Um Amor Reconstruído escrita por mel_cupcup


Capítulo 3
Capítulo 3 - Uma má visão do futuro


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 3 - Uma má visão do futuro.

 

A locadora era muito pouco iluminada. Sentia falta da locadora da esquina da minha casa...Era tão linda, cheia de luz, com flores...mas com filmes tão ridículos e imitados...eu acho que é sempre a mesma história. A garota não é muito popular, se apaixona por um garoto, eles se beijam, brigam, tem uma garota malvada e a “tribo” dela, tem um garoto bem inteligente, e uma garota gordinha. Só. Mais nada além da exata igualdade dentre os outros. Pelo menos naquela locadora tinha bastante filmes, a maioria piratas, e a minoria filmes que eu nunca tinha conhecido antes, e não eram pirateados...Pelo que parecia.

- Natalie, aqui é aonde todo mundo vem, crianças, adolescentes, adultos...já vi até mesmo velhinhos por aqui. –

“Todo mundo vem.” Não tinha quase ninguém naquela cidadezinha. Senti vontade de ir ao banheiro. Fui perguntar ao moço que estava numa estante cheia de filmes em chinês onde ficava o banheiro. Aquele moço deveria ter pouco mais de 40 anos.

 

- Oi, eu gostaria muito de saber onde fica o banheiro. O senhor pode me dizer?

- Olá, bem-vinda ao filmes & CIA! Eu posso lhe dizer sim...

- Natalie. – Respondi.

- Natalie...que belo nome para uma jovem como você!

- Obrigada. – Naquele momento fiquei muito envergonhada.

- Não há de quê, Natalie. Bom, o banheiro fica ali nos fundos, virando à direita, está bem? – Ele estava apontando para uma parede toda descascada pelo tempo, e com um piso todo sujo, com terra, e alguns papéis estranhos. Mais ao fundo tinha uma virada, acho que era para lá.

- Sim, muito obrigada. – Saí correndo de lá, e fui com cuidado até chegar na virada.

 

Depois da virada, havia um piso totalmente diferente do de antes, era um vermelho muito forte. Não gostei nem um pouco. Aquele banheiro era tão velho, que eu nem sabia qual era a porta para homens, e qual era a porta para mulheres. Decidi escolher na sorte, deu na direita. Quando entrei, lá não tinha piso, não tinha nem espelho, mas tinha uma coisa lá, além das privadas. Um cheiro horrível de esgoto. Entrei e saí rapidinho para ver cada privada. Não achei uma sequer que não tivesse gotas de urina, ou baratas mortas no chão. Saí de lá correndo, acabei tropeçando e caindo no piso vermelho que eu não tinha gostado nem um pouco. Patrick estava conversando com o homem que eu havia perguntando onde era o banheiro. Quando Patrick me viu, deixou cair vários filmes da mão, dos quais aposto que queria assistir no hotel. Logo depois, veio correndo me ajudar, gritou tanto o meu nome que eu acho que fiquei surda por uns 5 minutos. Ele começou a falar comigo.

 

- Natalie, você está bem? Por favor, me diga que está bem, por favor. Por favor, responda, fale comigo, por favor! – Dizia Patrick sem parar.

- Calma, Patrick. Eu estou bem, eu só tropecei e caí. Está tudo bem, ouviu?

- Ah Natalie, que bom que está falando comigo! – Disse Patrick, agora todo animado.

Só depois de algum tempo percebemos que estávamos de mãos dadas. Nesse tempo, eu fui soltar a minha mão, e ele pegou de volta. Senti uma coisa muito estranha no coração. Acho que era a falta dos meus pais...comigo. Juntos. Pegamos os filmes que haviam caído rapidamente da mão de Petrick, quando foi me ajudar, e depois pagamos. Combinamos de assistir um no apartamento do outro por 1 semana. Ele disse que o filme de hoje seria: “E o vento levou...”! Eu amava esse filme. Ainda amo.

Quando chegamos no meu apartamento, já era de noite. Então colocamos o filme no DVD e colocamos para rodar. Depois de 2 horas, veio a parte final do filme, a mais linda. Eu estava emocionada, olhei para o Patrick para ver se ele havia dormido, ele também me olhou naquele momento, e então acabou a energia. Eu senti ele olhando bem nos meus olhos, ele foi se aproximando, e então encostou seus lábios nos meus. Foi tão...calmo. Ele me abraçou, e então eu coloquei os braços em volta de seu pescoço, e apertei seus cabelos com força (acho que machuquei ele!) Nunca teria imaginado isso antes. Eu imaginaria estar em casa, com minha mãe e meu pai assistindo um filme comigo, todos juntos. Em família. Mas foi bem ao contrário, fugi de casa e estava no meu apartamento, num sofá velho, com um melhor amigo. Quando parou, começamos a conversar. Acabamos dormindo.

 


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Notas finais do capítulo

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