The Red Carpet Day escrita por Sayami


Capítulo 1
Une.


Notas iniciais do capítulo

Essa fic...oq falar sobre ela mano..? XD

Eu comecei a escreve-la ano passado, quando em deu um lapso de criatividade XD Só to postando agora pq minha querida Seme [Kurou] insistiu e me convenceu, caso contrario, ela ainda estaria perdida na pasta de fics XD

Nao sei o critério que terei para postar os demais caps, pq eu nao tenho mtos escritos *até pq, os q estao prontos são enormes* e ainda nao pensei em como termina-la...

Eu espero sinceramente que gostem dela, pq eu tenho um orgulho mto grande por essa fic, pela narrativa dela e por como eu transformei o Teru num Uke FDP XD

Divirtam-se ;33

PS: Créditos da capa super lindosa vão tds para minha seme *-* Brigada, abor :333333 *HEART*



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         Odiava ter uma boa memória e lembrar categoricamente de eventos que gostaria de esquecer. Mas para um vampiro, o dia de seu Abraço nunca poderá ser esquecido.

         Sou da França, mais precisamente, de Paris, do ano de 1816. Meus pais eram nobres muito influentes na cidade, mas sempre fui criado em casa.

          Nossa casa era bem afastada do centro de Paris, mas tínhamos tudo que precisássemos. Claro que idas a cidade eram necessárias.

          Meus pais eram muito protetores, principalmente minha mãe. Papai era diretor do hospital de Paris, mas só ia a cidade nos casos mais urgentes. Mamãe ficava em casa, cuidando exageradamente de mim. Às vezes ia a cidade fazer compras, isso quando não mandava os empregados.

         Em meus 18 anos de vida – veja bem, eu disse vida – nunca pisei em um colégio. Sempre tive todos meus ensinamentos em casa. Mamãe era responsável por minha educação, desde que eu começara a escrever e falar. Papai me dava aulas de esgrima e me ensinava a mexer com dinheiro, coisa que todos os homens daquela época deviam saber.

         Recebendo todos esses cuidados, vocês podem pensar que me tornei mimado. Mas sabia ser independente. Conseguia me virar muito bem, caso estivesse sozinho.

         Minha mãe me ensinara a ser educado em todas as situações. Educação era a palavra-chave para conseguir o que se quer, dizia ela. E desde então, sigo fielmente suas palavras.

         Bom, vamos para a parte que todos devem estar esperando.

         Querem saber como me tornei o que sou?

         Papai procurava um professor de piano para mim, mesmo mamãe sendo contra.

         Foi numa noite de inverno que o conheci. Observava pela janela de meu quarto nosso imenso jardim sendo coberto de neve. Nossas roseiras decoradas de branco.

         Com passos calmos e elegantes, coberto por uma capa negra, trajando vestes escuras e uma cartola, ele atravessou nosso jardim e parou diante da porta da frente. Surpreendi-me ao notar que ele olhava em minha direção. A empregada logo abria a porta educadamente, deixando-o entrar.

         Saí de meu quarto, tomando as grandes escadarias em direção ao saguão. Parei no meio da escada de mármore, encarando o recém-chegado, que conversava calmamente com meus pais.

         Papai me achara parado na escada, chamando meu nome, fazendo o visitante me olhar nos olhos.

         Frio. Foi tudo que senti na hora.

         “Teru, seja educado. Venha cumprimentar seu novo professor de piano”. Meu pai disse. Minhas pernas, congeladas, não se moviam.

         Olhei para minha mãe, que parecia meio nervosa com o homem e encarei de volta o estranho. Ele ainda me observava.

         Desci o restante dos degraus, parando em frente ao homem de olhar gelado. Ele estendeu a mão e a apertei. Seu toque também era gelado. Era como se eu tivesse um cubo de gelo na mão.

         Podia ver seu rosto mais claramente. Sem a cartola, eu podia ver que seus cabelos eram loiros, na altura do pescoço, levemente bagunçados. Seus olhos eram claros, num tom de azul, frios como o mármore da escada. A pele era estranhamente pálida.

         Meus pais, por educação, o chamaram para jantar. E depois de muito recusar, ele acabou cedendo.

         Seu nome era Kamijo Montmorrency. Ele era da Romênia e tinha viajado a Londres apenas por lazer. Minhas aulas de piano seriam apenas um passatempo para ele.

         E, estranhamente, minhas aulas só poderiam ser à noite.

         Por todo jantar, seu olhar permaneceu em mim. Ele respondia calmamente as perguntas de meus pais, com um toque de mistérios em suas respostas. Mas seu olhar sempre se voltava para mim. Aquilo me deixava meio desconfortável, mas não podia ser indelicado com meu professor.

         Sua galanteadora voz e o modo como usava as palavras parecia ter encantado meu pai, mas sentia que minha mãe estava desconfiada de algo. Coisas de mãe, entendem?

         Após o jantar, ele se fora. Minhas aulas começariam na noite seguinte.

         Na noite seguinte, Kamijo estava religiosamente para a minha porta às 19h em ponto. Eu já não estava mais tão nervoso quanto na última noite. Era besteira de minha parte.

         Meus pais se encontravam na sala de estar, enquanto estávamos na sala de música. Sentado ao piano, meus dedos dançavam sobre as tecladas, fazendo a melodia ecoar pelo ambiente.

         Kamijo apenas circulava o piano, de olhos fechados, apreciando a música. Às vezes ele parava e me encarava por segundos muito longos e tornava a andar pela sala.

         No final, ele sempre sorria para mim. Seus olhos causavam algo, que na época eu não entendia o que era.

Ao longo dos meses, notei que ele se incomodava muito com algumas cosas...Por exemplo, quando minha mãe entrava no meio da aula, elogiando meu talento, abraçando-me e beijando minha testa. Ou quando meu pai me abraçava pelos ombros, dizendo o quanto tinha habilidade.

         Demonstrações de afeto por parte dos meus pais o irritava.

         Comecei a desconfiar de suas intenções durante uma aula.

         Eu estava sentado ao piano, escolhendo alguma partitura para tocar.

         “Gosto muito quando você toca a canção do Quebra-Nozes” Sua voz soou bem próxima ao meu ouvido, me assustando. Virei meu rosto, surpreso com sua presença. Ele apenas sorriu, sua mão tocando uma mecha clara de meu cabelo.

         “Assustado, pequeno Teru? Nunca lhe faria mal, minha criança... Para mim, só você importa...” Seus olhos desviaram dos meus por um segundo e ele se afastou.

         Em seguida, a porta da sala se abrira e meus pais entraram por ela.

         Aquela cena me chocara e me intrigara.

         Depois que Kamijo fora embora, naquela mesma noite, meus pais comentaram que iriam despedi-lo. Minha mãe havia cismado tanto, que meu pai concordara em contratar outro professor.

         Eu concordei. Afinal, depois do que havia acontecido na sala de música, estava receoso de continuar a ter aulas com Kamijo.

         O ditado popular diz que mães sempre estão certas... Não sou de acreditar nessas coisas, mas às vezes eles acertam...

         Na noite seguinte, estava em meu quarto, lendo um livro qualquer. Vi quando Kamijo entrou na casa. Meus pais conversariam com ele naquela noite e dispensariam seus serviços. Então tudo estaria terminado.

         Tudo estaria terminado...

         Estava muito silencioso no andar de baixo. Desci para dar uma espiada no que estava acontecendo. O saguão estava escuro. As velas estavam apagadas. Com passos calmos, entrei na sala de estar e não via nada. Tudo era breu.

         Dei mais dois passos e meus sapatos tocaram em algo no chão.

         “Meu querido Teru...” Sua voz ecoou do fundo da sala. Virei meu rosto em direção à sua voz e vi seu rosto iluminado pelo castiçal que trazia consigo.

         Estava visivelmente perturbado.

         “Eles queriam me afastar de você... Perdão, mas sou muito egoísta e não suporto dividir minhas obsessões com os outros... Tenho um pequeno problema com controle, quando sinto que algo importante pode ser tirado de mim, entende Teru?” Ele caminhava lentamente em minha direção e eu não conseguia sair do lugar.

         “Mas vou resolver este problema... Meu doce Teru não sairá mais de perto de mim...” A luz do castiçal iluminou o chão, quando Kamijo o colocou no chão.

         Lá estavam os corpos pálidos e sem vida de meus pais, caídos sobre o tapete rubro da sala de estar.

         Quis correr, gritar, atacá-lo, mas meu corpo não respondia ao choque. Kamijo cruzou o espaço entre nós, uma de suas mãos frias acariciou meu rosto, enquanto a outra me segurava pela cintura.

         E aproximando os caninos de meu pescoço, Kamijo de meu o Abraço.

         Senti dor e prazer ao mesmo tempo, vindo do beijo que ele me dera. Meus olhos se arregalaram e eu podia sentir a demência tomando cada parte de meu corpo, ao mesmo tempo em que a vida ia esvaindo-se de mim rapidamente.

         Meu olho direito queimava, como se a íris estivesse evaporando.

         E então, tudo passou. Não sentia dores. Sentia todos os cheiros, enxergava tudo com clareza.

         Kamijo ainda estava diante de mim. Ele me virou de costas para si, deixando-me de frente para o grande espelho da sala. Sua mão erguera meu rosto, permitindo-me ver meu novo eu.

         Meu reflexo mostrava minha pele pálida, meu olho direito não era mais negro, havia ficado prateado. Abri minha boca levemente, vendo meus caninos maiores aparecerem por entre meus lábios. Vi o sorriso de Kamijo aumentar. Um sorriso de orgulho e satisfação.

         Desde então, me tornei o que sou. Kamijo se tornara meu “mestre”, ensinando-me sobre as normas da vida de seres como nós. Claro que preciso persuadi-lo para que me conte mais coisas, pois para ele, eu não preciso saber de coisas que podem me afastar dele.

         Ao contrário do que Kamijo queria, eu não me tornei seu adorável pupilo. Eu era sim, adorável, com todos, sempre muito educado e cordial, menos com ele. Eu tratava Kamijo como meu empregado. Mesmo ele sendo mais forte, ele sempre faz minhas vontades.

         Minha carinha de bom moço engana, encanta, seduz...e mata.

         Espero que tenham apreciado minha história.

         Meus sinceros agradecimentos,

                                                               Ass: Teru Di Laci.

- Meu querido Teru, o que está fazendo? – Ouvi sua voz melodiosa se aproximar de mim, e afastei-me antes que ele pudesse me tocar.

- Nada do seu interesse, Kamijo. – Disse simplesmente, sorrindo secamente para meu “mestre”, guardando a carta entre os tantos livros da prateleira.

- Você está se tornando muito inso-... – Com grande velocidade, aproximei-me dele, colando meu corpo perigosamente perto do seu.

         Ele interrompera a reclamação, meio surpreso com meu movimento brusco. Era tão fácil tê-lo sob meu controle.

- Vou caçar fora essa noite, Kamijo. – Sussurrei em seu ouvido, sorrindo como uma criança, vendo sua cara de desgosto.

- Não, você não vai. – Falou mal humorado. Já era de se esperar que ele negasse. – Eu buscarei comida para você, não o quero longe de mim, Teru. – Suas mãos tocaram meu rosto, acariciando minha bochecha.

- Melodramático como sempre, meu “mestre” – Murmurei ironicamente, cruzando o espaço que separava nossas bocas.

         Meus braços enlaçaram seu pescoço e senti os seus fazendo a mesma coisa com minha cintura. Passei minha língua por seus lábios, invadindo sua boca, pressionando meu quadril contra seu baixo ventre. Pronto, ele estava sob meu controle mais uma vez.

         Quando o senti querer retribuir o beijo, apartei o beijo, afastando meu rosto.

- Vou sair, Kamijo. – Falei calmamente, desfazendo o abraço em seu pescoço, soltando suas mãos de minha cintura em seguida. – Não me espere para jantar, está bem?

         Sorri simplesmente, dando-lhe as costas, deixando-o lá parado, com cara de bobo, pedindo por mais.

         Era tão divertido torturá-lo.

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Notas finais do capítulo

Bom? Ruim? Nem pensar? Comentem, por favor :3