Miss Self Destruct escrita por LauraXx23


Capítulo 3
La Petit Mort


Notas iniciais do capítulo

A Pansy não é chamada de auto-destrutiva só porque eu acho bonitinho não, ela É realmente auto-destrutiva, ao menos na minha fic.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/93365/chapter/3

-Você esta me machucando. – Tentei puxar meu braço para me soltar, mas o aperto era muito forte.

Ele então parou de andar e se virou para mim me olhando nos olhos.

-Você fez com que a sonserina perdesse duzentos pontos, estamos abaixo da Lufa-Lufa – Snape me disse com ódio na voz, era quase um sussurro, mas mesmo assim seria de assustar se não tivesse tanta raiva dele . – Se não conseguirmos a taça das casas a culpa será sua, senhorita Parkinson.

Ele ainda apertava meu braço com força quando voltou a me puxar apressado pelos corredores do castelo até as masmorras. Eu fiquei feliz por quase todos os alunos estarem fazendo as provas porque assim ninguém veria a cena humilhante que ele me fazia passar.

Pansy Parkinson sendo tratada como um animalzinho por um professor! Alguém tão inferior quanto um professor, que sem a contribuição de meus pais mal teria trabalho, assim que isso acabar mandarei uma carta para papai ordenando a expulsão desse professorzinho imprestável!

A porta da sala de poções foi aberta com brutalidade e Severus me lançou no primeiro banco da ultima fileira e eu por pouco não cai de bunda no chão, mas o tranco com a cadeira me fez sentir dor na lombar. Com um movimento de varinha do professor, diversos matérias e um caldeirão ao fogo surgiram em minha frente, ele começou a escrever o passo a passo da poção no quadro negro, o ódio com que escrevia fazia com que sua letra se tornasse praticamente ilegível.

Até parece que eu vou preparar uma poção para ajudar aquela sangue ruim nojenta, prefiro morrer... Ou matá-la. Okay forcei meus olhos para tentar entender o que estava escrito no quadro sangue de dragão... que ironia. Vísceras de hipogrifo, unha de harpia, bezoar, chifre de unicórnio e pedra da lua. Procurei me lembrar que tipos de venenos poderiam ser feitos com aquela mistura, mamãe me ensinara a preparar os mais diversos tipos de venenos quando criança, ela dizia que poderia vir a ser útil na minha vida de casada. Então me lembrei. Sangue de dragão, misturado com sangue humano retirado por três unhas de harpias e raspas de ouro davam um veneno incolor que era muito usado em sucos e bebidas.

Assim que Snape terminou de escrever e me mandou iniciar o preparo da poção eu peguei uma das garras de harpia e arranhei minha pele da parte de cima da mão, onde a pele é muito fina e sangra muito, até que filetes de sangue começasse a aparecer no lugar, um pouco de ardência surgiu junto ao sangue, mas eu podia agüentar, então sujei as garras de sangue e coloquei-as no caldeirão, junto ao sangue de dragão. Depois tirei um galeão de meu bolso, que sempre ficava ali em caso de chantagem , e com a varinha murmurei um feitiço que fez com que o galeão se desfizesse em pedaços e então o misturei a poção. Uma nuvem verde subiu do caldeirão se transformando depois em branca brilhante, os outros ingredientes que não foram usados guardei no bolso de minha roupa.

Essa Granger esta me custando muito caro, espero que ela morra dessa vez.

-Terminei, posso ir agora?- Não podia esperar nem mais uma minuto para me ver livra daquele tormento.

Snape se levantou do banco no qual estava sentado enquanto esperava que eu terminasse e veio em minha direção.

-Hum... – ele observava a poção de tal modo que parecia saber que estava errada. – Experimente. – Ele disse e eu devo ter feito a cara mais horrorizada do mundo, pois ele completou. – Se tiver preparado a poção certa ela apenas lhe fará com que se lembre de coisas que se esqueceu como momentos da infância... Ou bons modos.... Mas se a poção estiver errada, como creio que está, você sabe o que vai acontecer, não é? Então, o que vai ser? Devo limpar seu caldeirão?

Maldito, como ele sabia? Não, eu me recuso a fazer isso, me recuso a ajuda-la. Ele não me dava outra escolha a não ser...

O corte na minha mão ardia. Eu, sem pensar, peguei a colher de madeira que usara para mexer a poção, peguei um pouco do liquido e o engoli. Naquele instante não senti nada de diferente, esperava que os efeitos do veneno não aparecessem até que eu saísse da sala aí poderia ingerir um bezoar e Granger nunca saberia o que matou-a. Snape me olhava com uma cara estranha, parecia pavor ou algo parecido. Os alunos começaram a fazer barulho no corredor do lado de fora da sala.

-Então, professor Snape, podemos curar a sangue...- Os barulhos se dissipavam enquanto eu falava, me sentia fraca e a luz foi se perdendo aos poucos, eu senti o encontro do meu corpo com o chão frio das masmorras, uma mão mais gelada que o chão em meu corpo me levantando do chão e depois disso não me lembro de mais nada.

Acordei três semanas depois em meu quarto sozinha.

Eu deveria estar na enfermaria, não? Quanto tempo se passou? Eca, eu preciso de um banho!Levantei da cama, meus joelhos se dobraram quando me levantei da cama e por pouco não cai de cara no chão.Legal, ainda to fraca. Não, Pansy Parkinson não é fraca. Levante-se. me forcei a levantar e da segunda vez foi mais fácil. Demorei mais tempo que o normal para chegar a porta do banheiro, mas cheguei. Liguei o chuveiro, tirei minhas roupas e me olhei no espelho. Você esta horrível, Pansy. E de fato estava, a pele ainda mais branca que o normal e as olheiras mais fundas davam-me um ar doente. Pansy Parkinson não fica doente, nada me enfraquece. O cabelo desarrumado e sem brilho, a imagem de tamanha vulnerabilidade me dava nojo. Fechei então o punho e com a maior força que consegui soquei o espelho. O vidro quebrado feriu os nós de meus dedos. Sangue começou a aparecer, a mão começou a arder e a sensação era prazerosa como se eu nunca mais fosse ser fraca, como se fosse indestrutível, nada podia me ferir a não ser eu mesma. E o sangue... Ah, o sangue, sangue puro e belo sangue. Um desperdício de sangue puro e perfeito. levei a mão a boca e passei a língua acima das feridas fazendo com que elas ardessem, o gosto ferroso de sangue pode ser sentido por minha língua. Era tão bom, tão puro, me dava vontade de rir. E de fato eu ri enquanto ia para o chuveiro tomar banho. A água limpava a ferida deixando o chão preto sujo de sangue. Desperdício.

Quando sai do chuveiro, procurei minha varinha acima da bancada para me secar e me trocar, mas então vi as roupas antigas que usava no chão e lembrei-me que não sabia onde havia deixado minha varinha. Abri a porta do banheiro que dava para o quarto para ver se encontrava o tão necessário objeto, não me secava naturalmente fazia tanto tempo que nem sabia mais se tinha uma toalha. O sangue pingava da minha mão para o chão e eu não me importava mais. Que o sangue banhasse o chão, sonserina é pureza do chão ao teto. Quando finalmente ia saindo do banheiro dei um berro ao notar que Snape estava parado na porta do meu quarto junto a Draco e Blaise, os três me olharam dos pés à cabeça, é claro que os dois últimos já haviam me visto sem roupa, mas nunca os dois ao mesmo tempo e nem o professor.

-O que vocês estão fazendo aqui? – gritei para eles enquanto me abaixava para pegar a antiga roupa que tinha deixado no chão do banheiro. Snape apontou para a mesinha de cabeceira como se soubesse que eu procurava minha varinha. Peguei-a e com um movimento me sequei e me vesti.

- O que houve com a sua mão? – Blaise perguntou,de todos ele sempre fora o que mais se preocupara comigo. Ele veio em minha direção, mas eu a escondi nas minhas costas para que ele não a visse. Então ele olhou para o lado onde ficava o banheiro.- O que houve com o espelho?

Eu não queria responder perguntas e nem tinha que, quem tinha que responder era um certo professor.

-O que houve comigo é o que eu quero saber. Draco, Blaise, saiam daqui, depois eu falo com os dois.-  Blaise tentou argumentar, mas Draco o puxou pelo braço, eles sabiam que era melhor não me desobedecerem, isso só faria com que eu começasse a gritar com eles. – Por que eu estou no meu quarto e não em um hospital? O que você fez comigo?

A cara de Snape era uma mascara de indiferença que com o tempo eu aprenderia a admirar e invejar, mas que agora só me dava raiva e vontade de socá-lo.

-Bom, provavelmente muito menos do que você fez a si mesma. Por que fez aquilo?Sente prazer na auto destruição, Pansy?- Era uma pergunta retórica, depois de tudo o que ele me viu fazendo duvidava que ele fosse perguntar isso sem saber a resposta.- Então não vai gostar de saber que eu te salvei. O bezoar em seu bolso que você não usou. Preparei uma nova poção para a senhorita Granger e lhe trouxe para seu quarto, tamanha demonstração de rebeldia desnecessária como a que a senhorita demonstrou só fariam com que a casa perdesse mais pontos.

Claro, ele só se importava como os pontos da maldita casa. Babaca egoísta!

- Então o que faz aqui agora? Pode ir embora, não preciso mais de você, se não vê não estou mais tentando me matar!

Ele olhou para meu braço ainda escondido em minhas costas e um sorriso de escárnio surgiu em seu rosto.

-Não é o que parece. Mas quanto a sua pergunta, eu estou aqui para lhe informar que recebi uma carta de sua mãe, ela acabou de ter o bebê e quer que você vá visitá-la esse final de semana. Como você precisa da supervisão de um adulto para ir até lá já que não pode aparatar e não tem ninguém para vir te buscar terei que ir com você. Eu e sua mãe fomos companheiros de casa no colégio e ela me convidou para passar o final de semana lá com vocês, então arrume suas malas que vamos sair em meia hora.

Era muita informação. Eu tinha acabado de acordar de uma semi tentativa de suicídio e já ia em direção a minha a minha morte? Passar o final de semana com um professor e minha mãe era motivo de suicídio por completo.

Snape se virou e saiu de meu quarto antes que eu pudesse responder. Cai sentada na cama e então a porta voltou a se abrir de novo de dela entraram Draco e Blaise. Os dois me abraçaram um de cada lado e se sentaram comigo.

-Você vai? Quero dizer, sua mãe é um trasgo e seu padrasto um pirado, tem certeza que quer ir? – Draco me perguntou sussurrando em meu ouvido enquanto seu nariz roçava em meu pescoço. – Você poderia ficar aqui com a gente.

-É, Pansy, você não tem que ir. – Blaise estava em meu outro ouvido.Os dois parecem dois diabinhos sussurrando para mim fazer algo que eu quero, mas que sei que não posso. As mãos de Blaise passavam por meu joelho e iam subindo até a minha coxa devagar enquanto as de Draco passavam por minha barriga e subiam para meus peitos.  Os dois sabiam um do outro, mas na relação que tínhamos não existia amor, apenas sexo em sua forma mais física e ninguém pedia por nada mais.- Nós podemos fazer coisas muito boas juntos... Ou muito ruins se preferir.

A língua de Blaise passou por minha orelha e eu levantei rapidamente, se ficasse mais um minuto ali não me controlaria, eu precisava ir para garantir que a herança de meu pai ainda me pertenceria e não seria roubada por minha mãe e dada para o novo monstrinho dela.

-Não da pessoal, eu tenho que ir, quando eu voltar sou toda de vocês para o que quiserem, mas... Eu tenho que ir.-Balancei minha varinha enquanto viu a cara de Draco e Blaise de cachorrinhos carente eminhas roupas se arrumaram no malão que se fechou sozinho depois de cheio, dei um beijo em cada um dos garotos e sai do quarto.- O ultimo a sair apaga a luz.

Gritei antes de sair do salão comunal para encontrar um Snape carrancudo do lado de fora. As malas dele eram bem menores que as minhas, era pretas com S.P.S. escrito em prata enquanto as minhas eram grandes e verdes com Pansy Parkinson escrito em uma letra meio caiada e cheia de voltas em ouro branco. Tivemos que andar até Hogsmead para podermos aparatar e eu me amaldiçoei por ter escolhido uma mala tão grande.

Quando chegamos ao vilarejo ele me deu o braço para que eu segurasse e aparatamos. Eu já havia feito muito isso com meu pai, mas sempre me sentia enjoada quando fazia.

Aparatamos na frente da casa de meus pais, a casa tinha sido deixada de herança pelo meu pai para mim, mas minha mãe usava-a dizendo que nada daquilo era de meu direito porque não tinha sido eu que tinha aturado-o durante anos. A casa na verdade era um antigo castelo que tinha pertencido a linhagem de meu pai desde... sempre. Seu interior era no estilo vitoriano com toda a decoração em verde, prata e madeira. O rosto de Snape pareceu um pouco abestalhado quando viu o castelo, então andamos até a porta de entrada e eu a abri para ele, era costume o dono da casa abrir as portas para a visita e eu era a dona da casa não importava o que minha mãe dissesse.

Quando entramos a primeira coisa que ouvimos foi o bebê gritando, minha mãe gritando mais alto ainda com ele, o senhor Reznor gritando com ela por gritar com o bebê e ela o xingando por gritar com ela. Me virei para Snape para pedir desculpas, envergonhada por minha mãe, mas em seu rosto tinha um sorriso perfeito e verdadeiro como se lembrasse de algo do passado que sentia falta.

-Sua mãe não mudou nada.- ele me disse. Snape parecia muito mais feliz agora e de fato ele era bem diferente fora do colégio, parecia até uma pessoa agradável. – Sarah, pare de gritar com tudo o que se move!

Okay, o que esta acontecendo aqui? Snape gritando com a minha mãe e chamando-a pelo nome? Nem eu podia chamá-la pelo nome! E se alguém desse uma ordem a ela morria ou era no mínimo torturado!

Minha mãe parara de grita então Snape largou sua mala no chão e entrou na casa como se isso fosse normal.

Querido, você é um convidado e eu ainda quero que seja demitido, não entre em minha casa como se fosse bem vindo aqui!

-Severus Snape, como sempre dando ordens ao vento, sabe que não me importo com o que você é em Hogwarts, aqui você não manda em nada e eu crio meu filho do jeito que eu quiser. Falando nisso, você trouxe a menina?

Ao menos ela lembrava o meu sexo...

Larguei minha mala no chão também e fui para a sala onde todos estavam reunidos, minha mãe era igual a mim, as únicas coisas que mudavam era que ao invés de loiros como os meus, seus cabelos eram pretos como carvão e seus olhos não eram castanhos, eram verdes esmeraldas, verdes sonserina, seu corpo, dava para ver pelo pijama verde translucido que combinava com seus olhos, era muito parecido com o meu e mesmo depois de ter tido um filho ela ainda se mantinha magérrima. Ela estava do lado do senhor Reznor e juntos eles pareciam um casal de capa de revista muggle. Ele era alto, como cabelos pretos, mandíbula forte, olhos cinzas como grafite e pele branca como a minha e a de minha mãe. Vestia terno como sempre o que o fazia parecer o homem importante de negócios que ele realmente era.O senhor Reznor era um homem realmente bonito e o bebê no berço tinha muito dele em seus traços.

-Olá, senhora. –Eu disse para minha mãe, ela me fazia me comportar como uma escrava, mas eu sempre tivera mais facilidade de manipular os homens.- Olá, senhor Reznor, parabéns pelo menino.- Dei meu sorriso mais aberto e sincero, enquanto o senhor Reznor se sentisse atraído por mim ele faria tudo o que eu queria, sempre fora assim, desde que minha mãe o conhecera eu o tentava para conseguir o que queria.

-É, é, é, muito educadinha você, agora saia da minha frente. Depois temos que conversar sobre sua herança. Cale a boca seu bebê dos infernos. – Minha mãe gritou então pegou uma garrafa de firewhisky e bebeu-a de gargalo enquanto todos a olhavam. – Eu mereço. Sai da minha frente agora!

Ela gritou enquanto eu ia para o meu quarto, desde que meu pai morrera ela me tratava assim, eu era o único obstáculo entre ela e a herança dele e isso dava raiva a ela.

Típico de mamãe beber mesmo sem poder, fico impressionada do senhor Reznor deixá-la fazer isso. Ela já deve ter quebrado muitos copos na cabeça dele... Talvez ele me visite essa noite e eu possa contar-lhe tudo o que tem acontecido...Mas antes eu preciso sair.

Fui para o meu quarto, no terceiro andar, e troquei minhas roupas vestindo minhas roupas de festa. Um vestido com um decote que ia até o meu umbigo e que terminava antes do meio da minha coxa, ele era verde com cristais presos, peguei meu colar de esmeralda com formato de cobra e o coloquei junto com a pulseira que ele fazia par, um stiletto preto e uma bolsa Prada para arrematar. Peguei meu celular trouxa em cima da cama e fui para o quarto dos meus pais, tirei duzentos euros da bolsa de minha mãe e desci as escadas. Eu não odiava o mundo trouxa, ele era muito bom de se viver, meus pais lucravam com ele e eu também, o que eu odiava eram pessoas nascidas trouxas que se tornavam bruxas, esses não tinham direito de freqüentar Hogwarts.

Quando cheguei na sala onde todos estavam vi minha mãe já com a garrafa no meio segurando o bebê enquanto o senhor Reznor tentava tirar seu herdeiro do colo daquela maluca.

As vezes eu acho que o senhor Reznor só esta com mamãe por minha causa... Que assim seja.

Sorri feliz com o pensamento.

-Vou fazer o que a senhora me mandou e vou sair da sua vista pelo resto da noite. Tudo bem, senhor Reznor?

-Isso, faça isso, vá para o puteiro ganhar algum dinheiro, essa sua roupa de vagabunda é bem a sua cara. Me de meu bebê. – Mamãe gritou para o Reznor enquanto ele pegava a varinha e lançava um feitiço calmante na mulher.

-Por favor, Severus, poderia acompanhar Pansy? Não quero que ela se meta em problemas.-Você não quer que eu foda com ninguém que não seja você.Eu não tinha notado Snape sentado em uma poltrona no canto vendo a cena de minha mãe, ele parecia conhecê-la bem o suficiente para saber que não adiantava fazer nada. – Por favor, pegue umas roupas minhas emprestadas lá em cima, se bem conheço minha enteada você precisara de um Armani para entrar no La petite mort. Um elfo lhe dará as roupas.

He, eu sabia que ele andava me seguindo, espero que ele tivesse visto o que eu fazia no bar.

Snape subiu as escadas junto à um elfo domestico e quando desapareceu de vista o senhor Reznor veio para mais perto de mim. Mamãe estava inconsciente em um sofá, ela ficava bela enquanto dormia, mas acordada era um trasgo. As mãos de Reznor passaram pelo meu decote enquanto eu ficava parada encarando o chão, os dedos mornos dele passavam pela minha pele fria e a sensação era ótima, do umbigo subiu até meu seio esquerdo e ali parou massageando-o enquanto com a outra mão ele levantava meu rosto e me beijava, os lábios se encostavam primeiramente de forma delicada, mas assim que eles se abriram e nossas línguas começaram a dançar uma dentro da boca do outro o beijo se tornou mais violento como se ele não fizesse isso a muito tempo e eu não duvidava que fosse verdade. A mão dele que estava em meu seio desceu por minha cintura até chegar em minha bunda e ele a apertou e me puxou para mais perto dele para que nossos corpos estivessem totalmente conectado um do outro. Eu pressionei com mais força do que ele pedia meu quadril contra o dele enquanto eu invadia sua blusa com minhas mãos arranhando-o por baixo dela. Eu podia senti-lo ficando cada vez mais excitado, sua boca abandonou a minha e ele deu uma leve mordida em meu pescoço e depois um beijo e então desceu beijando e mordendo cada pedaço de carne que encontrava até chegar ao meu peito e a ele deu uma atenção especial , mordendo-o com mais força do que havia feito ate ali fazendo com que eu gemesse baixo. Mas então ele se separou de mim e me encarou assim que os barulhos na escada começaram a surgir sinalizando que Snape estava descendo-as.

-Não va para La petite Mort, Pansy, não quero você naquele lugar.- Senhor Reznor me implorou. – Quanto você quer?

-Eu não sou sua, senhor Reznor, e eu gosto de lá, são todos uma família. E você sabe que o com ou sem Snape eu vou fazer o que sempre faço lá.- Eu dei um ultimo beijo nos lábios de meu padrasto antes que Snape entrasse na sala.Ele usava uma blusa preta com uma calça preta, a cor habitual não havia mudado, mas ele estava impressionante usando roupas de grife – Uau, eu tenho um segurança particular. Vou pegar o carro, Senhor Reznor.

Ouvi Snape e Reznor bufando ao mesmo tempo enquanto eu saia da sala. Peguei a chave da Ferrari na entrada da garagem e a destranquei.

-Sabe- disse assim que Snape entrou no carro.- Eu não tenho carteira.- Olhei para seu rosto só para ver sua reação, mas ele não havia demonstrado sentimento nenhum então eu completei. –Estou brincando.

Por quase toda a viagem de carro ele permanecera em silencio, pensativo, mas quando estávamos quase chegando ele quebrou o silencio.

-O que é La Petite Mort?

-La Petite Mort. A pequena morte. É uma metáfora para orgasmo. É uma boate que eu freqüento desde... Muito tempo...O pessoal lá é legal e se você for mulher e souber o que fazer pode descolar uma grana. A maioria das pessoas que freqüentam essa boate são pessoas influentes no mundo dos negócios, magnatas, ou às vezes traficantes de armas e drogas.  Você precisa ter pelo menos dez zeros na conta bancaria para poder entrar. Fica tranqüilo, você tá comigo e eles vão te deixar entrar.

Desliguei o carro quando chegamos, La petite Mort era galpão velho perdido no meio de lugar nenhum. Saltei do carro e o tranquei assim que Snape fechou a porta. Meu salto afundava na grama então lancei um feitiço nele para que não fizesse mais isso. Na porta do galpão um segurança com uma M16 e cara de poucos amigos me avistou de longe apontando a arma para mim e para Snape.

-Parada aí. –Ele disse.- Qual a senha?

-Vai se fuder, Brian, que tal essa? – Um tiro foi disparado na nossa direção, mas não acertou nenhum de nós, eu procurei ao máximo no me mover e esperava que Snape fizesse o mesmo.

-Sempre engraçadinha, não é, Pansy? Entra logo, Pietro precisa de você, uma das mulheres faltou e acho que hoje você não vai dançar no chão com os outros. Quem é o seu amiguinho, hein? E o que ele esta segurando? –Brian ainda apontava a arma para Snape e quando olhei para ele notei que o professor segurava sua varinha com força na direção do homem.

-Esquece ele, Brian, é só um segurança que papai colocou pra me segui. Como tá o publico?

-Bom o Mark e o Kaiba estão aí dentro, talvez você descole umas drogas, Mikael também e ele trouxe umas pedras que você vai gostar, o resto é tudo político com dinheiro. Vai se divertir, garota, e não se esquece do meus dez por cento.

-Pode deixar. – Des dos quatorze anos eu frequento essa boate, a primeira vez que vim, com uma amiga, Brian me barrou na porta por minha idade, mas prometi dez por cento de tudo o que ganhasse e dês desse dia ele me deixa entrar sem se importar com minha idade.

Dentro o galpão era um enorme quadrado, a sua volta eram áreas Vips com sofás vermelhos sangue e cortinas grossas para impedir que se visse o que ocorria dentro dessas áreas, tudo era iluminado com uma luz vermelha fraca para dar a impressão de inferno,  a pista de dança no centro era cortada por luzes brilhantes, jatos de fogo e algumas mulheres vestida de demônios seminuas se apresentavam  e se exibiam em passarelas que ficavam no meio da pista enquanto os homens as rodeavam dando dinheiro para elas. Havia um segundo andar onde ficavam os quartos caso fosse necessário, tinham janelas nesse andar onde mais mulheres com roupas estranhas de demônio se apresentavam junto a anjas seminuas sendo torturadas, de tempo em tempo um grito de terror cortava o galpão para representar mais uma alma indo para o inferno. Era o tipo de boate que eu adorava. Mas Snape não parecia muito feliz com o lugar.

-Vai se divertir, Snape, eu preciso encontrar um amigo.

Sai antes que ele pudesse dizer que tinha que ficar comigo ou me seguisse. Me desviei de todos na pista de dança até chegar do outro lado onde tinha um espelho que ia do chão ao teto, eu o empurrei para o lado e entrei no espaço que se formou. Era um cubículo que permitia no máximo uma pessoa magra, atrás de mim o espelho porta e na minha frente uma porta de mogno na qual eu bati três vezes.

-Pode entrar . – Ouvi Pietro dizendo de dentro da sala e eu entrei. A sala era enorme, parecia uma casa, o som do lado de fora não entrava graças as grossas paredes, tinha um sofá confortável no canto de couro preto, uma mesa de madeira assim como uma cadeira também de couro preta atrás dela. Tinha um minibar com todos os tipo de bebidas servidos na boate, uma televisão , uma arara de roupas, uma porta para um banheiro particular uma mulher caída em uma cadeira na frente da mesa.- Ah, minha salvação, linda como sempre.- Pietro era um homem de trinta anos, seu rosto não deixava esconder sua descendência italiana, tinha barba por fazer, cabelos claros e olhos mel assim como a pele.  Ele veio até mim e me beijou na bochecha.- Pode fazer um favor por mim, Pansy, querida? Precisamos de uma mulher infernal, Katrina esta grávida e a substituta dela não apareceu hoje, eu ia procurar alguém, mas não tive tempo. Você se importaria?  Eu pago.

-Fala sério, Pietro, você sabe que não precisa nem perguntar, adoro ser a mulher infernal! Onde está a fantasia?

Ele foi até a arara de roupas e pegou a fantasia e me deu.

-Você sabe que quando tiver idade suficiente vai trabalhar pra mim como mulher infernal, não é?

-Será uma honra trabalhar pra você.

Peguei a fantasia e comecei a me trocar no meio da sala de Pietro, ele já havia visto todos os tipos de mulheres nesse mundo e conhecia mais o corpo feminino que um médico, não me sentia nem um pouco envergonhada de me despir na frente dele. A roupa de mulher infernal era apenas uma faixa vermelha que cobria os seios, dava uma volta pela barriga, tapava a virilha, mas deixava minha bunda completamente exposta sendo tapada apenas por um fio dental, e ia se enrolando por uma das pernas, não se usava sapatos nessa fantasia.Quando eu terminei de me vestir, Pietro abriu um sorriso de gato de Alice, cutucou a mulher caída na cadeira que acordou num pulo assustada e começou a gritar com ela em italiano. A mulher me olhou sorrindo com cara de sono, pegou uma escova de cabelo, gel e um pouco de maquiagem e começou a me arrumar.

-É hora do show, querido. – Sorri para Pietro com minha cara mais demoníaca e fomos nós dois para fora até a parte de trás do palco.

Todas as luzes se apagaram, um ultimo grito correu o salão, mas dessa vez não era um grito no auto falante, era eu gritando com ódio, fogo surgiu em volta do palco ao meu lado e todos se reuniram para me assistir, vi Snape de relance apenas uma vez. Mulheres fantasiadas de anjas apareceram ao meu lado e eu encenei uma luta com elas, até que uma, a única anja vestida diferente que era para ser a ‘deusa’ chegou perto de mim, encenamos um beijo que fez com que os homens gritassem enquanto uma das mulheres fantasiadas de demônio me dava um punhal de plástico que eu fingia cravar nas costas da deusa e ela caia no chão rodeada de sangue falso. Mais um grito dos homens que assistiam, então eu dançava exibindo o punhal para todos e lambia o sangue falso na lâmina que era na verdade uma massa sem gosto pintada de vermelho,  a arma era entregue a uma das outras dançarinas que continuava a luta atrás de mim do céu contra o inferno enquanto eu andava por uma passarela.

-Nien! Ich muss zerstören! (Não! Eu preciso destruir)– Eu gritei para todos, as garrafas que estavam em cima da passarela eu empurrava enquanto andava na direção de três pessoas que eu conhecia muito bem: Mark, Kaiba e Mikael. Parei na frente de Mark e falei pra ele o mais sexy que pude. - Bitte Bitte, geb' mir Gift (por favor, por favor, me de veneno).

Quando se é a mulher infernal só se pode falar em latim então existem algumas frases que são importantes você saber, outras estão apenas no roteiro. Mark sabia do que eu estava falando, ele pegou uma seringa com heroína do bolso de seu palito e gritou para eu poder ouvir apesar do som.

-Faça por merecer.

Então eu me abaixei e o segurei pela gravata, puxei-o para mais perto o posicionando perto de meu corpo, lambi o ar em sua frente e depois o empurrei, eu teria caído no chão não fosse Kaiba e Mikael o segurando. Peguei uma garrafa de whisky que estava no chão e bebi um pouco me virando ficando de costa para que eles vissem minha bunda então me virei de novo ficando de frente para Mark e levantei minha perna colocando meu dedo em sua boca e então joguei o whisky pelo meu corpo e por minha perna fazendo com que descesse até a boca dele, ele bebeu tudo e então eu me abaixei para ficar na altura dele e estendi  meu  braço para ele. O homem enrolou a gravata na parte de cima de meu braço e quando ia começar a injetar a droga em minha veia, ele caiu no chão, todos ficaram paralisados sem saber o que acontecera, mas então eu vi Snape segurando sua varinha, desci do palco e corri ate ele dando-lhe um tapa na cara.

-O que você fez? Ele era meu melhor cliente! Não tinha que fazer isso!

Ele me segurou pelo braço sem falar nada e me tirou do galpão, Brian apontou a arma para ele e mandou que ele me soltasse, mas o professor também o amaldiçoou e o segurança caiu morto no chão.

-O que esta fazendo, eles são meus amigos.

Ele continuou sem falar nada, me jogou no banco de trás do carro e fechou a porta, foi até o banco do motorista e nele se sentou batendo com a varinha no carro para que ele começasse a dirigir e me levou para casa sem falar nada.

 

Legal, Snape havia estragado tudo, até o La Petite Mort, eu já podia morrer infeliz!

 

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miss Self Destruct" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.