Um Amor Reconstruído escrita por mel_cupcup


Capítulo 2
Capítulo 2 - Fugindo do Passado


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 2. – Fugindo Do Passado.

 

Quando eu acordei, eram três horas da manhã. Não conseguia mais dormir. E naquele instante, percebi que tinha que abandonar meu passado repentino. Então, fiz minhas malas, decidindo fugir. Desci as escadas com cuidado, e passei pela cozinha, e entrei no meu carro. Decidi ir para uma cidadezinha qualquer, quanto menor e com menor quantidade de pessoas, melhor. Fui seguindo o caminho até a minha escola, e depois de virar várias ruas que eu nunca tinha passado, achei uma no meio do deserto, “Norte Parado, Bem-Vindos!”

Eu achei lá bem estranho, mas mesmo assim, continuei e estacionei meu carro no meio da estrada. E acabei encontrando um posto de gasolina, onde fui andando. Tinha uma funcionária lá. Seu nome era Tina. Decidi falar com ela. Tina era uma moça loira, com batom vermelho, e um gloss todo borrado em torno da boca, tinha um pouco nos dentes dela. Ela deveria ter uns 36 anos.

 

- Oi, eu sou Natalie, eu gostaria de saber onde fica o hotel mais próximo, você sabe?

- Olá Natalie! Meu nome é Tina. Sim, eu sei onde fica um muito bom, aqui do lado mesmo. – Ela apontou o dedo um pouco para o lado do posto, e lá havia algumas casinhas pequeninas.

- Naquelas casinhas? – Eu disse, estranhando que fosse a casa de alguém.

- Sim, aquelas mesmas.

- Ah...muito bem. Obrigada.

- Não há de quê, querida, lá também tem estacionamento, viu?

- Está bem, muito obrigada!

Logo depois, entrei no carro, e estacionei meu carro, saí, e fui em direção ao tal hotel.

 

Dentro do hotel, dentro de um pequeno balcão, tinha um funcionário, talvez até mesmo o dono de lá, por que não tinha realmente quase ninguém no hotel. Ele tinha cabelos curtos, loiro-escuros, e bagunçados. Tinha uma boca longa e rosada, olhos castanho-claros, era da minha altura, e também parecia muito gentil. Fui falar com ele.

 

- Oi, eu sou Natalie, eu estava à procura de um lugar para ficar por uns tempos, então acabei achando esta cidadezinha, e então fui ao posto, e perguntei à Tina, uma funcionária de lá, onde tinha um hotel, o mais próximo possível, e então...aqui estou.

- Oi Natalie, sou Patrick. Você gostaria de uma suíte especial, ou apenas um quarto?

- Qual é o mais barato?

- Se o seu problema é dinheiro, te dou de graça os dois. – Se ofereceu Patrick.

- Ah, o que é isso. Eu posso pagar sim. Eu gostaria de ficar na menor suíte daqui. Qual seria?

- Bom, tem a do número 24, que é para 2 pessoas, e também tem o 03, que é aqui, no primeiro andar. Qual gostaria?

- Eu gostaria muito do número 03.

- Tudo bem, aqui está a chave.

- Muito obrigada, Patrick. Te pago depois, está bem?

- Nada disso, Natalie. Te dei qualquer suíte de graça, aproveite bastante, se precisar de algo, é só discar o ramal 137#, está bem?

- Muito obrigada de verdade, Patrick. Te vejo de manhã então?

- Claro, Natalie. Boa noite.

- Boa noite, Patrick.

 

Então, Fui direto para o meu quarto. Lá tinha uma cozinha toda enfeitada, com azulejos brancos, e móveis lindos. Na sala, tinha uma parede toda pintada de laranja avermelhado, que dava um toque de conforto. E também tinha o quarto, que era todo azul bebê com mechas de azul escuro, um azul que eu adorava. E também havia um pequeno banheiro, com azulejos verdes, um box, uma privada, e também uma pia com um espelho bem grande acima dela. Eu realmente amei meu novo lar.

De manhã, estava um pouco frio, me levantei, e me vesti com uma blusa branca, um moletom amarelo e uma calça jeans. Quando sai do quarto, vi Patrick e então o chamei para conversar.

 

- Bom dia Patrick! – Eu disse cheia de bom humor.

- Bom dia Natalie! – Disse Patrick com muita empolgação com as mãos em cima do balcão onde eu conversara com ele ontem.

- Dormiu bem?

- Sim! Muito bem. E você?

- Muito bem também! Teve algum sonho? – Perguntou Patrick, com uma curiosidade imensa.

- Na verdade, aposto que tive. Mas raramente me lembro deles.

- Ah...certo. – Respondeu ele, perdendo todo aquele entusiasmo.

- Parece triste com a minha resposta. Alguma coisa aconteceu?

- Não...eu estou um pouco mal acostumado com gente nova no hotel...isso deve ser totalmente normal.

- Bom...então está bem. Patrick, posso te fazer uma pergunta?

- Sim! Claro, Natalie – Respondeu Patrick, já se animando com a pergunta que havia feito a ele.

- Tem algum tipo de...trabalho aqui?

- Como assim, Natalie? Quer trabalhar?

- Sim, isso mesmo. Tem algum próximo?

- Bom, tem um no supermercado, e tem um na locadora, que fica um pouco longe daqui.

- Ah, certo. Qual serviria para mim?

- Eu acho que o trabalho do supermercado você ganha mais e tem pouco horário para trabalhar, mas o trabalho da locadora você ganha o bastante para se sustentar e precisam de alguém no caixa. O que é bem legal. Acho que deveria ir na locadora. Mas se precisa de dinheiro e se cansa rápido, pode ir com certeza no supermercado.

- Bom, vou arriscar na locadora...pode ser bom. –Eu disse, dando muitas risadas com Patrick

- Certo...então...quer que eu te acompanhe até lá para tentar a vaga?

- É uma ótima idéia! É muita gentileza sua, Patrick.

- Que nada Lie. Só estou querendo ser um bom amigo!

- Lie? Me deu um apelido? Eu adorei! Nunca tinha recebido um antes! Muito obrigada mesmo. Você é um ótimo amigo...

- Ah...obrigada Natalie, você também é. Mas como gosto tanto do seu nome, vou sempre te chamar de Natalie. É um nome muito lindo. Como sua mãe te chamou assim? – Disse Patrick, já indo até a locadora.

- Bom...na verdade, eu não sei. E...o seu? Como surgiu?

- Ah, eu acho que foi porque o meu pai sempre chamava a minha mãe de Patrick para ela ficar irritada, o nome dela é Patrícia.

- Nome bonito.

- É sim. Sabe, ela sempre ria com ele, e ele com ela. Eles se amavam de verdade mesmo.

- Como assim, eles riam? No passado? Não riam mais hoje em dia?

- Não. Bom, como eu vou saber se eles já... – Patrick ficou triste naquele momento, uma lágrima caiu de seus olhos.

- Ah, eu sinto muito por seus pais, Patrick. Não chore. Minha situação não é pior que a sua, mas também não é nada boa.

- Como assim nada boa? Seus pais estão bem, e vivos não é? Então como sua situação é ruim? – Questionou Patrick.

- A verdade é que...eu não vim aqui à busca de um lugar para morar...a verdade é que eu fugi de casa.

- Natalie! Você não tem noção do quão isso é sério! E arriscado! Você tem que voltar! Seus pais devem estar preocupados e à sua procura! – Disse Patrick, desesperado.

- Não. Você não sabe o que está dizendo, Petrick. Não sabe mesmo. Acredite, porque...meus pais se separaram, e meu pai estava traindo minha mãe há muito tempo, e teve outra filha, com outra mulher. E ele ama mais a filha nova do que a mim!

- Ah...me desculpe, Natalie. Eu sinto muito mesmo.

- Ah...está tudo bem agora. Já estou me acostumando em ficar sozinha.

- Mas você não está sozinha. Eu estou aqui do seu lado, para qualquer coisa que você precisar!

- Ah, Patrick. Não precisa gastar seu tempo ajudando uma garota a superar o que já superou.

- Primeiro, eu gosto muito de você Natalie, você é como uma pedra no meu caminho muito machucada, que está muito ferida, sangrando...precisando de ajuda. E segundo, eu não tenho nada para fazer mesmo.

- A segunda não é bem uma boa razão...mas, eu aceito mesmo assim.

- Aceita o quê?

- Aceito que deve continuar me acompanhando.

 


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Notas finais do capítulo

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