Magnum escrita por Miss Black_Rose


Capítulo 4
Capítulo 4




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O setor 7 era peculiarmente úmido, ao contrário de todos outros setores por onde Ada havia andado, este tinha um aspecto sombrio, estava mais devastado e um líquido oleoso vazava pelas paredes.

Ela não sabia onde estava ou com o que iria lidar ali.

Sua missão era resgatar um documento que por sinal já estava muito bem guardado em seu bolso. Porém, conseguir uma amostra da cura do T - vírus em estado avançado também era promissor.

Wesker adoraria isso e seus superiores também.

Conforme avançava Ada podia sentir um cheiro forte e estranho, como uma mistura de fio queimado com bílis, que a deixou enjoada, embora se dissipasse, às vezes, como se estivesse impregnado a algo ou alguma coisa que ora ou outra se afastava.

Pelo mapa que havia conseguido na sala de pesquisa via que o setor 7 era bem maior que outros, o que também indicava que também era onde estaria tudo o que não havia encontrado pelo caminho.

Inúmeras portas tomavam conta dos corredores. Todas iguais, brancas e numeradas, com uma pequena janela de vidro reforçado, por onde, provavelmente, os cientistas observavam suas criaturas.

Aquilo tudo lhe lembrava um grande sanatório e um arrepio estremeceu seu corpo.

Mas mesmo assim precisava saber o que havia por ali, por isso se aproximou de uma das portas e sem resistir à curiosidade, olhou pela janela.
* * *

-Umbrella?! - John leu alto.

Ele não havia entendido a parte de sua irmã estar envolvida com a Umbrella. Fazia um ano que a indústria farmacêutica causara o desastre de Raccoon City. E havia sido uma lástima a sua falta de cuidado em relação às vítimas da cidade.

“Não, não posso acreditar...” John suspirou.

Sua irmã sempre estava envolvida com perigos biológicos e como se não bastasse ainda estava envolvida com a Umbrella. O pior é que um dos sobreviventes de Raccoon a identificou para os federais. Johnathan sequer chegara à saber que havia viajado para a cidade.

Bem que desconfiara daquele acidente de carro. Um dia após a explosão foi visitá-la e a encontrou em um hospital.

- perdi o controle. Talvez eu deva ficar longe de carros por um tempo. – ela lhe dissera com um sorriso franco.

Agora uma indignação o atingia. Não era possível que estivesse tão envolvida assim com o incidente de Raccoon!

John discou no celular. Uma voz feminina, mais do que conhecida, atendeu:

- não estou.

- Dahlia preciso de informações. – John disse ignorando a brincadeira. – é sério.

Uma gargalhada estridente soou do outro lado da linha.
-desde quando você fala sério?

-desde agora. Vai me ajudar?

Dahlia demorou alguns segundos a responder, a maneira direta de John lhe atingira, porém, de modo convicto e menos entusiasmado:

- claro. Mas eu vou cobrar o meu preço. O que quer de mim?

- tudo o que envolva uma espiã de vermelho.

-tá falando sério?

-Dahlia!

- tá, tá bem! Uma espiã de vermelho, certo? Pedido anotado.

Dahlia era seu acesso a tudo o que envolvia perigos biológicos. Havia a possibilidade de através dela conseguir tudo o que precisasse sobre Ada.

Só tinha medo do que poderia chegar a saber.

* * *

Uma sala muito mal iluminada. Era isso o que Ada via pela janela. Apenas uma lâmpada de todas as que a sala devia possuir estava acesa.

Não parecia haver algo lá dentro, mas não era ela quem iria entrar para ver.

Continuando seu trajeto cuidadosamente ela se guiava pelas dez páginas do mapa imprimido. Era um caminho longo que teria de enfrentar, e era melhor que não se atrasasse: aquele cheiro de bílis estava voltando.

Contudo, não era só o cheiro de bílis que invadia seu espaço agora. Havia outro, muito mais familiar: Cheiro de podridão. E esse era inconfundível.

Ela entrou por uma sala de análise. Tinha a certeza que encontraria algo ali.
Foi quando uma das luzes do corredor estourou.

Não sabia se era pelo silêncio que tomava tudo até então, mas o barulho pareceu-lhe estrondoso e o pior é que ela não fora a única a ouvi-lo. Um ruído estranho de alguma criatura ecoou lá fora e mais do que esse ruído foi ouvir outra coisa se movendo. E como por efeito dominó, um barulho desencadeou outro.

Algo estava desabando? Ada não sabia.

Ouviu pedaços de metal sendo arrastados, rumores, gemidos, gritos, fiação, como se tudo estivesse ganhando vida, como se tudo houvesse se submetido à uma grande loucura e ela tinha certeza que era agora que sua história estava começava.

* * *

- não sei se é a mesma mulher, mas há relatórios sobre ela em lugares... diversificados. Todos contaminados e destruídos. – Dahlia lhe disse.

-se foram destruídos como tiveram acesso aos relatórios?

-não me venha com essas perguntas, sabe que posso ter acesso a tudo. Eu trabalho com isso, além do mais, não é de hoje que essa mulher tá envolvida com isso. Corporações de todo o mundo a contratam, em especial para furtar alguma coisa. Ela tem uma ótima reputação profissional. Seu nome é...

- eu sei. – John a interrompeu. – tem alguma informação sobre ela e a Umbrella?

-hum... Espere um pouco... Ah, aqui está. Ela se passou por namorada de um cientista chamado... – dahlia sorriu maliciosamente – chamado John...

De fato Ada havia arranjado um namorado com esse nome. Johnathan se lembrava da brincadeira que fizera: “Pensei que fosse o único John na sua vida.”, ele dissera, e com um gesto carinhoso ela respondeu que certamente seria.

- a fim de que? –perguntou.

-eu não sei. Informação ultra-secreta. Se encontrar algo te ligo.

-Ok. A propósito, sabe se ela tem alguma coisa pendente com o governo chinês?

-John, ela está envolvida com tudo quanto é acordo. Sabe como é o mundo da espionagem, não? Além do mais roubou vírus poderosíssimos. Puxa... Devia ter me informado mais sobre ela. Talvez chegue a contratá-la...

-talvez não. É só isso, Dahlia. Se puder me contatar assim que tiver as informações...

-está trabalhando como atirador, não é?

John se surpreendeu.

- como sabe? – perguntou.

Dahlia respondeu maliciosamente:

-eu sempre sei, John, eu sempre sei.

E desligou.
* * *

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