Um Amor Reconstruído escrita por mel_cupcup
Notas iniciais do capítulo
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Cap. 5 – Uma nova pessoa
Chegando lá, eu me sentei no restaurante, e vi Patrick comprando um pão de queijo. Fui até lá.
- Oi...
- Oi. – Disse ele, sem se mover nem quase piscar.
- É...você disse que estava com sede. Não vai comprar nada pra beber?
- Eu perdi a sede.
- Ah sim.
- Então...você quer alguma coisa?
- Sim, preciso te dizer uma coisa.
- O quê?
- Não preciso mais de 3 dias. Já sei o que sinto.
- Venha cá. – Enquanto dizia isso me pegou pelo braço e me levou até uma mesinha em frente ao supermercado, do lado de uma floricultura, perto da locadora onde nos esquecemos até de perguntar se eu poderia trabalhar lá.
- Então, diga.
- Então... Quando ia dizer que amava ele mais que tudo na minha vida, o inesperado aconteceu. Uma nova pessoa apareceu. Uma mulher, de olhos verdes e bem claros, cabelo castanho-escuro, pele branca, bem diferente de mim. Cabelos castanho-claros, olhos escuros. Porém, nós duas tínhamos cabelos longos. Bom, Patrick, quando a viu, ficou pálido de repente. A mulher foi falar com ele.
- Olá, Patrick! Há quanto tempo, hã?
- Err...Oi, Sophie. – Ele respondeu, admirando-a. Eu comecei a sentir muito, muito ciúme naquele momento.
- Você está bem? Bons tempos, se lembra?
- Sim...bons tempos. – Disse ele, repetindo o que Sophie dizia. Mas...quando Sophie, uma mulher que eu não conheço definitivamente, ia falar algo, Patrick a interrompeu.
- Então, Sophie, esta é a minha namorada, Natalie! E temos que ir para casa pegar uns...livros! Até mais! – E então quando ouvi as palavras, “namorada”, e “Natalie”, fiquei com muita raiva, embora quisesse muito que ele dissesse aquilo na frente daquela mulher desconhecida. Ele me puxou pelo braço e saiu correndo até o meu apartamento. Eu então tranquei a porta e resolvi começar uma briga.
- Você tem algum problema, Patrick? Quem era aquela mulher? Que papo é esse de namoradinha, hã? Pensa que eu sou uma bonequinha que você pode arrastar para qualquer lugar? Pois está muito, muito enganado! – Respondia, gritando na frente dele.
- Natalie, você não entende. – Me pegou novamente e me puxou até o sofá onde nesse mesmo dia ele havia se sentado assistindo à TV de manhã.
- Ela...a Sophie...é uma velha amiga. Nós estudávamos juntos, acabamos nos apaixonando e vindo morar aqui, em Norte Parado. Nós íamos nos casar quando percebi que ela não era a mulher certa para mim. Quando eu terminei com ela, ela ficou louca, destruiu metade da nossa casa, jogando tudo pelos ares. Eu fiquei assustado, pedi desculpas a ela, tentei de tudo, mas ela saiu correndo pelas escadas chorando. Desde então, nunca mais a vi, mas, depois de alguns dias, ela me mandou uma carta, dizendo que nunca iria me perdoar, e que se voltasse, era melhor eu estar com uma namorada nova, se não, ela iria ficar obrigatoriamente comigo para sempre, e eu não quero isso. Depois, ela nunca mais apareceu, e eu sempre tive medo daquela carta, o que ela dizia, as coisas que a mantinham no meu quarto. Aquela carta, eu só abri uma vez em toda a minha vida, Natalie, por isso, me diga logo que entende isso tudo que aconteceu agora e também a sua decisão sobre nós. – Naquele momento, acho que parei de respirar. Ele teve que me dar um pequeno empurrão para me acordar de verdade.
- E-eu te amo. Demais. Só me diga por quê não nos conhecíamos antes. – Ele ficou tão vermelho aquela hora, que achei que iria desmaiar.
- Eu te amo mais que tudo. E isso só Deus sabe. E eu prometo que nunca mais te chamo de “querida”. Eu juro.
Naquela hora, nos beijamos tanto que eu lembrei de “E o vento levou”, não sei porquê. Foi lindo.
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