Magnum escrita por Miss Black_Rose


Capítulo 22
Capítulo 22




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Anthony Benson coçou o queixo apreensivo. Há pouco, havia sido contatado pela CIA e enquanto Ryan Munch, seu parceiro, lia todas as informações que havia conseguido sobre o agente chinês dentro do hotel. Ele tentava imaginar o objetivo que o levara a invadir o renomado estabelecimento com um vírus.

- há algo que não cola. – disse à Ryan, enquanto observa a espuma do café se diluindo dentro da xícara entre seus dedos.

- de fato, senhor. Ele já foi um dos nossos, por um breve período, mas já foi. – Ryan empurrou uma pilha de documentos na direção do parceiro, enquanto complementou: - atualmente era atirador de elite do governo chinês. Participou de missões de altos níveis de segurança com sucesso e nunca foi irrepreensível. Seu comportamento sempre foi estável, suas medidas muito práticas e se destacou por ser especialmente meticuloso. Aparentemente, não há nada de errado com ele. – Munch espalhou fotos de Johnathan sobre a mesa. Fotos do dia-a-dia do espião. – e não há nada arquivado que conteste isso.

- e também não há provas de que ele, necessariamente, tenha invadido o hotel.

-Na verdade, senhor, recebemos uma ligação anônima. A descrição bate perfeitamente com a dele, já que há algumas horas ele fugiu da guarda do governo. – Ryan estranhou a afirmação, que deixava explícita o nível sigiloso e fiscalizado da vida do agente. -Ahn...Seu período de trabalho se estende das quatro horas da manhã até as oito horas da noite. De acordo com um contato de dentro do Departamento Secreto Chinês, John Wong descumpriu seu horário. As informações sobre seu paradeiro apareceram somente cinco horas após seu sumiço.

- ligação anônima? – questionou Benson.

- Sim. O indivíduo não quis se identificar, mas disse que presenciou a conversa do agente, identificando a partir dela princípios terroristas. A probabilidade de ser uma chamada falsa seria muito grande, se a polícia chinesa não houvesse sido contatada antes disso. Há aproximadamente uma hora, os corpos de dois policiais foram encontrados no cassino do Hotel por um segurança. De acordo com este, o nível de putrefação dos corpos já estava avançado, porém, os mesmo policiais haviam saído da delegacia há menos de meia hora.

- E com que espécie de vírus estamos lidando?

- Não se faz idéia alguma, senhor. O Departamento de Defesa Biológica foi imediatamente contatado.

- isso torna as coisas mais difíceis. Estamos lidando com um de nós. Se estiver realmente envolvido com terrorismo, aproveitará todas as oportunidades. Mandarim Hotel é um dos mais famosos da região e a importância dos hóspedes também faz jus à sua fama. Provavelmente a mídia também já esteja instalada próxima ao local. Os hóspedes foram retirados?

- não, senhor. O Departamento de Defesa Biológica aconselhou que todos se mantivessem no hall principal do hotel. Não sabemos com o que estamos lidando e, até lá, precisamos descobrir a propagação do suposto vírus. Algumas viaturas estão paradas em todo o quarteirão, para o caso do agente tentar escapar e todos esperam um sinal que comprove que de fato seja um ato terrorista.

Anthony deixou que um certo tom de ironia colorisse seu rosto. Voltando os olhos para a xícara, tomou um gole do café. Ryan sabia que tinha algo à comentar. Sabia exatamente o que se passava em sua cabeça e não deixava de concordar que estavam subestimando o agente dentro do hotel colocando simples viaturas para detê-lo. Mas havia algo de errado em toda aquela história. Algo que o intrigava. John Wong, um agente dotado de renomada reputação, abrira mão de todo o seu crédito diante de seu governo para praticar um ato terrorista, de um dia para o outro, como que selecionado a dedo. Munch ainda se considerava um agente inexperiente, contudo, qualquer pessoa comum poderia deduzir que havia algo armado em toda aquela história, mas que talvez não partisse do espião.

- Não seria muito imprevisível que de fato fosse um ato terrorista. – começou Benson – Mas à mando de quem?

E se levantando da cadeira, com um ar cansado, suspirou:

- vamos perguntar ao nosso próprio terrorista.


* * *


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