olhou fixamente; seus olhos eram realmente lindos e ele tinha um charme que me prendia; mas porque ele olhava logo para mim?

    Ele veio em minha direção, seus passos eram leves e ele parecia calcular meticulosamente cada movimento. Ele não prestava atenção no que as meninas falavam tentando o parar e trazê-lo novamente para seus braços.

    − Olá... Eu sou Jason, você é a prima do Lucas né?

    − Er... sim.

    − Prazer... Eu te vi ontem a noite na festa, ahn você vai assistir o filme conosco?

    − Sim.

    Eu estava paralisada, só conseguia dizer sim, sim, sim.

    − Vamos? − ele chamou estendendo a mão.

    Eu não conseguia entender o que meus instintos me diziam sobre Jason; por um lado eu tinha reservas e até um pouco de medo; por outro eu me sentia atraída por ele, só queria me entregar aos seus encantos e deixar que ele cuidasse de tudo. Por isso achava que Jason era perigoso.

    Eu o segui, mas não lhe dei minha mão.

    Nós fomos andando, Lucas ia acompanhado de sua namorada, ela era líder de torcida e se chamava Chelly, nome de prostituta em minha concepção. Eu ia infelizmente e felizmente ao lado de Jason, ele que era seguido por mais umas cinco garotas idiotas (perae! Eu também tava seguindo ele!?). Chegamos a bilheteria e Sam, o outro amigo de Lucas foi comprar os ingressos. Jason estava distraído, olhei para os lados; senti um calafrio ao ver mais uma coisa macabra: o braço de Jason estava ficando vermelho e depois preto, ele arregalou os olhos e olhou para mim; a coisa ficava ainda pior no braço dele, estava apodrecendo...!

    Senti um cheiro repugnante e vi que Jason se controlava para não gritar de dor, quase vomitei quando olhei novamente para o braço dele; pequenos vermes andavam por baixo da pele, eles comiam a carne do braço de Jason. Um líquido negro começou a escorrer, os vermes se remexiam fazendo uma festa macabra pelo braço de Jason. As pessoas ao redor começaram a sentir o cheiro de podre do braço dele, este que já estava com os ossos quase expostos, estavam cobertos por uma camada de carne vermelha que rapidamente era comida pelos vermezinhos. Com medo das pessoas verem o que estava acontecendo com o braço de Jason eu tirei meu casaco e cobri o braço podre. Jason estava se contorcendo de dor. Eu sabia quem estava fazendo aquilo, ah se sabia.

    − Loren!!! − gritei.

    Os olhos de Jason se arregalaram ainda mais, só que dessa vez estavam envoltos pelo puro desespero.

    E lá estava ele, provavelmente invisível pra as pessoas normais... então agora eu realmente saía da categoria de pessoas  normais.

    − Solte-o minha amada. − ele disse calmo.

    − Pare com essa droga no braço dele e eu solto, e não sou sua amada!!!

    Tirei a blusa do braço de Jason, estava voltando ao normal.

    − Você tem medo deles seu? Fique visível seu viado! − Jason disse provocador.

    Loren ficou visível deixando boquiabertos todos no estabelecimento.

    − Marion, por favor, vamos embora?

    − Não!

    − Quer mesmo ficar com essa criatura que quer sua pureza e energia vital?

    − Como?

    − É, seu amigo é um íncubo idiota.

    − HAHAHA! Loren, porque não fica quieto...? −  disse Jason.

    − Você é jovem, mas não é páreo pra mim. Você sabe muito bem o poder que tenho, poderia te destruir em quinze segundos sem o menor esforço. Você devia correr.

    − Acho que você é um idiota. Eu tenho poder o suficiente para te enfrentar... Não se lembra de Jason De’lucca?

    Vi alguma coisa diferente nos olhos de Loren, não medo mas talvez surpresa.

    − Sou eu, só que resolvi pegar uma forma mais jovem para estar ao lado de Marion.

    − Deixa ela em paz, ela é minha! − Loren disse cheio de ódio.

    − Cale-se! Marion você vê que ele só quer te controlar? Não faça o que ele quer, comigo você poderá ser livre...

    − Livre da sua vida também!

    − Calem-se!!! Mas que porra! Não sou de ninguém, merda!!!

    Saí correndo, mas que droga, antes ninguém me queria e agora tem dois na minha cola...?

    E o pior, dois pervos...

 

 


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Notas finais do capítulo

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