O Despertar Narrado por Elena Tvd escrita por Nessa_B


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

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EPISÓDIO 1×01 “PILOTO” LEGENDADO
10/09/2009 – Direção: Marcos Siega | Roteiro: Kevin Williamson e Julie Plec

Sinopse Oficial: Quatro meses depois de um trágico acidente de carro que matou seus pais, Elena Gilbert (17 anos) e seu irmão, Jeremy (15), ainda estão tentando lidar com a dor e seguir suas vidas. Elena sempre foi uma estudante ‘famosa’; bonita, popular e sempre envolvida com seus amigos e a escola; mas agora ela luta para esconder sua tristeza.

Informações do Download:

Qualidade de Vídeo: 10
Qualidade de Audio: 10
Formato: RMVB – Legendado
Legenda: _DARKSIDE_
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Capítulo Um


4 de Setembro

Querido diário, 
Algo horrível está para acontecer hoje.
Eu não sei por que escrevi isso. Isto é maluco. Não há razão para eu está me perturbando e há muitas razões para eu está feliz, mas...
Mas aqui estou eu ás 5:30 da manhã, desperta e assustada. Eu me mantive falando, apenas isso. Eu estava completamente desorientada devido a diferença de horário entre a França e aqui. Mas isso não explicava o porquê de eu estar tão assustada. Tão perdida.
Antes de ontem, enquanto tia Judith, Margaret e eu estávamos voltando do aeroporto, eu senti o tal sentimento estranho. Quando nos dobrávamos na nossa rua, eu imediatamente pensei "Mamãe e papai estão esperando por nos em casa. Eu aposto que eles estão de frente para a varanda, na sala olhando para fora da janela. Eles devem ter sentindo tanto minha falta."
Eu sei. Isto soa completamente maluco.
Mas ainda quando eu vi a casa e a frente da varanda vazia, eu ainda me sentir bem. Corri cansada para porta e bati com o batedor. E quando tia Judith destrancou a porta,eu corri para dentro e apenas oscilei no hall escutando, esperando ouvir mamãe descendo as escadas ou papai falando de toca. Então apenas tia Judith deixou a mala com um ruído no chão, na minha frente e suspirou um alto suspiro e disse, "Estamos em casa". E Margaret riu. E o pior sentimento que eu tive em toda minha vida, veio para mim. Eu nunca tinha me sentido tão absolutamente e completamente perdida.
Casa. Eu estou em casa. Por que isso soa como uma mentira?
Eu nasci aqui em Fell’s Church. Eu sempre vivi nessa casa, sempre. Esse é meu mesmo antigo quarto, com as marcas chamuscadas nas tábuas onde Caroline e eu experimentamos cigarros na 5º serie e quase nos engasgamos. Eu poderia olhar para fora da janela e ver a grande árvore que os meninos subiam para estragar aminha festa do pijama há dois anos atrás. Esta é a minha cama, minha cadeira, meu armário. Bem, mas agora tudo parece estranho para mim. Como se eu não pertencesse à este lugar. Esta sou eu fora desse lugar. E a pior coisa é que sinto que este é o lugar que eu devo pertencer, mas eu não posso encontrá-lo.
Eu estava tão cansada ontem para me orientar.
Meredith melhorou o cronograma para mim, mas eu não me sentir bem falando com ela no telefone. Tia Judith contou para qualquer um que ligasse que eu estava cansada da viagem por causa do fuso horário e estava dormindo, mas ela me observava no jantar com uma cara engraçada.
Eu tenho que ver essa multidão todo dia, pensei. Nós esperávamos nos encontra no terreno do estacionamento antes da escola. É com isso pelo que eu estou assustada? Eu estou assustada com eles?

Perei de escrever. E fiquei olhando as ultimas linhas e sadudi minha cabeça, por um momento coloquei a caneta em cima do meu pequeno livro com capa de veludo. Então, como se fosse a coisa mais normal do mundo, levantei minha cabeça e atirei o livro e a caneta contra a parede, eles logo cairam no chão.
Isto era tão completamente ridículo, eu sei.
Desde quando eu, Elena Gilbert, tem estado assustada em conhecer pessoas? Desde quando eu tem estado assustada com algo? 
Me levantei, um pouco irritada e impulsionei os meus braços para dentro do Kimono vermelho de seda. Não olhei no espelho,em cima da cômoda avermelhada; eu sabia o que eu veria.
Eu, Elena Gilbert, indiferente, loira e esbelta, a pessoa que dita a moda do último ano do ensino médio, a garota que todo garoto quer e toda garota quer ser. Que agora tinha uma carranca descontente no rosto e um beliscão na boca.
Um banho quente e café e eu irei me acalmar, pensei em quanto caminhava pelo quarto. O meu ritual matinal de lavar-se e vestir-se estavam calmos, e seleciononei lentamente toda sua nova coleção de roupas de Paris. Finalmente escolhi um top rosa-bebê e uma bermuda de linho branca, com um penteado que a fazia parecer uma framboesa num sundae. Bom o suficiente para comer, pensei, o espelho então mostrou uma garota com um sorriso misterioso, aquela era eu. Os meus receios iniciais tinham se dissolvido, quase que sendo esquecidos.
"Elena! Cadê você? Você vai chegar atrasada na escola!" A voz soou perceptivamente do andar de baixo.
Corri passando a escova mais uma vez no meu sedoso cabelo prendendo-o para trás com uma fita rosa. Então pegei minha mochila e desci as escadas.
Na cozinha, Margaret, minha irmã de 4 anos de idade, estava comendo cereal na mesa da cozinha e Tia Judith estava queimando algo no fogão. Tia Judith era o tipo de mulher que sempre parecia vagamente afobada; Ela tinha um rosto fino e pequeno, com um claro e esvoaçaste cabelo puxado despenteado para trás. Belisquei a sua bochecha.
"Bom dia, todo mundo. Desculpa, não tenho tempo para o café-da-manhã".
"Mas, Elena, você não pode sair sem comer. Você precisa de proteín...".
"Eu vou pegar alguma coisa antes da escola". disse rapidamente, me inclinei e beijei a testa de Margaret e virei para sair da casa.
"Mas, Elena..."
"E eu provavelmente vou voltar para casa com o Bonnie ou a Meredith, depois da escola. Então não me esperem para o jantar. Tchau!"
"Elena..." 
Eu já estava na porta da frente. A porta fechou atrás de si, cortando os distantes protestos de Tia Judith, deu um passo para a varanda.
Ela parou.
Todos os sentimentos ruins de manhã cedo, voltaram. A ansiedade, o medo e a certeza que algo ruim estava para acontecer.
A Rua Maple estava deserta. As altas casas vitorianas pareciam estranhas e silenciosas. Como se todas elas estivessem, talvez, vazias por dentro, como casas abandonadas de um Set de filmagem. Elas pareciam vazias de pessoas, mas cheias de estranhos sentimentos que a observavam. Que estavam lá. Algo que a observava.
O céu sobre sua cabeça não estava azul, mas sim branco e opaco, como uma gigante bacia que virou e caiu. O ar estava sufocante e eu tinha certeza que estavam me olhando. Vi algo escuro nos galhos da antiga árvore na frente de casa.
Uma gralha estava quieta e rodeada por folhas tingidas de amarelo. Este animal estava me observando.
Tentei dizer para mim mesma que isso era ridículo, mas de alguma forma eu sabia. Esta era a maior gralha que eu já vi; gorda e brilhante, com o arco-íris brilhando por trás de suas penas. Pude ver todos os detalhes claramente: As graciosas garras escuras, o inescrupuloso bico, o único brilhoso olho preto.
Ele estava imóvel, talvez devesse ser um pássaro de cera que fora posto lá. Mas do modo como ele a encarou, Eu corarei lentamente aquele calor subindo por minha garganta e bochecha, porque ele estava olhando para mim ? 
Olhei os garotos que passavam e a gralha me olhou como se eu estivesse usando um biquini ou uma blusa transparente. Como se aquele bicho me despisse com os olhos.
Eu começei a me irritar com aquele animal. Tirei minha mochila e pegei uma pedra, que estava na frente da garagem.
"Saia daqui!". disse com agitação de raiva na sua voz. "Vá! Vá embora!". Com a última palavra, jogei a pedra.
Houve uma explosão de folhas, mas a gralha saiu ilesa. Abrindo suas enormes asas, que tinham o tamanho de uma raquete, o suficiente para um bando de gralhas. Me agachachei de forma inesperada, assustada, quando ele bateu as asas diretamente na minha cabeça, o vento das asas balançou meu cabelo. 
Mas ele investiu para cima de novo, circulando, a silhueta escura contra o céu branco-papel. Então, com um estridente coaxar, ele voou em círculos na direção do caminho das copas das árvores.
Me endireitei lentamente, então olhou ao redor, sem naturalidade. Eu não podia acreditar no que tinha feito. Mas agora que a ave se fora, o céu estava normal de novo.
Uma brisa fez as folhas flutuarem e eu respirei profundamente. No final da rua uma porta abriu-se e várias crianças saíram, rindo. Sorri e respirei novamente, o alivio varreu meus pensamentos como raios de sol. Como eu pode ter sido tão tola? Este era um dia bonito, cheio de promessas e nada ruim estava acontecendo.
Nada ruim estava acontecendo – Exceto que eu chegaria atrasada na escola. O público estaria me esperando no estacionamento.
E eu poderia contar a todo mundo, que parei para jogar pedras na Peeping Tom, pensei por um momento e logo ri. 
Sem olhar para trás, para as árvores pelo menos, começei a andar rapidamente descendo a rua.


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