Meu Querido Irmão mais Velho escrita por Laauh_37


Capítulo 17
Eu conheço mais um deus


Notas iniciais do capítulo

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Pode se dizer que a luta foi um pouco equilibrada, mas eu sabia que não tinha chance de vencê-lo.

 

Ele veio para cima de mim começando com um golpe que ele tinha me ensinado antes e eu consegui defender.

 

Ele estava certo novamente. Com duas espadas as opções de golpes eram bem maiores e a defesa era mais fácil.

 

Eu também tentei atacar mais ele defendia com muita perfeição. Eu sabia que perderia então o único pensamento que me ocorreu foi: Que se dane perder, vou dar tudo agora!

 

Então eu ataquei com tudo o que tinha e fiz exatamente o que eu aprendi com ele: improvisar. Isso funcionou, ele não tinha como prever meu golpe se eu inventasse na hora, mas mesmo assim eu não o machuquei. Ele atacava aos poucos tentando não me machucar, mas eu logo me acostumei e consegui me defender perfeitamente. Então ele aumentou a dificuldade dos golpes para eu também começar a lutar mais.

 

Nós começamos a lutar com muita velocidade e eu nem via os movimentos perfeitamente. Mas mesmo assim eu sabia o que estava acontecendo, acho que era meu déficit de atenção. Eu percebia que ele não lutava com tudo o que podia e não gostei disso. Então comecei a pressiona-lo  para que ele lutasse de verdade. E funcionou. Ele começou a usar movimentos mais difíceis de defender.

 

Eu defendia e contra-atacava, ele defendia novamente e contra-atacava e continuamos assim por um tempo.

 

Então eu decidi que não ia ficar lutando até cair de cansaço.

 

Comecei a atacar mais ainda e ele também dificultou para mim.

 

Nossas espadas se chocaram e eu formei um X e ele bloqueou com a espada na horizontal.

 

Assim nós paramos e eu disse arfando:

 

-Adorei fazer isso!- eu disse com um sorriso de canto meio fraco pelo cansaço.

 

Ele sorriu e tirou a espada dele dali dizendo:

 

-Talvez seja melhor você descansar um pouco. Você parece que vai desmaiar a qualquer minuto.

 

Eu mostrei a língua para ele:

 

-Eu já provei que não sou tão fraca assim maninho.

 

Ele riu mais ainda:

 

-Eu sei!- e olhou para a Annabeth que estava com o queixo caído.

 

-Meus deuses! Nunca pensei que eu fosse dizer isso mas, você estava certo Percy!

 

-Eu sei! A Madu tem talento, não é?

 

Eu dei um risinho e peguei uma garrafinha de água que estava em um canto e bebi ela toda em alguns goles.

 

-Eu não quero mais lutar com o Percy!

 

O Percy me olhou com uma cara de : “esta gozando comigo?”

 

-Por quê? Vai dizer que eu não sou um bom professor? Você viu o que você conseguiu fazer?

 

-Você pode me ensinar a hora que quiser e você é um ótimo professor. Mas não tem a mínima graça lutar com alguém se você tem certeza que vai perder. Você nem esta cansado!- eu disse me explicando.

 

Ele bufou:

 

-Esta bem! Então lute com a Annabeth.

 

Então ele sentou no chão um pouco longe de nós.

 

A Annabeth olhou para mim e disse:

 

-Se você me vencer cunhadinha, eu vou ter certeza que você é realmente irmã do maior herói do Olimpo.

 

-E se eu não vencer?- ele deu um sorriso de canto

 

-Ai, você é uma das melhores lutadoras daqui, mas não a melhor.

 

-Então eu não perco nada perdendo. Com o que você vai lutar?- eu percebi que ela não tinha nada nas mãos.

 

-Com minha faca- e ela tirou uma faca que estava escondida no cinto roxo dela.

 

-Gostei do cinto- eu comentei

 

-Obrigada- ela abriu um sorriso e veio pra cima de mim.

 

Eu queria poder que me senti poderosa e tal. Mas não é bem assim.

 

Eu me defendia perfeitamente dos movimentos dela e contra-atacava

rapidamente. Eu precisaria só de um golpe de sorte para vencê-la. Eu forcei bastante a base da faca dela e ela quase caiu, mas logo se recuperou e contra-atacou. Daquele movimento eu não me defendi muito bem e ela acabou conseguindo me tirar uma das espadas. Essa voou para uns sete passos de mim. Eu não conseguiria pegar de volta tão facilmente e não conseguiria me manter somente com uma.

 

Então eu tive uma ideia meio impossível, mas era minha única chance.

 

Eu continuei com uma só fingindo não me  importar com aquela caída no chão. Eu fiz um movimento em direção ao seu ombro e quando ela foi defender eu fiz um movimento rápido acertando o outro braço dela. E com a distração que ela teve, chutei-a e ela caiu longe o suficiente para eu pegar a espada caída.

 

Mas como ela estava um pouco longe demais, não daria tempo para pegar e ainda me defender da Annabeth braba vindo em minha direção. Então, como eu era muito boa em cambalhotas e coisas do gênero, eu dei três mortais para traz alcançando minha espada caída e caindo virada e preparada para o ataque de Annabeth.

 

Ela me golpeou no braço esquerdo mas eu desviei fazendo a faca dela voar e minhas espadas se posicionarem no pescoço dela. Ela me olhou assustada, mas depois deu um sorrisinho e disse:

 

-Parabéns! Você é incrível! Olha que eu não digo isso para ninguém.- disse ofegante.

 

Eu tirei as espadas do pescoço dela ofegante também. Quando me virei eu vi quase todo o acampamento olhando para mim com os queixos caídos formando um “O” perfeito. Dava para ouvir os murmúrios dizendo coisas do tipo:

 

-Como é tão forte?

 

-Ela é incrível!

 

-Como ela conseguiu ganhar da Annabeth e ainda se manter em pé lutando com o Percy? Ninguém consegue lutar com ele mais de dez segundos mesmo com ele brincando!

 

Meu irmão olhava orgulhoso para mim e levantou e veio falar comigo e com a Annabeth que estava um pouco perplexa por ter perdido.

 

-Madu! É isso ai- ele repetiu- você venceu a Annabeth! Eu não falei que você iria ser uma das melhores daqui?

 

-Falou- eu disse com um sorriso bobo no rosto- mas se eu estivesse com uma espada só ou uma faca como ela eu teria perdido em alguns segundo.

 

-Mas você venceu-ele disse revirando os olhos- mas eu espero que essa vitória não suba a sua cabeça!- ele disse fazendo de conta que me dava uma bronca

 

Eu ri e ele também, e em um momento sincero eu o abracei com força. Ele também me abraçou e por um momento eu esqueci tudo e todos. Eu estava com meu irmão me protegendo e era isso que importava.

 

Quando nos soltamos ouvimos um som de trombeta  soar e a maioria das campistas que estavam ali se dirigiram ao refeitório.

 

-Hora da janta! –disse Annabeth já feliz novamente

 

-Vão indo na frente, eu quero beber um pouco de água e depois vou atrás. – eu disse calmamente

 

-Não demore se não Quiron fica bravo!- Percy disse pegando a mão de Annabeth e a puxando para o refeitório

 

Eu pude observar eles andando juntos de mãos dadas. Era uma cena muito bonita. Eles as vezes paravam e se beijavam apaixonadamente. O Percy passava as mãos pela cintura dela e ela colocava os braços em roda do pescoço dele e eles ficavam se beijando por um tempo que eu não aguentaria por falta de ar. Depois que eles finalmente chegaram no refeitório eu me virei e fui beber água.

 

Eu estava jogando água no rosto para revigorar minhas energias quando uma raiva me tomou por inteira e eu tive vontade de “socar” o primeiro que visse.

 

Eu me virei e vi um homem musculoso e cheio de cicatrizes que pareciam ser de várias guerras.

 

-Olá Maria!

 

Eu cerrei os punhos e rangi os dentes:

 

-É Madu seu esquisitão!

 

-Calma- ele disse num tom divertido- eu sou Ares.

 

-Tipo o deus da guerra?- eu disse com um ponto de interrogação na cabeça

 

-Não, o deus das crianças- disse ele com sarcasmo- é claro que sou o deus da guerra!

 

-Não fala comigo assim! Eu não tenho medo de morrer!

 

Ele riu muito.

 

-Eu queria que você fosse minha filha garota. Você é forte, boa em batalha e muito corajosa.

 

-Eu não sou tão corajosa assim, só estou te desafiando desse jeito porque você esta fazendo isso comigo!

 

-É uma pena que você nasceu filha do velho de barba e irmão daquele idiota do Perceu. Você poderia ser alguém bem melhor sendo minha filha- disse ele se perdendo nos devaneios.

 

Dessa eu tive que rir.

 

-Claro, eu sua filha? Nossa, isso seria muito possível- eu disse com muito sarcasmo

 

-E por que não semideusa?

 

-Em primeiro lugar eu sou bonita e não poderia ser sua filha- eu disse já me achando- em segundo eu sou delicada e tenho um físico que não é muito do tipo brutamontes!

 

-Ei! Isso foi uma ofensa?

 

-Não, foi um elogio- eu disse com sarcasmo novamente- não me enche a paciência!

 

E me virei e fui em direção ao refeitório. Cheguei na mesa de Poseidon e Percy estava perdido no olhar de Annabeth que estava do outro lado do lugar.

 

-Percy!- o chamei

 

Ele quase pulou de susto e eu ri muito com isso.

 

-Que susto! Senta logo.- disse ele emburrado

 

Eu me sentei e disse:

 

-Preciso te contar uma coisa!


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Notas finais do capítulo

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