O Despertar Narrado por Elena Tvd escrita por Nessa_B


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Dowload
EPISÓDIO 1X02 “NIGHT OF THE COMET”
Sinopse Oficial: Enquanto Mystic Falls se prepara para o festival de celebração com a passagem de um cometa, Vicki está no hospital se recuperando do ataque de Damon. Stefan vai até o hospital e tenta – com suas habilidades – fazer Vicki se esquecer do ataque, mas sua tentativa é interrompida quando Matt chega. Jeremy continua a lutar com seu uso de drogas e seus sentimentos por Vicki.

Informações do Download:

Qualidade de Vídeo: 10
Qualidade de Audio: 10
Formato: RMVB – Legendado
Legenda: _DARKSIDE_


Megaupload — http://www.megaupload.com/?d=7Q0I62OK
Badongo — http://www.badongo.com/file/20703659
Rapidshare — http://rapidshare.com/files/353705567/vd01e02.rmvb.html



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/93326/chapter/2

Fiquei cercada no instante que pisei no estacionamento da escola.Todos estavam lá, a multidão toda que eu não via desde o fim de junho, além de quatro ou cinco parasitas que esperavam ganhar popularidade por associação. Aceitei um por um os abraços acolhedores de seu próprio grupo.
Caroline tinha crescido pelo menos dois centímetros e estava mais magra e mais do que nunca estava parecendo como uma modelo da Vogue. Ela me cumprimentou friamente e recuou novamente com seus olhos verdes estreitados como os de um gato.
Bonnie não tinha crescido nada, e seu cabelo vermelho encaracolado veio até o meu queixo enquanto ela lançava seus braços ao meu redor. Espere um minuto – cachos? pensei. Empurrei, de leve, a pequena garota para trás.
"Bonnie! O que você fez com o seu cabelo?"
"Você gostou? Eu acho que me faz parecer mais alta." Bonnie amaciou a já macia franja e sorriu, seus olhos castanhos brilhando com excitação, seu rosto em formato de coração iluminado. 
Prossegui. "Meredith. Você não mudou nada."
Esse abraço era igualmente quentes em ambos os lados. Tinha sentido mais falta de Meredith do que de qualquer outro, pensei no momento que olhei
para a garota alta. Meredith nunca usava maquiagem; mas também, com uma pele azeitonada perfeita e grossos cílios negros, ela não precisava. Nesse momento ela estava com uma elegante sobrancelha levantada enquanto me estudava.
"Bem, seu cabelo está dois tons mais claros por causa do Sol... Mas aonde está o seu bronzeado? Eu achei que você estivesse aproveitando a Riviera Francesa."
"Você sabe que eu nunca me bronzeio." ergui minhas mãos para minha própria inspeção. A pele estava impecável, como porcelana, mas quase tão branca e translúcida quanto a de Bonnie.
"Só um minuto; isso me lembra," Bonnie interrompeu, pegando uma das minhas mãos. "Adivinha o que eu aprendi com a minha prima esse verão?" Antes que qualquer um de nós pudesse falar, ela nos informou triunfantemente: "Leitura das mãos!"
Houve lamentações, e algumas risadas.
"Riam enquanto podem," disse Bonnie, nem um pouco perturbada. "Minha prima me disse que eu sou vidente. Agora, deixe-me ver..." Ela olhou a palma de minha mão.
"Apresse-se ou vamos chegar atrasadas," disse eu um tantinho impaciente.
"Certo, certo. Agora, essa é a sua linha da vida – ou é a sua linha do coração?" Na multidão, alguém abafou o riso. "Quieto; Eu estou alcançando o vácuo. Eu vejo... Eu vejo…" De uma só vez, o rosto de Bonnie ficou vazio, como se ela estivesse alarmada. Seus olhos castanhos arregalaram-se, mas ela já não mais parecia estar encarando a minha mão. Era como se ela estivesse olhando através dela – para algo assustador.
"Você conhecerá um estranho alto e moreno," Meredith murmurou atrás dela. Houve um alvoroço de risadinhas.
"Moreno, sim, e um estranho... mas não alto." A voz de Bonnie estava abafada e distante.
"Apesar," ela continuou depois de um momento, parecendo confusa, "de que ele foi alto, uma vez." Seus amplos olhos castanhos se levantaram para mim com perplexividade. "Mas isso é impossível... não é?" Ela soltou minha mão, quase arremessando-a para longe. "Eu não quero ver mais."
"Está bem, o show acabou. Vamos," disse aos outros, vagamente irritada. Sempre achara que truques psíquicos eram justamente aquilo – truques. Então por que eu estava aborrecida? Acho que e porque naquela manhã eu tinha quase ficado fora de mim...
Eu com um grupo de garotas começaramos a andar em direção ao prédio da escola, mas o ruído de um motor primorosamente ajustado parou todas em suas trajetórias.
"Ora, ora," Caroline disse, encarando. "Mas que carro."
"Mas que Porsche," Meredith corrigiu secamente.
Me virei, e o reluzente Turbo 911 preto ronronou pelo estacionamento, procurando por um espaço, movendo-se tão preguiçosamente quanto uma pantera perseguindo uma presa.
Quando o carro parou, a porta abriu, de onde eu estava pude ver que ele tinha um corpo magro e músculos lisos. Jeans desbotados que ele provavelmente teve que remover à noite, camiseta apertada, e uma jaqueta de couro com um corte incomum. Seu cabelo era ondulado – e escuro.
"Oh, meu Deus," Caroline sussurrou.
"Você pode dizer isso novamente," exalou Bonnie.
Ele não era alto, porém. Somente uma estatura mediana.
Deixei um pouco de meu fôlego escapar.
"Quem é aquele homem mascarado?" disse Meredith. E a observação era apropriada – óculos de sol escuros cobriam completamente os olhos do garoto, escondendo seu rosto como uma máscara.
"Aquele estranho mascarado," alguém disse, e um múrmurio de vozes elevou-se.
"Você está vendo a jaqueta? É italiana, tipo de Roma."
"Como você saberia? Você nunca foi mais longe do que Roma, Nova York, na sua vida!"
"Oh-ou." Eu estava com 'aquele' olhar novamente. O olhar de caça.
"É melhor que o Baixo-Moreno-e-Lindo tenha cuidado."
"Ele não é baixo; ele é perfeito!"
Através da tagarelice, a voz de Caroline repentinamente soou bem alto. "Oh, vamos lá, Elena. Você já tem o Matt. O que mais você quer? O que você pode fazer com dois que não pode com um?"
"A mesma coisa – só que por mais tempo," Meredith falou lentamente, e o grupo se dissolveu em risadas.
O garoto havia trancado seu carro e estava andando em direção à escola. Casualmente, eu seguiu atrás dele, as outras garotas logo atrás mim em um grupo intimamente ligado. Por um instante, aborrecimento borbulhou dentro de mim. Eu não podia ir à lugar algum sem um desfile em meu calcanhar? Mas Meredith percebeu meu olhar, e ela sorriu apesar de si mesma.
"Obrigações da nobreza," Meredith disse suavemente.
"O quê?"
"Se você vai ser a rainha da escola, você tem que aturar as conseqüências."
Franzi a testa por causa disso. Um longo corredor se esticava em frente à mim, Bonnie e Meredith, e uma figura em calça jeans e jaquete de couro estava desaparecendo pela porta do escritório em frente. Tive de diminuiu meu ritmo a medida que passava pelo escritório, finalmente parando para olhar disfarçadamente para as mensagens no quadro de avisos de cortiça perto da porta. Havia uma ampla janela aqui, através da qual o escritório inteiro ficava visível.
As outras garotas estavam espiando abertamente através da janela, e dando risadinhas. "Bela visão traseira." "Aquela é definitivamente uma jaqueta Armani." "Você acha que ele é de fora dos Estados Unidos?"
Eu, na aquele momento, só estava querendo saber o nome do garoto. Parecia haver algum tipo de problema lá: A Sra. Clarke, a secretária de admissão, estava olhando para uma lista e balançando sua cabeça. O garoto disse alguma coisa, e a Sra. Clarke levantou suas mãos em um gesto que dizia "O que eu posso fazer?" Ela correu um dedo pela lista e balançou sua cabeça novamente, conclusivamente. O garoto começou a se afastar, então se virou. E quando a Sra. Clarke olhou para ele, sua expressão mudou.
O óculos de sol do garoto estava agora na mão dele. A Sra. Clarke pareceu assustada com algo, pude vê-la piscar diversas vezes. Seus lábios abriram e fecharam como se ela estivesse tentando falar.
Ali, eu desejei poder ver mais do qua a parte detrás da cabeça do garoto. A Sra Clarke estava remexendo em pilhas de papéis agora, parecendo estupefata. Enfim ela achou um formulário de algum tipo e escreveu nele, então virou-se e o empurrou em direção ao garoto.
O garoto escreveu brevemente no formulário – assinando-o, provavelmente – e o devolveu. A Sra. Clarke encarou-o por um segundo, então remexou em uma nova pilha de papéis, finalmente entregando o que parecia com um horário de aulas para ele. Seus olhos nunca deixaram o garoto enquanto ele pegava isso, inclinava sua cabeça em agradecimento, e virava-se para a porta.
Eu, e metade da Escola Robert E. Lee, estava louca de curiosidade agora. O que havia acabado de acontecer ali? E como o rosto do estranho era? Mas a medida que ele emergia do escritório, ele colocava seu óculos de sol no lugar novamente.
Desapontamento fluiu através de mim.
Ainda assim, ela pude ver o resto de seu rosto enquanto ele parava na entrada. O escuro cabelo encaracolado enquadrava traços de rosto tão belos que eles poderiam ter sido tirados de uma velha moeda ou medalha Romana. Maças do rosto altas, clássico nariz reto... e uma boca para mantê-la acordada à noite, fiquei pensando. O lábio superior foi belamente esculpido, um pouco delicado, bastante sensual. A tagarelice das garotas no corredor havia parado como se alguém tivesse mexido no interruptor.
A maioria delas estava se virando para longe do garoto agora, olhando para qualquer lugar menos para ele. Eu fiquei no mesmo lugar,perto da janela, e fez um movimento de cabeça, puxando a fita do cabelo para que ele caísse ao redor de seus ombros.
Sem olhar para nenhum lado, o garoto continuou andando pelo corredor. 
Ele tinha passado diretamente por mim, pensei, um tanto quanto aborecida. Ele não me olhou, nen se quer por um segundo, nada. 
Vagamente, percebi que o sinal estava tocando. Meredith estava puxando meu braço.
"O quê?"
"Eu disse aqui está seu horário. Nós temos trigonometria no segundo andar agora. Vamos!"
Permiti que Meredith me levasse pelo corredor, por uma escadaria, e para dentro da sala de aula. Sentei no primeiro assento vazio, automaticamente fixei meus olhos na professora à frente sem realmente estar vendo-a. Meu choque ainda não tinha passado.
Ele tinha passado diretamente por mim. Sem um olhar. Não conseguia lembrar de quanto tempo fazia desde que um garoto havia feito isso. Todos eles olhavam, ao menos. Alguns assobiavam. Alguns paravam para conversar. Alguns simplesmente encaravam.
E isso nunca foi um problema para mim.
Afinal de contas, o que é mais importante que garotos? Eles eram a marca do quão popular você é, do quão bonita você é. E eles podiam ser úteis para todo o tipo de coisas. Às vezes eles eram excitantes, mas geralmente isso não durava muito. Às vezes eles eram repugnantes desde o começo.
A maioria dos garotos, Fiquei refletindo, era exatamente como filhotinhos. Adoráveis nos seus lugares, mas dispensáveis. Uns pouquíssimos podiam ser mais do que isso, podiam se tornar amigos de verdade. Como Matt.
Oh, Matt. Ano passado tive esperanças de que ele era aquele por quem eu procurava, o garoto que faria me sentir... bem, algo mais. Mais do que um ataque de triunfo por ter feito uma conquista, o orgulho em mostrar sua nova aquisição para as outras garotas. Eu tinha sentido uma forte afeição por Matt. Mas conforme o verão passava, e eu tivera tempo para pensar, percebi que era a afeição de uma prima ou irmã.
Percebi que a Srta. Halpern estava passando os livros de trigonometria. Peguei o meu mecanicamente e escrevi meu nome dentro, ainda estava envolvida de pensamentos.
Eu gostava de Matt mais do que qualquer outro garoto que conheci. E era por isso que eu teria que contar à ele que estava acabado.
Eu não sabia como contar à ele por carta. Eu não sabia como contar à ele agora. Não era por que eu tinha medo de ele dar um escândalo; ele simplesmente não iria entender. Eu mesma não entendia muito.
Era como se eu estivesse sempre querendo alcançar... alguma coisa. Só que, quando eu acho que havia conseguido, não estava lá. Não com Matt, não com qualquer dos outros garotos com que eu estive.
E então eu teria de começar tudo de novo. Felizmente, havia sempre material novo. Nenhum garoto havia tido sucesso em resistir à mim, e nenhum garoto havia me ignorado. Até agora.
Até agora. Lembro daquele momento no corredor, Percebi que meus dedos estavam apertados ao redor da caneta que eu segurava. Eu ainda não podia acreditar que ele havia passado por mim daquela maneira.
O sinal tocou e todo mundo saiu da sala de aula, mas eu parei na entrada. Mordi meu lábio, fazendo uma varredura pelo mar de estudantes que fluía no corredor. Então avistei uma das parasitas que estavam no estacionamento.
"Frances! Venha aqui." 
Frances veio avidamente, seu rosto comum iluminando-se.
"Escute, Frances, lembra-se do garoto dessa manhã?"
"Com o Porsche e as – er – posses? Como eu poderia esquecer?"
"Bem, eu quero o horário de aula dele. Pegue-o do escritório se puder, ou copie do dele se tiver que fazê-lo. Mas faça-o!"
Frances me pareceu surpresa por um momento, então forçou um sorriso e concordou com que eu disse. "Está bem, Elena. Eu vou tentar. Eu te encontrarei no almoço se eu conseguir pegá-lo."

“Obrigada.” Disse eu, e vi Frances ir.
“Sabe, você realmente é maluca,” a 
voz de Meredith disse em meu ouvido.
“Qual é a vantagem de ser a rainha da 
escola se você não pode abusar da sua posição às vezes?”Sorri, mais logo 
retormei calmamente. “Para onde eu vou agora?” 
“Negócios Gerais. Aqui, 
pegue-o você mesma.” Meredith empurrou uma tabela de horário para mim “Eu tenho 
que correr para a aula de química. Até depois!”
Negócios Gerais e o resto da 
manhã passou como um borrão para mim. Eu tive esperança de ver outra vez, nen 
que fosse de relance, o novo estudante, mas ele não estava em nenhum de minhas 
aulas. Matt estava em uma, senti uma pontada de dor quando os olhos azuis dele 
encontraram os meus, ele ainda me olhava com um sorriso. O que piorava as
coisas.
Com o sinal do almoço, eu fiz cumprimentos com a cabeça a todos que 
passavam a meu caminho, e em pouco tempo me encontrei na lanchonete. Caroline 
estava do lado de fora, repousada casualmente contra uma parede com o queixo 
levantado, os ombros para trás, o quadril para frente. Os dois garotos com quem 
ela estivera falando ficaram em silêncio e cutucaram um ao outro quando eu me 
aproximei.
“Oi,” disse eu, brevemente aos garotos; olhei á Caroline: “Pronta 
para entrar e comer?”
Os olhos verdes de Caroline mal pestanejaram na 
direçaão em minha direção, e ela empurrou seu brilhoso cabelo castanho para
longe do rosto.
“O que, na mesa da realeza?” ela disse.
Eu fui pega de 
surpresa. Eu e Caroline eramos amigas desde o jardim-de-infância, e nós sempre 
competiramos uma contra a outra de maneira facil. Mas ultimamente alguma coisa 
havia acontecido com Caroline. Ela tinha começado a levar a rivalidade cada vez 
mais a sério. E agora eu estava surpreendida pela amargura na voz da outra 
garota.
“Bem, não é como se você fosse uma plebéia,” disse 
levianamente.
“Ah, você está tão certa sobre isso,” disse Caroline, 
virando-se para me encarar plenamente. Aqueles olhos verdes de gata estavam 
abertos por uma pequena brecha e fumegantes, e eu fiquei chocada pela 
hostilidade que vi ali. Os dois garotos sorriram desconfortavelmente e foram 
para longe.
Caroline não pareceu notar. “Um monte de coisas mudou enquanto 
você estava fora esse verão, Elena,” ela continuou. “E talvez seu tempo no trono 
esteja acabando.”
Eu corei; podia sentir isso. Mais lutei para manter minha 
voz firme. “Talvez,” disse. “Mas eu não compraria um cetro tão cedo se fosse
você, Caroline.” me virei e fui direto para a lanchonete.
Foi um alívio ver 
Meredith e Bonnie, e Frances atrás delas. Senti minhas bochechas esfriarem a
medida que selecionava meu almoço e ia me juntar à elas. Eu não deixaria 
Caroline me chatear; eu não pensaria em Caroline de modo algum.
“Eu 
consegui,” disse Frances, agitando um pedaço de papel enquanto eu me 
sentava.
“E eu tenho coisas boas a contar,” disse Bonnie de modo importante. 
“Elena, escute isso. Ele está na minha aula de biologia, e eu sento bem em 
frente a ele. E seu nome é Stefan, Stefan Salvatore, e ele é da Itália, e ele 
está hospedado com a velha Sra. Flowers na margem da cidade." Bonnie suspirou. 

“Ele é tão romântico. Caroline derrubou seus livros, e ele os pegou para 
ela.”
fiz uma cara de repulsa. “Que desastrada a Caroline é. O que mais 
aconteceu?”
“Bem, foi isso. Ele não falou com ela na verdade. Ele é mui-i-ito 
misterioso, veja só. A Sra. Endicott, minha professora de biologia, tentou fazer 
com que ele tirasse seus óculos, mas ele não tirou. Ele tem um problema 
médico.”
“Que tipo de problema médico?”
“Eu não sei. Talvez seja terminal 
e seus dias estejam contados. Isso não seria romântico?”
“Oh, muito,” disse 
Meredith.
Eu estava olhando por sobre a folha de papel de Frances, mordendo 
meu lábio. “Ele está na minha sétima aula, História da Europa. “Alguém mais tem 
essa aula?”
“Eu tenho,” disse Bonnie. “E eu acho que Caroline também tem. Oh, 
e talvez Matt; ele disse uma coisa ontem sobre como ele tinha sorte, ficando com 
o Sr. Tanner.”
Maravilha, pensei. Parecia que a sétima aula iria ser 
extremamente interessante.

Eu estava feliz, meu dia na Robert E. Lee High School estava acabando.Estava caminhando pelo corredor, Bonnie vinha logo atraz de mim, caminhávamos para nossa sétima aula. Ele não iria me ignorar novamente, eu estava decidida quanto a isso.
Era um pouco estranho passar por esses corredores lotados, depois de um longo período de férias. 

Cheguei a sala e logo o avistei, ele era tão lindo quanto eu me recordava. Sentei em sua frente.Eu queria que ele pudesse ver o meu rosto, para isso tive que me virar um pouco. Percebi que ele me olhava, seu olhar era intenso, ele olhava diretamente a mim, Sorri um pouco, com medo de ser ignorada novamente.
Ele desviou o olhar de meu sorriso, ele mentinha seus olhos em sua mesa, como se me temesse, como se temesse olhar para mim, como se eu fosse uma coisa de outro mundo. Sim ele estava fugindo de mim, mais porque ?
Eu simplesmente não sabia.
Não fiquei ali parada por muito tempo, lentamente e disfarçadamente me virei, para o meu lugar. 
Eu tinha ficado magoada.
A voz do Sr. Tanner, ficava cada vez mais monótona, eu não tinha certeza que eu estava ouvindo-a.

O Sr. Tanner, estava a marchar sobre a sala como um furação. Fazendo, como sempre, perguntas que nós não saberíamos responder. As perguntas sempre continuavam, o Sr. Tanner erao tipo de Professor que queria nos envergonhar mediante as perguntas que não saberíamos as respostas. Ele sem dúvida era um miserável.

Pude perceber sua próxima vítima, uma garota pequena com uma penca de cachos vermelhos e um rosto em formato de coração. Bonnie ! 
Tentei prestar atenção na pergunta, se eu soubesse, o que não era provável, eu poderia ajudar Bonnie. 


“Estão vendo o que quero dizer? Vocês acham que são os maiorais; vocês são veteranos agora, prontos para se formarem. Bem, deixem-me dizer isso, alguns de vocês não estão prontos para se formarem no jardim-de-infância. Como essa!” Ele gesticulou em direção à Bonnie. “Não faz idéia sobre a Revolução Francesa. Acha que Maria Antonieta era uma estrela de filme mudo.”

Todos ficamos desconfortávies, alguns se mexiam em suas cadeiras. Todos estávamos humilhados. Com medo. Estavamos todos com medo desse pequeno homem magro com olhos como o de uma doninha, até mesmo os garotos atléticos que eram mais alto do que ele.
“Tudo bem, vamos tentar outra era.” O Sr. Tanner virou-se de volta para Bonnie. “Durante a Renascença –” ele parou. “Você sabe o que é a Renascença, não sabe? O período entre os séculos treze e dezessete, no qual a Europa redescobriu as grandes idéias da Grécia e da Roma antiga? O período que produziu muitos dos maiores artistas e pensadores da Europa?” Bonnie concordou de modo confuso, mais ele continuou.“Durante a Renascença, o que os estudantes da sua idade estariam fazendo na escola? Bem? Alguma idéia? Algum palpite?” 
Eu pudia sentir o quanto Bonnie estava nervosa. Ela engoliu em seco. Com um fraco sorriso ela disse, “Jogando futebol?”
A sala se dissoveu em risadas, o rosto do professor se endureceu. “Dificilmente!” ele repreendeu, e a sala de aula aquietou-se.“Você acha que isso é uma piada? Bem, naqueles dias, os estudantes da sua idade já seriam proficientes em várias línguas. Eles também dominariam lógica, matemática, astronomia, filosofia, e gramática. Eles também já estariam prontos para ir à uma universidade, na qual todos os cursos eram ensinados em latim. Futebol seria absolutamente a última coisa na –” 
“Com licença.”
A voz silenciosa parou o professor no meio de seu longo discurso. Todos se viraram para encarar de onde vinha a voz. Era ele. Stefan.
“O quê? O que você disse?”
“Eu disse, com licença,” Stefan repetiu, removendo seus óculos de sol e se levantando. Ele continuou. “Mas você está errado. Estudantes da Renascença eram encorajados a participar de jogos. Eles eram ensinados que um corpo saudável combina com uma mente saudável. E eles certamente jogavam esportes de time, como críquete, tênis - e até mesmo futebol." Ele se virou para Bonnie e sorriu, e ela sorriu de volta com gratidão. Para o professor, ele acrescentou, “Mas as coisas mais importantes que eles aprendiam eram boas maneiras e cortesia. Estou certo de que seu livro lhe dirá isso.”
Os estudantes estavam dando risada. O rosto do professor estava vermelho de sangue, e ele estava emitindo faíscas. Mas Stefan continuou a segurar o olhar, e depois de mais um minuto foi o professor que desviou o olhar.
O sinal tocou.
Stefan, se movia com rapidez, juntou seus livros.
A medida que ele alcançava a porta, Bonnie gritou, “Ei! Eles realmente jogavam futebol naquele tempo?”
Não vi seu sorriso, mais podia ter certeza que ele dera um, por um breve momento. “Oh, sim. Algumas vezes com as cabeças decepadas dos prisioneiros de guerra.”


Eu o observei enquanto ele saía. Ele havia deliberadamente virado as costas para mim. Ele a tinha desprezado de propósito, e na frente de Caroline, que estivera observando como um falcão. Lágrimas queimaram em meus olhos, mas naquele momento somente um pensamento queimou em minha mente.
Eu o teria, mesmo que isso me matasse. Mesmo se isso matasse a ambos, eu o teria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Despertar Narrado por Elena Tvd" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.