A Brilhante Forma do Amor escrita por fdar86


Capítulo 11
Cap 11 - A Decisão de Setsuna




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Setsuna teria explicado suas razões para o avô de Konoka, e ele a teria ouvido pacientemente por todo o discurso. Finalmente, ao perceber o silêncio, ele tomou a palavra.

– Setsuna... Você tem certeza que é isso que você quer?

– S-s-sim. T-tenho. - ele a pegara desprevenida, ela não tinha ensaiado nada mais.

Fez-se um longo minuto de silêncio.
Setsuna se sentira observada, julgada... Fora uma sensação horrível.
Talvez tivesse dado razão para ele julgá-la, diante de sua infinita covardia, mas ainda assim, ele sabia que isso seria o melhor para a neta dele.

– Você ama minha neta?

Setsuna ruborizou-se bruscamente, chocada com a pergunta. Não esperava que ele fosse lhe dizer nada, quanto mais perguntar algo de cunho tão pessoal...

– E-e-e-eu...

– Só me diga... ama ou não ama? - A tranquilidade dele deixava Setsuna ainda mais sem graça, e agora ela já parecia mais um tomate maduro, do que uma garota.

– A-a-amo...

– E você tá fazendo isso por amor?

Setsuna não entendera... O que o avô de konoka poderia estar tentando lhe dizer... Ficara ainda mais angustiada e constrangida com a situação. Por não ter muita saída, decidira manter a verdade.

– Sim.

– Acho que você deve saber mais do que eu... que amor é algo incondicional. Você não espera nada dos outros, mas procura dar tudo que puder de si... Não sabe?

– Não entendo o que o senhor quer me di...

– Você acha que ela iria querer essa sua atitude? - ele a interrompe pela primeira vez, ficando sério.

Setsuna se cala.
Realmente, ela não estava pensando em Konoka.
Estava todo o tempo pensando nela.

– Não posso continuar aqui. Se para que Konoka seja feliz, eu precise ir embora, fico feliz em fazê-lo. Não quero mais confundí-la. Minha presença aqui só confunde as coisas. Você sabe a ligação que nós temos. É algo mágico... Não trata-se de uma relação...

Ela não poderia continuar, doía muito ter que admitir que seu amor estaria determinado a não acontecer. O diretor percebeu sua dificuldade, e lhe interrompeu novamente, salvando-a de um pensamento tão doloroso.

– Você não acha que está sendo muito rigorosa e determinista quanto ao que será a felicidade de Konoka, ou quanto ao limite da relação de vocês? [ silêncio, seguido de um profundo suspiro  ] Novamente lhe perguntarei... Você tem o poder de decidir qual será a felicidade da Konoka?

– Eu não. Mas o destino tem. E nós não estamos destinas a...

– Setsuna...

A espadachim se assustou.
A voz do diretor, de repente, se amargou.

– Se você deseja isso, então aceitarei. Você permanecerá cuidando da Konoka à distância, do alto do morro, nas outras bandas do colégio. E colocarei outro interno para protegê-la nas proximidades, no caso de uma invasão.

Setsuna se arrepiou.
Sempre detestara ouvir alguém citar a sequer possibilidade de uma invasão, ou imaginar que alguém fizesse mal a Konoka. Felizmente, ela sempre conseguira tirar a garota de maus lençóis, junto a Asuna e Negi. Mas nunca deixara de desejar morrer só de pensar em algo acontecendo à garota.

– Não deixarei nada passar por mim. Nada irá mudar, a não ser o fato de não estar mais convivendo com ela, normalmente. Protegê-la sempre será minha missão. Eu a...

– Então, estamos combinados. [ Ele a cortou, parecendo incrivelmente contrariado ] Só preciso que me faça um grande favor.

– Claro.

– Amanhã terá um evento importante aqui no colégio, onde receberei alguns ministros da magia, e você sabe que isso significa que a Konoka ficará muito exposta. Não posso ter uma pessoa a menos amanhã para protegê-la... Ainda não tive tempo de arranjar um substituto pra você.

Setsuna nem precisara pensar.
Nunca deixaria sua amada em perigo...

– Estarei aqui. Ficarei por perto dela, e revistarei todos os presentes. Partirei às 17 h de amanhã, quando o evento já tiver terminado, e eu tiver fechado o colégio.

– Obrigado.

O diretor se levantara, dirigindo Setsuna até a porta.

Logo após a garota sair, ele olhara a fotografia de sua neta, que mantinha na estante ao lado do seu computador. Pensara, em silêncio. Aparentava tristeza e decepção no olhar...


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